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1º ANO - 2024
COMPONENTE CURRICULAR: HUMANIDADES E CIÊNCIAS
SOCIAIS
ANO DE ESCOLARIDADE: 1º ANO BIMESTRE: 1º ANO: 2024
SEMANA 1
TEMA: HUMANIDADES E CIÊNCIAS HUMANAS
OBJETIVO: métodos de pesquisa utilizados por essa área do conhecimento.
Para você essas Ciências têm algum tipo de importância para nossa sociedade? Explique.
Leia os textos com atenção e escreva as contribuições que você percebe das Ciências Humanas
eSociais nos contextos apresentados nos trechos abaixo.
A revista "The Economist" mostrava no início deste ano que as epidemias tendem a ser menos letais em
países democráticos devido à livre circulação de informação. Mas, como as democracias estão cada vez
mais vulneráveis às "fake news", teremos de imaginar soluções democráticas assentes na democracia
participativa no nível dos bairros e das comunidades e na educação cívica orientada para a solidariedade e
a cooperação, não para o empreendedorismo e a competitividade a todo custo (...)
A partir da pesquisa, a equipe do projeto espera obter três resultados principais: acumular dados sobre as
condições de infraestrutura e de conhecimento que envolvam efeitos imediatos da pandemia sobre as
atividades e o cotidiano do ensino médio; desenvolver ações que possam diminuir obstáculos ao ensino; e,
por fim, mostrar a relevância da universidade pública e, em especial, das ciências sociais, com foco na
capacidade de lidar com momentos de conflito.
http://noticias.unb.br/117-pesquisa/4538-pesquisa-da-sociologia-analisa-condicoes-do-ensino-
remoto-emergencial-em- escolas-do-df (acesso em 24/03/21)
POSSIBILIDADES METODOLÓGIAS - O CONHECIMENTO É UM PROCESSO
SEMANA 2
TEMA: POSSIBILIDADES METODOLÓGICAS
OBJETIVO: métodos de pesquisa utilizados por essa área do conhecimento.
HABILIDADES RELACIONADAS AO PENSAR E FAZER CIENTÍFICO: (EMIFCG01) Identificar,
selecionar,
processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção, criticidade e ética,
inclusive utilizando o apoio detecnologias digitais.
a) Sujeito: constrói a
faculdade dainteligibilidade;
01. Sobre a discussão inicial desta unidade em que se aborda o conceito de ciência e senso comum,
escrevaum parágrafo comentando as diferenças existentes entre esses dois tipos de conhecimento.
Ao mesmo tempo educativa e cidadã”. Segundo Patrick Charaudeau, um estudioso dos discursos (maneiras
de se comunicar algo) que circulam na nossa sociedade, o discurso científico é assim definido:
“Socialmente, a divulgação científica participa de uma finalidade que consiste em tornar acessível a um
grande número de indivíduos (divulgar e difundir) os resultados das pesquisas científicas.
Este ato de divulgação não se destina a tornar os indivíduos sábios ou especialistas neste ou naquele
tema científico, mas a lhes permitir melhor conhecer os fenômenos do mundo que nos escapam, a fim de
poder debatê-losquando eles apresentam problemas de ordem moral. Trata- se, então, de uma finalidade.
Fazem parte do discurso científico diversas formas de pesquisas que procuram atestar alguma descoberta
científica.
São elas: a pesquisa bibliográfica, a pesquisa de campo, os experimentos científicos, o levantamento
de dados, dentre outras.
A pesquisa bibliográfica diz respeito às fontes de consulta que já foram escritas anteriormente. Os materiais
podem ser livros, revistas especializadas, jornais etc.
A pesquisa de campo está relacionada à vivência de coleta de dados junto a pessoas, lugares, situações
que se pretende investigar. Você sai da biblioteca e da frente do computador e vai ver de perto aquilo que
se investiga.
O experimento científico pode ser feito tanto em laboratório, com controle de todas as
etapas, quanto na pesquisa de campo. Ambos partem de hipóteses a serem investigadas durante o
experimento.
O levantamento de dados pode ser realizado durante todo o experimento científico e, até mesmo, durante a
pesquisa bibliográfica. São as observações de toda a pesquisa
transformadas em números, gráficos, tabelas etc.
A) Romualdo visitou pacientes que foram submetidos a um novo tratamento à base de vitamina B12 e
osobservou durante 10 meses, anotando os resultados observados semanalmente. – Pesquisa de
campo.
B)Romualdo analisou estudos anteriores que utilizavam a vitamina B12 para prevenir a demência
futuranos pacientes acometidos pela doença. – Experimento científico.
C) Romualdo analisou estudos anteriores que utilizavam a vitamina B12 para prevenir a demência
futuranos pacientes acometidos pela doença. – Pesquisa bibliográfica.
SEMANA 3
TEMA: MÉTODO CIENTÍFICO
OBJETIVO: métodos de pesquisa utilizados por essa área do conhecimento.
HABILIDADES RELACIONADAS AO PENSAR E FAZER CIENTÍFICO: (EMIFCG01) Identificar,
selecionar, processar eanalisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção, criticidade e ética,
inclusive utilizando o apoio detecnologias digitais.
https://youtu.be/6WBT8E9IjE0
O MÉTODO CIENTÍFICO
Pode ser definido como a maneira ou o conjunto de regras básicas empregadas em uma investigação
científica com o intuito de obter resultados o mais confiáveis quanto for possível. Entretanto, o
métodocientífico é algo mais subjetivo, ou implícito, do modo de pensar científico do que um manual
com regrasexplícitas sobre como o cientista, ou outro, deve agir. Geralmente o método científico
engloba algumas etapas como: a observação, a formulação de uma hipótese, a experimentação, a
interpretação dos resultados e, por fim, a conclusão. Porém alguém que seproponha a investigar algo
através do método científico não precisa, necessariamente, cumprir todas as et O que é hipótese?
Toda investigação científica começa com uma pergunta: "Por que tal fenômeno ocorre?" ou "O que isto tem
a ver com aquilo?"Ao formular determinada pergunta, o cientista tem geralmente um palpite sobrequal é a
resposta. Esse palpite é o que se chama hipótese.
Indução e dedução
Uma hipótese científica não é um palpite qualquer, mas se apoia em informações já existentes sobre
oassunto. Para formular uma hipótese, o cientista analisa, interpreta e reúne todas as informações
disponíveis no momento, processo conhecido como indução.
Existe uma condição fundamental para uma hipótese ter valor: ela precisa ser testável. O cientista imagina
uma situação na qual, se a hipótese for verdadeira, haverá determinada consequência. Assim, a partir da
hipótese, ele faz uma dedução, prevendo o que irá acontecer.
