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Divisão de Engenharia

Curso de Engenharia de Minas

Planificação II

2° Ano, Turma B

DIVISORES DE FLUXO DE AR EM MINAS SUBTERRÂNEAS

Docente:

MSc. Arsénio Changanane

Tete, Março 2021


Discente:

Belírdia António Macuácua

Divisores de Fluxo de Ar em Minas Subterrâneas

Trabalho de pesquisa apresentado ao


Instituto Superior Politécnico de Tete,
elaborado no âmbito de avaliação da
cadeira de Planificação II orientada
pelo MSc. Arsénio Changanane.

Tete, Março 2021


Índice

Introdução ....................................................................................................................................... 4
1.Objectivos .................................................................................................................................... 5
1.1.Geral:......................................................................................................................................... 5
1.2.Específicos ................................................................................................................................ 5
2.Metodologia ................................................................................................................................. 5
3. DIVISORES DE FLUXO DE AR EM MINAS SUBTERRÂNEAS ......................................... 6
3.1.Divisores de fluxo de ar ............................................................................................................ 6
4.Tipos de divisores de fluxo .......................................................................................................... 6
4.1.Barragens .................................................................................................................................. 7
4.2.Linhas de tapume ...................................................................................................................... 7
4.2.1.Linha de tapume ..................................................................................................................... 8
4.3.Cortinas ..................................................................................................................................... 8
4.4.Portas......................................................................................................................................... 9
4.5.Crossings (cruzamentos de ar) ................................................................................................ 10
5.Diagrama agrupando diversos tipos de divisores do ar, em circuitos de ventilação de mina de
carvão ............................................................................................................................................ 10
6.Exemplos de símbolos para elementos presentes em circuitos de ventilação de mina .............. 11
7.Diagrama apresentando os divisores de fluxo em circuitos de ventilação................................. 11
8.Reguladores................................................................................................................................ 12
8.1.Típico modelo de fluxo de ar em um sistema de exaustão (divisão dupla) ............................ 13
Conclusão...................................................................................................................................... 14
Referências bibliográficas ............................................................................................................. 15
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Introdução
Para Greenwald (1929), o ar atmosférico ao percorrer, no interior das minas, as galerias e frentes
de trabalho, sofre uma série de alterações químicas e físicas, provocando mudanças na sua
composição, com diminuição do conteúdo de oxigênio, geralmente acompanhada do aumento
dos conteúdos de anidrido carbônico, nitrogênio e vapor d’água, além de agregar gases tóxicos e
explosivos (monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio, gás sulfídrico, dióxido de
enxofre,metano e outros) e poeiras diversas. Ocorrem ainda, alterações de temperatura,
humidade relativa e peso específico assim sendo o sistema de ventilação tem como objectivo, o
fornecimento de um fluxo de ar puro a todos os locais de trabalho em subsolo para garantir dessa
forma, condições de saúde e segurança aos trabalhadores
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1.Objectivos

1.1.Geral:
 Consolidar o conhecimento acerca dos divisores de fluxo de ar;

1.2.Específicos:

 Identificar e analisar os tipos de divisores de fluxo;


 Apresentar diagramas de divisores de fluxo em de circuitos ventilação;

2.Metodologia
Para o desenvolvimento do presente trabalho foi usada a revisão bibliográfica por meio de
consulta a artigos, revistas, slides em sites de interne, tendo enfrentado algumas dificuldades
sendo uma delas a falta de material conciso acerca do tema em questão.
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3. DIVISORES DE FLUXO DE AR EM MINAS SUBTERRÂNEAS

3.1.Divisores de fluxo de ar
Segundo Demin, (2014) nos circuitos de ventilação, o ar precisa ser direccionado até a frente de
serviço. Isto é possível através de vários sistemas que garantem que o ar chegue até esses locais
conhecidos genericamente como divisores de fluxo de ar. São eles: circuito de ventilação
principal, circuito de ventilação secundaria, divisores de fluxo de ar e saída de ventilação
(figura1).

Fig1: típicos elementos de um sistema de ventilação (adaptado de Demin, 2014).

A ventilação está associada a corrente de ar no qual seu movimento é mantido pela força
realizada por ventiladores e exaustores. Já a ventilação secundária ou auxiliar está relacionada a
uma corrente de ar na qual o movimento é realizado por um exaustor auxiliar, localizado em
uma corrente principal de ventilação, geralmente em frentes de lavra onde a concentração de
gases e poeira é maior (Hartman, 2012). A saída de ventilação geralmente é através de
exaustores, nos quais facilitam a saída do ar da mina (Pinto, 2003).

4.Tipos de divisores de fluxo


Segundo Demin, (2014) Os divisores de fluxo servem para auxiliar o direccionamento do ar da
ventilação principal até a frente de lavra, sem que este retorne. São eles os tipos de divisores de
fluxo: Barragens, Tapumes, Portas, Cortinas, Cruzamento de ar e Reguladores (Demin, 2014).
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4.1.Barragens
As barragens são paredes usualmente de alvenaria ou de madeira, construídas em galerias ou
entre pilares de minério para evitar a mistura do ar fresco (entrada) com o ar contaminado
(retorno). As barragens temporárias são usadas próximas das frentes de serviço e, com o avanço
da lavra, serão posteriormente substituídas por barragens permanentes. (Demin, 2014).

