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ANEXO Nº 1B

ORIENTAÇÃO

CONTROLE ANALÍTICO DO ATIVO IMOBILIZADO

FICHA ANALÍTICA DE CONTROLE DO ATIVO IMOBILIZADO

CONTROLE FÍSICO - CONTÁBIL - DOCUMENTAL - VALOR DE MERCADO


VALOR JUSTO - BASE PARA CRÉDITOS DE PIS/COFINS E ICMS

1. Cada departamento ou setor da empresa é que deverá preencher a


referida planilha de identificação analítica dos bens fisicamente
existentes no departamento ou setor da empresa.

2. Iniciar o preenchimento da planilha pela coluna 2, relacionando


detalhadamente cada bem do ativo do imobilizado (bens fisicamente
existentes). Relacionar quando possível o ano de fabricação do bem, a
marca, detalhar as características do ativo imobilizado.

3. Ao mesmo departamento que estiver preenchendo essa planilha,


convém preencher também as colunas 5, 6 e 7, respondendo a respeito
das condições físicas reais de cada bem físico do ativo imobilizado.

4. Nessa mesma oportunidade, convém que o próprio departamento ou


setor responda o que pede a coluna 8, ou seja, qual o valor de mercado
(valor justo – Lei 6.404/76, art. 182, § 3º - Resolução CFC nº 1.177/09 e
Resolução CFC 1.263/09 itens 21 a 27, respectivamente CPC nº 27 e
ICPC nº 10) de cada bem do ativo imobilizado, independentemente se
esse valor real (valor justo – Resolução CFC 1.177/09, item 6) na data
do referido levantamento dos bens e preenchimento dessa planilha, se o
valor é maior ou menor que o valor do bem e valor contábil informado na
contabilidade da empresa (RIR/99, art. 418, § 1º).

O Objetivo da informação sobre o valor justo/valor de mercado


dos bens do ativo imobilizado: que a empresa analise a possibilidade
legal de contabilizar ou não o referido valor justo/valor de mercado
conforme coluna 9 da referida planilha de controle do ativo imobilizado,
conforme prevê a Resolução do CFC nº 1.263/09 itens 21 e 25.

5. Verificar no arquivo da empresa, juntando todas as notas fiscais de


compra de bens para o ativo mobilizado da empresa, bem como também
recibos, contratos etc., enfim, tudo o que for documento referente ao
ativo imobilizado.
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ANEXO Nº 1B

6. Cotejar, isto é, comparar, examinando, confrontado, comparando, os


documentos fiscais de compra (ou com base em outro documento legal)
de bens do ativo imobilizado que será preenchido na coluna 4 com as
informações dos bens relacionados na coluna 2, bem como também
informando a data de aquisição de cada ativo imobilizado na coluna 1.

7. Ao final de todo trabalho, de todo o levantamento físico de todos os bens


de ativo imobilizado da empresa, de todos os departamentos ou setores
da empresa, irá acontecer o seguinte:

1. Sobras de documentos, ou seja, não existe mais os


bens fisicamente na empresa, tem mais notas
fiscais do que bens do imobilizado.

2. Existência de bens fisicamente sem a identificação


da nota fiscal ou algum outro documento de
aquisição de bens, tem mais bens do que notas
fiscais de compras para o imobilizado.

Atenção: A empresa deverá proceder os devidos


ajustes através de rateios (ver itens nº 3 e 4 do
Parecer Normativo- CST nº 394/71 (em anexo) de
valores, de modo que não se altere o valor contábil
dos bens do ativo imobilizado que consta na
contabilidade.
Sugerimos que se leia muito bem o Parecer
Normativo da Coordenação do Sistema de
Tributação nº 394/71 (em anexo).

3. Em anexo, a íntegra do referido Parecer Normativo-


CST nº 394/71.

8. Se houver necessidade de baixar os bens contabilmente e fisicamente,


conforme o que foi informado nas colunas 5, 6 e 7 da referida planilha de
controle do ativo imobilizado (estado físico do bem: ruim, obsoleto ou em
desuso ou talvez até mesmo regular), convém realmente baixar esses
bens com base na Legislação RIR/99, art. 418 – Cáput e Parecer
Normativo da Coordenação do Sistema de Tributação nº 146/75.

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ANEXO Nº 1B

Nossa sugestão é que a empresa providencie um laudo técnico para fins


de comprovar a efetiva perda e baixa dos bens, com base inclusive no
P.N.-CST 146/75, item nº 6.