Os cientistas podem, em certos casos, planejar experiências para obter evidências que confirmem
ourefutem suas deduções. Se os resultados dos experimentos ou das observações mostrarem que as
deduções estão erradas, deve-se retroceder e corrigir as hipóteses ou abandoná-las. Já no caso de
asprevisões se confirmarem, as hipóteses vão ganhando suporte, sendo cada vez mais aceitas.
O que é teoria?
Muitas pessoas usam o termo "hipótese" como sinônimo de "teoria", mas isso não é correto. Uma hipótese
é uma tentativa de explicação para um fenômeno isolado, enquanto uma teoria é um conjunto
deconhecimentos mais amplos, que procura explicar fenômenos abrangentes da natureza.
O controle experimental
Quando se testa uma hipótese através da experimentação, o que se faz é comparar os resultados do
grupoexperimental - aquele em que provocamos uma alteração - com os de um grupo controle, no qual
não foi feita intervenção alguma.
relações familiares, organização institucional e econômica dos diversos grupos sociais. Estudam
fenômenos como migrações, conflitos sociais, ocupação do espaço rural e urbano e movimentos políticos.
Tais conhecimentos podem ser aplicados na solução de problemas nas áreas de educação, saúde,
ambiente, violência, entre outros.
Diferentes métodos desenvolvidos por cientistas sociais considerados clássicos têm servido de referência
para as análises da sociedade até os dias atuais. São eles:
- Funcionalismo ou método comparativo: considera que um fenômeno social só existe porque tem uma
função na sociedade, estando integrado a um sistema social por meio das instituições que fortalecem o
sentido de coletividade. Autor de referência: Émile Durkheim. Para ele a ordem social se mantém porque
as pessoas respeitam e aceitam as normas impostas. Acreditava que ausência dessas normas leva
asociedade a uma situação caótica e os indivíduos se sentem desorientados.
Método compreensivo: busca compreender os sentidos que o indivíduo dá à vida e às suas ações,
orientando-se pela busca dos valores subjetivos que, partilhados, norteiam determinado grupo social.
Autor de referência: Max Weber.
Materialismo histórico e dialético: considera que na produção da vida material – isto é, dos bens
necessários à sobrevivência da sociedade – são estabelecidas relações de exploração e dominação que
têm reflexo nas esferas políticas e ideológicas de uma sociedade. Autor de referência: Karl Marx. Para
ele, a sociedade devia ser vista como um todo composto pela economia, pela política e pelas ideias
(cultura). Essas partes estariam interligadas, mas a economia teria uma posição de destaque, pois a
explicação dos fenômenos sociais deveria ser buscada nela.
Existem duas abordagens principais para a pesquisa em Ciências Sociais: a pesquisa quantitativa e a
qualitativa, que têm características distintas, porém não excludentes.
Pesquisa qualitativa: Requer um contato direto e pessoal entre o pesquisador e a população observada.
Por meio desse convívio e interação, o pesquisador busca compreender as maneiras de agir e pensar do
grupo, que são analisadas a partir das experiências e impressões vividas em um trabalho de campo.
Observe a situação abaixo e veja a conclusão
Você chega em casa, cansado da escola e decide ligar a televisão. Ao apertar o botão, no entanto, nada
acontece. Imediatamente, começa a formular hipóteses que expliquem o porquê da TV não estar
ligando.
Primeira hipótese: ela não está conectada à tomada. Você, então, observa o cabo de alimentação e vê
que ele está em seu devido lugar. Assim, a primeira hipótese foi refutada.
Segunda hipótese: está faltando energia elétrica. Para testar sua nova proposição, você aperta
ointerruptor de luz ou tenta ligar algum aparelho elétrico. Você observa que não há problemas com a
energia elétrica, e sua segunda hipótese também é refutada.
Parabéns! Você pode não ter descoberto o motivo da sua TV não estar funcionando, mas aplicouo
método científico em uma situação da dia a dia bastante corriqueira.
Você já consegue descrever uma ação do dia a dia onde você utilizou um método cientifico?
Descreva abaixo:
O cientista, em seu trabalho, é guiado por uma característica humana básica: a curiosidade. Está,
continuamente, tentando explicar os "porquês" e os "comos" das coisas. Albert Einstein (1879- 1955), um
dos maiores físicos da humanidade, comparou o trabalho de um cientista ao de um detetive: reúne uma
série de fatos e, a partir deles, procura entender como ou por que um determinado fenômeno está
ocorrendo. O cientista vai além da simples observação ou confirmação de fatos; ele procura entender por
que certos fatos ocorrem e quais as consequências de sua ocorrência.
EXERCICIOS
01Quando procuramos respostas científicas para um determinado fenômeno que ainda não foi estudado,
qual oprimeiro passo que devemos tomar de acordo com o método científico?
a) Produzir hipóteses. b) Criar uma teoria. ´
03- Os passos principais de um método científico incluem a observação, formulação de hipótese, parte
experimental e conclusões. No entanto, outras partes podem ser incorporadas ao desenvolvimento de uma
pesquisa, como controles, variáveis e dados. Por mais que a utilização de controles possa estar relacionada
a todosos passos de uma pesquisa, o valor de um controle serve para avaliar diretamente a:
c) Observação. d) Hipótese
a- A pesquisa sempre parte de um problema, de uma interrogação, uma situação para a qual o repertório
deconhecimento disponível não gera resposta adequada.
b-Toda pesquisa baseia-se em uma teoria que serve como ponto de partida para a investigação.
c- Para solucionar um problema, são levantadas hipóteses que podem ser confirmadas ou refutadas pela
pesquisa.
05- Leia os ditos populares. Após analisar as sentenças (você pode conversar com as pessoas de sua
família), busque informações concretas da realidade social e no quadro ao lado separe as sentenças que
podem ser comprovadas cientificamente. Explique a sua escolha.
Tratar da questão dos métodos e das técnicas de investigação em Ciências Sociais nos leva a
considerar, ainda de que forma breve, o contexto do surgimento das Ciências Sociais como disciplina. Ela
se constituiu num contexto de profundas transformações, que reconfiguraram as diferentes esferas da
vida social (família, divisão do trabalho, religião, Estado etc.) e tornaram-se problemas de investigação.
As Ciências Sociais passam, desde os seus primórdios, a ocupar o lugar de um pensamento que procura
dar sentido às transformações no seu entorno sem se render às interpretações de senso comum.
