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Inocêncio Jr Mutita

Leovelvildo Leal Pequina

Direitos básicos do consumidor

(Licenciatura em Psicologia Social e das Organizações)

Universidade Rovuma

Nampula

2023
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Inocêncio Jr Mutita
Leovelgido Leal Pequina

Direitos básicos do consumidor

Trabalho de carácter avaliativo a ser entregue na


Faculdade de Educação e Psicologia, na Cadeira
de “ Psicologia do Consumidor ”, Curso de
Psicologia Social e das Organizações, 3⁰ Ano,
Laboral, leccionada pela: MA. Sónia Duarte
Giquira.

Universidade Rovuma

Nampula

2023
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Índice
I. Introdução.........................................................................................................................3
1.1.Objectivo geral..............................................................................................................3
 Compreender os direitos básicos do consumidor.........................................................3
1.1.2.Objectivo específico.......................................................................................................3
 Descrever a entidade que vela pela garantia e qualidade dos serviços e comercio......3
1.3.Metodologia...................................................................................................................3
II. DIREITOS BASICOS DOS CONSUMIDOR................................................................4
2.1. Fundamentação teórica.................................................................................................4
2.1.1. Conceito de consumidor............................................................................................5
2.1.2. Direitos básicos dos consumidor...............................................................................5
2.1.3.Direito à Vida, Saúde e Segurança.............................................................................5
2.1.4.Direito à protecção contra publicidade enganosa e abusiva.......................................6
1. Direito à prevenção e reparação de danos....................................................................6
2. Direito ao serviço público eficaz..................................................................................6
3. problemas de fabricação...............................................................................................6
4. Prazos para reclamar....................................................................................................7
2.1.5. Entidade que vela pela garantia e qualidade dos serviços e comercio......................8
Conclusão..........................................................................................................................10
Bibliografia........................................................................................................................11
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I. Introdução
O presente trabalho recomendado pela docente da cadeira de Psicologia do Consumidor que
tem como tema direitos básicos do consumidor. No presente desenvolvimento vamos abordar
tópicos sobre direito básicos do consumidor, com conceitos, entidade ligada a fiscalização e
monitoria, direitos dos consumidores. Os consumidores tem um papel importante no
desenvolvimento económico, porem é preciso condicionar os serviços destinado para o uso
com o informações do mesmo produto para que o consumidor veja e tenha conhecimento dele
e esteja consciente da compra. Visto que nota-se um grande problema na aquisição de um
produto sem saber das suas vantagens e desvantagem. É trazer a consciência todos os direitos
básicos dos consumidores.

1.1.Objectivo geral
 Compreender os direitos básicos do consumidor

1.1.2.Objectivo específico
 Descrever a entidade que vela pela garantia e qualidade dos serviços e comercio

1.3.Metodologia
A metodologia usada para a realização do trabalho, foi uma pesquisa bibliográfica cingida
através da leitura de livro e alguns artigos.
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II. DIREITOS BASICOS DOS CONSUMIDOR

2.1. Fundamentação teórica


O desenvolvimento económico dos Estados Unidos começou a dar sinais de crescimento a
partir de dois movimentos originados no continente europeu: a Revolução Industrial na
Inglaterra (1780) e a consolidação das bases da economia capitalista a partir da publicação
dos fundamentos da teoria económica de Adam Smith (1723-1790). Em 1776, o autor
publicou o livro A Riqueza das nações. Essa obra influenciou os modelos de produção
económica ao lançar as bases para o desenvolvimento dos mercados, modificando as relações
comerciais e os ambientes. A publicidade consolidouse como um reforço importante atrelado
ao desenvolvimento económico. Antes, na fase pré-industrial, seu objectivo era meramente
informativo. Com o advento do pensamento económico voltado ao desenvolvimento dos
mercados, a publicidade passou a ser “motivadora. O fabricante precisa motivar o
consumidor, precisa apelar a ele para que compre o seu produto e não outro produto qualquer”
(Cabral, 1986, p. 21).

