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HISTÓRIA CLÍNICA

Prof. Jane Aurora


@janeaurorapsicologa
Uma história clínica bem
estruturada deve incluir
dados de identificação da
criança e dos pais, o motivo
da consulta, a caracterização
das relações familiares.
EVENTOS SIGNIFICATIVOS
TANTO NEGATIVOS E POSITIVOS

ESPORTES, DIFICULDADES
MORTES, VISITAS, QUE OS PAIS
SEPARAÇÕES E ENCONTRAM
VIAGENS, LAZER,
OUTRAS PERDAS NAS PRÁTICAS
ETC. EDUCATIVAS

DADOS O PERÍODO DE
DADOS DO
BÁSICOS DE AMAMENTAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO APEGO NO
GESTAÇÃO E
. PRIMEIRO ANO DE
PARTO
VIDA.
Quanto tempo a mãe esteve
ALGUMAS afastada do trabalho no
PERGUNTAS primeiro ano de vida?
OBJETIVAS
PODEM
AUXILIAR Qual a primeira pessoa que a
criança costumava chamar em
situação de dor ou doença?
Essa investigação permite que
tenhamos acesso às crenças tácitas
acerca da confiabilidade dos
relacionamentos (modelos internos de
funcionamento psicológico inerentes
ao apego).
As atividades de lazer e
esporte nas quais a criança
costuma se envolver são um
ponto importante a investigar,
bem como se houve alguma
modificação em seu padrão de
interesse em período recente,
como a diminuição de
motivação frente às
dificuldades.
Características do temperamento têm especial
relevância para a melhor compreensão do
funcionamento da personalidade dos indivíduos.
Uma boa coleta de dados inicial deve contemplar
a história da saúde da família, explorar fatores
genéticos de risco que podem ser relevantes para
o diagnóstico (TDAH, Transtornos do humor e
ansiedade, entre outros), relações da criança em
diferentes sistemas, assim como suas habilidades
adaptativas.
O PSICO
ÇÃ L
IA

ÓG
AVAL

ICA
A avaliação psicológica de crianças e
adolescentes com medidas padronizadas
deve envolver pais e professores e
servirá não só para nortear o
tratamento, mas também para controlar
os progressos da criança e sua resposta
a ele.
A AVALIAÇÃO POR MEIO DE QUESTIONÁRIOS
DIRIGIDOS A PROFESSORES PERMITE A
OBTENÇÃO DE DADOS DE UM OBSERVADOR
COM MUITA VIVÊNCIA EMPÍRICA EM TERMOS
DE QUESTÕES DO DESENVOLVIMENTO, POIS
CONVIVEM E TRABALHAM COM GRUPOS
NUMEROSOS DE CRIANÇAS DA MESMA FAIXA
ETÁRIA.
ESCALA DE AVALIAÇÃO DO
COMPORTAMENTO INFANTIL
PARA O PROFESSOR – EACI‑P
É baseada na CBCL (Child Behavioral
Check List de Achenbach, 1991) e pode
contribuir na investigação inicial, pois
permite ter diferentes fatores aferidos
pelo(s) professor(es), são eles:
desatenção, hiperatividade e problemas
de conduta, funcionamento independente e
socialização positiva, neuroticismo e
ansiedade e socialização positiva.
ESCALA DE DÉFICIT DE
ATENÇÃO COM
HIPERATIVIDADE

A Escala de Déficit de Atenção com


Hiperatividade avalia sintomas
comportamentais do TDAH, em situação
escolar, tendo o professor como fonte de
informação. Tem a finalidade de subsidiar
a avaliação psicológica e o processo
psicodiagnóstico (Benczik, 2008).
INVENTÁRIO DE ESTILOS
PARENTAIS – IEP

