Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
AULA 5
Nesta aula você vai entender que o designer pode tanto trabalhar dentro
de uma empresa, ser um autônomo ou até um empreendedor. Obviamente cada
escolha traz seus prós e contras, assim você já vai pensando qual caminho será
mais adequando para você. Também você aprenderá coisas importantes que se
relacionam muito com o design: marketing e serviços. Enfim, você perceberá que
o design é muito mais amplo que um setor que desenvolve produtos/serviços:
ele pode ser visto como um processo que permeia toda a empresa e que é
central para a sobrevivência dela.
CONTEXTUALIZANDO
Leitura complementar
Diego Rodriguez, sócio da empresa norte-americana de design IDEO e professor da
Escola de Design da Universidade de Stanford, acrescenta que um bom design não implica
necessariamente bons resultados nos negócios, mas estes podem ser alcançados com mais
frequência por meio de um processo de design bem estruturado, já que o processo em si é um
fator mais holístico e abrangente do que simplesmente a noção de um bom design.
Diego alerta para que o design não seja tratado como um substantivo, mas como um
verbo, um processo, pois infelizmente o design tem sido associado apenas ao estilo e a um
julgamento semiótico e estético dependente de paradigmas que estão em constante movimento.
Neste contexto dinâmico e complexo, o design deve ser compreensível e aproximar
designers e não designers na resolução de desafios, preocupando-se não só com a inovação de
estilo, mas também com os processos que deverão atender às necessidades das pessoas [...]
A impressão é que ao longo do tempo o design foi sendo limitado até que se notou a
necessidade de retomar ao que realmente ele significa e ainda inseri-lo em um contexto mais
amplo e complexo de mercado. “Hoje uma ponte está sendo construída entre design e negócios”,
como citado por Marco Santoro, fundador da EISE – Escola de Inovação em Serviços, em um
encontro sobre Business Design em São Paulo [...]
E entendido como um processo, o design passa a ser incorporado também ao ambiente
de negócios em corporações independente do porte e do ramo de atuação, valorizando a multi
e interdisciplinaridade na resolução de problemas complexos alinhado ao planejamento
estratégico da empresa, tornando-se um forte aliado à gestão das marcas. (Infobranding, 2013)
2
TEMA 1 – GESTÃO DO DESIGN
4
profissionais da empresa a oportunidade de participar, cocriar e explorar novas
possibilidades de forma iterativa (processos contínuos), criativa e a inovadora
(Higa, 2017).
É a gestão e o modo de pensar do design, conhecido como design
thinking, que obviamente não substituem a gestão empresarial, mas “propõem
um novo olhar na busca de soluções de problemas e a busca de novas ideias
não só para os produtos, mas para processos, serviços e marcas (Higa, 2017).
Achou interessante como uma empresa administra e gera o
desenvolvimento de um produto? Você terá uma disicplina exclusiva que trata
desse assunto. Já que estamos falando do design dentro das empresas, vamos
falar um pouco sobre um outro setor altamente correlacionado com o design: o
marketing.
TEMA 2 – MARKETING
• Produto: este “P” é o mais ligado ao design. Pode ser um produto físico
(tangível), como uma cadeira, ou até algo totalmente intangível, como um
corte de cabelo. Ou seja, é algo que podemos oferecer para alguém
satisfazer um desejo ou uma necessidade (Kotler; Armstrong, 2007).
5
• Preço: é a quantia em dinheiro que se cobra por um produto/serviço. É o
único dos “Ps” que traz receita (dinheiro) para a empresa, pois os demais
são custos (a empresa “gasta” com eles) (Kotler; Armstrong, 2007).
Portanto é um dos mais importantes, pois, ser for mal elaborado, pode
trazer prejuízos para as empresas.
• Promoção: é o “P” responsável por divulgar e promover o produto. Ele é
tão importante que muitas pessoas acham que o marketing é sinônimo de
propaganda, apesar de não ser, pois o marketing é mais amplo e a
promoção é um de seus pilares. Porém, é essencial, pois, sem esse “p”,
como as pessoas vão saber da existência do produto?