Nesse sentido, desde a sua criação, colocam-se como desafios analíticos para o cientista social
compreender as transformações de sua própria realidade e distinguir ou aproximar os seus métodos dos
métodos já constituídos das investigações das ciências da natureza. Comparada a Matemática, a
geometria, física, dentre outras da (ciências da natureza), a ciência social é bem recente. Questões
sociais como “por que alguns homens tinham que trabalhar duramente para sobreviver, enquanto outros
passavam o tempo, caçando, fazendo ginástica ou se divertindo”, eram questões atribuídas à natureza
das coisas. Diziam que aquelas pessoas já havia nascidas para realizar determinadas atividades. Outras
explicações atribuíam à desigualdade social à vontade divina. Durante milhares de anos explicações
como essas foram socialmente aceitas. Contudo, a partir do século XVII, algumas transformações
ocorridas na sociedade europeia criaram as condições necessárias para o surgimento, por exemplo, da
Sociologia.
A lei de Newton revolucionou a ciência, já que ficou confirmado que era possível encontrar leis que
explicassem uma vasta gama de fenômenos. Os filósofos que refletiam sobre a realidade social
começaram a acreditar que se tinha sido possível explicar cientificamente o universo, então seria possível
explicar da mesma maneira a sociedade. As Revoluções Industrial e Francesa foram marcos históricos,
que também acarretaram mudanças nos campos político e econômico, contribuindo para a transformação
das sociedades ocidentais em objeto de investigações científicas. A consciência das desigualdades
sociais no século XVIII, a miséria e a opressão apontavam para a necessidade de uma reorganização da
sociedade. Os homens daquela época
acreditavam que a solução para a situação deveria vir de uma sugestão embasada no conhecimento
científico. Nesse contexto surge a Sociologia.
Hoje, as pesquisas feitas pelas Ciências Humanas e Sociais contribuem significativamente, por exemplo, na
área da saúde.
Faça uma pesquisa da contribuição das Ciências Humanas e Sociais para a interpretação da
sociedade contemporânea. Escreva abaixo.
Acesse ou leia um jornal ou uma revista e retire uma argumentação que recorra a fatores sociais para
explicar um determinado fenômeno. Siga o roteiro abaixo:
A-Nome da fonte de pesquisada
São formas diversas de divulgação científica: revistas, jornais, reportagens etc. As redes sociais também
são ótimos canais de divulgação científica, assim como podcasts, vídeos, visitas a museus, etc. Contudo,
precisamos nos atentar a um certo tipo de divulgação que pretende ser científica, mas não passa de
material falso. Para isso, devemos observar os seguintes tópicos:
Às vezes vemos uma reportagem, realizada por jornalistas, falando sobre Ciência. É necessário
investigar se o que foi apresentado tem o aval de algum cientista da área abordada. “Por mais que a
divulgação científica seja narrada por um apresentador e repassada em uma reportagem, sempre deve
haver um cientista participando ativamente, amparando toda e qualquer informação. Afinal, qualquer
pessoa pode noticiar uma descoberta científica. Já a divulgação científica não só dá a notícia, mas a
explica e evita sua má interpretação.”
As pessoas que divulgaram o conteúdo são pessoas que estudaram e se especializaram no assunto
abordado, ou seja, são cientistas, ou estão apenas emitindo uma opinião? Com o volume de informações
que temos na cultura digital, muitas pessoas estão se tornando “especialistas” em algum assunto apenas
porque leram algo relacionado em uma rede social. Pesquise o nome do(a) cientista que aparece no
material de divulgação. Veja que universidade frequentou, se já divulgou algum estudo antes, se tem o
respeito da comunidade científica. Essas são dicas preciosas para que possamos desmascarar
impostor(a)s
“O cientista é o profissional que extrai o seu conhecimento da ciência, a partir de um método sistemático
e reproduzível. Esses profissionais estão presentes nas mais diversas áreas da ciência, como a biologia,
química, física, biomedicina, entre outros. Portanto, são pessoas com propriedade para falar e divulgar
sobre ciência.”- O meio em que ocorreu a divulgação científica é um meio sério? Devemos investigar se a
rede de televisão, jornal, revista, canal no Youtube, página da rede social é um meio sensacionalista, se
já divulgou notícias falsas antes e, principalmente, se há um ou mais cientistas responsáveis ou apoiando
a produção do conteúdo. Se você se deparar com um material de divulgação científica que parece um
pouco absurdo, investigue!
EXERCÍCIO PARA RESPONDER
Dentre os materiais que estão listados abaixo, qual seria o mais sujeito a apresentar informações
equivocadas em se tratando de divulgação científica?
A) Bio na Rua: O Bio na Rua é um projeto idealizado e executado por alunos de graduação e pós-
graduação da Universidade de Brasília. Em parceria com o Laboratório de Aracnídeos na UnB, e sob
orientação do professor Paulo César Motta, do Departamento de Zoologia, este projeto visa promover a
conscientização da população sobre a fauna e flora do cerrado e do Brasil, bem como as demais áreas
da biologia, com uma abordagem didática e interessante de conceitos básicos e temas atuais
relacionados à biodiversidade.
B) Canal no Youtube “Reprogramando o DNA para vencer”. Dois amigos, que se conheceram nas aulas
de Administração da UFMG, perceberam que o ambiente universitário não daria as respostas que eles
desejavam para a vida. Após viajar a vários lugares do planeta, tendo contato com gurus, monges, pajés,
xamãs, Josualdo Nunes e Bruno de Abreu reuniram todos os saberes de cura em uma técnica
transformadora criaram um método revolucionário que garante modificar o seu DNA para tornar o
paciente uma pessoa vencedora.
C) Criado pelo geofísico Sérgio Sacani, o Space Today é um portal de divulgação de estudos nas áreas
de astronomia, arqueologia, ciências naturais e geologia. Além dos artigos, o portal também dá acesso
livre ao Space today TV, canal do Youtube com diversos vídeos que comentam estudos e descobertas
das mesmas áreas em vídeos que também podem ser baixados como podcasts.
Uma das etapas mais importantes para a maioria das pesquisas que são realizadas é a coleta de dados.
