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Aula 03

Ministério do Trabalho (Auditor Fiscal do


Trabalho - AFT) Economia do Trabalho -
2023 (Pré-Edital)

Autor:
Celso Natale

21 de Julho de 2023

15957811700 - JORGE FRANKLIN OLIVEIRA HENRIQUES JUNIOR


Celso Natale
Aula 03

SUMÁRIO
1 Equilíbrio no Mercado de Trabalho ................................................................................................. 3

1.1 Curva de demanda por trabalho ................................................................................................. 3

1.2 Curva de oferta de trabalho ...................................................................................................... 15

1.3 Elasticidade-Preço da Oferta .................................................................................................... 16

2 Equilíbrio em um mercado competitivo....................................................................................... 17

2.1 Excedente do trabalhador e da empresa ............................................................................... 18

2.2 Mudanças no equilíbrio ............................................................................................................. 22

3 Equilíbrio competitivo entre mercados ........................................................................................ 24

4 Intervenção Governamental........................................................................................................... 26

4.1 Salário-mínimo ............................................................................................................................ 26

4.2 Impostos e subsídios ................................................................................................................. 29

5 Mercados não competitivos ........................................................................................................... 34

5.1 Monopsônio ................................................................................................................................ 34

Referências Bibliográficas ...................................................................................................................... 38

Resumo ..................................................................................................................................................... 39

Questões Comentadas........................................................................................................................... 41

Lista de Questões.................................................................................................................................... 59

Gabarito.................................................................................................................................................... 66

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INTRODUÇÃO
Saudações!

Nesta aula, daremos atenção ao Equilíbrio no mercado de trabalho.

2.3 O equilíbrio no mercado de trabalho. O modelo competitivo e modelos não


competitivos. 5.1 A intervenção governamental: política salarial e políticas de
emprego.

Apesar de serem assuntos fascinantes e muito “cobráveis”, não há muitas questões sobre o tema,
então elaborei várias para ajudar a fixar os conceitos.

Agora vamos direto ao assunto. E se tiver dúvidas já sabe: fale comigo!

Boa aula!

@profcelsonatale

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1 EQUILÍBRIO NO MERCADO DE TRABALHO


Tanto a demanda por trabalho quanto a oferta de trabalho dependem, principalmente, de
uma variável: o SALÁRIO.

Você pode estar pensando: Ora, ora, temos um Sherlock por aqui!

E tudo bem. Realmente, é uma obviedade. O salário é definitivamente a variável mais importante
na determinação do equilíbrio do mercado de trabalho.

Afinal, com base nos salários:

• os trabalhadores tomam suas decisões sobre quanto trabalho ofertar; e


• as empresas tomam suas decisões sobre quanto trabalho demandas...

Então, existe determinado nível salarial, ou seja, um valor do salário de mercado, que resultará
em iguais quantidades demanda e ofertada de trabalho.

Sendo assim, para nossos propósitos, convém definir o que é esse tal de equilíbrio.

EQUILÍBRIO NO MERCADO DE TRABALHO

Situação na qual o nível de salário é tal que a quantidade ofertada de trabalho é


igual à quantidade demandada de trabalho, havendo tendência de que continue
assim, exceto se houver alguma mudança externa.

Agora, vamos revisitar a demanda por trabalho e a oferta de trabalho, sob uma perspectiva um
pouco diferente e, felizmente, mais simples, definindo suas curvas.

É o que precisamos para compreender e desenvolver o equilíbrio

1.1 Curva de demanda por trabalho

Vamos supor, inicialmente, que exista, no nosso mercado fictício, uma única empresa disposta a
pagar salários de até R$7.000 para contratar um trabalhador. Vamos chamar essa empresa de
Alfa.

Sabemos que a Alfa faz isso porque é lucrativo para ela, por causa de sua estrutura de custos etc.
Mas isso não é o mais importante agora.

O que devemos saber, para nossos fins atuais, é que ao salário de R$7.000 somente um
trabalhador será contratado.

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Vamos colocar isso numa tabela?

Salário (em reais) Quantidade


demandada de
trabalho
7.000 1

Ok. Já podemos continuar...

Depois Alfa, temos duas pessoas – que vamos chamar de Beta e Gama – dispostas a pagar, no
máximo, R$5.500 de salário para um trabalhador.

Até aqui, se o salário for fixado em R$5.500, três trabalhadores serão demandados, certo?

Afinal, Alfa está disposta a pagar até R$7.000, então ficará feliz em pagar R$5.500 (isso significa
que ela terá um lucro), enquanto Beta e Gama pagam, no máximo exatamente, esse salário.

Então, vamos colocar essa informação em nossa tabela:

Salário (em reais) Quantidade


demandada de
trabalho
7.000 1
5.500 3

Agora, voltando ao nosso cenário...

Para podermos montar nossa curva de demanda, vamos dizer que existem mais três empresas
(Delta, Epsilon e Zeta, se quiser) que pagariam, no máximo, R$5.000 para um trabalhador.

Portanto, ao salário de R$5.000, 6 unidades de trabalho serão demandadas. Está


acompanhando?

Com essas seis empresas, finalizamos a nossa tabela da demanda, a partir da qual derivaremos
a curva da demanda por trabalho.

Salário (em reais) Quantidade


demandada de
trabalho
7.000 1
5.500 3
5.000 6

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Para começar a desenhar a curva da demanda, vamos convencionar, como é na Economia, que
no eixo horizontal (também chamado eixo das abcissas1), vamos demonstrar as quantidades
demandas de trabalho, que representamos pela palavra “Emprego”:

Quanto mais para a direita, maior a quantidade demandada de trabalho.

No eixo vertical, ou eixo das ordenadas, vamos colocar os valores de “salário”. Quanto mais alto
o salário estiver no eixo vertical, bem... maior será o salário:

Combinando os dois eixos, temos nosso gráfico em duas dimensões: Salário e Emprego:

Mas ainda falta alguma coisa... Sim! É a curva da demanda por trabalho. Para construir a curva,
vamos transformar cada linha da tabela em um ponto no gráfico:

1
Para lembrar: as abcissas ficam abaixo.

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Mas talvez você esteja pensando: “Ok, professor... mas só vejo três pontos. Não tem curva
nenhuma aí!”.

E você tem razão! Fizemos uso de uma simplificação enorme ao construir nossa tabela: apenas
6 empresas.

Em um mercado competitivo, por definição, existem inúmeras empresas que dispostas a pagar
diferentes salários máximos.

Há quem esteja disposto a pagar R$6.500, mas há também quem pague até R$6.499,99, por
exemplo.

Ao acrescentar essas várias empresas no modelo, como se ligássemos os pontos do gráfico


anterior, poderíamos nos deparar com uma curva de demanda mais realista:

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E essa é uma verdadeira curva da demanda por trabalho, e dela podemos tirar algumas
conclusões muito importantes para nossos propósitos:

Veja que a curva da demanda por trabalho é decrescente. Isso significa que
quando diminuímos o salário, a quantidade demandada por trabalho aumenta.

É exatamente isso que o gráfico nos diz: se o salário é R$7.000, a quantidade


demandada é 1 unidade; se o salário é R$5.500, a quantidade é 3; e se o salário
é R$5.000, a quantidade será 6.

Isso decorre da lei da demanda, que nos diz que preço (salário, no caso) e
quantidade demandada são inversamente relacionados: quando um cresce,
o outro diminui. Vale para os mercados de bens e serviços, e vale para o mercado
de trabalho.

Isso é o que há de mais importante na curva da demanda. Por isso, vamos usar uma “curva”
simplificada: uma reta, como esta:

Não se preocupe com o nome. Ela continuará sendo uma curva de demanda, pois continuará
estabelecendo a relação entre as variáveis salário e quantidade demandada da forma certa:
inversamente relacionados.

Você acaba de entender um conceito muito importante. Vamos ao próximo!

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1.1.1 Elasticidade da demanda

Você já entendeu que quanto menor o salário, maior será a quantidade demandada por
trabalho, certo? Quanto maior o salário, menor a quantidade demandada.

Contudo, pode ser interessante saber qual será o tamanho da variação na quantidade
demandada de trabalho diante de uma variação no salário.

E essa medida é o que chamamos de elasticidade.

O nome completo e mais informativo seria elasticidade da demanda por trabalho em relação
ao salário, mas vamos chamar apenas de elasticidade da demanda.

Ela compara duas coisas:

• a variação percentual na quantidade demandada de trabalho com


• a variação percentual do salário.

Isso fica mais fácil de ver na curva da demanda, então vamos direto a ela.

Repare que nossa curva tem dois momentos: M1 e M2.

Em M1, o salário está em R$80,00 (como mostra a linha pontilhada horizontal mais acima), e a
quantidade de trabalho demandada é de 10 unidades.

Em M2, o salário passou a ser R$60,00, e a quantidade demandada subiu para 25 unidades. Isso
era esperado; afinal, quando o salário cai, a quantidade demandada sobe.

Analisando mais a fundo, vemos que o salário variou -25% (de R$80 para R$60) e isso causou
uma variação de +150% na quantidade demandada (de 10 para 25).

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Cálculo de variação percentual em 4 passos

1. Escreva o valor inicial (V0) e o valor final (V1)


Por exemplo, digamos que seu salário aumentou de R$20.000 (valor inicial, ou
V0) para R$26.000 (valor final, ou V1).

2. Determine a diferença entre esses valores


Basta subtrair o valor inicial do valor final. No exemplo: 26.000 – 20.000 = 6.000.

3. Divida a diferença pelo valor inicial (V0)


Então, temos que fazer 6.000 ÷ 20.000 = 0,3

4. Multiplique o resultado por 100


Simplesmente 0,3 x 100 = 30%. Houve aumento de 30% no salário. Nada mal...

A fórmula da variação percentual fica assim:

V1 - V0
V0

Você percebeu que, no nosso exemplo, mesmo o salário caindo relativamente pouco, a
quantidade demandada aumentou muito?

Agora faço um desafio: você acha que essas empresas são sensíveis (reagem fortemente às
mudanças salariais, são elásticos) ou insensíveis (reagem pouco, são inelásticos)?

Certamente são muito sensíveis, são muito elásticas, reagem fortemente às mudanças salariais –
nesse caso, uma pequena redução no salário levou a uma “explosão” na demanda por
trabalhadores.

Deve ser uma demanda elástica em relação ao salário.

Mas para podermos afirmar se uma demanda é elástica ou inelástica em relação ao salário,
precisamos aprender, finalmente, a calcular a elasticidade da demanda.

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A fórmula também pode ser escrita assim:

O símbolo ∆ (lê-se delta) significa variação.

No nosso exemplo anterior, a variação da quantidade demandada foi de +150%, diante de uma
variação do salário de -25%. Vamos calcular nossa elasticidade.

Elasticidade da demanda= +150/-25 = -6

A elasticidade da demanda desse mercado é de -6.

Aqui cabe uma observação. A elasticidade da demanda será negativa, pois salário e quantidade
demandada andam em direções opostas (quando um deles aumenta, o outro diminui).

Por esse motivo, os economistas (e as bancas de concurso) costumam omitir esse sinal de
negativo, para não ter de repeti-lo o tempo todo.

Podemos dizer simplesmente que a elasticidade da demanda é 6. “Mas professor, e se a questão


tiver uma alternativa -6 e outra 6?” Aí pode marcar o negativo mesmo.

(ANAC/Analista Administrativo)
A relação entre preço e quantidade demandada é direta, logo o valor da elasticidade-preço da
demanda será sempre negativo.
Comentários:
Para começar a relação entre preço (incluindo salários) e quantidade demandada é, em regra,
inversa, e não direta. Isso quer dizer que eles andam em direções opostas: quando o preço
aumenta, cai a quantidade demandada, e vice-versa.
Dizer que será negativa, no contexto estrito de Economia do Trabalho, estaria correto.
Gabarito: Errado

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A elasticidade da demanda pode ser classificada em cinco graus:

• Demanda Perfeitamente Inelástica: Elasticidade igual a 0 (zero);


• Demanda Inelástica: Elasticidade maior que 0 e menor que 1;
• Demanda de Elasticidade Unitária: Elasticidade igual a 1;
• Demanda Elástica: Elasticidade maior do que 1 e menor do que ∞ (infinito);
• Demanda Infinitamente Elástica: Elasticidade igual a ∞.