O inventário oferece uma medida geral do estilo


parental, classificando o risco nas práticas
educativas ou indicando o nível de adequação
dos mesmos servindo como indicador da
necessidade de aconselhamentos ou treinamento
parental.
O IEP contempla diferentes fatores: monitoria
positiva, comportamento moral, punição
inconsistente, abuso físico, negligência,
disciplina relaxada e monitoria negativa.
AVALIAÇÃO DE PERSONALIDADE
EM CRIANÇAS: ETPC E HTP

Escala de Traço de Personalidade em Crianças,


ETPC (Sisto, 2006), que investiga quatro
dimensões funcionalmente independentes,
estabelecidas pela investigação fatorial. Os
fatores investigados são neuroticismo,
socialização, extroversão e psicoticismo.
AVALIAÇÃO DE PERSONALIDADE
EM CRIANÇAS: ETPC E HTP

O desenho da casa‑árvore‑pessoa (HTP) é


um instrumento que auxilia na elaboração de
estudos de caso. O HTP pode ser empregado
na tarefa de aquecimento inicial para
avançar na direção de uma entrevista
clínica completa.
ESCALAS DE ESTRESSE

Para avaliação de estresse infantil dispomos


da Escala de Estresse Infantil (ESI) das
autoras brasileiras Lipp e Lucarelli (2005) e
a Escala de Estresse em Adolescentes (ESA)
de Tricolli e Lipp (2008).
ESCALAS DE ESTRESSE

As escalas de estresse se baseiam no modelo


de Selye, que define o estresse como uma
síndrome geral de adaptação. O conjunto de
alterações fisiológicas e psicológicas
produzidas no organismo é subdividido em
três fases: alarme, resistência e exaustão.
ESCALAS DE ESTRESSE
A escala de avaliação infantil fornece resultados que
sugerem a presença de estresse na criança, já que
avalia quatro fatores: reações físicas, psicológicas,
psicológicas com componente depressivo e
psicofisiológicas. Além de avaliar a presença do
estresse é importante verificar a natureza do
estressor ao qual a criança está ou esteve
submetida. O tempo de exposição também é
significativo, já que o estresse crônico terá, na
maior parte dos casos, maior impacto na saúde do
que o estresse agudo.
ESCALA DE AUTOCONCEITO
A Escala de Autoconceito Infanto‑Juvenil – EACI‑J
(Sisto e Martineli, 2004), destinada a avaliar
crianças e adolescentes de maneira válida e
confiável em diferentes facetas de seu
autoconceito, essa escala fornece dados referentes
à qualidade das relações que a pessoa estabelece
consigo mesma e com ambientes específicos de seu
entorno (família, social e escolar).
ESCALAS MASCULINA E
FEMININA DE AUTOCONTROLE

Permitem avaliar o autocontrole em dois


fatores, estimam a percepção que a criança
e o adolescente têm de si mesmos em relação
a dois núcleos de conduta. Um deles se
refere a regras e condutas sociais e o outro
a sentimentos e emoções.
HABILIDADES SOCIAIS

Inventário Multimídia de Habilidades Sociais


para Crianças (IMHSC‑Del‑Prette, 2005) é
um sistema de avaliação com recursos
multimídia em CD‑ROM e recursos visuais em
versão impressa.
HABILIDADES SOCIAIS

O CD apresenta vídeo que retratam situações


do cotidiano escolar de crianças das séries
iniciais do Ensino Fundamental. A criança
assiste e interage com os atores através de
escolhas e avaliação de condutas agressivas,
passivas e assertivas. Na experiência clínica,
esse instrumento tem se mostrado muito
atraente para crianças e de grande valor
como mediador no tratamento.
A avaliação é um dos momentos
mais importantes da abordagem
de um caso, pois continua após o
início do tratamento e poderá
indicar sua eficácia.
No Brasil, ainda não está muito
difundida a ideia de reavaliação de
um caso no término de um
tratamento. No entanto, a
reaplicação de alguns instrumentos
psicométricos ao final do
tratamento pode ser conveniente
para aferir as conquistas deste.
REFERÊNCIAS

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