A coleta de dados é o processo de recolhimento de dados específicos que servirão a um objetivo que se
quer alcançar por meio de um estudo. Os dados, posteriormente, podem servir para o desenvolvimento
de pesquisas, planejamentos, experimentos, consolidação de hipóteses, dentre outros processos. Os
instrumentos mais comuns utilizados em coleta de dados são:
- Questionários: são listas de perguntas que podem fechadas ou abertas e, também, podem ser
respondidas sem a presença de um(a) entrevistador(a). Exemplo: antes de uma consulta médica
específica, a enfermeira faz com que você preencha uma lista de perguntas sobre o seu histórico médico
(alergias, cirurgias, tipo sanguíneo, doenças na família etc;
- Enquetes: é uma pequena lista de perguntas fechadas que tem o objetivo de obter uma base de
dados rápida e bem objetiva sobre o tema abordado. Exemplo: Uma marca de sorvetes deseja saber qual
novo sabor, entre três, o público se interessa;
- Mapeamentos: é um instrumento que pretende acompanhar um processo, bem atentamente,
observando os elementos que faltam e/ou os caminhos que devem ser traçados durante o andamento da
pesquisa. Exemplo: Analisar uma horta, a partir da coloração das plantas que ali estão. Pode-se mapear
se o solo está muito alcalino ou ácido, se há alguma praga, se as plantas cresceram de acordo com o
que estava previsto etc;
- Opinários: São instrumentos (formulário e/ou questionário) que pretendem recolher as opiniões e
sugestões, de que responde, sobre determinado assunto. Exemplo: ao final de uma estadia em um hotel,
a recepcionista pede para que você preencha um formulário baseado nas opiniões sobre os serviços
prestados.
Depois que coletamos os dados, podemos consolidá-los em resumos, tabelas, gráficos estatísticos e
procedimentos padronizados para que sejam utilizados no processo de pesquisa. A coleta de dados pode
fazer parte das pesquisas bibliográficas, de campo, experimentos científicos, dentre outras.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o responsável pela coleta dedados mais
importante do nosso país. A cada dez anos, o IBGE realiza o censo demográfico da população brasileira.
O censo demográfico é uma pesquisa sobre a população que possibilita a recolha de várias informações,
tais como o número de habitantes, número de homens, mulheres, crianças e idosos, onde e como vivem
as pessoas (se vivem de aluguel, se estão pagando o imóvel ou se é casa própria) e o trabalho que
realizam (qual o salário, qual o trabalho, se é formado, no que trabalha, etc.), entre outras coisas.
A partir da consolidação dos dados coletados nesse senso, várias políticas públicas podem ser
estruturadas para atender às demandas da população. Viu como a coleta de dados é importante?
Firmínio decidiu ajudar a sua tia a vender os pães e bolos que fazem sucesso na sua família. Sua tia já
alugou uma pequena loja e pretende servir café, suco e achocolatado para acompanhar as delícias que
sabe fazer. A loja fica próxima a uma fábrica de peças automotivas e há, diariamente, um grande volume
de pessoas que circulam pela região e podem se tornar uma clientela fiel da loja. Para saber qual seria a
receptividade do público, Firmínio decidiu utilizar um instrumento de coleta de dados que atendesse à
pressa da tia em abrir o negócio. Qual é o melhor instrumento de coleta que ele pode utilizar nesse caso?
Conforme qual é a alternativa correta?
A) Um opinário, pois o público poderá opinar sobre os quitutes que foram vendidos.
C) Uma enquete, pois é um instrumento de coleta de dados muito objetivo e que atende à demanda de
rapidez para a abertura da loja.
02-ESTRATÉGIAS DE LEITURA
O título apresentado na imagem permite ao leitor presumir quais assuntos o texto vai abordar.
Considerando as
Referencial
AFRANIO, et all. SOCIOLOGIA EM MOVIMENTO. 1ª ed. São Paulo: Ed. Moderna, 2013.
COSTA, Maria Cristina Castilho. Sociologia – Introdução à ciência da sociedade 3. ed. São Paulo:
Moderna, 2009. FERREIRA, Roberto Martins. Sociologia da Educação - 1ª ed. São Paulo: Ed.
Moderna, 1993.
SILVA, Edson Armando, et all. Métodos e técnicas de pesquisa em história I- UEPG/NUTEAD . Ponta
Grossa : , 2011.
Por fim, podemos estabelecer, diante do que já foi esclarecido, que o conceito de identidade
cultural faz alusão à construção identitária de cada indivíduo em seu contexto cultural. Em outras
palavras, a identidade cultural está relacionada com a forma como vemos o mundo exterior e como
nos posicionamos em relação a ele. Esse processo é continuo e perpétuo, o que significa que a
identidade de um sujeito está sempre sujeita a mudanças. Nesse sentido, a identidade cultural
preenche os espaços de mediação entre o mundo “interior” e o mundo “exterior”, entre o mundo
pessoal e o mundo público. Nesse processo, ao mesmo tempo que projetamos nossas
particularidades sobre o mundo exterior (ações individuais de vontade ou desejo particular), também
internalizamos o mundo exterior (normas, valores, língua...). É nessa relação que construímos nossas
identidades.
A identidade cultural brasileira é o conjunto de traços culturais que definem o que é ser
brasileiro. Em tese, os brasileiros compartilham determinadas características culturais que fazem
com que cada um deles se sinta parte da nação. Esse conjunto de traços distintivos é chamado de
brasilidade. É comum nos identificarmos (ou sermos identificados por estrangeiros) como um povo
alegre, comunicativo, caloroso e criativo. Certas manifestações culturais, como o Carnaval, ou
hábitos alimentares, como comer arroz com feijão, parecem fazer parte desse "rótulo" do ser
brasileiro. Estudiosos da cultura nacional chamam a atenção para um fenômeno característico da
formação do povo brasileiro: a miscigenação. Historicamente, somos fruto da mistura das culturas
negra, indígena e europeia, e essa mistura seria, em grande medida, definidora da nossa identidade.
Um dos problemas de se tentar definir a identidade cultural brasileira diz respeito à enorme
diversidade do nosso povo, que põe em xeque a ideia de uma única identidade nacional. Em vez de
uma, talvez seja mais correto dizer que existem inúmeras identidades culturais. Isso nos leva a crer
que um elemento central da identidade cultural brasileira é justamente a diversidade. O Brasil é
caracterizado por grande miscigenação e grandes diversidades regionais. Essas diversidades são
sociais, econômicas e culturais. Uma pessoa que viaja o Brasil de norte a sul certamente notará ao
longo desse longo trajeto a variedade de ritmos, crenças, costumes, sotaques etc.
Além disso, mesmo dentro de uma cidade existem diferenças culturais bastante demarcadas,
muitas delas determinadas por desigualdades socioeconômicas. Essas identidades locais, que muitas
vezes se limitam a determinadas zonas ou bairros de uma cidade, são bastante evidentes em
metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro.
Segue abaixo alguns exemplos de representações da identidade cultural do Brasil:
Samba: ritmo original do Brasil, possui uma forte raiz nos ritmos entoados por povos de origem
africana, sendo uma variante sonora originalmente brasileira que surgiu nas favelas do Rio de
Janeiro.
Feijoada: prato típico brasileiro, reúne o feijão preto, cortes de carne bovina seca, como o
charque, e carnes suínas embutidas e defumadas, como o paio e o bacon. A feijoada é um prato
tipicamente brasileiro que representa a nossa identidade cultural fora do país.