Perceba que o menor grau é quando não tem elasticidade nenhuma, indicando que as empresas
“não estão nem aí” para mudanças salariais. Continuarão contratando a mesma quantidade.

E o maior grau é quando a elasticidade é infinita.

Precisamos saber identificar, por meio da curva de demanda, qual é o grau da elasticidade da
demanda. Vamos começar!

1.1.1.1 Demanda perfeitamente inelástica

Quando a demanda é perfeitamente inelástica em relação ao salário, como no caso dessa curva
acima, não importa para onde vá o salário, que a quantidade demandada continua exatamente
a mesma.

Vamos calcular:

Variação % da quantidade demandada 0


= =0
Variação % do salário -25

Zero divido por qualquer número é igual a zero.

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E assim é a demanda perfeitamente inelástica: igual a zero, não tem elasticidade nenhuma, pode
mudar o salário à vontade que a quantidade demandada será sempre a mesma (10, no gráfico
exemplificativo).

1.1.1.2 Demanda inelástica

Dessa vez, uma variação de -75% no salário levou ao aumento de 20% na quantidade
demandada de trabalho.

A elasticidade será de aproximadamente 0,27 e, portanto, inelástica (abaixo de 1).

Nesse caso, a variação da quantidade demandada (20%) é proporcionalmente menor do que a


variação do salário (75%).

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1.1.2 Demanda Elástica

Essa curva você já conhece. É a mesma que usamos no começo do tópico.

Variação % da quantidade demandada 150


= =-6
Variação % do preço -25

A elasticidade é igual a 6. Significa que é maior que 1 e menor do que ∞, o que a torna uma
demanda elástica em relação ao salário.

1.1.3 Demanda Infinitamente (perfeitamente) elástica

A demanda pode ser, também, perfeitamente elástica, quando seu valor tende ao infinito.

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Quando é infinitamente elástica, a determinado salário, as empresas demandarão qualquer


quantidade (dependerá da oferta).

Aqui, no nosso caso, a R$40, as empresas podem demandar 10, 30, 50... mas também 17, 328,
1.598.124 unidades etc. Vai depender da oferta...

Se o salário subir, a demanda vai para zero, ou seja, ninguém vai querer contratar mais. Se o
salário cair, a demanda tenderá ao infinito.

Para nunca confundir, lembre-se de um arco e flecha, onde a força aplicada é a


mudança no salário, e a distância alcançada pela flecha é a mudança na
quantidade.

Se o arco for elástico/flexível, uma pequena força aplicada ao puxar a corda


(mudança no salário), será suficientemente para mandar a flecha bem longe
(mudança na quantidade). Por outro lado, se a estrutura for rígida (inelástica),
será preciso muita força (grande mudança no salário) para lançar a flecha.

Já sabemos que a curva de demanda por trabalho pode ser mais ou menos elástica. Agora, resta
saber quais fatores determinam essa elasticidade.

1.1.4 Fatores que determinam a elasticidade da demanda por trabalho

A elasticidade da demanda por trabalho é influenciada por vários fatores que afetam a
sensibilidade da quantidade de trabalho demandada em resposta a mudanças nos salários ou
condições de trabalho. Alguns dos principais fatores que determinam a elasticidade da demanda
por trabalho incluem:

• Substitutibilidade do trabalho: A disponibilidade de substitutos para determinados


tipos de trabalho pode afetar a elasticidade da demanda. Se os trabalhadores podem ser
facilmente substituídos por outros com habilidades semelhantes, a demanda por um tipo
específico de trabalho tende a ser mais elástica.

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• Necessidade de habilidades específicas: Se os trabalhadores possuem habilidades


únicas ou especializadas que não são facilmente encontradas em outros candidatos, a
demanda por esses trabalhadores pode ser menos sensível a mudanças salariais,
tornando-a menos elástica.
• Disponibilidade de capital e tecnologia: Quanto maior o investimento em capital e
tecnologia em um setor, maior a probabilidade de a demanda por trabalho ser elástica, já
que a substituição de trabalhadores por máquinas pode ser mais viável. Nesse caso,
aumentos de salários levariam a uma grande queda na demanda por trabalho.
• Natureza competitiva do mercado: Em mercados de trabalho altamente competitivos,
as empresas podem ter menos margem para ajustar os salários, tornando a demanda por
trabalho mais inelástica.
• Custo do trabalho em relação ao custo total: Se o custo do trabalho for uma parcela
significativa do custo total de produção, as empresas podem ser mais sensíveis a variações
nos salários, tornando a demanda por trabalho mais elástica.

É importante ressaltar que a elasticidade da demanda por trabalho pode variar de acordo com
as condições específicas do mercado e da economia em um determinado momento. Cada setor
e ocupação podem ter suas características distintas que influenciam a elasticidade da demanda
por trabalho.

1.2 Curva de oferta de trabalho

Com que aprendemos sobre a curva de demanda, construiremos bem mais rapidamente a curva
de oferta de trabalho.

Assim como acontece com a demanda, a curva da oferta é a demonstração gráfica da quantidade
ofertada de trabalho para cada nível de salário.

Contudo, há uma diferença substancial: quanto maior o salário, maior a oferta!

Isso acontece porque quem define a oferta é o trabalhador, e, para ele, quanto maior for o salário,
mais interessante será trabalhar (abdicando de lazer, certo?).

Sendo que cada trabalhador possui o que chamamos “Salário de reserva”. Por exemplo: se o
salário de reserva de determinado trabalhador por de R$5.000, significa que ele está disposto a
trabalhador por, pelo menos, R$5.000. Obviamente, ninguém é bobo, então ele também
trabalhará por salários superiores.

Salário de Reserva
É o menor salário que cada trabalhador está disposto a receber para ofertar sua
força de trabalho.
Cada trabalhador tem o seu próprio salário de reserva, alguns os têm maiores,
outros menores, mas todos os definem avaliando o custo-benefício de
trabalhar, ou seja, comparando-se as horas de lazer perdidas em comparação
com a remuneração que proporciona o consumo.

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Então, vamos direto para a nossa curva de oferta de trabalho, que também é traçada
considerando as variáveis Salário e Emprego.

Veja que a curva da oferta de trabalho é ascendente/crescente/positivamente inclinada. Os


três nomes podem ser usados para descrevê-la.

Isso porque a relação entre salário e quantidade ofertada de trabalho é positiva.

1.3 Elasticidade da Oferta

Boas notícias! A elasticidade da oferta é muito semelhante à elasticidade da demanda, com a


diferença de que agora veremos a variação na quantidade ofertada de trabalho diante de uma
mudança de salários.

Em outras palavras, aborda-se o ponto de vista do trabalhador.

A fórmula também pode ser escrita assim:

Viu só? É a mesma coisa.

Até aqui, acho que tudo está fazendo sentido, certo? Então, daremos um passo adiante.

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2 EQUILÍBRIO EM UM MERCADO COMPETITIVO


Pois bem! Lá no início deste tópico, vimos que existe um determinado valor salarial que fará com
que a quantidade demandada seja igual à quantidade ofertada. Colocando as duas curvas no
mesmo gráfico, fica simples visualizar esse salário de equilíbrio (w*):

Lembre-se que utilizamos o “w” de “wages” (salário em inglês), enquanto o asterisco serve para
representar uma situação de equilíbrio.

Ao salário de equilíbrio (w*), a quantidade demandada de trabalho e a quantidade ofertada de


trabalho são iguais, determinando o chamado emprego de equilíbrio (E*).

Assim, no mercado de trabalho, são determinadas duas variáveis: nível de emprego e


salário nominal.

No mercado de trabalho são determinadas duas variáveis:

Nível ou Taxa de Emprego

Salário Nominal ou Monetário

Por isso, chamamos essas variáveis de endógenas (“de dentro”).

Apenas para esclarecer: o salário nominal (ou monetário) é aquele que usamos comumente, é
aquele que aparece nos holerites, contracheques, leis e noticiários. Os salários reais, por outro
lado, descontam a inflação, pois medem quanto a remuneração do trabalho compra em bens e
serviços.

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2.1 Excedente do trabalhador e da empresa

O equilíbrio no mercado competitivo é dito eficiente. Mas o que isso significa?

Significa que a situação gera a melhor situação possível para trabalhadores e empresas, sem
“desperdícios”. E isso vai ficar mais fácil de ver quando analisarmos o gráfico de equilíbrio,
acrescentando alguns números.

Veja o gráfico e, na sequência, algumas explicações:

Para começar, note que o salário de equilíbrio é de 50. Pode ser 50 reais por dia, ou 50 mil por
ano. A unidade importa menos agora.

O nível de emprego é 10, ou seja, a quantidade demandada e ofertada de trabalho é de 10.


Novamente, pode ser 10 milhões, caso ache um número muito pequeno.

O importante vem a seguir.

Para começar, o trecho destacado a seguir, na curva de oferta de trabalho, demonstra pessoas
cujos salários de reserva são superiores ao salário de equilíbrio:

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Essas pessoas trabalhariam por exemplo, com salários de 60, 70, 80... mas não ofertarão sua
força de trabalho por 50, que é o salário de mercado.

Note, portanto, que essas pessoas não estarão tecnicamente desempregadas, porque não estão
dispostas a trabalhar e não estão procurando emprego pelo salário de mercado.

Do outro lado da curva também tem algo interessante. Peguei o exemplo de um indivíduo
qualquer que estaria disposto a trabalhar por um salário de 30:

Esse indivíduo tem salário de reserva de 30, mas irá trabalhar por 50, pois esse é o salário de
mercado. Portanto, ele terá um excedente (também chamado renda econômica) de 20, que é a
diferença entre seu salário de reserva e o salário de mercado.

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Mas ele é apenas um indivíduo. A curva de oferta de trabalho nos conta que tem gente que
estava disposto a trabalhar por 10, por 15, por 40, por 49... E todos eles terão algum excedente,
todos eles terão renda econômica.

O excedente total dos trabalhadores é a soma cada um desses excedentes individuais. Uma
forma simples de calcular isso é pela área do triângulo que fica acima da curva de oferta de
trabalho e abaixo do salário de mercado:

Lembra como calcular a área de um triângulo? Base vezes altura dividido por dois. Isso mesmo:

10 x 40 / 2 = 200

Sendo assim, nosso excedente total dos trabalhadores é de 200.

Podemos aplicar o mesmo raciocínio do lado das empresas contratantes. A curva de demanda
por trabalho conta que há empresas que pagariam 60, 62, 70, 80... Cada uma delas também terá
um excedente, pois o salário de mercado é inferior ao que estão dispostas a pagar.

O excedente total das empresas será dado pela área do triângulo acima do salário de equilíbrio,
mas abaixo da curva de demanda por trabalho:

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Calculando: 10 x 30 / 2 = 150

Aí está. O excedente das empresas, que significa literalmente lucro, seria de 150.

A soma dos excedentes no equilíbrio de um mercado competitivo é a soma do excedente dos


trabalhadores e do excedente das empresas, e ele será o máximo possível. No nosso exemplo,
com valores arbitrários, porém coerentes com o modelo, esse valor seria 350.

Sendo o excedente uma medida de “bem-estar”, dizemos que obter o maior excedente possível
é uma situação eficiente, e os ganhos de troca são máximos em um equilíbrio de mercado
competitivo.

E o equilíbrio tende a se manter.

Um salário acima do nível de equilíbrio significaria mais trabalhadores querendo trabalhar do


que empresas querendo contratar. Nesse cenário, não faz sentido as empresas pagarem esse
salário mais alto: elas reduziriam os salários pagos até o salário de equilíbrio.

Do outro lado, ou seja, se o salário fosse abaixo do equilíbrio, teríamos muitas empresas
querendo contratar e poucos trabalhadores dispostos a trabalhar. Para convencer mais
trabalhadores, o caminho é aumentar o salário.

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2.2 Mudanças no equilíbrio

O equilíbrio é a situação na qual salários e o nível de emprego tendem a se manter estáveis,


exceto casa ocorra alguma mudança.

