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ESTUDO DO FENÔMENTO DE CAVITAÇÃO EM BOMBAS HIDRÁULICAS

Ana MORAES, Everton KOBAYASHI, Marcos BARRA, Vitor CASTRO.

Orientador: Manoel SENA


Curso de Engenharia Mecânica. Instituto de Estudo Superior da Amazônia – IESAM
Av. Governador José Malcher, 1148-66.055-260-Belém-Pa.

RESUMO – Este artigo mostra teoricamente o processo de cavitação decorrente em bombas hidráulicas. Será
descrito o mecanismo de formação das bolhas de vapor, as consequências decorrentes de seu colapso.
Abordaremos algumas formas e soluções que possam amenizar a ação do fenômeno nos principais componente
das bombas. Em particular, aspectos da Física, Desenho Assistido por Computador e da Matemática, serão
abordados, afim de aprofundamento dos conceitos apresentados.

Palavras-chave: Bombas, Bolhas de Vapor, Erosão.

STUDY FENÔMENTO CAVITATION IN HYDRAULIC PUMPS

ABSTRACT - This article shows theoretically the process of cavitation due to hydraulic
pumps. Will be described the mechanism of formation of vapor bubbles, the consequences of
its collapse. Describe some ways and solutions that can decrease the action of the
phenomenon in the main component of the bombs. In particular, aspects of Physics,
Computer Aided Design and Mathematics, will be addressed, in order to deepen the concepts
presented.

Keywords: Pumps, Vapor Bubbles, Erosion.

INTRODUÇÃO

Estudos afirmam que um dos grandes problemas no futuro da humanidade será a


falta de água, onde haverá a necessidade enorme de transportar água por longas distancias, e
hoje em dia as bombas hidráulicas é a melhor alternativa para este trabalho. Partindo dessa
necessidade, nos leva a elaboramos um estudo a respeito da perda de rendimento de Bombas
Hidráulicas, o que recai no foco central da nossa pesquisa, a análise do Fenômeno de
Cavitação.

Este artigo objetiva dar suporte teórico a respeito das causas e efeitos relacionados
ao fenômeno de cavitação em bombas hidráulicas, assim como oferecer soluções que
amenizem suas ocorrências. Ainda dará subsídios para elaboramos um futuro projeto, que será
a realização de um Ensaio de Cavitação em laboratório.

Partimos de pesquisas bibliográficas e documentais a respeito do assunto.


Realizamos pesquisas de campo, observando funcionamento real das bombas, assim como suas
instalações. Serão mostrados algumas imagens que possuem configurações decorrente das
consequências da cavitação.

I. O QUE É O FENÔMENO DE CAVITAÇÃO?

Cavitação vem do latim “cavus” que significa buraco ou cavidade, essa palavra é
utilizada para descrever o processo de nucleação, crescimento e colapso das cavidades (bolsas)
de vapor de água ou outros gases em fluídos. A cavitação se trata de um fenômeno físico
pertinente somente à fase líquida das substâncias, essas cavidades são formadas no interior de
um liquido quando a pressão estática desse líquido é reduzida abaixo de sua pressão de vapor,
em temperatura corrente. Podemos observar em diversos sistemas hidrodinâmico (bombas
hidráulicas, hélices de navios, bombas radiais, bombas centrífugas, turbinas e válvulas), sendo
sua presença indesejável, pois acarreta perda de eficiência do equipamento (KOIVULA, 2000)
e desgaste superficial por erosão. Para entender melhor sobre assunto faz-se necessário abordar
o conceito de pressão de vapor.

1.1. Pressão de vapor

A pressão de vapor de um líquido a uma determinada temperatura é aquela na qual


o fluido coexiste em suas fases liquido vapor, ou seja, é a pressão parcial da fase de vapor em
equilíbrio com a fase liquida. Assim, nessa mesma temperatura, se a pressão estática for maior
que a pressão de vapor, haverá somente fase liquida, caso essa pressão estática seja menor que
a pressão de vapor, haverá somente fase de vapor.

