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TEMAS ABORDADOS:

Universidade de São Paulo TEMAS ABORDADOS:


Escola Politécnica
PTR - Departamento de Engenharia de Transportes 1. Conceitos
2. Precisão e Acurácia
3. Estatística na Topografia
4. Erros
TEORIA DOS ERROS

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TEORIA DOS ERROS: CONCEITOS

Na Geomática (Geodesia e Topografia) se realizam medições de direções, distâncias, etc.

§ A Teoria dos Erros preconiza que o valor verdadeiro de uma grandeza é desconhecido.

§ É muito usada na Geomática (Geodesia e Topografia) pois, se faz necessário a realização de medições
de direções, distâncias, etc.

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ERRO

▪ Erro: é a diferença entre o valor verdadeiro da grandeza física (desconhecido) e o valor obtido na medida.

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MEDIR

▪ Medir uma grandeza significa obter um número associado a uma unidade que represente o valor dessa grandeza.

▪ Tudo o que se pode medir (observar) é denominado observável. Um conjunto de medições de uma grandeza
constituem as observações.

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

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FATORES QUE INFLUENCIAM
UMA OBSERVAÇÃO

§ Operador: Limitações pessoais

§ Custo da Operação: Tempo e cuidado exigidos

§ Método de Medição: Instrumentos, metodologias

§ Dificuldades Técnicas e Operacionais

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MEDIÇÃO DE UMA GRANDEZA

Uma grandeza é definida quando se conhece o seu valor e a sua precisão, considerando somente erros
aleatórios.

Ex. 3.278,456 m ± 0,001 m

VALOR PRECISÃO

As observações podem ser:

▪ Diretas: A própria grandeza a medir é observada. (Ex.: Ângulos de um triângulo)

▪ Indiretas: Observa-se uma certa grandeza que se relaciona com aquela que se quer obter através de um
modelo matemático. (Ex.: Mede-se a distância e o ângulo para se obter as coordenadas).

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PRECISÃO

PRECISÃO: Controle do erro máximo, associado ao Instrumento de Medida.


Por exemplo: teodolito com precisão de 5”

¡ Precisão Nominal: menor divisão da graduação do instrumento.


¡ Precisão Efetiva: erro médio quadrático, resultante de uma série de observações, em condições bem caracterizadas.

Precisão de uma medida:

§ Expressa o grau de aderência das observações umas às outras e à média.


i. Vincula-se a efeitos aleatórios;
ii. Mede a dispersão das observações em torno da média;
iii. É estabelecida pelo Desvio Padrão.

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ACURÁCIA
ACURÁCIA OU EXATIDÃO: Expressa o grau de aderência do melhor valor para as observações em relação
ao VALOR VERDADEIRO.

Como, em geral, não se conhece o o VALOR VERDADEIRO, na prática compara-se com um valor mais preciso ou
valor de referência

Vincula-se a efeitos aleatórios e efeitos sistemáticos.

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EXEMPLO PRÁTICO

Com precisão Sem acurácia Com acurácia e


e sem acurácia e sem precisão com precisão

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USO DA ESTATÍSTICA PARA ANÁLISE DE DADOS TOPOGRÁFICOS

§ Média Aritmética (m)


§ Desvio Padrão (𝜎)
§ Média Ponderada (mp)

§ Erro da Média Ponderada (eq)

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APLICANDO A ESTATÍSTICA PARA
AVALIAR MEDIDAS

Medidas realizadas com:


Observações Com Passos (p) Com Trena (t) Com Estação Total (e)
1 571 567,17 567,133
2 563 567,08 567,124
3 566 567,12 567,129
4 588 567,38 567,165
5 557 567,01 567,114

Média da Média da Trena


Estação Total

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Medidas realizadas com:
CALCULANDO A MÉDIA ARITMÉTICA
Observações Com Passos (p) Com Trena (t) Com Estação Total (e)
1 571 567,17 567,133
2 563 567,08 567,124
3 566 567,12 567,129
4 588 567,38 567,165
5 557 567,01 567,114
5
Média Aritmética 569,00 567,152 567,133

Calculando a Média Aritmética para as medidas realizadas ao Passo (m):

! #$%"
𝑚= 571 + 563 + 566 + 588 + 557 = = 569,00
" "

(Estimador imparcial )
Agora, calcule a média aritmética para as medidas realziadas com a trena
e com a estação total.

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CALCULANDO O DESVIO PADRÃO DA
MÉDIA ARITMÉTICA Medidas realizadas com…
Observações Passos (p) Trena (t) Estação Total (e)
1 571 567,17 567,133
2 563 567,08 567,124
3 566 567,12 567,129
4 588 567,38 567,165
5 557 567,01 567,114
5
Média Aritmética 569,00 567,152 567,133
Desvio Padrão (!) 11,77 0,140 0,019

Calculando o Desvio Padrão para as medidas realizadas ao Passo (𝜎):

!
𝜎= (571 − 569)# +(563 − 569)# +(566 − 569)# +(588 − 569)# +(557 − 569)# = 11,77
%

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CALCULANDO A MÉDIA PONDERADA Média Aritmética 569,00 567,152 567,133
Desvio Padrão (!) 11,77 0,140 0,019

As medições são realizadas com diferentes graus de confiança.