Pode-se perceber que a Revolução Industrial foi o período de grande desenvolvimento


tecnológico que teve início na Inglaterra a partir da segunda metade do século XVIII e que se
espalhou pelo mundo, causando grandes transformações. Ela garantiu o surgimento da
indústria e consolidou o processo de formação do capitalismo. Esse desenvolvimento que
abriu espaço para novas indústrias e formas de produção, também tornou possível a existência
de novas formas de consumo. Dai que, o Presidente John Kennedy ciente das transformações
ocorridas até ao ano de 1962 sentiu a necessidade de falar dos direitos do consumidor,
buscando deste modo, proteger os consumidor dos produtos nocivos e prejudiciais a saúde,
propagandas enganosas e até sobre a conscientização dos direitos que estes consumidores
detinham. Em suma, pode-se dizer que o motivo principal da declaração do Presidente John F.
Kennedy deveu-se as novas formas de produção e consumo ocorridos durante e após a
revolução, com vista a proteger todo consumidor.
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2.1.1. Conceito de consumidor


Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviços como
destinatário final. Também, consumidor é todo aquele a quem seja fornecidos bens, prestados
serviços ou transmitido quaisquer direito. (Decreto-Lei-n-27.2016). Contudo, Consumidor é
qualquer pessoa, grupo de pessoas ou empresa que compra, contrata ou utiliza produtos e
serviços, para uso próprio e profissional.

2.1.2. Direitos básicos dos consumidor


1. “Os consumidores tem direito à qualidade dos bens e serviços consumidos, à formação e à
informação, e à informação, à protecção da saúde, da segurança dos seus interesses
económicos , bem como à reparação de danos” (Constituição da República, art.92).

2. “A publicidade é disciplinada por lei, sendo proibido as formas de publicidade oculta.


Indirecta ou enganosa” (Constituição da República, art.92).

3. “As associações de consumidores e as cooperativas tem direito, nos termos da lei, ao


apoio do estado e a serem ouvidas sobre as questões que digam respeito à defesa dos
consumidores, sendo – lhes reconhecida legitimidade processual para a defesa dos seus
associados” (Constituição da República, art.92).

2.1.3.Direito à Vida, Saúde e Segurança


Esse direito assegura que os produtos e serviços colocados no mercado não podem acarretar
riscos à saúde ou segurança dos consumidores. Dessa forma, os fornecedores de produtos
potencialmente perigosos devem informar ostensivamente aos consumidores todos os riscos
advindos do uso do produto; A educação para consumo tem como finalidade aconselhar o
consumidor com relação ao uso adequado dos produtos e serviços solicitados; A informação
deve ser adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta
de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como
sobre os riscos que apresentem; A liberdade de escolha garante para que ele possa ter acesso a
diversos produtos ou serviços em sua busca no mercado. Pois, sem essa hipótese, não há o que
escolher. Esse direito garante ao consumidor a possibilidade da existência de variedades de
opões disponíveis no mercado de produtos/serviços, para melhor escolha desejada.
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2.1.4.Direito à protecção contra publicidade enganosa e abusiva


A publicidade deve ser veiculada de forma que o consumidor a identifique imediatamente
como tal. Além disso, caso o produto/serviço vendido não corresponda com o prometido pela
publicidade, o consumidor tem direito à devolução ou cancelamento do contrato;

1. Direito à prevenção e reparação de danos

Quanto à prevenção de danos, o Código refere-se às actividades que devem ser adoptadas pelo
fornecedor, como também pelos órgãos públicos responsáveis, exemplo: actividade
fiscalizadora do Instituto de Pesos e Medidas e dos órgãos de vigilância sanitária; Quanto a
reparação dos danos, o Código traz uma garantia ao consumidor para haver indemnização
pelos danos sofridos, evitando prejuízos;

2. Direito ao serviço público eficaz

consumidor deve ter acesso a um serviço público adequado e eficaz. Nesse sentido a lei
reforça o dispositivo constitucional e ressalta a necessidade de eficiência dos serviços
públicos.

