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1.

INTRODUÇÃO

2. TEMA

O SISTEMA ADMINISTRATIVO MOÇAMBICANO

3. PROBLEMA

O Sistema Administrativo Moçambicano enfrenta diversos desafios que


afetam a sua eficiência, eficácia e equidade.

1. Centralização:

 Excessiva concentração de poder no nível central, limitando a


autonomia dos órgãos locais e dificultando a tomada de decisões mais
próximas das reais necessidades da população.

 Processos burocráticos lentos e morosos, atrasando a implementação


de políticas públicas e dificultando o acesso aos serviços públicos.

 Falta de capacidade de gestão e de recursos humanos nos órgãos


locais, comprometendo a qualidade dos serviços prestados.

2. Corrupção:

 Práticas corruptas disseminadas em diversos setores da administração


pública, desviando recursos públicos e impedindo o desenvolvimento
do país.

 Falta de transparência e de mecanismos de accountability,


dificultando o controle social e a punição dos responsáveis por atos de
corrupção.

 Cultura de impunidade que incentiva a prática de atos ilícitos e mina a


confiança da população nas instituições públicas.

3. Falta de recursos:
 Recursos financeiros e humanos insuficientes para o bom
funcionamento da administração pública, comprometendo a qualidade
dos serviços prestados.

 Infraestrutura precária em muitas regiões do país, dificultando o


acesso da população aos serviços públicos.

 Desigualdade no acesso aos serviços públicos, com as regiões mais


pobres e periféricas sendo as mais prejudicadas.

4. Desarticulação entre os diferentes órgãos e entidades:

 Falta de coordenação e de comunicação entre os diferentes órgãos e


entidades da administração pública, gerando ineficiência e desperdício
de recursos.

 Ausência de uma visão estratégica e integrada para o desenvolvimento


do país, dificultando a implementação de políticas públicas eficazes.

 Falta de mecanismos de avaliação e acompanhamento das políticas


públicas, impedindo a mensuração dos resultados e a correção de
erros.

5. Débil participação da sociedade civil:

 Falta de canais de participação efetiva da sociedade civil na


formulação e implementação das políticas públicas.

 Ausência de mecanismos de consulta e diálogo entre o governo e a


sociedade civil, limitando a transparência e a accountability da
administração pública.

 Cultura de centralização e autoritarismo que impede a participação da


sociedade civil na tomada de decisões.

Consequências:

 Ineficiência da administração pública, com serviços públicos de baixa


qualidade e dificuldade de acesso para a população.
 Desigualdade social e regional, com as regiões mais pobres e
periféricas sendo as mais prejudicadas.

 Falta de confiança da população nas instituições públicas, gerando


descrédito e apatia.

4. JUSTIFICATIVA

5. OBJECTIVOS

6. METODOLOGIA

7. SISTEMA ADMINISTRATIVO MOÇAMBICANO

O Sistema Administrativo Moçambicano: Evolução Histórica e


Princípios Norteadores

Evolução Histórica:

Período Pré-colonial:

 Marcado por sistemas de organização social e política diversos, com


predominância de estruturas hierárquicas e centralizadas.

 O poder político concentrava-se nas mãos de régulos e chefes tribais,


com a administração local sendo gerida por autoridades tradicionais.

Período Colonial:

 Implementação de um sistema administrativo centralizado e


hierárquico, inspirado no modelo português.
 Criação de novas estruturas administrativas, como províncias,
distritos e postos administrativos.

 Subordinação das autoridades tradicionais à administração colonial.

Pós-Independência:

 Adoção de um sistema administrativo inspirado nos princípios


marxistas-leninistas.

 Descentralização do poder administrativo, com a criação de órgãos


locais do Estado.

 Implementação de medidas de participação popular na gestão da


administração pública.

Atualidade:

 O sistema administrativo moçambicano encontra-se em processo de


reforma, com o objetivo de fortalecer a descentralização, a participação
popular e a transparência.

 A Constituição da República de Moçambique de 1990 consagra os


princípios da descentralização, da autonomia local e da participação
dos cidadãos na gestão da coisa pública.

Princípios Norteadores:

Descentralização:

 Transferência de poderes e recursos do governo central para os órgãos


locais do Estado.

 Maior autonomia para as comunidades locais na gestão dos seus


próprios assuntos.

Autonomia Local:
 Capacidade dos órgãos locais do Estado de gerir os seus próprios
assuntos e de tomar decisões de acordo com as necessidades das
comunidades locais.

Participação Popular:

 Envolvimento dos cidadãos na tomada de decisões e na gestão da


administração pública.

 Promoção da transparência e da accountability na gestão da coisa


pública.

Eficiência e Eficácia:

 Busca pela otimização dos recursos públicos e pela prestação de


serviços de qualidade à população.

Legalidade:

 Submissão da administração pública à lei e aos princípios do Direito


Administrativo.

Impessoalidade:

 Ação da administração pública deve ser guiada pelo interesse público


e não por interesses particulares.

Moralidade:

 Ação da administração pública deve ser pautada pelos princípios


éticos e de probidade administrativa.

Transparência:

 A administração pública deve ser transparente e dar acesso à


informação aos cidadãos.

Accountability:

 A administração pública deve ser responsável pelos seus atos e pelos


resultados das suas ações.
Conclusão:

O sistema administrativo moçambicano está em constante evolução,


buscando adaptar-se às novas realidades do país. O desafio atual é
fortalecer os princípios da descentralização, da autonomia local, da
participação popular, da eficiência, da legalidade, da impessoalidade, da
moralidade, da transparência e da accountability.

Referências:

 Constituição da República de Moçambique: URL Constituição da


República de Moçambique

 Lei n.º 8/2013, de 24 de Maio, Lei do Direito Administrativo Geral:


URL Lei n.º 8/2013, de 24 de Maio, Lei do Direito Administrativo Geral

 Manuel de Direito Administrativo Moçambicano, Albano Macie: URL


Manuel de Direito Administrativo Moçambicano, Albano Macie

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