Obs.: Em anexo, a íntegra do RIR/99, art. 418 e do Parecer Normativo


CST nº 146/75.

9. Nessa oportunidade, ou seja, de preenchimento analítico dos ativos


imobilizados da empresa, convém preencher também a coluna 10 no
caso de empresa que apure créditos de PIS e COFINS não cumulativo
(Lucro Real), bem como também preenchendo-se a coluna 11 quanto a
opção legal do tipo de crédito de PIS e COFINS.

10. De forma semelhante em relação ao item anterior, a empresa poderá


fazer o preenchimento da coluna 12 com base na informação da coluna
10 para fins de crédito de ICMS de bens do ativo imobilizado na base de
1/48 por mês – Lei Complementar nº 87/96, art.20, § 5º, I a VII.

11. Feito tudo isso, daí para frente é só dar continuidade no controle
analítico do ativo imobilizado, de todas as compras, controle das baixas
de bens e também das transferências de bens do ativo imobilizado.

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ANEXO Nº 1B

LEGISLAÇÃO FISCAL

Parecer Normativo CST nº 394, de 31.05.1971 - DOU 04.08.1971

Na hipótese de total impossibilidade de, para efeitos de correção


monetária e baixas, a empresa atribuir, com base em documentação ou
registros, valores históricos individualizados a cada um dos bens do seu
ativo imobilizado, cujo registro vinha sendo reproduzido englobadamente
em sua contabilidade, admite-se serem conferidos aos mesmos valores
históricos aproximados com base em indícios ou estimativa, desde que o
seu cômputo total coincida exatamente com o anteriormente registrado e
que, antes, se tenham esgotados todos os meios para apuração dos
valores reais de aquisição.

Concomitantemente, devem ser individualizados também os valores


relativos às correções monetárias e às depreciações, amortizações ou
exaustões realizadas englobadamente.

02 - Imposto Sobre a Renda e Proventos

02.02 - Pessoas Jurídicas

02.02.99 - Outros

1. Empresa que, em 1938, se reabilitou do estado da falência, esclarece: a)


que, na oportunidade do levantamento do seu balanço de reabertura, não foi
realizado inventário discriminativo dos bens de seu patrimônio, havendo os
mesmos sido simplesmente contabilizados englobadamente em rubricas
específicas do ativo;

b) que já não possui os livros contábeis e documentos relativos ao período


anterior ao reinício de suas atividades;

c) que vem fazendo incidir a correção monetária sobre os valores dos bens
englobadamente registrados em seu ativo imobilizado, tomando por data de
aquisição o ano de 1938;

d) que agora depara-se com dificuldades em dar baixa a algumas máquinas


obsoletas, por falta de seus valores históricos e adicionais de correção
monetária devidamente individualizados.

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ANEXO Nº 1B

Em razão do exposto, consulta se cabível atribuir, com base em estimativa,


valores históricos e adicionais de correção individualmente a cada bem.

2. Em princípio, é de se esclarecer que por força das normas de regência em


vigor, cumpre às empresas efetuarem seus registros contábeis com
individualização, bem como, independentemente do esgotamento do prazo
prescricional ou de decadência para a Fazenda Nacional cobrar ou lançar
impostos, manterem em boa guarda todos os documentos pertinentes à
aquisição de bens sujeitos à correção monetária, depreciações amortizações
ou exaustões, o mesmo ocorrendo com os livros contábeis que contenham os
respectivos registros.

3. Não obstante, considerando o caso especialíssimo da consulente,


cujas dificuldades se devem a fatos ocorridos em épocas remotas e,
então, sem maiores repercussões fiscais, é de se admitir, como última
alternativa, que, com base em indícios ou estimativa se atribuam
individualmente valores históricos aproximados, para efeitos contábeis a
cada um dos bens integrantes de seu ativo imobilizado, desde que o
cômputo total dos mesmos coincida com o anteriormente contabilizado.

4. Tal providência, contudo, só é cabível se impossível a obtenção dos


valores reais de aquisição por quaisquer outros meios, incluindo-se
consultas aos fornecedores, a prospectos da época, a dados de
correspondências e, no caso em estudo, ao teor do laudo de avaliação
constante do processo de falência, se realizado.

5. Apurados os valores básicos a prevalecerem concomitantemente, há


que se individualizarem também os valores relativos às correções
monetárias, depreciações, amortizações ou exaustões já realizadas, que,
na hipótese, conclui-se tenham obedecido aos mesmos coeficientes ou
cotas para cada grupo de bens.