Essa mudança é algo que altera a oferta ou a demanda por trabalho naquele mercado.

Portanto, o principal exemplo é a migração, de empresas ou de trabalhadores. Digamos que


estamos analisando o mercado de trabalho brasileiro. Nesse caso, um influxo migratório (entrada
de trabalhadores de outros países), levaria ao aumento da oferta de trabalho.

Esse aumento seria visualizado como um deslocamento para a direita da curva de oferta de
trabalho, e resultados importantes, que analisaremos na sequência:

O aumento da oferta de trabalho leva à redução dos salários (de w1* para w2*) e aumento no nível
de emprego (E1* para E2*). Isso faz sentido, né? Tem mais gente querendo trabalhar. Eles vão
conseguir, mas irão “puxar” os salários para baixo, afinal... tem mais gente querendo trabalhar!

Se fosse o inverso, ou seja, se os trabalhadores brasileiros estivessem indo embora do país,


teríamos tudo ao contrário: curva de oferta para a esquerda, aumento dos salários e redução do
emprego.

Agora, vamos olhar o aumento da demanda, que poderia ser resultado, por exemplo, da entrada
de novas empresas no país:

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A curva de demanda é que foi deslocado (D1 para D2). O resultado, nesse caso, foi o aumento no
emprego (E1* para E2*), mas, desta vez, acompanhado pelo aumento nos salários (w1* para w2*).

Mais uma vez, faz sentido, já que mais empresas querendo empregar gerarão novos empregos.
Contudo, elas também precisarão pagar mais para convencer mais trabalhadores, elevando os
salários.

Outro importante fator que afeta a demanda por trabalho é o aumento da procura pelos
produtos das empresas, o que as leva a querer produzir mais e, portanto, contratar mais.

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3 EQUILÍBRIO COMPETITIVO ENTRE MERCADOS


Até aqui, observamos um único mercado de trabalho, competitivo e isolado. Contudo, a
economia real é composta por muitos mercados, que interagem entre si, inclusive com migração
de trabalhadores e empresas de um mercado para o outro.

Por exemplo, podemos dividir o mercado de trabalho brasileiro em suas regiões. Cada uma
delas seria um mercado de trabalho distinto, e trabalhadores e empresas poderiam mudar de
uma região para a outra conforme suas conveniências.

Para simplificar o modelo que desenvolveremos e mantermos a abstração necessária, suponha


que o Brasil possui dois mercados de trabalho: Leste e Oeste.

Os gráficos abaixo apresentam as curvas de oferta e demanda de cada um dos mercados, bem
como seu salário de equilíbrio e nível de emprego:

Repare que o salário de equilíbrio no mercado Leste é superior ao mercado Oeste.

Se os trabalhadores podem migrar livremente entre os mercados/regiões, teremos uma


movimentação de trabalhadores do mercado Oeste para o mercado Leste, em busca de maiores
salários.

No gráfico, isso pode ser visto como:

1. O deslocamento para a direita da curva de oferta de trabalho no mercado Leste,


representando o aumento da oferta de trabalho decorrente da chegada dos
trabalhadores do mercado Oeste; e
2. O deslocamento para a esquerda da curva de oferta de trabalho no mercado Oeste,
representando a redução da oferta de trabalho decorrente da saída dos trabalhadores
rumo ao mercado Leste.

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Contudo, esses movimentos tendem a aumentar os salários no mercado Oeste, por causa da
redução da força de trabalho disponível, ao mesmo tempo em que reduz os salários no mercado
Leste, por causa do aumento da força de trabalho disponível.

Sendo assim, os incentivos para migração entre mercados desaparecem quando houver
convergência dos salários nos dois mercados:

O mesmo resultado seria observado caso, em vez dos trabalhadores, as empresas pudessem
migrar livremente. Contudo, teríamos o aumento da demanda por trabalho onde o salário é mais
baixo (curva de demanda para a direita) e redução da demanda por trabalho onde o salário é
mais alto (curva de demanda para a esquerda).

Portanto, quando há livre movimentação das empresas e/ou dos trabalhadores, o equilíbrio
entre diferentes mercados leva à convergência dos salários.

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4 INTERVENÇÃO GOVERNAMENTAL
Além dos fatores que já vimos, o governo também pode alterar a situação de equilíbrio do
mercado de trabalho.

Veremos, a seguir, como isso se dá.

4.1 Salário mínimo


▲ INCIDÊNCIA EM PROVA: ALTA

A política de salário mínimo é comum em muitos países, inclusive o Brasil, então dispensa
maiores explicações. Trata-se do menor salário que as empresas podem pagar aos
trabalhadores.

O que nos interessa é analisar os impactos dessa política no equilíbrio de mercado. Para tanto,
começamos com uma situação de equilíbrio onde, arbitrariamente, eu defini que o salário de
equilíbrio é de R$1000/mês, e o emprego é de 40 (milhões, se preferir).

Antes de inserirmos o salário mínimo nesse mercado, vamos calcular o excedente total, que você
sabe ser dado pelos triângulos destacados:

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Portanto, a situação antes do salário mínimo é:

• Salário de mercado: R$1.000


• Quantidade de empregados: 40
• Quantidade de desempregados: 0
• Excedente total: R$32.000
• Renda total (emprego X salário): R$40.000

Agora, digamos que o governo determinou um salário mínimo de R$1200, ou seja, nenhuma
empresa pode contratar abaixo de R$1200. Isso levará à seguinte situação:

Ao salário de R$1200:

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• A quantidade de trabalho que as empresas estão dispostas a contratar cai de 40 para 30;
• A quantidade de pessoas dispostas a trabalhar aumenta de 40 para 50;
• As empresas não são obrigadas a contratar, então a quantidade de emprego será 30.
• O resultado: desemprego de 20, com excesso de oferta e escassez de demanda.

Portanto, pela combinação acima, a política de salário mínimo fixado acima do salário de
equilíbrio provoca desemprego. De um lado, leva as empresas a demitirem, de outro, leva mais
pessoas a procurar emprego (sem encontrar).

A fixação de um salário mínimo binding (acima do nível de equilíbrio) levará ao


desemprego, com a quantidade de trabalho (emprego) determinada pelas
empresas, ou seja, pelo lado da demanda.

Mas não é só isso. Podemos avaliar, também, a perda de excedente. No novo excedente será o
seguinte:

Comparando com a situação inicial, fica clara a perda de excedente, que chamamos de “peso
morto”:

Dá até para calcular o peso morto: 10 x 400 / 2 = 2000.

E, dessa forma, após a fixação do salário mínimo, a situação passa a ser:

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• Salário de mercado: R$1.200


• Quantidade de empregados: 30
• Quantidade de desempregados: 20
• Excedente total: R$30.000
• Renda total: R$36.000

Embora não seja nossa intenção julgar o mérito desse tipo de política, convém acrescentar que
alguns trabalhadores serão beneficiados pela política. São aqueles que estavam trabalhando por
R$1.000 e conseguem não ser demitidos, o que não será a realidade da maioria das pessoas
nessa situação hipotética.

E, para finalizar o assunto, repare que um salário mínimo fixado abaixo do salário de equilíbrio
não teria nenhum efeito. Se o governo manda pagar pelos menos R$1.500, mas o mercado já
está pagando R$2.000, nada mudaria.

4.2 Impostos e subsídios

Além dos deslocamentos de empresas e trabalhadores, outro fator que tem impacto no
equilíbrio do mercado de trabalho é o governo.

Comecemos pelo caso de um imposto cobrado das empresas para cada trabalhador contratado,
o chamado “imposto sobre a folha de pagamento”.

Nesse caso, colocar alguns números arbitrários vai ajudar a construir o raciocínio. Vamos
começar com a situação de equilíbrio a seguir:

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Veja então que temos: 120 (milhões, se preferir) pessoas trabalhando, ao salário de equilíbrio de
R$1.000.

Então, para financiar um programa ou projeto qualquer, o governo determina um imposto de


R$200 para cada trabalhador contratado, a ser pago pelas empresas.

Portanto, para demonstrar essa causa (imposto) e conhecer seus efeitos, o adequado é
deslocarmos a curva de demanda por trabalho para baixo, em exatas 200 unidades monetárias:

Mas esse é apenas o primeiro passo. Lembre-se: o equilíbrio dar-se-á no ponto onde as curvas
de oferta e demanda se encontram. E o novo equilíbrio nos dará informações importantes:

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O novo equilíbrio ocorre com R$900 de salário e 100 empregos. Mas o mais interessante é notar
que:

• O custo por trabalhador, para as empresas, passa a ser de R$1.100. Afinal, elas pagam
R$900 de salário + R$200 de impostos.
• Além disso, há queda na quantidade de pessoas trabalhando: de 120 para 100. Isso é o
que chamamos de peso morto, e podemos calcular da mesma forma que fizemos com o
controle de salários.
• Contudo, as empresas não pagam os impostos sozinhas. Os trabalhadores, que recebiam
R$1.000, agora recebem R$900.

Por isso, as consequências de um imposto sobre a folha de pagamento são redução nas
quantidades de trabalho ofertadas e demandadas, algo que afeta, naturalmente, tanto as
empresas quanto os trabalhadores.

Mas mesmo sendo cobrado da empresa, o ônus dos impostos também recai, ainda que
parcialmente, sobre os trabalhadores.

Será sempre assim? Ou seja, o ônus do tributo ou imposto sempre será dividido entre
trabalhadores e empresas?

E a resposta é que: paga mais, quem é menos sensível às mudanças salariais.

Elaborando um pouco mais: se os trabalhadores forem menos sensíveis, ou seja, menos elásticos
às mudanças salariais, eles arcarão com a maior parte do ônus tributário.

Para deixar essa situação evidente, veja um caso extremo, onde os trabalhadores são totalmente
insensíveis e, portanto, a curva de oferta de trabalho é totalmente inelástica (vertical):

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Veja só: o deslocamento é o mesmo, porque o imposto é o mesmo – de R$200 por trabalhador.

Contudo, desta vez, o salário de equilíbrio passa de R$1.000 para R$800. Para as empresas, isso
significa que terão exatamente o mesmo custo por trabalhador que tinham antes da
implementação do imposto. Antes, o custo era de R$1.000, agora, o custo é de R$800 mais
R$200.

As empresas ainda conseguiram, diante desse cenário, manter a mesma quantidade de


trabalhadores (120), mesmo pagando um salário menor.

Portanto, os trabalhadores – totalmente inelásticos – arcaram com a totalidade do ônus


tributário: tiveram seus salários reduzidos na exata medida do imposto.

Se a situação fosse inversa, com as empresas totalmente inelásticas, seriam elas que arcariam
com o ônus tributário.

Faz sentido, portanto, que a parte mais tolerante (menos elástica) vai arcar com a maior parte do
imposto.

Por fim, cabe destacar que não faz diferença de quem é cobrado o imposto. Vamos voltar ao
exemplo inicial, mas, desta vez, vamos dizer que quem precisa pagar o governo é o trabalhador.

Teríamos, portanto, a curva de oferta de trabalho sendo deslocada para cima, indicando a
redução da oferta de trabalho:

Portanto, em termos práticos, o resultado é o mesmo, porque as elasticidades são as mesmas e


o imposto é o mesmo:

• queda no nível de emprego (120 para 100, ou seja, peso morto); e

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• repartição do ônus tributário. Os trabalhadores vêm aumento em seus salários, de


R$1.000 para R$1.100, mas precisam pagar R$200 de impostos.

Na prática, os trabalhadores estão pagando metade do imposto, enquanto as empresas estão


pagando a outra metade.

Por fim, vejamos o impacto de um subsídio – o “imposto invertido”, onde o governo paga em
vez de cobrar. Em nosso exemplo, vamos usar um subsídio de R$200, ou seja, o governo pagará
para as empresas esse valor para cada trabalhador contratado.

O efeito será um deslocamento da curva de demanda por trabalho para cima, pois as empresas
têm um incentivo para contratar mais:

O resultado é aumento no emprego (100 para 120) e também no salário. Contudo, com o
subsídio de R$200, os salários se elevam em apenas R$100. E a essa altura, você já sabe para
onde foram os outros R$100, correto?