Pesos (1/! ) 0,085 7,1301 51,95243
O valor mais provável é: Resíduos 1,862 0,0140 -0,00497
Resíduosˆ2 3,467 0,0002 0,00002

Média ponderada 567,138

Devemos lembrar que o peso é o inverso da precisão (desvio padrão)

Calculado a Média Ponderada das medida realizadas com três diferentes instrumentos (mp)

(MNO ∗Q,QRM)S(MNT,UMV ∗T,UWQU)S(MNT,UWW ∗MU,OMVXW)


𝑚L = (Q,QRMST,UWQUSMU,OMVXW)
= 567,138

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CALCULANDO O ERRO DA MÉDIA
Média Aritmética 569,00 567,152 567,133
PONDERADA
Desvio Padrão (!) 11,77 0,140 0,019

Pesos (1/! ) 0,085 7,1301 51,95243


Resíduos 1,862 0,0140 -0,00497
Resíduosˆ2 3,467 0,0002 0,00002

Média ponderada 567,138


Erro da Média Ponderada 0,035

𝑣! = 𝑥! - 𝑚"
Calculando o Erro da Média Ponderada (eq)

(0,085 ∗ 1,862# ) + (7,1301 ∗ 0,0140# ) + (51,95243 ∗ 0,00497# )


𝑒& = = 0,035
(5 − 1) ∗ (0,085 + 7,1301 + 51,95243)

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ERROS

§ Erros Grosseiros
§ Erros Sistemáticos
§ Erros Aleatórios ou Acidentais
§ Erro Verdadeiro
§ Erro Aparente
§ Erro Máximo

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ERROS GROSSEIROS

Resultam de:

§ Descuidos do operador (inversão ou omissão de dígitos);

§ Falha instrumental grave;

§ Imperícia.

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Exemplo de erros grosseiros

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Após eliminar os erros grosseiros

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ERROS SISTEMÁTICOS

§ Constantes ou variáveis;

§ Causados de forma permanente e conhecida por:

1. percepções do operador;
2. calibragem dos instrumentos;
3. fatores naturais;
4. precisão do método.

§ Tendem a se acumular.

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ERROS ALEATÓRIOS OU ACIDENTAIS

▪ Causas desconhecidas de ocorrência aleatória e probabilística;


▪ Tendem a se acumular;
▪ Precedido de duplo sinal algébrico (±ea);
▪ Princípios da estatística são usados para determinar o valor mais provável do parâmetro e sua precisão;
▪ Quando o número de observações cresce, os erros aleatórios revelam certa regularidade.

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POSTULADOS DA TEORIA DA
DISTRIBUIÇÃO DOS ERROS
ALEATÓRIOS (GAUSS):

¡ Medidas se agrupam em torno de um valor;


¡ Probabilidade de ocorrência máxima é próximo do valor médio;
¡ Existência de simetria nas probabilidades de ocorrência dos resíduos;
¡ Curva das probabilidade é contínua (Gauss).

simetria de probabilidades
curva contínua

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INTERPRETAÇÃO DA CURVA DE GAUSS

Probabilidade de o erro estar no intervalo:


m ± k.σ
Pontos de inflexão em –σ e +σ, entre esses dois valores concentra-se
68% das probabilidades

P% k.(eq)
50,0 0,67
68,3 1,00
90,0 1,65
95,0 1,96
99,0 2,58
99,7 3,00
99,9 3,29

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ERRO VERDADEIRO

Ev = Lb – Lv

Ev: Erro verdadeiro

Lv : Valor verdadeiro (desconhecido)

Lb : Valor observado

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ERRO APARENTE (RESÍDUO)

EA = Lb - Lv

Lb : Valor observado

Lv : Estimador do valor verdadeiro

EA: Erro aparente

RESÍDUO (vi ) é o erro aparente com o sinal invertido.

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ERRO MÁXIMO OU TOLERÂNCIA

O objetivo é:
Desprezar todas as medidas que ultrapassarem o valor estipulado, por serem
consideradas mal efetuadas.

*** Intervalo: m ± 3σ

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EXPRESSÕES EMPÍRICAS DE TOLERÂNCIA

em = 4 x 0,65σ 6 em 100.000

em = 3 x 0,65σ 2 em 1.000

em = 2,5 σ (normalmente usada)


probabilidade de ser excedido: 1 %

em = 3 σ
probabilidade de ser excedido: 0,1 %

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Exemplo: Medição de áreas com planímetro

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