6. Finalmente, impõe-se salientar que, no caso de vir a empresa a adotar


procedimento lesivo à Fazenda Nacional, sujeitar-se-á às sanções legais
cabíveis.

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ANEXO Nº 1B
PN CST 146/75 - PN - Parecer Normativo COORDENADOR DO SISTEMA
DE TRIBUTAÇÃO - CST nº 146 de 1.12.1975 - D.O.U.: 19.12.1975

(Os bens do Ativo Imobilizado que se


tenham tornado imprestáveis pela
obsolescência normal ou excepcional,
ou em razão de ocorrência de caso
fortuito ou de força maior, podem ser
baixadas por ocasião da efetiva saída
do patrimônio da empresa,
computando-se o resultado da
alienação, caso haja valor econômico
apurável, como receita eventual ou
perda extraordinária, conforme o
caso.)

Os bens do Ativo Imobilizado que se tenham tornado imprestáveis pela


obsolescência normal ou excepcional, ou em razão de ocorrência de caso
fortuito ou de força maior, podem ser baixadas por ocasião da efetiva
saída do patrimônio da empresa, computando-se o resultado da
alienação, caso haja valor econômico apurável, como receita eventual ou
perda extraordinária, conforme o caso.

Complementa o Parecer Normativo CST nº 455/70.

Consulte-se qual a formalidade administrativa exigida para a baixa de bens do


Ativo Imobilizado, em virtude de sua obsolescência normal ou excepcional, ou
de ocorrência de caso fortuito ou de força maior.

2. A duração de vida útil estimada de um bem do Ativo Imobilizado, que


serve de base para serem determinadas as taxas de depreciação, não
coincide, necessariamente, com a duração de sua utilização efetiva. Se o
prazo de utilização for superior ao estimado, pode o bem ser mantido em
uso até que seja necessária a sua reforma, recuperação, substituição ou
baixa.

3. Quando o bem se torna imprestável antes do prazo estimado, em


virtude de fatores não previsíveis, como a obsolescência excepcional ou
ocorrência de caso fortuito ou de força maior, pode ocorrer que somente
parte das quotas de depreciação tenha sido apropriada. Nesta hipótese, a
baixa do bem normalmente acarreta perdas extraordinárias, as quais
poderão ser computadas como despesas operacionais, salvo se forem
recuperáveis através de seguro ou de indenização de terceiros, conforme
disposto no art. 47. , § 6º, da Lei nº 4.506/64 (artigo 186 do RIR aprovado
pelo Decreto nº 76.186/75).

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ANEXO Nº 1B
4. Em qualquer caso, a baixa contábil deve ser concomitante à baixa física
do bem, isto é, com sua efetiva saída do patrimônio da empresa, e o valor
da alienação, caso haja valor econômico apurável, de acordo com o art.
201. do RIR, servirá para apuração da receita eventual ou do valor
efetivamente perdido.

5. Enquanto não ocorrida a baixa física do bem, deve permanecer o


registro do seu valor contábil, que terá como contrapartida os valores
acumulados do fundo de depreciação, como registro de regularização do
valor do ativo, aplicável o disposto no Parecer Normativo CST nº 455, de
24.11.70 (DOU de 2.12.70) quanto à apuração do resultado.

6. Esclareça-se, finalmente, que embora, a lei não imponha formalidade


especial para eliminação do ativo, em qualquer caso fica o contribuinte sujeito a
comprovar pela forma estabelecida nas leis comerciais e fiscais ( art. 135. do
RIR) o ato ou fato econômico que serviu de base aos lançamentos contábeis
efetuados.

Publicado no Diário Oficial nº 243, de 19.12.75.

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ANEXO Nº 1B

REGULAMENTO DO IMPOSTO DE RENDA

Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999

CAPÍTULO VII

RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS

Seção I

Ganhos e Perdas de Capital

Subseção I

Disposições Gerais

Art. 418. Serão classificados como ganhos ou perdas de capital, e


computados na determinação do lucro real, os resultados na alienação,
na desapropriação, na baixa por perecimento, extinção, desgaste,
obsolescência ou exaustão, ou na liquidação de bens do ativo
permanente (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 31).

§ 1º Ressalvadas as disposições especiais, a determinação do ganho ou


perda de capital terá por base o valor contábil do bem, assim entendido o
que estiver registrado na escrituração do contribuinte e diminuído, se for
o caso, da depreciação, amortização ou exaustão acumulada (Decreto-Lei
nº 1.598, de 1977, art. 31, § 1º).