Caipirinha: um drink originalmente brasileiro que representa, de maneira geral, a nossa cultura
no exterior. Composta por cachaça, gelo, açúcar e limão, a bebida teve origem no Rio de Janeiro.
Religiões de matriz africana: apesar de uma maioria cristã no Brasil (tanto católica quanto
protestante), uma marca cultural de nosso país está nas crenças religiosas de matriz africana,
como o candomblé e a umbanda, que nasceram aqui a partir da miscigenação entre as religiões
africanas e o cristianismo.
Cultura sertaneja: o sertão do Brasil, em especial o sertão nordestino, é rico em elementos
culturais, sejam culinários, religiosos, linguísticos, literários, musicais, sejam das artes
plásticas. Essa cultura sertaneja compõe a nossa identidade cultural.
É difícil delinear exemplos claros de identidade cultural, visto que a cultura é um termo muito
amplo e maleável. No entanto, alguns aspectos culturais podem ser separados e postos como
exemplos de elementos identitários de determinadas culturas. Listamos a seguir alguns exemplos de
identidade cultural que são associados a algumas culturas:
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Conceitue identidade cultural.
2. Entre as possíveis formas de entendimento da ideia de identidade cultural, existem duas
concepções distintas que devemos destacar dentro dos estudos sociológicos mais recentes.
Quais são essas concepções?
3. Diferencie com suas palavras o que identidade social de Autoidentidade.
4. De acordo com o texto, qual a ideia geral de cultura?
5. Qual o conceito de identidade?
6. Cite exemplos da identidade cultural manifestados em sua cidade.
7. Descubra os tipos de turismo cultural desa cruzadinha abaixo, de acordo com as dicas dadas.
8. Qual o conceito de miscigenação?
9. Quais os tipos de raças têm no Brasil? Defina cada uma delas.
10. Cite exemplos da Identidade Cultural brasileira.
PESQUISA DE CAMPO
2. Determinação da metodologia
Em parceria com seu grupo de pesquisa ou a pessoa que está te orientando, deve-se
definir a metodologia para coleta e análise de dados.
4. Comunicação/publicização
Ainda, tão importante quanto realizar uma boa análise de qualidade, é fundamental que
todos os resultados sejam publicizados. Seja por meio da apresentação do seu trabalho, ou
a publicação em anais de eventos ou artigos em periódicos.
Conforme Gil (2007), a pesquisa experimental objetiva selecionar as variáveis que seriam
capazes de influenciar o objeto.
Além disso deve-se definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a
variável produz no objeto.
Cultura na Sociologia
A cultura na sociologia representa o conjunto de saberes e tradições de um povo. Estes são
produzidos pela interação social entre os indivíduos de uma comunidade ou sociedade.
A partir das necessidades humanas vão sendo moldados e criados padrões e comportamentos
que geram uma determinada estrutura e organização social.
Vale lembrar que nenhuma cultura deve ser considerada superior à outra. O que existe são
diferenças culturais entre os diversos grupos. Ao fazer juízo de valor sobre algum aspecto externo à sua
cultura, podemos estar sendo etnocêntricos.
O etnocentrismo ocorre quando consideramos nossos hábitos ou condutas superiores aos de
outrem e isso pode gerar preconceitos não fundamentados.
Tipos de Cultura
1. Cultura de Massa
A cultura de massa é o conjunto de ideias e de valores que se desenvolve tendo como ponto de
partida a mesma mídia, notícia, música ou arte. Ela é transmitida sem considerar as especificidades
locais ou regionais.
A cultura de massa é usada para promover o consumismo entre os indivíduos, sendo um
comportamento típico do capitalismo, que foi expandido de maneira drástica a partir dos séculos XIX e
XX.
2. Cultura Erudita
Diferente da cultura de massa, a cultura erudita é resultado do conhecimento adquirido por meio
da pesquisa e do estudo nos mais diferentes campos.
Não é ofertado massivamente, está disponível a poucos e representa uma forma de diferenciação
social permitida pelo acesso ao conhecimento. Como exemplos, temos: exposições artísticas,
apresentações teatrais e concertos.
3. Cultura Popular
A cultura popular está intimamente relacionada com as tradições e os saberes, os quais são
determinados pelo povo, por exemplo: as festas, o folclore, o artesanato, as músicas e a dança.
Em oposição à cultura erudita, ela ocorre de forma espontânea e orgânica. Portanto, não está associada aos
equipamentos culturais, como os museus, cinemas, bibliotecas, etc.
4. Cultura Material
A cultura material representa o conjunto de patrimônio cultural e histórico formado por elementos
concretos que ao longo de tempo foram construídos pelo ser- humano.
Como exemplos de cultura material temos os elementos arquitetônicos (igrejas, museus,
bibliotecas) e os objetos de uso pessoal e coletivo (obras de arte, utensílios, vestimenta).
5. Cultura Imaterial
Diferente da cultura material, a cultura imaterial é formada pelos elementos intangíveis. Ela
representa o conjunto de saberes, tradições, técnicas, hábitos, comportamentos, costumes e modos de
fazer de um determinado grupo.
Considerada um patrimônio cultural transmitido entre gerações, temos como exemplos as lendas
folclóricas, as feiras populares, os rituais, as danças, a culinária, etc.
6. Cultura Organizacional
A cultura organizacional, também chamada de "cultura corporativa", reúne um conjunto de
elementos associados aos valores, missões e comportamentos de determinada organização.
Dentro do contexto da globalização e dos estudos mercadológicos, esse tipo de cultura foi criando
padrões de funcionamento e operações, por exemplo, dentro de uma empresa.
7. Cultura Corporal
A cultura corporal analisa o comportamento dos seres humanos em seus mais diferentes grupos.
Ela reúne as práticas relacionadas ao movimento, como danças, jogos, atividades, comportamento
sexual e festividades.
Elementos da Cultura
Associada aos valores materiais e espirituais, os elementos culturais são:
Cultura Brasileira
A cultura brasileira resulta da mistura de raças e etnias que constituem o País desde o
descobrimento. A diversidade cultural brasileira foi influenciada por quatro grandes grupos:
Colonos portugueses;
Os índios que já viviam antes da chegada de Pedro Álvares Cabral (1467-1520);
Os negros africanos que foram escravizados;
Os europeus que chegaram principalmente ao fim do período de exploração da mão de obra
não remunerada.
Diferente da maioria dos países que passaram pelo processo de colonização, o Brasil é marcado
pela miscigenação, condição que influencia diretamente na cultura.
Há comportamentos que resultam da mistura de múltiplos grupos. Podemos ver essa realidade
em festas, regras de etiqueta e crenças.