Fig2.Barragens permanentes confeccionadas em alvenaria (mina de carvão) (Demin, 2014).

Fig3.Barragens provisória confeccionada em madeira (mina de carvão) (Demin, 2014).

4.2.Linhas de tapume
Linhas de tapume são usadas para movimentar o ar do último cruzamento até a face.

São estruturas feitas de material flexível, muito empregadas na ventilação de frente de serviço
que usa mineradores contínuos, na lavra de carvão.
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fig4.linhas de tapume (Demin, 2014)

Ventilação auxiliar

4.2.1.Linha de tapume: A colocação de uma linha de tapume longitudinalmente em uma galeria


divide esta abertura em duas para fins de ventilação. Normalmente é presa no teto e sempre está
sujeita a vazamentos (fugas) (Demin, 2014).

4.3.Cortinas
As Cortinas são estruturas temporárias para controlar o fluxo de ar. Trata-se simplesmente de
uma cortina, a qual pode ser prontamente suspensa na direção do fluxo de ar para onde for
necessário. As cortinas são usadas temporariamente também como barragem. Em algumas
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situações pode ser necessária a passagem de homens e/ou equipamentos através da cortina. Isto é
efetuado pelo corte da cortina (Demin, 2014).

4.4.Portas
Quando o acesso entre galerias de entrada e retorno de ar deve permanecer disponível, são
usadas as portas de ventilação, que podem ser feitas de metal ou madeira, dependendo da
finalidade. Portas localizadas entre entradas e saídas principais de ar são usualmente construídas
aos pares, para garantir segurança e impedir a passagem do ar mesmo quando uma das portas
encontra-se aberta (Demin, 2014).

ʽ Sempre que a passagem por portas de ventilação acarretar riscos oriundos da diferença de
pressão deverão ser instaladas duas portas em série, de modo a permitir que uma permaneça
fechada enquanto a outra anterior estiver aberta, durante o trânsito de pessoas ou equipamentos ʼ
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Portão confeccionado na base de metal Portão confeccionado na base de madeira


(Demin, 2014)

4.5.Crossings (cruzamentos de ar)

Usam-se estas estruturas sempre que necessário, apesar de serem complexas, em cruzamentos
onde não se deseja misturar o fluxo de ar da entrada com o do retorno. Podem ser do tipo
overcast ou undercast. A estrutura undercast geralmente não é utilizada por causa da presença
água que pode ocorrer no desnível, tendendo a obstruir o fluxo de ar. É uma estrutura
característica em minas de carvão (Demin, 2014).

Cruzamento de ar (tipo overcast) (Demin, 2014).

5.Diagrama agrupando diversos tipos de divisores do ar, em circuitos de ventilação de mina


de carvão (Demin, 2014).
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6.Exemplos de símbolos para elementos presentes em circuitos de ventilação de mina


(Demin, 2014).

7.Diagrama apresentando os divisores de fluxo em circuitos de ventilação (Demin, 2014).


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8.Reguladores

A quantidade de fluxo de ar pode ser controlada por elementos chamados reguladores.

Um regulador consiste numa estrutura com uma abertura à passagem do ar, que pode ser grande
ou pequena. A abertura pequena reduzirá a passagem de ar.

Cálculo aproximado da área de abertura de um regulador: a = 1,21 / R/2 ; sendo R em Ns2m-8, a


em m2 , sendo R em , a em .

7.1.Regulador Porta deslizante (Demin, 2014).


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8.1.Típico modelo de fluxo de ar em um sistema de exaustão (divisão dupla) (Demin, 2014)


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Conclusão

O sistema de ventilação é um dos mais importantes sistemas funcionais necessários para


operações em minas subterrâneas. Ele engloba a conexão de galerias e dutos, juntamente com as
fontes de pressão e esquemas de controle que produzem e governam o fluxo de ar ao longo da
mina. Assim sendo, a ventilação está ligada a aspectos da segurança e saúde dos trabalhadores
que atuam no subsolo. Esta, constitui o factor principal para controle das condições do ambiente
da mina, em termos de diluição de poeira e gases, atenuação de temperatura e humidade
excessivas, contribuindo para a manutenção de um ambiente de trabalho com padrões aceitáveis,
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Referências bibliográficas

PINTO, P. C. et al. Construção de um modelo computacional para o circuito de ventilação da


Mina Esperança. Rem: Revista Escola de Minas, v. 56, n. 4, p. 243248, 2003.

HARTMAN, H. L. et al. Mine ventilation and air conditioning. 3ª Ed. John Wiley & Sons, 2012.

GREENWALD, Harold Putnam et al. Coal-mine ventilation factors. No Bulletin 285. United
States. Government Printing Office, 1929.

DEMIN – Departamento de Engenharia de Minas da UFRGS. Ventilação em Mina Subterrânea.


Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2014. Disponível em:
<http://slideplayer.com.br/slide/1837916/>.

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