3. problemas de fabricação

Caso o produto apresente qualquer problema de qualidade, o fornecedor tem até 30 dias para
resolver e entregar o bem em perfeitas condições. Se após esse prazo o problema não for
resolvido, o consumidor poderá escolher entre:

 A troca do produto;
 O abatimento no preço;
 O dinheiro de volta, actualizado monetariamente. Se o problema for de quantidade e
não de qualidade, o consumidor pode optar entre uma das alternativas:
 Abatimento proporcional do preço;
 Complementação da quantidade ou medida até atingir aquela informada na oferta do
produto;
 troca do produto por outro da mesma espécie;
 devolução dos valores pagos, actualizados monetariamente. Havendo problemas na
prestação do serviço, o consumidor poderá exigir uma das seguintes opções:
 reexecução do serviço, sem qualquer custo adicional;
 abatimento no preço;
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 devolução imediata do valor pago, actualizado monetariamente


4. Prazos para reclamar

Para que o consumidor possa reclamar de qualquer problema com o produto ou serviço é
importante que tenha sempre algum documento que comprove a compra, como, por exemplo,
nota fiscal ou recibo, sua via do contrato e comprovante de pagamento. O prazo para o
consumidor reclamar do problema é de:

 30 dias para produto ou serviço não durável (por exemplo, alimentos, serviços de
manicure, transporte público etc.).

 90 dias para produto ou serviço durável (por exemplo, electrodomésticos, móveis,


serviço de ensino etc.). Esses prazos serão contados a partir do recebimento do produto
ou do término do serviço. Quando o problema não é aparente ou evidente, os prazos
começam a ser contados a partir do seu aparecimento.

Os direitos do consumidor no nosso país esta plasmado e em vigor, contudo os consumidor


não conhecem os seus direitos e assim não ficam em prejuízo quando se trata do direito de
informação, segurança ,a maioria das fornecedoras dão produtos sem se quer uma informação
ou garantia do mesmo produto, assim, deixando o consumidor a sua sorte no uso do produto.

Em geral, um direito básico estabelecido pelo código de defesa do consumidor é a protecção


da vida, da saúde e da segurança. O fornecedor deve garantir que os produtos e serviços que
coloca no mercado de consumo sejam seguros. Outro direito básico é a informação. Produtos
e serviços devem ser oferecidos com informações corretas e claras, em língua portuguesa,
sobre as suas características, quantidade, qualidade, composição (ingredientes), preço,
garantia, prazo de validade, fabricante, origem e sobre eventuais riscos decorrentes de sua
utilização. A apresentação dos produtos e serviços devem garantir todas as informações
necessárias ao consumidor (Procon, 2020).
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2.1.5. Entidade que vela pela garantia e qualidade dos serviços e comercio
A Inspecção Nacional das Actividades Económicas, abreviadamente designada por INAE, é
uma instituição pública, dotada de personalidade jurídica e autonomia administrativa. (Art.1).

A INAE tem como atribuição a fiscalização do cumprimento da legislação reguladora do


exercício das actividades económicas e a defesa do consumidor (Art.6).

São competências da INAE:

a) Fiscalizar todos os locais onde se proceda a qualquer actividade industrial, comercial ou


prestação de serviços, designadamente de produtos acabados e/ou intermédios, armazéns,
escritórios, cargas transportadas ou em trânsito no território nacional, entrepostos frigoríficos,
empreendimentos turísticos, agências de viagens e agentes de turismo, estabelecimento de
restauração e bebidas e salas de danças, empresas de animação turística, estabelecimento de
bebidas, cantinas, refeitórios, armazéns portuários e terminais de cargas, recintos de diversão,
estabelecimentos de produção e realização de espectáculos desportivos e/ou recreativos,
estabelecimentos de produção desportivas, de publicidade;