Isso mesmo: o bônus do subsídio também é repartido entre empresas e trabalhadores na


medida de suas respectivas elasticidades.

No nosso exemplo, a repartição foi igual. Contudo, o lado menos sensível (mais inelástico), mais
uma vez, “se daria mal”, ficando com a menor parte do bônus, enquanto a outra parte embolsaria
a maior parte do subsídio.

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5 MERCADOS NÃO COMPETITIVOS


Até aqui, analisamos o equilíbrio em um mercado competitivo, o que significa que há um elevado
número de participantes, tanto trabalhadores quanto empresas, que competem pelos recursos
e, portanto, estabelecem um preço de mercado.

Além disso, o mercado competitivo supõe homogeneidade da força de trabalho. O que significa
que um trabalhador é tão apto quanto outro trabalhador qualquer.

Por consequência, também haveria homogeneidade dos contratantes. As empresas estariam


dispostas a contratar qualquer trabalhador, considerando apenas seu próprio custo marginal e
salários de reserva.

Nesses mercados competitivos, uma empresa poderia contratar qualquer quantidade de


trabalhadores ao preço de mercado. Afinal, há muitos trabalhadores, e a empresa,
individualmente, não é capaz de influenciar os preços de mercado.

Agora, voltaremos nossos olhos para algumas situações que estão no outro extremo quando há
apenas uma empresa contratante potencial de determinado grupo de trabalhadores.

É o chamado Monopsônio, um exemplo de mercado não competitivo.

5.1 Monopsônio

O monopsônio é como chamamos uma empresa que se depara com uma curva de oferta de
trabalho positivamente inclinada.

Isso a diferencia da empresa competitiva, não é? Enquanto a empresa competitiva pode


contratar qualquer quantidade de trabalhadores ao preço de mercado, a empresa monopsonista
é tão grande que influencia, sozinha, o salário de mercado.

Para uma empresa monopsonista contratar mais trabalhadores, ela precisa pagar salários mais
altos.

Um exemplo seria uma empresa mineradora em uma cidadezinha remota. Para contratar mais
trabalhadores, ela precisa elevar o salário a ponto de convencer as pessoas que atualmente não
estão trabalhando, por possuírem salários de reserva mais altos.

Agora, precisamos comparar o resultado do monopsônio com o mercado competitivo. Mas,


antes, é preciso saber que há dois tipos de monopsonista: o discriminador de salários e o não
discriminador de salários.

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5.1.1 Equilíbrio do monopsonista discriminador

Discriminar salários significa que a empresa tem a capacidade de pagar, para cada trabalhador,
seu respectivo salário de reserva.

Sendo assim, o monopsonista discriminador paga um salário mais baixo para o primeiro
trabalhador contratado. Ora, sempre tem alguém com salário de reserva mais baixo, não é?

Para o segundo trabalhador, ele precisa pagar um pouco mais, e assim por diante.

É como se o monopsonista discriminador “escalasse” a curva de oferta de trabalho, recolhendo


trabalhadores no caminho e pagando o salário de reserva de cada um deles. E isso é um
“superpoder” que fica claro no gráfico a seguir.

Apenas para ilustrar o que quero dizer, vamos nos concentrar na contratação do terceiro
trabalhador, quando a empresa ainda está em seu “caminho” contratando, ou seja, ainda não
chegou ao equilíbrio:

Se o mercado fosse competitivo, a empresa pagaria R$800 para contratar o terceiro trabalhador.
E pagaria esse valor porque, ainda assim, teria lucro.

Contudo, como consegue descobrir e pagar o exato salário de reserva do terceiro trabalhador,
a empresa pagará apenas R$300, ficando com um excedente total de R$500 apenas nesse
trabalhador, cujo excedente foi totalmente capturado pelo monopsonista.

Continuando nossa caminhada, a empresa continuará contratando até o ponto de equilíbrio,


onde o salário pago ao último trabalhador será igual ao valor que esse trabalhador gera para a
empresa (excedente zero), mas capturando excedentes no caminho:

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Portanto, o monopsonista discriminador de salários captura, para si, todo o excedente dos
trabalhadores.

Além disso, ele não gera peso morto, ou seja, o equilíbrio do monopsonista é eficiente. A
quantidade de trabalhadores contratados também é a mesma que seria em um mercado
competitivo.

5.1.2 Equilíbrio do monopsonista não discriminador

O monopsonista não discriminador paga o mesmo salário para todos os trabalhadores que
contrata.

Isso fará com que a empresa não possa simplesmente “andar” pela curva de oferta de trabalho,
pois cada trabalhador adicional precisará de um salário maior, e assim terá impacto nos salários
de todos os trabalhadores anteriores.

Veja o exemplo, passo a passo, que vai esclarecer essa questão:

1. Para contratar o primeiro trabalhador, o André, digamos que a empresa precisa pagar um
salário de R$5.000. Nesse caso, tanto o salário do primeiro trabalhador quanto o custo
para contratar um trabalhador adicional (custo marginal) são iguais a R$5.000.
2. Para contratar o segundo trabalhador, o Bruno, a empresa precisa pagar R$6.000, para o
Bruno e para o André!! Portanto, o salário dos trabalhadores é R$6.000, mas o custo
marginal foi de R$7.000. O salário é diferente do custo marginal.
3. Prosseguindo, a Carla pode ser contratada por R$7.000. Isso significa que o salário é
R$7.000, mas o custo marginal é de R$9.000, pois será preciso pagar:
a. R$7.000 para a Carla;
b. R$1.000 a mais para André e Bruno.

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Concluindo, você notou que o custo de contratação, que é aquilo que a empresa vai levar em
consideração na hora de avaliar se vale a pena contratar, é superior ao salário.

Significa que podemos traçar a curva de custo marginal acima da curva de oferta de trabalho:

O ponto a direita representa o equilíbrio do mercado competitivo, com w* e E*.

O ponto a esquerda mostra que o monopsonista não discriminador vai contratar até que o valor
de cada trabalhador (VM) iguale seu custo marginal de contratação (CMg). Contudo, ele
consegue pagar de salário (wM) um valor abaixo do que ele mesmo recebe do trabalhador, ou
seja, wM é menor que VM.

Além disso, o equilíbrio do monopsonista não discriminador é ineficiente, pois causa peso morto.

Repetindo porque é importante:

1. O monopsonista não discriminador contrata menos que no mercado competitivo;


2. O monopsonista não discriminador paga menos que no mercado competitivo;
3. O monopsonista não discriminador possui equilíbrio ineficiente.

Uma forma de mitigar esses problemas seria uma política de salário mínimo, que seria capaz de
elevar os salários e emprego, além de reduzir a ineficiência.

Por fim, há outro mercado não competitivo que, apesar do complexo desenvolvimento, tem
chance bem pequena de cair em prova, considerando o histórico. Estou falando do monopólio.

Por isso, vou me limitar a dar a solução (mantendo-me à disposição para indicar caso queira
aprofundar).

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O monopólio é um mercado no qual uma única empresa é a única ofertante do produto. Esse
fato leva a empresa monopolista a ter um comportamento diferente também no mercado de
trabalho, que se resume ao seguinte:

A empresa monopolista emprega menos trabalhadores que o mercado


competitivo, mas paga o mesmo salário (salário de mercado).

E isso, creio, basta para nossos propósitos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Armando Castelar Pinheiro Antônio José M. Porto Patricia Regina Pinheiro Sampaio. Direito e
economia do trabalho. FGV Editora. Edição do Kindle.

Borjas, George J. Economia do Trabalho – 5ª ed. – Porto Alegre: AMGH, 2012.

Pindyck, Robert; Rubinfeld, Daniel. Microeconomia (p. 63). Edição do Kindle.

Varian, Hal. Microeconomia - Uma Abordagem Moderna (p. 585). GEN Atlas. Edição do Kindle.

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RESUMO
• Equilíbrio no Mercado de Trabalho é a situação na qual o nível de salário é tal que a
quantidade ofertada de trabalho é igual à quantidade demandada de trabalho, havendo
tendência de que continue assim, exceto se houver alguma mudança externa.
• Como resultado da lei da demanda, a curva da demanda por trabalho é decrescente.


• A elasticidade da demanda pode ser classificada em cinco graus:
o Demanda Perfeitamente Inelástica: Elasticidade igual a 0 (zero);
o Demanda Inelástica: Elasticidade maior que 0 e menor que 1;
o Demanda de Elasticidade Unitária: Elasticidade igual a 1;
o Demanda Elástica: Elasticidade maior do que 1 e menor do que ∞ (infinito);
o Demanda Infinitamente Elástica: Elasticidade igual a ∞.
• Fatores que afetam a elasticidade da demanda:
o Diretamente (quanto mais, maior a elasticidade)
▪ Substitutibilidade do trabalho: relação direta
▪ Disponibilidade de capital e tecnologia
▪ Custo do trabalho em relação ao custo total
o Inversamente (quanto mais, menor a elasticidade)
▪ Necessidade de habilidades específicas
▪ Natureza competitiva do mercado
• Salário de reserva é o menor salário que cada trabalhador está disposto a receber para
ofertar sua força de trabalho
• A relação entre salário e quantidade ofertada de trabalho é positiva (curva ascendente)


• No mercado de trabalho são determinadas duas variáveis: Nível ou Taxa de Emprego e
Salário Nominal ou Monetário.
• Excedente do trabalhador: a soma da diferença entre os salários de reserva e o salário
de mercado, dado pela área do triângulo acima da curva de oferta e abaixo do salário de
equilíbrio.

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• Excedente das empresas: a soma da diferença entre os salários máximas que cada
empresa estava disposta a pagar e o salário de mercado, dado pela área do triângulo
abaixo da curva de demanda e acima do salário de equilíbrio.

• O equilíbrio no mercado de trabalho competitivo:


o obtém o maior excedente possível
o é uma situação eficiente, e
o os ganhos de troca são máximos
• Quando há livre movimentação das empresas e/ou dos trabalhadores, o equilíbrio entre
diferentes mercados leva à convergência dos salários
• A fixação de um salário mínimo binding (acima do nível de equilíbrio) levará ao
desemprego, com a menor quantidade de trabalho (emprego) determinada pelas
empresas, ou seja, pelo lado da demanda.
• O salário mínimo binding:
o causa peso morto
o reduz o excedente das empresas
o tem efeito ambíguo no excedente dos trabalhadores (uns passam a ganhar mais,
outros perdem o emprego)
• Um imposto sobre a folha de pagamento causa ineficiência, e tem seu ônus repartido de
maneira inversamente proporcional às elasticidades. O lado menos elástico paga a maior
parte.
• O monopsonista discriminador de salários:
o paga exatamente o salário de reserva de cada trabalhador.
o captura, para si, todo o excedente dos trabalhadores.
o não gera peso morto, ou seja, o equilíbrio do monopsonista é eficiente.
o contrata a mesma quantidade de trabalhadores que um mercado competitivo.
• O monopsonista não discriminador
o contrata menos que no mercado competitivo;
o paga menos que no mercado competitivo;
o possui equilíbrio ineficiente.

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QUESTÕES COMENTADAS
1. (INÉDITA/PROF. CELSO NATALE)
De acordo com a lei da demanda aplicada ao mercado de trabalho, a curva de demanda por
trabalho possui qual característica principal?
a) É uma curva vertical, indicando que a quantidade de trabalho demandada permanece
constante, independentemente das variações nos salários.
b) É uma curva horizontal, indicando que a quantidade de trabalho demandada varia
proporcionalmente aos salários oferecidos pelas empresas.
c) É uma curva ascendente, indicando que a quantidade de trabalho demandada aumenta à
medida que os salários oferecidos pelas empresas também aumentam.
d) É uma curva descendente, indicando que a quantidade de trabalho demandada diminui à
medida que os salários pelas empresas aumentam.
e) É uma curva elástica, indicando que a quantidade de trabalho demandada varia de forma
irregular e imprevisível em resposta às mudanças nos salários.

Comentários:

A lei de demanda diz que um “produto” qualquer (inclusive o trabalho) tem sua quantidade
demandada diminuída quando ocorrem aumentos nos preços.

