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Grupo de Estudos

A Obra de Freud: fundamentos conceituais e clínicos


Prof. Dr. Claudio Bastidas

dr.claudio.bastidas@gmail.com

1º Módulo: O MÉTODO CLÍNICO E A PRÁTICA PSICANALÍTICA

1) Hipnose e catarse
2) Associação livre e resistência
3) A escuta do analista em atenção flutuante
4) A questão da telepatia e a comunicação “de inconsciente para inconsciente”
5) O início da análise, o contrato analítico e a transferência
6) Repetir, recordar e elaborar
7) Construções em análise e o lugar do analista
8) O fim da análise: terminável e interminável

1ª AULA
1) Hipnose e catarse

[Hipnose:]

ROUDINESCO, ELIZABETH & PLON, MICHEL. Dicionário de psicanálise. Rio


de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.

p. 335: “Hipnose: termo criado em 1843 pelo médico escocês James Braid.
Termo derivado do grego hypnos (sono) que designa um estado de
consciência provocado por sugestão de uma pessoa em outra.”

FREUD, S. (1886). Relatório sobre meus estudos em Paris e Berlin. In:


______ Edição standard das obras psicológicas completas de Sigmund
Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1980.

“Efetuados com o auxílio de uma bolsa de estudos concedida pelo Fundo


do Jubileu Universitário”.

Dr. Sigmund Freud.


Docente de Neuropatologia da Universidade de Viena.

Ao Emérito Colégio de Professores da Faculdade de Medicina de Viena.”

p.18: “Também não perdi a ocasião de adquirir um conhecimento pessoal


dos fenômenos do hipnotismo, que são tão surpreendentes e aos quais se
dá tão pouco crédito, e, em especial, do “grand hypnotisme” [“grande
hipnotismo”] descrito por Charcot. Com surpresa, verifiquei que nessa
área determinadas coisas aconteciam abertamente diante dos nossos
olhos e que era quase impossível duvidar delas; assim mesmo, eram tão
estranhas que não se podia acreditar nelas, a menos que delas se tivesse
uma experiência pessoal. Contudo, não vi nenhum sinal de que Charcot
mostrasse qualquer preferência especial por material raro e estranho, ou
de que tentasse explorá-lo para fins místicos. Pelo contrário, considerava
o hipnotismo uma área de fenômenos que ele submetia à descrição
científica, tal como fizera, muitos anos antes, com a esclerose múltipla ou
com a atrofia muscular progressiva.” (grifos nossos).

[Catarse:]

Trailer do filme “Freud além da alma” (dir.: John Huston, 1962)

https://www.youtube.com/watch?v=MiaaTzBENUE

Do início ao minuto 1:16s: Charcot

Minuto 3:14s: trauma real/lembrança encobridora

BREUER, J. & FREUD, S. (1893). Estudos sobre a histeria. In: ______


Edição standard das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Rio
de Janeiro: Imago, 1980.

p.44: “Nossas experiências nos têm demonstrado, contudo, que os mais


variados sintomas, que são ostensivamente espontâneos e, como se
poderia dizer, produtos da histeria, estão tão estritamente relacionados
com o trauma desencadeante como os fenômenos aos quais acabamos de
fazer alusão, e que exibem a relação causal de maneira bem clara.”
p.47: “Verificamos pois, inicialmente para nossa grande surpresa, que
cada sintoma histérico individual desapareceria imediata e
permanentemente quando conseguíamos evocar, nitidamente, a
lembrança do fato que o provocou e despertar a emoção que o
acompanhava, e quando o paciente havia descrito aquele fato com os
maiores detalhes possíveis e traduzira a emoção em palavras.”

[OBS: Catarse e economia libidinal: influência decisiva na psicanálise de


Wilhelm Reich. Indicação: REICH, W. (1933). Análise do caráter. São
Paulo: Martins Fontes.]

[Transformações no método clínico:

1º) hipnose e sugestão.

2º) catarse ou ab-reação de um trauma real. Afetos, emoções.

3º) Associação livre. Do trauma sexual – a “teoria da sedução” - à


descoberta da fantasia inconsciente e da sexualidade infantil.]

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