b) Promover acções de natureza preventiva em matéria de infracções contra qualidade,


genuinidade, composição, aditivos alimentares e outras substâncias e de rotulagens dos
géneros alimentícios para consumo humano e dos alimentos para animais;

c) Fiscalizar a legalidade do exercício da actividade de abate, preparação, tratamento e


armazenamento de produtos de origem animal;

d) Fiscalizar em coordenação com outros organismos competentes, a oferta de produtos e


serviços, prevenir acções de açambarcamento em bens considerados essenciais ao
abastecimento;

e) Fiscalizar a legalidade da exploração da energia em instalações eléctricas e em postos de


abastecimento de combustíveis;

f) Fiscalizar a conservação e venda dos produtos de pesca no mercado nacional;

g) Aplicar multas por infracções diversas nos termos da legislação aplicável;

h) Proceder ao encerramento de actividades económicas ilegais;


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i) Promover, junto dos interessados, acções de divulgação da legislação sobre o exercício das
actividades económicas cuja fiscalização lhe esteja atribuída;

j) Fiscalizar a legalidade dos direitos da propriedade industrial, direitos de autor e conexos;

k) Fiscalizar os espectáculos e divertimentos públicos;

l) Promover e realizar, em articulação com as outras entidades de apoio empresarial, acções


de divulgação da legislação e boas práticas do exercício das actividades económicas;

m) Fiscalizar as operações do comércio externo;

n) Verificar pelo cumprimento das leis, regulamentos, despachos e demais normas que
disciplinam a actividade económica;

o) Estabelecer relações com organismos similares e afins, nacionais ou estrangeiros; e

p) Realizar quaisquer outras actividades que lhe sejam incumbidas por lei.

Concluímos que a INAE, tem um papel muito importante na manutenção e ordem no sector
de comercio, acções como investigar petições, denúncias, queixas, reclamações e propor
mediadas correctivas; Proceder a auscultação pública sobre actividades inspectivas bem
como dos Agentes da inspecção; Coordenar acções de educação aos agentes económicos e do
público em geral sobre a necessidade e importância da observância da legislação específica;
Recolher e tratar toda informação de natureza operacional, com vista à realização das acções
de inspecção, fiscalização ou investigação; Recolher e submeter ao laboratório as amostras
dos produtos suspeitos ou apreendidos; Prestar parecer técnico, relativo a matéria que lhe for
solicitada; Fiscalizar comercialização dos produtos mineiros, em coordenação com outras
entidades competentes; Garantir a fiscalização das unidades económicas e equipamentos que
usam gás no âmbito do efeito da estufa; Verificar o cumprimento dos regulamentos e normas
técnicas de segurança, higiene e preservação ambiental das instalações eléctricas e de
transporte de mercadorias; Fiscalizar o exercício da actividade de transporte de produtos
alimentares.
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Conclusão
Depois de vasta abordagem foi possível concluirmos que os direitos básicos de consumidor
têm impacto positivo na fiscalização dos serviços e comercio, visto que existe uma entidade
que vela pelos direitos, é necessário que a mesma entidade passe a disseminar a informações
para os consumidores terem a devida noção dos direitos a quem não conhece e não faz o uso
dele, proporcionando o a consumir produtos até de baixa qualidade e direito a garantia ou
devolução da quebra do produto. compra dos produtos que os fornecedores, lojas,
supermercado.
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Bibliografia
Cabral, P. (1986). Propaganda – A alquimia da sociedade industrial. Companhia Editora
Nacional: São Paulo.

Procon (2020). Noções Básicas sobre Direitos do Consumidor. Brasil.

Decreto-Lei-n_(27.2016). Lei-da-Defesa-do-Consumidor.

Regulamento Interno da Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE)- (2021).


Imprensa Nacional de Moçambique, E. p.

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