A língua portuguesa, que é um importante elemento da unidade nacional, também está entre os
pontos de destaque da cultura brasileira.
Em consequência das dimensões geográficas, os diferentes grupos que se estabeleceram no
País influenciaram a língua de maneira particular. Assim, há entonações e expressões que apontam as
mais variadas regiões.
Embora seja a mesma, a língua é pronunciada de maneira diferente no Sul, no Sudeste, no Norte,
no Nordeste e no Centro-Oeste. Todas diferem do português falado em Portugal.
Brasil: Norte
Na região norte acontecem dois importantes eventos culturais: o Festival de Parintins no
Amazonas e o Círio de Nazaré em Belém do Pará.
O Festival de Parintins conta com apresentações semelhantes ao carnaval, com fantasias,
alegorias e enredo e acontece uma competição entre o boi caprichoso e o boi garantido.
O Círio de Nazaré é uma manifestação religiosa cristã de devoção à Nossa Senhora de Nazaré e
reúne cerca de 2 milhões de pessoas.
Nessa região, a culinária apresenta forte influência indígena, sobretudo na utilização do peixe e
da mandioca. Também são pratos típicos dessa região a carne de sol, o jambu e o tucupi (caldo de
mandioca cozido).
Nordeste
No nordeste, uma das manifestações artísticas mais tradicionais é a literatura de cordel, que é
um gênero literário produzido em versos. Os textos são escritos em folhetos e pendurados em cordas
nas apresentações, por isso o nome "cordel".
Outras tradições famosas dessa região são o maracatu, o bumba meu boi, o carnaval, a capoeira,
o frevo, o coco, a ciranda, a festa de Iemanjá, a marujada e a lavagem das escadarias do Bonfim.
Os pratos típicos da região são: acarajé, vatapá, caruru, sarapatel, carne de sol, bolo de fubá,
arroz doce, canjica, buchada de bode, tapioca, pamonha, feijão verde e cocada.
Centro oeste
O centro-oeste é uma região de grande diversidade devido às influências de outros estados, de
povos indígenas e até mesmo de outros países como a Bolívia e o Paraguai.
Nessa região, algumas das manifestações culturais famosas são a cavalhada, o fogaréu e o
cururu. E dentre os pratos típicos estão o arroz com pequi, o angu, o arroz boliviano o cural e os peixes
do pantanal.
Sudeste
No sudeste, algumas das tradições são as festas do divino, o carnaval, o bumba meu boi, o peão
boiadeiro, o samba de lenço, o caiapó, a dança de velhos, a folia de reis e o jongo.
Os pratos típicos dessa região são o cuscuz paulista, aipim frito, moqueca capixaba, pão de
queijo, feijoada, tutu de feijão, feijão tropeiro, queijo minas, farofa e bolinho de bacalhau.
Sul
O sul tem diversas manifestações culturais relacionadas aos imigrantes europeus,
principalmente alemães, italianos e japoneses.
Os grupos descendentes desses imigrantes preservam práticas culturais de dança, culinária e
também na arquitetura. É comum encontrar cidades inteiras construídas em estilo alemão, por exemplo.
No que se refere a culinária, destacam-se o chimarrão, especialmente no Rio Grande do Sul, o
pirão de peixe, o barreado (carne cozida em panela de barro) e a produção de vinho.
Significado de Tradição
Tradição é uma palavra com origem no termo em latim traditio, que significa "entregar" ou "passar
adiante". A tradição é transmissão de costumes, comportamentos, memórias, rumores, crenças, lendas,
para pessoas de uma comunidade, sendo que os elementos transmitidos passam a fazer parte da
cultura.
Para que algo se estabeleça como tradição, é necessário bastante tempo, para que o hábito seja
criado. Diferentes culturas e mesmo diferentes famílias possuem tradições distintas. Algumas
celebrações e festas (religiosas ou não) fazem parte da tradição de uma sociedade. Muitas vezes certos
indivíduos seguem uma determinada tradição sem sequer pensarem no verdadeiro significado da
tradição em questão.
No âmbito da etnografia, a tradição revela um conjunto de costumes, crenças, práticas,
doutrinas, leis, que são transmitidos de geração em geração e que permitem a continuidade de uma
cultura ou de um sistema social.
No contexto do Direito, tradição consiste na entrega real de uma coisa para efeitos da
transmissão contratual da sua propriedade ou da sua posse entre pessoas vivas. A situação jurídica
resulta de uma situação de fato: a entrega. Entretanto, a tradição poderá não ser material, mas apenas
simbólica.
Tradição religiosa
Para muitas religiões, a tradição é o fundamento, conservado de forma oral ou escrita, dos seus
conhecimentos acerca de Deus e do Mundo, dos seus preceitos culturais ou éticos.
No caso do catolicismo, por exemplo, existe a diferenciação entre a tradição oral e a escritura, sendo que
as duas são consideradas fontes comuns da revelação divina. Essa doutrina foi definida como dogma da
fé nos Concílios de Trento em 1546, do Vaticano I em 1870 e do Vaticano II em 1965. Uma tradição pode
ser interpretada de várias formas diferentes e ainda nos dias de hoje há contradições entre teólogos
protestantes e católicos.
Regionalismo
Regionalismo é um grupo de particularidades de uma determinada região que se manifesta na
linguística, política ou na literatura.
Regionalismo é entendido como particularidades de uma determinada região que dissemina uma
mesma cultura, seja através da linguística, da política ou da literatura.
Nesse sentido, o Brasil é hoje um país marcado por diversos regionalismos, que ajudaram a
compor a pluralidade de culturas da nação. Portanto, essa pluralidade é notada no dialeto,
nas manifestações ideológicas e nos livros de romance.
Regionalismo linguístico
Europeus, africanos e índios. Ou seja, esse foi o choque de culturas que os livros de história
relatam, após a chegada dos navios negreiros no Brasil.
Contudo, essa mistura deu início a uma miscigenação do povo brasileiro, que resultou em
diversos regionalismos distintos.
Neste viés, a maior forma de expressão do regionalismo é através do dialeto. Por exemplo,
a região Sul do Brasil foi mais colonizada pelos europeus. Desta forma, é notável que, tanto os costumes,
quanto a fala, sejam semelhantes aos dos colonizadores.
Sendo assim, dentre os dialetos do português, os mais comuns são:
Nesse sentido, o dialeto traz uma gama de opções de expressões para um mesmo sentido, sendo
manifestadas nas palavras.