Fig. 01 – Curva de pressão de vapor

No gráfico da figura 01, observamos que a pressão de vapor de um líquido está em


uma relação diretamente proporcional com temperatura. De acordo com a análise da curva da
pressão de vapor desse líquido, podemos passar de uma fase para outra fazendo alterações nas
variáveis, por exemplo: manter a temperatura constante e variando a pressão; manter a pressão
constante e variando a temperatura; variando temperatura e pressão.

Um caso particular, que recai ao assunto de nossa pesquisa, quando se quer


provocar ebulição em um liquido, uma das maneiras é baixar a pressão estática, o que acaba
gerando as cavidades de vapor.

1.2. Conceituando o Fenômeno de Cavitação

Em posse do conceito de pressão de vapor, torna-se fácil compreendermos o


processo desse fenômeno. A queda da pressão estática ocorre com frequência em sistemas
hidráulicos, pois o fluido perde pressão ao longo do escoamento na tubulação de sucção.
Nesses sistemas, caso ocorra uma diminuição da pressão estática absoluta do fluido
transportado e se esta pressão se torne menor ou igual à pressão de vapor dessa substância,
pode ocorrer á vaporização instantânea do líquido, ocasionando a formação de bolhas de vapor
no líquido. Na figura 04 seguir mostra um esquema representando duas seções de um sistema
de sucção de bombas.
Fig. 02 – Sistema se duas seções de sução de bombas.

H 1−HP 1 ,2=H 2

( ) ( )
2 2
P1 V 1 P2 V 2
+ + Z 1 −HP 1 ,2= + + Z2
γ 2g γ 2g

Mas: V 1=V 2 e Z1 =Z 2

P1 P2
Então: =HP 1 ,2=
γ γ

P 2 P1
E portanto: = −HP 1, 2
γ γ

A formação dessas bolhas acarreta mudanças nas características do escoamento,


havendo oscilações no escoamento e vibrações na máquina tendo consequência a queda de
rendimento do sistema hidráulico. E ainda, com o colapso das bolhas ocorre um micro jato
d’água sobre a superfície e a formação de ondas de choque, ocasionando desgaste por erosão
(Brenner, 1995).

II. CONSEQUÊNCIAS DO FENÔMENO DE CAVITAÇÃO EM MÁQUINAS


HIDRÁULICAS

Nas bombas hidráulicas centrifugas ou radias, observamos as consequências


principalmente nos rotores, local esse onde ocorre um aumento da velocidade e queda de
pressão, condição propicia para o aparecimento do fenômeno de cavitação (Petermann e
Pfleiderer, 1979).

Umas das principais consequências é a erosão por cavitação. Considera-se que esta
erosão é provocada por dois fatores, apesar de não está totalmente esclarecidos, são eles: as
ondas de choques e micros jatos (Koivula, 2000).

O mecanismo de ondas de choque ocorre quando há simetrias nos colapsos das


bolhas distante das superfícies sólidas. Essas ondas de choque (colapso simétrico), são
consequência do colapso violento de milhares de bolhas de vapor que podem gerar ondas de
choque de até 1000 MPa (Gadag e Srinivasam, 1995). Este valor excede a tensão limite de
escoamento de vários materiais metálico e quando estas ondas de choque são direcionadas para
uma determinada região onde há uma superfície sólida, tem-se a erosão por cavitação.
Fig. 01 – Desenvolvimento da onda de choque (Adaptado KOIVULA, 2000)

Pode-se observar na Figura 02 o colapso da bolha a propagação da energia em todas as


direções.

O mecanismo de micro jatos por sua vez acontece quando o colapso da bolha
ocorre nas proximidades da superfície sólida, situação esta que provoca uma assimetria do
colapso das bolhas. Na figura 03 observamos como acontece esse mecanismo.