Quando colocamos salário e emprego como variáveis nos eixos de um gráfico, temos que a curva
de demanda será descendente (ou decrescente), como afirmado na alternativa “d”.

Vejamos as demais alternativas.

a) É uma curva vertical, indicando que a quantidade de trabalho demandada permanece


constante, independentemente das variações nos salários.

Essa afirmação não condiz com a lei da demanda aplicada ao mercado de trabalho. De acordo
com a lei da demanda, quando o salário aumenta, a quantidade de trabalho demandada tende
a diminuir, e vice-versa, criando uma relação inversa entre salário e quantidade de trabalho
demandada.

A curva de demanda pode, teoricamente, ser vertical (totalmente inelástica), como vimos, mas
isso é uma exceção à lei da demanda.

b) É uma curva horizontal, indicando que a quantidade de trabalho demandada varia


proporcionalmente aos salários oferecidos pelas empresas.

Também seria possível uma curva de demanda horizontal, mas isso também seria exceção à lei
da demanda e tornaria a parte sobre as variações serem proporcionais equivocada.

c) É uma curva ascendente, indicando que a quantidade de trabalho demandada aumenta à


medida que os salários oferecidos pelas empresas também aumentam.

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Pelo contrário. Essa seria uma boa descrição para a curva de oferta de trabalho.

e) é uma curva elástica, indicando que a quantidade de trabalho demandada varia de forma
irregular e imprevisível em resposta às mudanças nos salários.

A curva de demanda por trabalho pode ser classificada como elástica, inelástica ou qualquer
outra classificação típica de elasticidade. Contudo, a lei da demanda simplesmente estabelece
que, em geral, quando os salários aumentam, a quantidade de trabalho demandada tende a
diminuir, mantendo-se uma relação inversa.

Gabarito: “d”

2. (INÉDITA/PROF. CELSO NATALE)


A elasticidade da demanda por trabalho é um conceito importante na economia do trabalho,
pois representa a sensibilidade da quantidade de trabalho demandada em relação a mudanças
nos salários ou condições de trabalho. Sobre os fatores que determinam a elasticidade da
demanda por trabalho, assinale a alternativa correta:
a) A elasticidade da demanda por trabalho é sempre baixa em setores de alta tecnologia, uma
vez que a substituição de trabalhadores por máquinas é mais viável nessas indústrias.
b) A disponibilidade de capital e tecnologia não tem impacto na elasticidade da demanda por
trabalho, uma vez que a tecnologia não substitui a mão de obra em nenhuma circunstância.
c) A elasticidade da demanda por trabalho é menor em mercados de trabalho competitivos,
onde as empresas têm menos flexibilidade para ajustar os salários conforme necessário.
d) A substitutibilidade do trabalho não influencia a elasticidade da demanda por trabalho, uma
vez que todas as habilidades são facilmente substituíveis no mercado de trabalho.
e) Se o custo do trabalho for uma parcela significativa do custo total de produção, as empresas
podem ser menos sensíveis a variações nos salários, tornando a demanda por trabalho mais
inelástica.

Comentários:

Vamos analisar cada uma das alternativas.

a) A elasticidade da demanda por trabalho é mais baixa em setores de alta tecnologia, uma vez
que a substituição de trabalhadores por máquinas é menos viável nessas indústrias.

Essa afirmação não está correta. A elasticidade da demanda por trabalho em setores de alta
tecnologia pode variar dependendo do grau de substituição possível entre trabalho humano e
máquinas. Em alguns casos, a demanda pode ser mais elástica se a automação for facilmente
implementada.

b) A disponibilidade de capital e tecnologia não tem impacto na elasticidade da demanda por


trabalho, uma vez que a tecnologia não substitui a mão de obra em nenhuma circunstância.

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Essa afirmação está incorreta. A disponibilidade de capital e tecnologia pode ter um impacto
significativo na elasticidade da demanda por trabalho. Quanto mais capital e tecnologia uma
empresa possui, maior a possibilidade de substituir mão de obra por máquinas, tornando a
demanda por trabalho mais elástica.

c) A elasticidade da demanda por trabalho é menor em mercados de trabalho competitivos, onde


as empresas têm menos flexibilidade para ajustar os salários conforme necessário.

Essa afirmação está correta. Em mercados de trabalho competitivos, as empresas têm menor
flexibilidade para ajustar os salários em resposta às variações na oferta e procura de trabalho, o
que pode tornar a demanda por trabalho menos elástica.

d) A substitutibilidade do trabalho não influencia a elasticidade da demanda por trabalho, uma


vez que todas as habilidades são facilmente substituíveis no mercado de trabalho.

Essa afirmação está incorreta. A substitutibilidade do trabalho é um fator importante na


elasticidade da demanda por trabalho. Se as habilidades dos trabalhadores são facilmente
substituíveis por outras, a demanda por um tipo específico de trabalho tende a ser mais elástica.

e) Se o custo do trabalho for uma parcela significativa do custo total de produção, as empresas
podem ser menos sensíveis a variações nos salários, tornando a demanda por trabalho mais
inelástica.

Pelo contrário. Se o trabalho representa uma grande parcela dos custos da empresa, ela tenderá
a ser mais sensível às mudanças salariais, ou seja, mais elásticas.

Gabarito: “c”

3. (2000/CEBRASPE-CESPE/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista)


Com base em um modelo de busca intertemporal de trabalho no qual nem desistência nem
demissão sejam permitidas, julgue o item abaixo.
O salário de reserva é fixado com base em uma análise custo-benefício.

Comentários:

De fato. Cada trabalhador tem o seu próprio salário de reserva, alguns os têm maiores, outros
menores, mas todos os definem avaliando o custo-benefício de trabalhar, ou seja,
comparando-se as horas de lazer perdidas em comparação com a remuneração que proporciona
o consumo.

Gabarito: Certo

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4. (2018/CETREDE/EMATERCE/Agente de ATER - Ciências Econômicas)


No mercado de trabalho, são determinadas quais das seguintes variáveis macroeconômicas?
a) Nível de emprego e salário monetário.
b) Salário real e salário monetário.
c) Nível de emprego e nível geral de preços.
d) Nível geral de preços e salário real.
e) Nível de emprego e salário real.

Comentários:

Questão mais tranquila. Está falando das variáveis do modelo básico do mercado de trabalho:
salários nominais (monetários) e nível de emprego.

Gabarito: “a”

5. (2019/INSTITUTO CONSULPAM/PREF VIANA ES/Auditor Fiscal de Tributos)


O mercado de trabalho é o responsável por associar os entes que oferecem força de trabalho
e aqueles que a procuram. A oferta total de trabalho que um determinado sistema econômico
pode gerar dependerá do nível da atividade produtiva, do grau tecnológico em questão, da
política econômica do governo e da atividade empresarial. Nesse contexto, em termos
macroeconômicos, o mercado de trabalho é o responsável por determinar quais das variáveis
abaixo:
a) Taxa de emprego e salário nominal.
b) Taxa de emprego e salário monetário.
c) Nível geral de preços e salário real.
d) Salário nominal e salário monetário.

Comentários:

Antes de me agredir mentalmente porque a questão é praticamente uma cópia da anterior, veja
a importância de identificar quando um assunto se repete, com bancas diferentes, mesmo
quando há poucas questões sobre essa parte da matéria.

Note, contudo, que tanto a letra “a” quanto a letra “b” poderiam ser consideradas gabarito. Mas
a banca deu a letra “a”. Com duas corretas, deveria ter anulado a questão.

Gabarito: “a”

6. (INÉDITA/PROF. CELSO NATALE)


Suponha que, em uma determinada região, o salário médio dos profissionais de uma
determinada categoria aumentou de R$ 3.000,00 para R$ 3.120,00 por mês. Em resposta a esse

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aumento salarial, a quantidade de profissionais disponíveis para o mercado de trabalho nessa


categoria aumentou de 5.000 para 5.250. Calcule a elasticidade da oferta de trabalho para essa
categoria com base nessas informações.
a) 0,70
b) 1,25
c) 1,10
d) 0,50
e) 0,90

Comentários:

Para calcular a elasticidade da oferta de trabalho, utilize a seguinte fórmula:

Elasticidade da Oferta de Trabalho (EOT) = (Variação Percentual na Quantidade Ofertada) /


(Variação Percentual no Salário)

EOT = 5 / 4 = 1,25

Gabarito: “b”

7. (INÉDITA/PROF. CELSO NATALE)


Suponha que em um setor da economia a elasticidade da demanda por trabalho seja de -0,5.
Em um período de ajuste econômico, os salários nesse setor aumentaram em 12%. Com base
nesses dados, calcule a variação percentual da demanda por trabalho nesse setor.
a) -6%
b) 6%
c) -10%
d) 5%
e) -16%

Comentários:

Para começar, observe que a elasticidade da demanda é negativa. Sendo assim, diante de um
aumento no salário, só podemos ter uma queda na quantidade demandada de trabalho,
eliminado as alternativas “b” e “d”.

Também sabemos que essa demanda é inelástica, pois é de -0,5. Isso significa que, seja qual for
a variação na quantidade demandada de trabalho, ela tem que ser inferior, em número absoluto,
à variação no salário, que foi de 12%. Com isso, eliminamos a alternativa “e”.

Com isso em mente, podemos aplicar nossa fórmula da elasticidade para descobrir qual foi a
variação na quantidade demandada de trabalho:

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EDT = variação percentual da quantidade de trabalho / variação percentual no salário

-0,5 = variação percentual da quantidade de trabalho / 12

-0,5 x 12 = variação percentual da quantidade de trabalho

-6 = variação percentual da quantidade de trabalho

Temos a resposta. Mas sim, a elasticidade de -0,5 significa que, desde o começo, a variação na
quantidade demandada só poderia ser igual à metade da variação do salário.

Gabarito: “a”

8. (INÉDITA/PROF. CELSO NATALE)


Um país recebe uma imigração em massa de trabalhadores altamente qualificados de outras
nações. Esses imigrantes possuem habilidades específicas e estão dispostos a trabalhar a
salários competitivos no mercado local. Analise o impacto dessa imigração no mercado de
trabalho e determine como as curvas de demanda e oferta de trabalho serão afetadas.
a) A curva de demanda por trabalho deslocará para a esquerda, pois os empregadores
preferirão contratar os imigrantes a salários mais baixos, reduzindo a quantidade de
trabalhadores locais demandados.
b) A curva de demanda por trabalho deslocará para a direita, já que os imigrantes contribuirão
para aumentar a demanda por trabalhadores, dada a escassez de profissionais altamente
qualificados.
c) A curva de oferta de trabalho deslocará para a esquerda, pois os trabalhadores locais sentirão
a pressão da competição com os imigrantes e ofertarão menos trabalho.
d) A curva de oferta de trabalho deslocará para a direita, visto que os imigrantes acrescentarão
uma oferta adicional de trabalho qualificado no mercado local.
e) As curvas de demanda e oferta de trabalho permanecerão inalteradas, uma vez que a
imigração em massa não tem impacto significativo no mercado de trabalho.

Comentários:

Vamos analisar as alternativas.

a) A curva de demanda por trabalho deslocará para a esquerda, pois os empregadores preferirão
contratar os imigrantes a salários mais baixos, reduzindo a quantidade de trabalhadores locais
demandados.

Errado. Se os empregadores preferirem contratar os imigrantes a salários mais baixos, isso pode
levar a uma redução nos salários para os trabalhadores locais, mas não necessariamente à
diminuição da quantidade de trabalhadores demandados. Além disso, a curva de demanda por
trabalho é influenciada por fatores além dos salários, como a atividade econômica e a demanda
por produtos e serviços das empresas.

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b) A curva de demanda por trabalho deslocará para a direita, já que os imigrantes contribuirão
para aumentar a demanda por trabalhadores, dada a escassez de profissionais altamente
qualificados.

Errado. A imigração em massa de trabalhadores altamente qualificados pode realmente


aumentar a quantidade demanda por trabalhadores, mas isso não afetaria diretamente a curva
de demanda por trabalho. Ou seja, a quantidade demandada aumentaria como resposta ao
aumento da oferta de trabalho a “preços” mais baixos.

c) A curva de oferta de trabalho deslocará para a esquerda, pois os trabalhadores locais sentirão
a pressão da competição com os imigrantes e ofertarão menos trabalho.