• Ponto: de nada adianta a empresa ter o melhor produto, com um preço
condizente, com uma estratégia de divulgação efetiva se, quando o cliente
for comprar o produto ou quiser adquirir o serviço, não o encontrar ou ter
que se percorrer grandes distâncias para obtê-lo. Por conta disso, o ponto,
ou seja, definir como e onde esse produto/serviço estará disponível
também é de extrema importância.
6
encontrado em qualquer lugar? Ou ainda algo exclusivo? É por meio do
posicionamento que as empresa também conseguem focar suas demais
estratégias para divulgar e assim alcançar esse posicionamento na mente
dos consumidores.
TEMA 3 – SERVIÇOS
Você deve ter percebido que sempre que nos referimos a um produto
juntamente colocamos a palavra serviços. Isso porque os serviços são
considerados um tipo de produto.
No Brasil, o setor de serviço representa 73% do Produto Interno Bruto
(PIB) (Vettorazzo; Perrin, 2017), ou seja, é um setor muito importante para a
encomia do país. No entanto, o marketing para o setor de serviços precisa ser
um pouco diferenciado, isso porque o serviço possui algumas características
distintas: intangibilidade, inseparabilidade, variabilidade e perecibilidade (Kotler;
Armstrong, 2007). Kotler e Armstrong (2007) detalham melhor essas
características.
Mas o que o design tem a ver com isso? Tudo! Você já ouviu falar em
design de serviços? O design de serviço é uma vertente do design mais focada
na experiência do usuário, uma junção do marketing de serviços com o design.
É um conceito baseado na lógica dominante dos serviços que prega que tudo,
por mais tangível que seja, tem uma função de serviço (Mello; Oliveira, 2018).
8
Figura 2 – Serviços
Ou seja, o design de serviços é algo que pode ser feito por designers, mas
muitas disciplinas invadem essa área e usam esse conceito de forma
inadequada. O design de serviços trata de entender toda a jornada do
consumidor (Figura 2), pensar nos pontos de contato com a empresa/produto
para mapear e criar serviços que resultem nas melhores experiências possíveis
(físicas ou virtuais) para os usuários (Mello; Oliveira, 2018).
9
Figura 3 – Profissional trabalhando na praia
Crédito: Kite_rin/Shutterstock.
10
entre outros. Portanto, para pessoas que não gostam de assumir riscos e
preferem estabilidade e segurança, ser autônomo pode não ser uma boa opção.
Figura 4 – Empreendedora
Crédito: Zedward_Indy/Shutterstock.
11
Segundo Biagio (2012), o empreendedorismo pode acontecer de três
formas:
12
TROCANDO IDEIAS
NA PRÁTICA
FINALIZANDO
Nesta aula você aprendeu que o design é muito mais amplo do que você
pensava, certo? Ele pode ajudar a gerir a empresa, inclusive usando conceitos
como design thinking e design de serviços. Além disso, você também conheceu
outras opções de carreira, como a de designer autônomo, ou ainda, de
empreender em seu próprio negócio. Obviamente, você não precisa decidir isso
agora, mas ao menos vá refletindo porque o tempo passa muito rápido, e logo
você será um profissional de design entrando no mercado de trabalho.
13
REFERÊNCIAS
14
MELLO, B.; OLIVEIRA, P. Design de serviços se torna fundamental para a cultura
da empresa. Mundo do marketing, 4 jul. 2018. Disponível em:
<https://www.mundodomarketing.com.br/entrevistas/37916/design-de-servicos-to
rna-se-fundamental-para-a-cultura-da-empresa.html>. Acesso em: 18 ago. 2019.
PAULA, H. de. O que é design de serviço e qual é a relação dele com design
thinking. Heller de Paula, 11 set. 2017. Disponível em:
<https://www.hellerdepaula.com.br/design-de-servico/>. Acesso em: 18 ago.
2019.
VETTORAZZO, L.; PERRIN, F. Setor de maior peso no PIB, serviços caem com
menor consumo de famílias. Folha de S. Paulo, São Paulo, 7 mar. 2017.
Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/03/1864276-setor-
de-maior-peso-no-pib-servicos-caem-com-menor-consumo-de-familias.shtml>.
Acesso em: 18 ago. 2019.
15