§ 2º O saldo das quotas de depreciação acelerada incentivada, registradas no


LALUR, será adicionado ao lucro líquido do período de apuração em que
ocorrer a baixa.

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ANEXO Nº 1B
RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.263/09

Aprova a IT 10 – Interpretação sobre a


Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado
e à Propriedade para Investimento.

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício


de suas atribuições legais e regimentais,

CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Contabilidade, em


conjunto com outras entidades, é membro do Comitê de Pronunciamentos Contábeis
(CPC), criado pela Resolução CFC nº. 1.055/05;

CONSIDERANDO que o CPC tem por objetivo estudar, preparar


e emitir Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de contabilidade e divulgar
informações dessa natureza, visando permitir a emissão de normas uniformes pelas
entidades-membro, levando sempre em consideração o processo de convergência às
normas internacionais;

CONSIDERANDO que o Comitê de Pronunciamentos Contábeis


aprovou a Interpretação Técnica ICPC 10 – Interpretação sobre a Aplicação Inicial ao
Ativo Imobilizado e à Propriedade para Investimento dos Pronunciamentos Técnicos
CPCs 27, 28, 37 e 43,

RESOLVE:

Art. 1º. Aprovar a IT 10 – Interpretação sobre a Aplicação Inicial


ao Ativo Imobilizado e à Propriedade para Investimento .

Art. 2º. Esta Resolução entra em vigor nos exercícios iniciados


a partir de 1º. de janeiro de 2010.

Brasília, 10 de dezembro de 2009.

Contadora Maria Clara Cavalcante Bugarim


Presidente
Ata CFC nº. 932

NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE

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ANEXO Nº 1B

IT 10 - INTERPRETAÇÃO SOBRE A APLICAÇÃO INICIAL AO ATIVO


IMOBILIZADO E À PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTO

Índice Item
OBJETIVO E ALCANCE 1–2
IMOBILIZADO 3 – 43
Taxas de depreciação atualmente utilizadas no Brasil 9 – 19
Avaliação inicial para o ativo imobilizado 20 – 32
Custo atribuído (deemed cost) 20 – 29
Revisão inicial das vidas úteis 30
31 – 32
Revisões periódicas das vidas úteis
Avaliadores, laudos de avaliação e aprovação 33 – 37

Registro de tributos diferidos 38 – 40

Divulgação nas demonstrações contábeis 41 – 43


PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTO 44 – 53

Diferenciação entre ativo imobilizado e propriedade para investimento 44 – 48

Classificação da propriedade para investimento 49 – 50

Avaliação da propriedade para investimento 51 – 53

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ANEXO Nº 1B

Objetivo e alcance

1. O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) edita a presente


Interpretação com a finalidade de tratar de alguns assuntos
relativos à implementação inicial da NBC T 19.1 – Ativo
Imobilizado, NBC T 19.26 – Propriedade para Investimento, NBC
T 19.39 – Adoção Inicial das Normas Internacionais de
Contabilidade e NBC T 19.40 – Adoção Inicial das NBC Ts
Convergidas em 2009. Por exemplo: para o ativo imobilizado,
uma das práticas brasileiras que vem sendo seguida considera de
maneira geral as taxas de depreciação admitidas pela legislação
tributária sem a prática de (i) revisão periódica obrigatória das
estimativas de vida útil e (ii) determinação de valor residual, que
são fundamentais para a definição do montante a ser depreciado
segundo a NBC T 19.1.

2. Ainda, em função da mudança da prática contábil brasileira para


plena aderência ao processo de convergência das práticas
brasileiras às internacionais, na adoção inicial da NBC T 19.1 e da
NBC T 19.26 há a opção de proceder a ajustes nos saldos iniciais à
semelhança do que é permitido pelas normas internacionais de
contabilidade, com a utilização do conceito de custo atribuído
(deemed cost), conforme previsto na NBC T 19.39 e na NBC T
19.40. No que concerne à Propriedade para Investimento, as
definições desses ativos podem, à primeira vista, causar dúvidas,
já que ambas (NBC T 19.1 e NBC T 19.26) falam em uso para fins
de locação; o uso do custo como base de valor é tradicional para
os imóveis destinados à locação, mas a posição da NBC T 19.26 é
diferente, permitindo o uso do valor justo. Daí a necessidade de
esta Interpretação ser utilizada em conjunto com as citadas
normas.

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