Por exemplo, a planta de nome científico Manihot esculenta é chamada de aipim ou macaxeira
na região Norte e no Nordeste, por influências indígenas. Por outro lado, na maior parte do país, a planta
é chamada de mandioca. Dessa mesma forma, ocorre com outras palavras, onde as variáveis
linguísticas são as principais características de identificação em cada estado.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
1. O que é Cultura?
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS
Exemplos de festas populares brasileiras: Festas Juninas, Folia de Reis, Festival Folclórico de
Parintins, Festa do Divino, Círio de Nazaré e Festa do Peão de Barretos.
No nordeste, uma das manifestações artísticas mais tradicionais é a literatura de cordel, que é
um gênero literário produzido em versos. Os textos são escritos em folhetos e pendurados em cordas
nas apresentações, por isso o nome "cordel".
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Outras tradições famosas dessa região são o maracatu, o bumba meu boi, o carnaval, a capoeira,
o frevo, o coco, a ciranda, a festa de Iemanjá, a marujada e a lavagem das escadarias do Bonfim.
No sudeste, algumas das tradições são as festas do divino, o carnaval, o bumba meu boi, o peão
boiadeiro, o samba de lenço, o caiapó, a dança de velhos, a folia de reis e o jongo.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
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43
O que é democracia?
A palavra democracia tem origem na Grécia antiga e significa “governo do povo”. Portanto, todo aquele
regime que se reivindica como democrático, pressupõe a participação dos cidadãos e cidadãs no destino
do país. É a partir daqui, na maneira como se dá a tal participação, que ao longo da história a
democracia foi ganhando vários formatos, onde as pessoas participam de forma direta ou indireta.
Democracia representativa:
Um dos modelos mais tradicionais é o de democracia representativa – formato aplicado no Brasil, que
funciona a partir das eleições que, em basicamente todo o mundo ocidental, são sustentadas pelo
Sufrágio Universal, ou seja, todas e todos podem votar e escolher o seu representante, daí a ideia de
representatividade democrática.
No modelo representativo, os políticos e ou cidadãos que desejem exercer cargos eletivos necessitam
estar filiados em partidos políticos, estes lançam os candidatos, que por sua vez e sempre nos períodos
eleitorais, podem ir às ruas ou utilizar outros métodos para pedir votos às pessoas.
No Ocidente, a democracia representativa é maioria, com algumas diferenças de um país para outro. E
quais são essas diferenças? A começar pela duração dos cargos eletivos (varia entre 4 e 5 anos),
financiamento de campanhas: em alguns países apenas cidadãos podem doar, em outros, o
financiamento é misto, ou seja, pessoas e empresas privadas podem ajudar com dinheiro e, em alguns
países, além dos dois meios de financiamento, o Estado também possui um fundo eleitoral, caso do
Brasil. E como os partidos políticos acessam esse fundo? De acordo com a sua bancada na Câmara dos
Deputados Federais: quanto maior o partido, mais dinheiro recebem.
O modelo de democracia participativa é considerado por especialistas como o mais ideal, pois a ideia é
conceder poder deliberativo aos cidadãos e cidadão. E o que seria o poder de deliberativo? Os eleitores
podem barrar diretamente decisões que considerem ruins por parte dos governantes. Por exemplo: o
governador de um estado decide construir uma ponte, porém essa construção vai afetar diretamente a
vida de moradores de um determinado bairro. Esses moradores, organizados, na democracia
participativa podem barrar tal medida. Em uma democracia representativa, os afetados pela construção
dependem dos deputados e vereadores para barrarem ações que considerem negativas.
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É importante destacar que o modelo de democracia participativa também não é homogêneo. A
participação dos cidadãos pode ser através de conselhos populares organizados em nível nacional,
estadual e municipal; participação direta no destino da verba pública a partir de audiências deliberativas,
ou seja, são os grupos organizados que decidem onde o dinheiro público vai ser investido e, por ser
deliberativa, o governo nacional e o local não podem desobedecer.
No Brasil nós tivemos uma pequena experiência de democracia participativa durante a gestão da então
prefeita da cidade de São Paulo, Marta Suplicy (PT), com a instituição do Orçamento Participativo (OP),
onde grupos organizados participavam de uma audiência pública e decidiam o destino de 15% do
orçamento da cidade.
Para especialistas, o modelo participativo de democracia é ideal demais e por isso tão pouco aplicado.
Alguns avaliam que ele pode funcionar em países pequenos, mas não em nações como o Brasil ou EUA,
que são grandes demais.
Parlamentarismo e presidencialismo são dois sistemas de governo que existem na maioria dos
governos democráticos da atualidade.
O objetivo é o mesmo: garantir a governabilidade e a segurança do Estado e dos cidadãos.
A principal diferença entre os dois sistemas de governo é o modo como é escolhido o chefe do
Poder Executivo. Também se as funções como chefe de Estado e de Governo são concentradas em uma
só pessoa ou divididas em duas.
No presidencialismo, o chefe do Poder Executivo é o presidente, que é eleito pelo povo por
meio do voto direto ou indireto.
Parlamentarismo
A divisão de poderes
Até este momento nós acompanhamos os modelos de democracia existentes no mundo.
Percurso importante para que vocês tenham em mente que não existe apenas um e que todos estes
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modelos apresentados possuem características diferentes, a depender do país. Porém, todos eles têm
uma marca em comum: a participação da população no destino político do país.
Além disso, a democracia possui outras marcas: a liberdade de expressão, onde, de acordo com
as regras de cada país, os cidadãos e cidadãs podem expressar suas respectivas opiniões, estas
características nos levam a outra, que também acompanha um regime democrático: a liberdade de
imprensa, ou seja, jornais, revistas, rádio, portais de internet, etc., podem fazer críticas ou elogios aos
governos sem que sofram sanções.
Além dos pilares da participação dos cidadãos e cidadãs por meio do voto ou pela participação de
Conselhos Populares (deliberativos ou consultivos,) e da liberdade de expressão, a democracia possui
outra marca: a divisão de poderes; são eles: executivo, legislativo e judiciário. Vejamos a competência de
cada um deles:
Executivo
O poder executivo é aquele designado ao representante eleito (presidente, governador e prefeito)
– direta ou indiretamente, como vimos anteriormente – e que tem por obrigação aplicar o seu plano de
governo. E como isso se dá? Tanto no regime presidencialista (representativo ou participativo), quanto no
Parlamentarista, esse poder executivo é distribuído em ministérios que são responsáveis por assuntos
específicos. Por exemplo: economia, educação, saúde, segurança, direitos humanos, arte e cultura, lazer
etc.
Legislativo
O poder legislativo varia muito conforme o país. Por exemplo, no Brasil nós temos três tipos de
poder legislativo: o municipal (Câmara dos Vereadores), o estadual (Assembleia Legislativa) e o nacional
(Câmara dos Deputados Federais e o Senado, estes dois compõem aquilo que é chamado de Congresso
Nacional).