Errado! A imigração em massa pode levar os trabalhadores locais a enfrentarem mais


concorrência por empregos, o que poderia reduzir a oferta de trabalho desses trabalhadores
locais, contudo, estamos focando na curva de oferta DO MERCADO.

d) A curva de oferta de trabalho deslocará para a direita, visto que os imigrantes acrescentarão
uma oferta adicional de trabalho qualificado no mercado local.

Certo! A imigração em massa adiciona oferta de trabalho ao mercado de trabalho.

e) As curvas de demanda e oferta de trabalho permanecerão inalteradas, uma vez que a


imigração em massa não tem impacto significativo no mercado de trabalho.

Errado, conforme comentário à alternativa anterior.

Gabarito: “d”

9. (INÉDITA/PROF. CELSO NATALE)


Em um setor específico da economia, devido a um aumento significativo nos investimentos em
infraestrutura e tecnologia, houve uma expansão das atividades das empresas e um crescimento
econômico robusto. Como resultado, a demanda por produtos e serviços aumentou
consideravelmente, levando a um aumento na demanda por trabalhadores nesse setor.
Com base nas informações fornecidas, o deslocamento da curva de demanda por trabalho e o
resultado seriam, respectivamente:
a) Para a esquerda, com redução de salários e de emprego.
b) Para a direita, com redução de salários e elevação de emprego.
c) Para a direita, com elevação de salários e emprego.
d) Para a esquerda, com elevação de salários e redução de emprego.
e) Para a direita, com redução de salários e emprego.

Comentários:

Estamos diante de uma situação de aumento da demanda.

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Portanto, o deslocamento da curva de demanda será para a direita (e para cima, graças ao seu
formato descendente). Isso elimina as alternativas “a” e “d”.

Para conferir os resultados em termos de salários e emprego, veja o gráfico:

Aí está: o aumento da demanda eleva tanto salário quanto emprego.

Gabarito: “c”

10. (INÉDITA/PROF. CELSO NATALE)


Em um país com livre mobilidade de trabalhadores e empresas entre diferentes regiões ou
mercados com igual nível de produtividade, considerando que as habilidades e qualificações
dos trabalhadores são uniformes em todos os locais, como você espera que os salários se
comportem no longo prazo?
a) Os salários permanecerão constantes em diferentes níveis, independentemente da
produtividade ou capacidade de pagamento das empresas locais.
b) Os salários convergirão para um mesmo nível em todos os mercados, independentemente
das diferenças iniciais nos níveis salariais e produtividade das empresas.
c) Os salários em mercados mais produtivos serão mais altos e continuarão aumentando,
enquanto os mercados menos produtivos ficarão estagnados ou terão salários menores.
d) Os salários aumentarão em todos os mercados, mas permanecerão em níveis diferentes
devido às variações na produtividade e capacidade de pagamento das empresas.
e) Os salários em mercados com maior capacidade de pagamento aumentarão rapidamente,
atraindo mais trabalhadores, enquanto os mercados menos produtivos terão salários mais
baixos devido à menor demanda por trabalho.

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Comentários:

Com a livre mobilidade de trabalhadores e empresas entre diferentes regiões ou mercados, e


assumindo que as habilidades e qualificações dos trabalhadores são uniformes em todos os
locais, os salários tendem a convergir para um mesmo nível em todos os mercados no longo
prazo.

Isso ocorre porque os trabalhadores se deslocarão para os mercados com salários mais altos,
aumentando a oferta de trabalho nesses locais.

Ao mesmo tempo, as empresas que estão localizadas em mercados com salários mais altos
podem se mudar para regiões com mão de obra mais barata, elevando a demanda por trabalho
nos mercados com salários mais baixos. Esse processo de migração de trabalhadores e
empresas levará à convergência dos salários entre os mercados, eliminando as diferenças iniciais
nos níveis salariais e produtividade das empresas.

Isso torna a letra “b” nosso gabarito.

Não podemos falar em “diferentes produtividades”, como ocorre nas alternativas “c” e “d”, pois
isso contraria o enunciado.

Gabarito: “b”

11. (2014/FGV/ALBA/Auditor)
No mercado de trabalho, a oferta é determinada pelos trabalhadores que oferecem a sua força
de trabalho em troca de um salário. Por sua vez, a demanda é determinada pelas empresas que
desejam adquirir essa força de trabalho pagando um salário. Assim, o produto oferecido neste
mercado é o trabalho, e o seu preço é o salário. Considere que oferta e demanda não são
perfeitamente elásticas e inelásticas.
A partir do texto acima assinale a opção que completa corretamente o fragmento a seguir. Em
uma situação de equilíbrio de oferta e demanda, quando o governo fixa um salário mínimo
a) abaixo do salário de equilíbrio, o excedente de trabalhadores e empresas diminui.
b) abaixo do salário de equilíbrio, o excedente das empresas diminui, mas o efeito é ambíguo
sobre o excedente dos trabalhadores.
c) acima do salário de equilíbrio, o excedente das empresas diminui, mas o efeito é ambíguo
sobre o excedente dos trabalhadores.
d) acima do salário de equilíbrio, o excedente de trabalhadores e empresas diminui.
e) acima do salário de equilíbrio, o excedente de trabalhadores e de empresas não se altera.

Comentários:

Para começar, o estabelecimento de um salário mínimo abaixo do nível de equilíbrio não tem
efeito algum: se as empresas estão pagando R$5.000, um salário mínimo de R$2.000 não muda
nada. Exceto, talvez, eliminar as alternativas “a” e “b”.

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Por outro lado, um salário acima do equilíbrio terá alguns efeitos.

O primeiro é que causará redução do excedente total, ou seja, peso morto.

Contudo, do ponto de vista dos trabalhadores, o efeito é realmente ambíguo: alguns


trabalhadores perderão o emprego e, portanto, qualquer excedente que tivessem. Outros
trabalhadores que trabalhavam por um salário mais baixo passarão a receber mais e, portanto,
terão aumento em seu excedente.

Gabarito: “c”

12. (2022/FGV/SEFAZ-ES/Consultor do Tesouro Estadual - Ciências Econômicas)


Num mercado de trabalho as empresas são demandantes da força de trabalho e as pessoas
ofertam sua mão de obra em troca de salário.
A fixação de um salário mínimo acima do salário de equilíbrio de mercado gera
a) excesso de demanda e o nível de emprego fica acima de seu nível natural.
b) excesso de oferta, ocasionando desemprego.
c) escassez de oferta, com ofertas salariais crescentes.
d) escassez de demanda, com a oferta determinando o nível salarial.
e) um novo nível de equilíbrio entre oferta e demanda, com desemprego nulo.

Comentários:

Desta vez, temos o chamado salário mínimo binding, fixado acima do equilíbrio. A imagem a
seguir refresca nossa memória:

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Portanto, o salário mínimo levará a queda no emprego, com excesso de oferta, tornando a letra
“b” nosso gabarito.

As demais estão incorretas por afirmarem o contrário, embora “d” mereça comentários:

d) escassez de demanda, com a oferta determinando o nível salarial.

Realmente há escassez de demanda, posto que ela é inferior à oferta. Contudo, o correto é que
a demanda determina o nível salarial, e não a oferta.

Gabarito: “b”

13. (2021/CESPE-CEBRASPE/AL-CE/Analista Legislativo - Ciências Econômicas)


Considere-se que as curvas de oferta de trabalho e demanda por trabalho são, respectivamente,
positiva e negativamente inclinadas, embora não perfeitamente elásticas ou inelásticas a
mudanças no nível salarial. Dessa forma, em caso de fixação, pelo governo, de salário mínimo
acima do nível de equilíbrio do mercado de trabalho, haveria
a) desemprego, decorrente do excesso de oferta.
b) sobre-emprego, decorrente do excesso de demanda.
c) redução da oferta de trabalho, o que levaria a níveis salariais superiores àqueles propostos
pelo governo.
d) equilíbrio no nível salarial fixado pelo governo, pois a demanda se ajustará à oferta.
e) redução da demanda por trabalho, levando à informalidade e à redução forçada dos níveis
salariais propostos pelo governo.

Comentários:

Muito semelhante à questão anterior, temos o gabarito em “a”.

b) sobre-emprego, decorrente do excesso de demanda.

Errado. Haverá desemprego decorrente do excesso de oferta.

c) redução da oferta de trabalho, o que levaria a níveis salariais superiores àqueles propostos pelo
governo.

Errado. Haverá aumento da quantidade ofertada de trabalho, no nível salarial proposto (pelo
menos em tese, pois a verdade é que tende a elevar a informalidade e sonegação).

d) equilíbrio no nível salarial fixado pelo governo, pois a demanda se ajustará à oferta.

Errado. O mercado ficaria artificialmente fora do nível de equilíbrio.

e) redução da demanda por trabalho, levando à informalidade e à redução forçada dos níveis
salariais propostos pelo governo.

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Errado. Mas essa é mais difícil. Para começar, haveria redução na quantidade demanda de
trabalho, ou seja, é diferente de redução da demanda (deslocamento da curva de demanda).
Além disso, apesar de realmente haver estímulo à informalidade, não é correto falar em redução
forçada nos níveis salariais propostos pelo governo. O mercado informal, talvez, estabeleça
salários mais baixos, mas não é o nível proposto pelo governo que será forçado. Na prática,
quantas vezes vimos redução nominal do salário mínimo?

Mas veja, mesmo diante desses detalhes, sendo prático, eu poderia marcar a letra “e”, não fosse
tão perfeita a letra “a”.

Gabarito: “a”

14. (2017/FGV/PREFEITURA DE SALVADOR/Economista) ==1a658b==

Suponha incialmente uma economia sem desemprego, com equilíbrio entre oferta e demanda
por trabalho.
A situação na qual haverá falta de mão de obra é aquela em que o governo
a) fixa um salário máximo abaixo do salário de equilibro do mercado.
b) fixa um salário máximo acima do salário de equilibro do mercado.
c) fixa um salário mínimo abaixo do salário de equilibro do mercado.
d) fixa um salário mínimo acima do salário de equilibro do mercado.
e) permite que empresa e trabalhadores negociem livremente o salário.

Comentários:

Essa é para forçar o raciocínio a dar um passo adiante.

Veja, o enunciado fala em falta de mão de obra, ou seja, escassez de oferta, excesso de demanda.

Além disso, nas alternativas “a” e “b”, fala-se em salário máximo. Inusual, mas podemos usar a
mesma lógica:

Um salário máximo abaixo do equilíbrio vai deixar os trabalhadores menos propensos a trabalhar
(menos oferta) e as empresas mais propensas a contratar (mais demanda). Assim, a letra “a” é
nosso gabarito.

Por outro lado, se o mercado está pagando R$2.000, e o governo determina que só pode pagar,
no máximo, R$5.000 (acima do equilíbrio), não há efeito algum. Por isso, a letra “b” está errada.

Por fim, obviamente “e” está errada, já que quando há liberdade de negociação o mercado se
equilibra, no maior nível de emprego possível com eficiência. Enquanto “c” e “d” estão erradas
porque um salário mínimo não é capaz de provocar excesso de demanda ou falta de oferta.

Gabarito: “a”

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15. (2015/IMPARH/IPLANFOR/Economista Industrial)


Em um mercado regulado o Governo determina um salário mínimo superior ao salário de
equilíbrio do mercado. É CORRETO afirmar que haverá neste mercado:
a) Uma maior disponibilidade de empregos.
b) A ocorrência de desemprego.
c) Um aumento no excedente das empresas.
d) Um aumento no excedente dos trabalhadores.

Comentários:

Haverá desemprego, pois a oferta de trabalho vai se tornar superior à demanda, e alguns
trabalhadores não conseguirão encontrar trabalho, mesmo estando dispostos a trabalhar pelo
salário de equilíbrio do mercado (que é inferior ao salário mínimo do governo).