Fig. 02 – Desenvolvimento do colapso e do micro jato (Adaptado de BRENNER, 1995).

A assimetria é provocada pela diferença na taxa de aceleração para dentro da bolha,


ou seja, de um lado da bolha a aceleração é maior pra o interior devido à perturbação
ocasionada pela superfície sólida, formando micro-jato de alta velocidade que incidirá a
superfície, devido a grande pressão provocada pela alta velocidade de impacto, podem ocorrer
danos microscópicos na superfície sólida. Pois essas pressões podem exceder a resistência
mecânica dos materiais criando pontos de erosão. (Dular et al,. 2006).

Essa perda de matérias é facilmente percebida pela perda de rendimento dos


equipamentos. Em máquinas hidráulicas podem apresentar instabilidade no escoamento do
fluido, vibração, ruído excessivo. (Escaler et al., 2006).

Diante desses problemas causados pelo fenômeno de cavitação, o que fazer para
amenizar seus danos?

III. SOLUÇÕES PARA AMENIZAR O FENÔMENO DE CAVITAÇÃO

Para se evitar a cavitação uma das abordagens é a utilização de matérias resistentes


à corrosão por cavitação como: alumínio, bronze, aço fundido, aço doce laminado, bronze
fosforoso, bronze manganês; aço níquel; aço cromo; ligas de aços inoxidáveis especiais.

Vale citar um estudo Cristian Ramos da UFPR, em sua dissertação de mestrado,


Ligas Inoxidável resistentes à Cavitação por Plasma – PTA - ARAME, 2008 o qual faz
referência a ligas austeníticas ligadas ao Cobalto (Co), que apresentam mecanismo de
resistência á cavitação baseado no endurecimento superficial, associado ás transformações de
fase γ →α ' e/ou γ → ε (fase “γ austenita; fase α martensita cúbica de corpo centrado; fase ε
martensita hexagonal compacta) geradas por deformações oriundas dos colapsos das bolhas
e/ou microjatos contra a superfície. Contudo a rigor não existe nenhum material que não seja
afetado pelo fenômeno. Outra alternativa seria revestir o rotores com material que absorvam
impactos como elastômeros (neoprene, poliuretano, estireno-butadieno entre outros) ou com
materiais cerâmicos com elevada dureza.

Outra abordagem é construir as bombas com determinadas características que


dificultam a vaporização do líquido. Em bombas radias: pequenos valores da relação entre os
diâmetros de entrada e saída das pás, número suficiente grande de pás, pequeno valor para
velocidade radial com pequenas alturas de pás, se houver fortes curvaturas à entrada utilizar
pequeno valor para o ângulo β 1 (Potter & Wiggert, 1894. pág. 532) das pás. Em bombas de
múltiplos estágios: pequeno valor para a altura de elevação para cada rotor. Bombas axiais:
pequeno valor da relação entre comprimento axial das pás e o raio (pás mais alongadas),
velocidade periférica elevada.

A adequação do projeto da linha de sucção minimizando o aparecimento de baixas


pressões, também evita a presença de cavitação. Normalmente, em bombas afogadas, ou seja,
onde a altura de aspiração está localizada acima do eixo da bomba, a cavitação praticamente é
eliminada. Podemos observar na figura 04 a seguir:

Bomba Afogada (sucção negativa)

Fig. 03- Condições de Cavitação.

Bomba não Afogada (sucção positiva)

Como nas linhas de sucção de uma bomba é o local onde geralmente as pressões
são baixas, são exatamente os locais onde se deve ter cuidado para que durante o bombeamento
de líquidos, a pressão não atinja a pressão de vaporização na temperatura que o líquido se
encontra. A altura geométrica de aspiração ou sucção de uma bomba é definida como a
distância vertical do centro do eixo da bomba e o nível de liquido no reservatório de sucção.
Como mostra na figura a seguir:

Para se evitar a cavitação, os fabricantes definem, em função da vazão, qual o valor


de energia que deve existir na flange de sucção da bomba para que na entrada do impelidor a
pressão esteja ainda superior à da vaporização. Esse valor denominado Net Positive Suction
Head (NPSH), altura de sucção positiva líquida.

