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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BIANCHI, M. D; VILLELA, C. L. MEDICINA VETERINÁRIA – A HISTÓRIA DA

ARTE DE CURAR ANIMAIS (PARTE I). Bol. Med. Vet. – UNIPINHAL – Espírito

Santo do Pinhal – SP, v. 01, n. 01, p. 05-11, 2005.

Com a fixação dos nômades pré-históricos em territórios específicos, iniciaram-se as grandes


civilizações e a domesticação dos animais. Estes sendo utilizados para inúmeros propósitos ao
longo da história.

A medicina animal se desenvolveu paralelamente à medicina humana. Nas tribos primitivas


os cuidados eram, geralmente, administrados pelos mais velhos do grupo em suas posições de
destaque como curandeiros, feiticeiros e etc. Estes acontecimentos ficaram retratados nas
pinturas rupestres.

As sociedades humanas ao longo da história aceitavam ou rejeitavam os animais de acordo


com suas crenças e culturas variadas.

A desaprovação do consumo de carne pelas culturas cristãs, judias e muçulmanas em relação


a sua suscetível contaminação por enfermidades é um dos primeiros relatos de profilaxia para
com zoonoses.

Na Idade Média, a adoração para com os animais deu lugar ao antropocentrismo. Descartes
propunha que os animais eram insensíveis à dor e, por conta disso, muitas cirurgias com
finalidade de estudo anatômico foram realizadas em animais vivos sem o uso de anestésicos.

Jeremy Bentham foi contra o pensamento antropocêntrico com a teoria de que todas as
criaturas eram capazes de sofrer e deveriam ser protegidas por lei.

Há relatos escritos de tratamentos de doenças em animais, diagnósticos e outras coisas do tipo


em documentos como o "Papiro de Kahoun", encontrado no Egito e datado de 4000 a.C. No
código de leis de Hammurabi também há referências às responsabilidades atribuídas aos
médicos veterinários.

O tratado de agricultura "Kiran Al Falahah", do século XII, possui quatro de seus 34 capítulos
dedicados à medicina de bovinos, equinos, ovinos e camelos. Tal documento descreve, entre
várias outras coisas, o manejo e principais doenças destes animais.
A obra ‘Hippiatrika’ traz informações sobre a atuação de médicos veterinários na civilização
greco-romana até o século X. 121 capítulos da obra foram escritos por Apsirtos, considerado
atualmente o pai da Medicina Veterinária.

Um dos mais antigos registros históricos relacionados a arte de curar foi encontrado na China
e traz informações sobre quatro grandes nomes históricos ligados ao tópico no país.

Há registros de que há 10.000 anos, os egípcios que habitavam próximo ao Rio Nilo
estimavam os animais tal qual seus próprios semelhantes. Os animais dos faraós, inclusive,
eram tratados pelos médicos da realeza.

Há várias hipóteses e especulações sobre a origem do termo "veterinário". Sendo o cavalo um


dos primeiros animais a deter a atenção dos humanos, o termo hipiatra — médico de cavalos
— era usado nas antigas civilizações latinas para identificar os profissionais que cuidavam de
equinos.

O cavalo foi o animal que instigou Claude Bourgelat a criar a primeira escola veterinária em
1762, situada em Lyon.

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