Gabarito: “b”

16. (2014/CESGRANRIO/EPE/Analista de Pesquisa Energética)


Considere um mercado de trabalho perfeitamente competitivo no qual inicialmente não há
desemprego, ou seja, demanda e oferta de mão de obra se equilibram ao salário de mercado
vigente.
Qual estática comparativa ocorrerá, se o governo instituir um salário mínimo (SM)?
a) Haverá desemprego, inicialmente, mas a curva de demanda aumentará até atingir um novo
equilíbrio de emprego e salário.
b) Haverá excesso de demanda por mão de obra, pressionando ainda mais os salários de
mercado vigente.
c) A curva de oferta por mão de obra aumentará, caso o SM seja maior do que o salário de
mercado vigente.
d) A política será inócua, caso o SM seja fixado abaixo do salário de mercado vigente.
e) A quantidade demandada por mão de obra diminuirá, para qualquer nível fixado de SM.

Comentários:

Vamos analisar cada uma das alternativas.

a) Haverá desemprego, inicialmente, mas a curva de demanda aumentará até atingir um novo
equilíbrio de emprego e salário.

Errado. Para começar, a alternativa não fala se o SM é acima ou abaixo do equilíbrio. Se for
abaixo, nenhum efeito ocorrerá. Mas, mesmo se for acima, o desemprego será persistente,
exceto se algum outro fator alterar a disposição das curvas de oferta ou de demanda por
trabalho.

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b) Haverá excesso de demanda por mão de obra, pressionando ainda mais os salários de mercado
vigente.

Excesso de demanda? As empresas vão querer contratar mais depois de instituído um SM? Não
mesmo. Ou nada vai mudar, se o SM for abaixo do salário de equilíbrio, ou elas vão querer
contratar menos, se for acima.

c) A curva de oferta por mão de obra aumentará, caso o SM seja maior do que o salário de
mercado vigente.

Nada de alteração na curva de oferta, que é determinada pela estrutura de custos e produção
das empresas.

d) A política será inócua, caso o SM seja fixado abaixo do salário de mercado vigente.

Isso mesmo. Se o mercado já está pagando um salário de R$5.000, não muda nada se o governo
fixar um SM de R$4.000.

e) A quantidade demandada por mão de obra diminuirá, para qualquer nível fixado de SM.

Errado. Isso só ocorrerá se o SM for fixado acima do nível de equilíbrio.

Gabarito: “d”

17. (2022/FGV/PREFEITURA DE MANAUS/Economista)


A imposição de um salário-mínimo binding para o mercado de trabalho faz com que
a) ocorra excesso de demanda por trabalho pelas empresas.
b) o nível de emprego esteja acima do seu nível natural.
c) a taxa de desemprego seja nula, pois o piso salarial se encontra abaixo do equilíbrio do
mercado de trabalho.
d) a taxa de participação do mercado de trabalho recue levando ao aumento de desalentados.
e) o nível salarial seja determinado pelo lado da demanda por mão de obra.

Comentários:

Lembre-se: salário mínimo binding é aquele fixado acima do salário de equilíbrio do mercado.
Portanto, ele terá efeitos.

Digamos que o governo determinou um salário mínimo de R$1200, ou seja, nenhuma empresa
pode contratar abaixo de R$1200. Isso levará à seguinte situação:

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Ao salário de R$1200:

• A quantidade de trabalho que as empresas estão dispostas a contratar cai de 40 para 30;
• A quantidade de pessoas dispostas a trabalhar aumenta de 40 para 50;
• As empresas não são obrigadas a contratar, então a quantidade de emprego será 30, ou
seja, determinada pelas empresas, pelo “lado da demanda”.
• O resultado: desemprego de 20, com excesso de oferta e escassez de demanda.

Portanto, pela combinação acima, a política de salário mínimo fixado acima do salário de
equilíbrio provoca desemprego. De um lado, leva as empresas a demitirem, de outro, leva mais
pessoas a procurar emprego (sem encontrar).

Gabarito: “e”

18. (2023/FGV/CGE-SC/Auditor do Estado - Economia)


No caso de o governo fixar um salário-mínimo binding, uma característica do mercado de
trabalho é que
a) a oferta de trabalho define o salário de mercado.
b) o salário-mínimo é inócuo.
c) o desemprego é caracterizado por excesso de demanda.
d) a renda dos ocupados aumenta em detrimento daqueles que perdem sua ocupação.
e) o salário-mínimo não afeta o equilíbrio de mercado.

Comentários:

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Bem parecida com a questão anterior. Vamos comentar as alternativas.

a) a oferta de trabalho define o salário de mercado.

Errado. Será a demanda (empresas) que definirão o salário.

b) o salário-mínimo é inócuo.

Errado. Seria inócuo se não fosse binding, ou seja, se o salário mínimo fosse fixado abaixo do
salário de mercado.

c) o desemprego é caracterizado por excesso de demanda.

Errado. Excesso de demanda significa muitas empresas querendo contratar. Isso não geraria
desemprego, e não é o que ocorre, de qualquer forma.

d) a renda dos ocupados aumenta em detrimento daqueles que perdem sua ocupação.

Certo! Os trabalhadores têm aumento salarial, mas alguns deles perdem seu trabalho, pois
haverá desemprego.

e) o salário-mínimo não afeta o equilíbrio de mercado.

Errado, conforme comentado na letra “b”.

Gabarito: “d”

19. (INÉDITA/PROF. CELSO NATALE)


O governo de determinado país deseja implementar um imposto sobre a folha de pagamento.
Considerando que o mercado de trabalho se encontra em equilíbrio competitivo e demanda
por trabalho e oferta por trabalho possuem igual elasticidade, é INCORRETO afirmar que o
imposto
a) provocará ineficiência
b) será majoritariamente suportado pelas empresas
c) será repartido igualmente entre empresas e trabalhadores
d) elevará a arrecadação do governo
e) causará queda no nível de emprego

Comentários:

Cuidado: o enunciado pediu a incorreta.

Portanto, você deve marcar a alternativa errada. No caso, é a letra “b”. Veja que oferta e demanda
são igualmente elásticas e, portanto, nenhum lado suportará mais imposto que o outro, de forma
que repartirão igualmente o ônus tributário.

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Por isso, “b” é o gabarito e “c” está correta.

As demais estão corretas, e são uma boa revisão do efeito de um imposto.

Gabarito: “b”

20. (INÉDITA/PROF. CELSO NATALE)


A respeito do mercado de trabalho não competitivo, é correto afirmar que o monopsônio é uma
estrutura de mercado caracterizada por
a) Muitos compradores (empresas) e muitos vendedores (trabalhadores), resultando em preços
de salários competitivos.
b) A presença de um único comprador (empresa) e muitos vendedores (trabalhadores), o que
dá à empresa grande influência sobre o salário pago.
c) A presença de muitos compradores (empresas) e um único vendedor (trabalhador),
resultando em um salário determinado pelo trabalhador.
d) Muitos compradores (empresas) e muitos vendedores (trabalhadores), mas sem qualquer
influência no preço dos salários.
e) A presença de um único comprador (empresa) e um único vendedor (trabalhador),
resultando em um salário determinado pela oferta e demanda no mercado.

Comentários:

A alternativa correta é a letra "b". No monopsônio, há um único comprador (empresa) no


mercado de trabalho, o que lhe confere um poder de mercado para determinar o salário,
influenciando as condições de emprego.)

Gabarito: “b”

21. (INÉDITA/PROF. CELSO NATALE)


A respeito dos equilíbrios dos mercados de trabalho competitivos e não competitivos, assinale
a alternativa correta.
a) O monopsonista discriminador de salários provoca ineficiência.
b) Em um monopsônio não discriminador os salários são superiores ao mercado competitivo.
c) O monopsônio discriminador gera o mesmo nível de emprego que o mercado competitivo.
d) O mercado competitivo gera salários superiores e emprego inferior ao mercado
monopsonista não discriminador.
e) A política de salário mínimo é incapaz de corrigir ineficiências e de elevar salários em um
mercado monopsonista discriminador.

Comentários:

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Vamos analisar as alternativas, procurando a correta:

a) O monopsonista discriminador de salários provoca ineficiência.

Não é essa. O monopsonista discriminar possui equilíbrio eficiente, sem peso morto ou perda
de excedente. Contudo, ele captura para si todo o excedente dos trabalhadores.

b) Em um monopsônio não discriminador os salários são superiores ao mercado competitivo.

Errado. Nesse caso, os salários e o nível de emprego são inferiores.

c) O monopsônio discriminador gera o mesmo nível de emprego que o mercado competitivo.

Certo! Na verdade, o equilíbrio de um mercado monopsonista discriminador é idêntico ao


mercado competitivo, exceto quanto aos excedentes, que, em vez de repartidos, ficam todos
com a empresa.

d) O mercado competitivo gera salários superiores e emprego inferior ao mercado monopsonista


não discriminador.

Errado. O emprego também é superior no mercado competitivo, em comparação com o


monopsônio não discriminador.

e) A política de salário mínimo é incapaz de corrigir ineficiências e de elevar salários em um


mercado monopsonista discriminador.

Errado. É justamente uma forma de mitigar esses problemas gerados pelo monopsônio
discriminador.

Gabarito: “c”

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LISTA DE QUESTÕES
1. (INÉDITA/PROF. CELSO NATALE)
De acordo com a lei da demanda aplicada ao mercado de trabalho, a curva de demanda por
trabalho possui qual característica principal?
a) É uma curva vertical, indicando que a quantidade de trabalho demandada permanece
constante, independentemente das variações nos salários.
b) É uma curva horizontal, indicando que a quantidade de trabalho demandada varia
proporcionalmente aos salários oferecidos pelas empresas.
c) É uma curva ascendente, indicando que a quantidade de trabalho demandada aumenta à
medida que os salários oferecidos pelas empresas também aumentam.
d) É uma curva descendente, indicando que a quantidade de trabalho demandada diminui à
medida que os salários pelas empresas aumentam.
e) É uma curva elástica, indicando que a quantidade de trabalho demandada varia de forma
irregular e imprevisível em resposta às mudanças nos salários.

2. (INÉDITA/PROF. CELSO NATALE)


A elasticidade da demanda por trabalho é um conceito importante na economia do trabalho,
pois representa a sensibilidade da quantidade de trabalho demandada em relação a mudanças
nos salários ou condições de trabalho. Sobre os fatores que determinam a elasticidade da
demanda por trabalho, assinale a alternativa correta:
a) A elasticidade da demanda por trabalho é sempre baixa em setores de alta tecnologia, uma
vez que a substituição de trabalhadores por máquinas é mais viável nessas indústrias.
b) A disponibilidade de capital e tecnologia não tem impacto na elasticidade da demanda por
trabalho, uma vez que a tecnologia não substitui a mão de obra em nenhuma circunstância.
c) A elasticidade da demanda por trabalho é menor em mercados de trabalho competitivos,
onde as empresas têm menos flexibilidade para ajustar os salários conforme necessário.
d) A substitutibilidade do trabalho não influencia a elasticidade da demanda por trabalho, uma
vez que todas as habilidades são facilmente substituíveis no mercado de trabalho.
e) Se o custo do trabalho for uma parcela significativa do custo total de produção, as empresas
podem ser menos sensíveis a variações nos salários, tornando a demanda por trabalho mais
inelástica.

3. (2000/CEBRASPE-CESPE/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista)


Com base em um modelo de busca intertemporal de trabalho no qual nem desistência nem
demissão sejam permitidas, julgue o item abaixo.
O salário de reserva é fixado com base em uma análise custo-benefício.

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4. (2018/CETREDE/EMATERCE/Agente de ATER - Ciências Econômicas)


No mercado de trabalho, são determinadas quais das seguintes variáveis macroeconômicas?
a) Nível de emprego e salário monetário.
b) Salário real e salário monetário.
c) Nível de emprego e nível geral de preços.
d) Nível geral de preços e salário real.
e) Nível de emprego e salário real.

5. (2019/INSTITUTO CONSULPAM/PREF VIANA ES/Auditor Fiscal de Tributos)


O mercado de trabalho é o responsável por associar os entes que oferecem força de trabalho
e aqueles que a procuram. A oferta total de trabalho que um determinado sistema econômico
pode gerar dependerá do nível da atividade produtiva, do grau tecnológico em questão, da
política econômica do governo e da atividade empresarial. Nesse contexto, em termos
macroeconômicos, o mercado de trabalho é o responsável por determinar quais das variáveis
abaixo:
a) Taxa de emprego e salário nominal.
b) Taxa de emprego e salário monetário.
c) Nível geral de preços e salário real.
d) Salário nominal e salário monetário.