3.1. Net Positive Suction Head (NPSH)

A altura de sucção positiva liquida é definida como a diferença entre a pressão


absoluta de estagnação no escoamento na aspiração da bomba e a pressão de vapor do líquido,
expressa em altura de líquido em escoamento ( Fox & McDonald, 1988).

Definem-se dois tipos de NPSH, a saber: NPSH requerido, ou simplesmente


NPSHr, este valor é fornecido pelos fabricantes, justamente com as curvas das bombas. Pode-se
definir como a carga exigida pela bomba para expirar o fluído do poço de sucção. NPSH
disponível, ou NPSHd, o qual representa a disponibilidade de pressão, ou energia, na
instalação. Esse valor na entrada da bomba deve ser maior do que a NPSHR para suprimir a
cavitação. Ou seja:

NPSHd ≥ NPSHr

As perdas de pressão na entrada da bomba podem ser reduzidas aumentando-se o


diâmetro do tubo de aspiração; por essa razão, muitas bombas centrífugas têm flanges ou
conexões maiores na entrada do que na saída (Fox & McDonald, 1988).

III.2. Cálculo do NPSHd e NPSHr

Fig. 04 – determinação da altura de sucção da bomba (Adaptado, MATAIX, 1986).

Para melhor compreensão, analisemos a figura acima. O ponto A é o nível do


liquido no tanque de sucção, onde há a presença da pressão atmosférica, o ponto E é a entrada
da bomba. Chama-se altura de sucção o valor Hs=Ze−Za . Na figura, fica claro que Hs>0 ,
neste caso a bomba está mais elevada que o nível do líquido. Devemos tomar como absolutas
todas as pressões relacionadas nas equações a seguir. A altura total de entrada da bomba
referida a Ze será:
2
Pe Ce
He= +
pg 2 g

Como ocorre perda de pressão até o liquido atinja a bomba, fica que a altura total
de sucção disponível HPSHd será:
2
Pe−Ps C e (I)
HPSHd= +
ρg 2g

Aplicando a equação de Bernoulli entre os pontos A e E, desprezamos a energia


2
Ce
cinética no tanque de sucção ( ≅ 0), se tem:
2g
2
Pa Pe Ce
+ Za−Hr A− E= + Ze+ (II)
ρg ρg 2g

Como: Ze−Za=Hs , logo:


2
Pa Pe C e
−Hs−Hr A −E = + .
ρg ρg 2 g

Enfim, de acordo com as equações I e II, resulta:

Pa−Ps
NPSHd= −Hs−Hr A −E
ρg

Pa = pressão absoluta no nível superior do tanque de sucção.

Ps = Pressão de saturação do apor bombeado.

Hs−Hr A −E = Carga perdida no tubo de sucção

Por outro lado, o NPSHr é normalmente obtido experimentalmente nas bancadas de


testes dos fabricantes, entre as diversas formas de se estimar este valor têm-se:

[ ]
NPSHr= ( V 2−V 1) /2 g +J bomba
2 2

Ou segundo a função de Sulzer (empresa fabricante de unidade de bombeamento):

NPSHr=( Fsulzer ) . N .(Q¿ ¿1 /2) ¿

Onde:

Fsulzer = Fator Sulzer – 0,3 a 0,5

N = Rotação – rps

Q = Vazão Volumétrica – m³/s

A expressão J bomba =σ . H , é relativa a perda de carga interna da bomba relacionada


à geometria da bomba e ao tipo de rotor. Sendo σ correspondente ao fator de cavitação (número
de Thoma), que mede a sensibilidade da bomba à cavitação. Quanto maior for σ menor será a
possibilidade da ocorrência da cavitação. Se o numero de Thoma diminui por decréscimo da
pressão estática ou por aumento da velocidade do escoamento, o fenômeno passa a ter uma
maior probabilidade de ocorrência. Este é obtido através da expressão:
4/3
σ =φ . N q

Sendo φ correspondente a um fator, cujos valores são mostrados de acordo com o tipo de
bomba. Mostrado na tabela seguinte:

Tabela 1-Valores obtidos em Mattos e Falco, 1998.