6. (INÉDITA/PROF. CELSO NATALE)


Suponha que, em uma determinada região, o salário médio dos profissionais de uma
determinada categoria aumentou de R$ 3.000,00 para R$ 3.120,00 por mês. Em resposta a esse
aumento salarial, a quantidade de profissionais disponíveis para o mercado de trabalho nessa
categoria aumentou de 5.000 para 5.250. Calcule a elasticidade da oferta de trabalho para essa
categoria com base nessas informações.
a) 0,70
b) 1,25
c) 1,10
d) 0,50
e) 0,90

7. (INÉDITA/PROF. CELSO NATALE)


Suponha que em um setor da economia a elasticidade da demanda por trabalho seja de -0,5.
Em um período de ajuste econômico, os salários nesse setor aumentaram em 12%. Com base
nesses dados, calcule a variação percentual da demanda por trabalho nesse setor.
a) -6%

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b) 6%
c) -10%
d) 5%
e) -16%

8. (INÉDITA/PROF. CELSO NATALE)


Um país recebe uma imigração em massa de trabalhadores altamente qualificados de outras
nações. Esses imigrantes possuem habilidades específicas e estão dispostos a trabalhar a
salários competitivos no mercado local. Analise o impacto dessa imigração no mercado de
trabalho e determine como as curvas de demanda e oferta de trabalho serão afetadas.
a) A curva de demanda por trabalho deslocará para a esquerda, pois os empregadores
preferirão contratar os imigrantes a salários mais baixos, reduzindo a quantidade de
trabalhadores locais demandados.
b) A curva de demanda por trabalho deslocará para a direita, já que os imigrantes contribuirão
para aumentar a demanda por trabalhadores, dada a escassez de profissionais altamente
qualificados.
c) A curva de oferta de trabalho deslocará para a esquerda, pois os trabalhadores locais sentirão
a pressão da competição com os imigrantes e ofertarão menos trabalho.
d) A curva de oferta de trabalho deslocará para a direita, visto que os imigrantes acrescentarão
uma oferta adicional de trabalho qualificado no mercado local.
e) As curvas de demanda e oferta de trabalho permanecerão inalteradas, uma vez que a
imigração em massa não tem impacto significativo no mercado de trabalho.

9. (INÉDITA/PROF. CELSO NATALE)


Em um setor específico da economia, devido a um aumento significativo nos investimentos em
infraestrutura e tecnologia, houve uma expansão das atividades das empresas e um crescimento
econômico robusto. Como resultado, a demanda por produtos e serviços aumentou
consideravelmente, levando a um aumento na demanda por trabalhadores nesse setor.
Com base nas informações fornecidas, o deslocamento da curva de demanda por trabalho e o
resultado seriam, respectivamente:
a) Para a esquerda, com redução de salários e de emprego.
b) Para a direita, com redução de salários e elevação de emprego.
c) Para a direita, com elevação de salários e emprego.
d) Para a esquerda, com elevação de salários e redução de emprego.
e) Para a direita, com redução de salários e emprego.

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10. (INÉDITA/PROF. CELSO NATALE)


Em um país com livre mobilidade de trabalhadores e empresas entre diferentes regiões ou
mercados com igual nível de produtividade, considerando que as habilidades e qualificações
dos trabalhadores são uniformes em todos os locais, como você espera que os salários se
comportem no longo prazo?
a) Os salários permanecerão constantes em diferentes níveis, independentemente da
produtividade ou capacidade de pagamento das empresas locais.
b) Os salários convergirão para um mesmo nível em todos os mercados, independentemente
das diferenças iniciais nos níveis salariais e produtividade das empresas.
c) Os salários em mercados mais produtivos serão mais altos e continuarão aumentando,
enquanto os mercados menos produtivos ficarão estagnados ou terão salários menores.
d) Os salários aumentarão em todos os mercados, mas permanecerão em níveis diferentes
devido às variações na produtividade e capacidade de pagamento das empresas.
e) Os salários em mercados com maior capacidade de pagamento aumentarão rapidamente,
atraindo mais trabalhadores, enquanto os mercados menos produtivos terão salários mais
baixos devido à menor demanda por trabalho.

11. (2014/FGV/ALBA/Auditor)
No mercado de trabalho, a oferta é determinada pelos trabalhadores que oferecem a sua força
de trabalho em troca de um salário. Por sua vez, a demanda é determinada pelas empresas que
desejam adquirir essa força de trabalho pagando um salário. Assim, o produto oferecido neste
mercado é o trabalho, e o seu preço é o salário. Considere que oferta e demanda não são
perfeitamente elásticas e inelásticas.
A partir do texto acima assinale a opção que completa corretamente o fragmento a seguir. Em
uma situação de equilíbrio de oferta e demanda, quando o governo fixa um salário mínimo
a) abaixo do salário de equilíbrio, o excedente de trabalhadores e empresas diminui.
b) abaixo do salário de equilíbrio, o excedente das empresas diminui, mas o efeito é ambíguo
sobre o excedente dos trabalhadores.
c) acima do salário de equilíbrio, o excedente das empresas diminui, mas o efeito é ambíguo
sobre o excedente dos trabalhadores.
d) acima do salário de equilíbrio, o excedente de trabalhadores e empresas diminui.
e) acima do salário de equilíbrio, o excedente de trabalhadores e de empresas não se altera.

12. (2022/FGV/SEFAZ-ES/Consultor do Tesouro Estadual - Ciências Econômicas)


Num mercado de trabalho as empresas são demandantes da força de trabalho e as pessoas
ofertam sua mão de obra em troca de salário.
A fixação de um salário mínimo acima do salário de equilíbrio de mercado gera
a) excesso de demanda e o nível de emprego fica acima de seu nível natural.
b) excesso de oferta, ocasionando desemprego.

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c) escassez de oferta, com ofertas salariais crescentes.


d) escassez de demanda, com a oferta determinando o nível salarial.
e) um novo nível de equilíbrio entre oferta e demanda, com desemprego nulo.

13. (2021/CESPE-CEBRASPE/AL-CE/Analista Legislativo - Ciências Econômicas)


Considere-se que as curvas de oferta de trabalho e demanda por trabalho são, respectivamente,
positiva e negativamente inclinadas, embora não perfeitamente elásticas ou inelásticas a
mudanças no nível salarial. Dessa forma, em caso de fixação, pelo governo, de salário mínimo
acima do nível de equilíbrio do mercado de trabalho, haveria
a) desemprego, decorrente do excesso de oferta.
b) sobre-emprego, decorrente do excesso de demanda.
c) redução da oferta de trabalho, o que levaria a níveis salariais superiores àqueles propostos
pelo governo.
d) equilíbrio no nível salarial fixado pelo governo, pois a demanda se ajustará à oferta.
e) redução da demanda por trabalho, levando à informalidade e à redução forçada dos níveis
salariais propostos pelo governo.

14. (2017/FGV/PREFEITURA DE SALVADOR/Economista)


Suponha incialmente uma economia sem desemprego, com equilíbrio entre oferta e demanda
por trabalho.
A situação na qual haverá falta de mão de obra é aquela em que o governo
a) fixa um salário máximo abaixo do salário de equilibro do mercado.
b) fixa um salário máximo acima do salário de equilibro do mercado.
c) fixa um salário mínimo abaixo do salário de equilibro do mercado.
d) fixa um salário mínimo acima do salário de equilibro do mercado.
e) permite que empresa e trabalhadores negociem livremente o salário.

15. (2015/IMPARH/IPLANFOR/Economista Industrial)


Em um mercado regulado o Governo determina um salário mínimo superior ao salário de
equilíbrio do mercado. É CORRETO afirmar que haverá neste mercado:
a) Uma maior disponibilidade de empregos.
b) A ocorrência de desemprego.
c) Um aumento no excedente das empresas.
d) Um aumento no excedente dos trabalhadores.

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16. (2014/CESGRANRIO/EPE/Analista de Pesquisa Energética)


Considere um mercado de trabalho perfeitamente competitivo no qual inicialmente não há
desemprego, ou seja, demanda e oferta de mão de obra se equilibram ao salário de mercado
vigente.
Qual estática comparativa ocorrerá, se o governo instituir um salário mínimo (SM)?
a) Haverá desemprego, inicialmente, mas a curva de demanda aumentará até atingir um novo
equilíbrio de emprego e salário.
b) Haverá excesso de demanda por mão de obra, pressionando ainda mais os salários de
mercado vigente.
c) A curva de oferta por mão de obra aumentará, caso o SM seja maior do que o salário de
mercado vigente.
d) A política será inócua, caso o SM seja fixado abaixo do salário de mercado vigente.
e) A quantidade demandada por mão de obra diminuirá, para qualquer nível fixado de SM.

17. (2022/FGV/PREFEITURA DE MANAUS/Economista)


A imposição de um salário-mínimo binding para o mercado de trabalho faz com que
a) ocorra excesso de demanda por trabalho pelas empresas.
b) o nível de emprego esteja acima do seu nível natural.
c) a taxa de desemprego seja nula, pois o piso salarial se encontra abaixo do equilíbrio do
mercado de trabalho.
d) a taxa de participação do mercado de trabalho recue levando ao aumento de desalentados.
e) o nível salarial seja determinado pelo lado da demanda por mão de obra.

18. (2023/FGV/CGE-SC/Auditor do Estado - Economia)


No caso de o governo fixar um salário-mínimo binding, uma característica do mercado de
trabalho é que
a) a oferta de trabalho define o salário de mercado.
b) o salário-mínimo é inócuo.
c) o desemprego é caracterizado por excesso de demanda.
d) a renda dos ocupados aumenta em detrimento daqueles que perdem sua ocupação.
e) o salário-mínimo não afeta o equilíbrio de mercado.

19. (INÉDITA/PROF. CELSO NATALE)


O governo de determinado país deseja implementar um imposto sobre a folha de pagamento.
Considerando que o mercado de trabalho se encontra em equilíbrio competitivo e que
demanda por trabalho e oferta por trabalho possuem igual elasticidade, é INCORRETO afirmar
que o imposto

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a) provocará ineficiência
b) será majoritariamente suportado pelas empresas
c) será repartido igualmente entre empresas e trabalhadores
d) elevará a arrecadação do governo
e) causará queda no nível de emprego

20. (INÉDITA/PROF. CELSO NATALE)


A respeito do mercado de trabalho não competitivo, é correto afirmar que o monopsônio é uma
estrutura de mercado caracterizada por
a) Muitos compradores (empresas) e muitos vendedores (trabalhadores), resultando em preços
de salários competitivos.
b) A presença de um único comprador (empresa) e muitos vendedores (trabalhadores), o que
dá à empresa grande influência sobre o salário pago.
c) A presença de muitos compradores (empresas) e um único vendedor (trabalhador),
resultando em um salário determinado pelo trabalhador.
d) Muitos compradores (empresas) e muitos vendedores (trabalhadores), mas sem qualquer
influência no preço dos salários.
e) A presença de um único comprador (empresa) e um único vendedor (trabalhador),
resultando em um salário determinado pela oferta e demanda no mercado.

21. (INÉDITA/PROF. CELSO NATALE)


A respeito dos equilíbrios dos mercados de trabalho competitivos e não competitivos, assinale
a alternativa correta.
a) O monopsonista discriminador de salários provoca ineficiência.
b) Em um monopsônio não discriminador os salários são superiores ao mercado competitivo.
c) O monopsônio discriminador gera o mesmo nível de emprego que o mercado competitivo.
d) O mercado competitivo gera salários superiores e emprego inferior ao mercado
monopsonista não discriminador.
e) A política de salário mínimo é incapaz de corrigir ineficiências e de elevar salários em um
mercado monopsonista discriminador.

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GABARITO
1. D 4. A 7. A 10. B 13. A 16. D 19. B
2. C 5. A 8. D 11. C 14. A 17. E 20. B
3. C 6. B 9. C 12. B 15. B 18. D 21. C

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