Valore de φ Tipo de bomba


0.0011 Centrífugas, lentas e normais
0,0013 Helicoidais, Hélico-axiais
0,00145 Axiais

N q , corresponde a rotação especifica, em rpm, e dado por:

n. √ Q
Nq=
H 3 /4

Onde: n = Rotação nominal da bomba, em rpm; Q = vazão, em m³/s 3 e H = altura


manométrica, em m.

Deve-se lembrar de que em instalações de bombeamento, as bombas não sofrerão


com o fenômeno se, o NPSHd ≥ NPSHr, na prática geralmente utiliza-se um fator de
segurança entre 10% a 15%, ou seja:

NPSHd ≥ 1.10 a 1.15 NPSHr

CONSIDERAÇÕES

O fenômeno de cavitação, apesar ser um assunto que pouco se é explorado em


livros, dando-nos a impressão de ser algo insignificante, em comparações a outros problemas
relacionados á perda de rendimento. Essa pesquisa nos levou ter uma visão totalmente
diferente, se conseguirmos evitar o máximo possível à ocorrência da cavitação, maior sucesso e
rendimento terão os projetos hidráulicos.

Nosso foco da pesquisa foi à ocorrência da cavitação em bombas hidráulicas, mas


no decorrer dos estudos nos deparamos com muitas situações, em que outros tipos
equipamentos, sofrem com também com o fenômeno. Equipamento muitas vezes de custo
muito alto, por exemplo, turbinas presentes em hidrelétricas, hélices de navios, etc.

Conclui-se que a melhor maneira, pelo menos a mais viável de se trabalhar, para
evitar a cavitação, é justamente atentar aos projetos de instalações hidráulicas, dimensiona-los
levando em consideração os diversos fatores mencionados no desenvolvimento do trabalho.

Esta pesquisa além de ampliar nosso conhecimento a respeito do Fenômeno de


Cavitação, nos deu suporte teórico, apesar de restrito, para disciplina de Mecânica dos Fluidos
e Tubomáquinas, nos foi ainda oportunizados por em prática conhecimentos teóricos básicos
das disciplinas do curso de engenharia mecânica.
REFERÊNCIAS

ANDRADE, Alan Sulato de. Máquinas Hidráulicas AT-087. Curitiba-PR. UFPR. 2012.
Disponível em:< http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasalan/AT087-Aula04.pdf>. Acesso em:
18 Abr. 2013.

FOX, R, W., McDonald, A.T., Introdução à mecânica dos Fluidos. 5ª ed. Livros Técnicos e
Científicos-LTC, 2001.

LOPES, F. A. C., Estimativas de Propriedades Mecânicas e Análise Estrutural Via Método


de Elementos Finitos de Hélices Navais Produzidos na Amazônia. Trabalho de Conclusão
de Curso (Engenharia Mecânica)- UFPA. Belém-PA, 2003.

MATAIX, Claudio. Mecanica de Fluidos y Maquinas Hidraulicas. 2 ed. Madrid-


ES:Ediciones Del Castillo,S. A. 1986.

MATTOS, E. E de, FALCO, R de. Bombas Insdustriais. 2ª ed. Editora Interciência- EI, 1998.

PETRY, Bela. Ensaios de Cavitação nas Bombas Hidráulicas. Artigo Científico.


Universidade de Budapeste. REVISTA DAE, 1976.

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