Judiciário
O poder judiciário, além de garantir os direitos da população, ele também serve como fiscalizador
do Poder Executivo e ele está dividido em algumas esferas: O Supremo Tribunal Federal (STF), O
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunais Regionais Federais
e Juízes Federais, os Tribunais e Juízes do Trabalho, os Tribunais e Juízes Eleitorais, os Tribunais e
Juízes Militares e os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal.
Cabe destacar que dentro de cada estrutura dessa funcionam uma série de outras subestruturas
do Poder Judiciário, como os tribunais estaduais.
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Além dos recursos financeiros, a estrutura pública também é formada de recursos “legais”, isto é,
de um determinado código de leis que rege a sociedade como um todo, e que cabe também aos
representantes eleitos pelo voto a estabelecerem.
É importante notar que o direito ao voto se refere sempre a uma comunidade específica. Por
exemplo, nas eleições municipais de uma cidade “x”, só podem votar para escolher como prefeito ou
vereador, as pessoas que são naturais desta cidade.
Da mesma forma, um brasileiro que não tenha dupla nacionalidade, ou seja, não tenha direitos
políticos em dois países diferentes, não pode participar dos processos eleitorais que ocorrem, por
exemplo, na Itália. Desta forma, a universalidade do direito ao voto sempre está regulada pela
participação de determinado indivíduo em determinada comunidade.
Na Grécia antiga, onde surgiu a democracia, temos um exemplo interessante a respeito das
restrições da democracia quanto a quem tinha direito ao voto. Se tomarmos, por exemplo, a cidade de
Atenas entre os séculos VI e V a.C, poderemos verificar que as condições para que se tivesse direito ao
voto eram não ser:
escravo,
estrangeiro ou
do sexo feminino.
Essas condições faziam com que o percentual efetivo de pessoas que tinham direito ao voto não
ultrapassasse os 15%. Obviamente, se compararmos a sociedade democrática de hoje com a
democracia ateniense de 2.600 anos atrás, iremos constatar que hoje existe uma abrangência muito
maior do direito ao voto.
As mulheres conquistaram igualdade política na sociedade ocidental e a escravidão é uma prática
completamente extinta das estruturas políticas dos Estados ocidentais, desde o século XIX.
É preciso compreender que o verdadeiro centro da democracia é a ideia de que todos os
membros de determinada comunidade têm igual direito e dever de intervir nas decisões que se referem
aos recursos públicos. O voto é o meio através do qual este processo pode ser realizado e deve ser visto
sempre como uma consequência de um processo maior, e não como um ato isolado em si mesmo.
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O valor do voto reside no comprometimento da pessoa que votou com determinada proposta, pois
o que realmente transforma uma sociedade é o
cuidado contínuo com a mesma, expresso através das manifestações públicas que exigem direitos
públicos, tais como:
justiça,
igualdade de direitos,
dignidade,
condições de trabalho,
educação,
saúde.
Cabe ainda ressaltar que a democracia, embora seja cada vez mais afirmada como valor universal, é
um valor de origem claramente ocidental.
Na verdade, o próprio ocidente passou muito mais tempo afastado da democracia, do que próximo a
ela. O continente europeu foi por mais de 1.600 anos governado por imperadores, reis e pela igreja
católica. Essas formas de governo se caracterizavam pelo poder de oligarquias, que são pequenos
grupos de pessoas consideradas nobres e que por isso teriam o direito de governar.
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A democracia, tal como podemos observar no ocidente, é, portanto, fruto de um longo processo
histórico que pode parecer estranho às culturas que vieram de outras influências filosóficas e religiosas.
Por isso, a discussão de até que ponto e em que velocidade a democracia pode (ou não) se
estender como um valor realmente universal, configura-se como tarefa muito delicada e necessária do
ponto de vista de uma ética global.
O panorama da extensão da democracia no mundo de hoje aponta que esta se mostra presente
em toda a Europa, predominante na América, e pouco expressiva na Ásia e África.
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muito distintos. Certamente, alguns países europeus irão demonstrar graus de evolução democrática mais
elevados que os Estados Unidos.
O estado de evolução da democracia no Brasil apresenta índices bem mais elevados que na
Colômbia, Venezuela, Rússia e China, dentre outros. Ou seja, ao falarmos de democracia, devemos
sempre pensar em “democracias”, dada a variedade de estágios de desenvolvimento dos Estados
democráticos no mundo.
igualdade,
justiça,
causas ambientais,
bem-estar público,
liberdade,
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dignidade,
educação etc.
Vamos deixar isso mais claro: ninguém elege um político desejando que ele desvie dinheiro público
para multiplicar o seu salário. Elegemos políticos de acordo com a confiança que temos na sua suposta
capacidade moral de seguir os ideais defendidos no período de campanha.
Quando determinado político aceita dinheiro ou favores para não seguir os valores e ideais afirmados
em público, ou quando simplesmente se nega a trabalhar por estes valores, ele se corrompe. Isto é, ele
ocupa um cargo e recebe por ocupar este cargo, fingindo estar a favor de causas que para ele, na
verdade, não existem mais, foram corrompidas.
Nesse caso, com a corrupção dos valores, ocorre a quebra de confiança no sistema democrático, pois a
população percebe que foi traída na defesa de seus interesses.
Nesse sentido, a corrupção é algo que existe no mundo todo, mas que, no entanto, é especificamente
um problema mais recorrente em democracias mais jovens, como é o caso do Brasil. Isso porque, nesses
casos, a impunidade se mostra mais acentuada.
Sem valores, a democracia não é muito melhor que qualquer sistema tirânico disfarçado. Isso porque,
enquanto os sistemas tirânicos são baseados em imposições de governo por via da ameaça e da
violência, os sistemas democráticos tendem a ser regulados por valores tais como liberdade, igualdade e
justiça.
Ou seja, são justamente os valores agregados à democracia que fazem dela um sistema de governo
melhor que o de um tirano, como o do ex-ditador do Iraque, Saddam Hussein.
É interessante notar que a liberdade está sempre presente em todo sistema democrático. Pode até ser
que a maioria dos políticos de um país democrático qualquer seja corrupta. Mas a liberdade, ou a
sensação de liberdade, sempre é mantida dentro dos Estados democráticos.
O que, de qualquer forma, não deixa de ser, mesmo diante do problema da corrupção, uma grande
vantagem em relação aos sistemas e governo tirânicos.
A democracia e as minorias
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Resumo
O voto, dentro da democracia bem desenvolvida, não pode ser nunca um fim em si mesmo. Ele é a
consequência de um conjunto de ideias anteriores, sobretudo a de igualdade de direitos, e mostra-se
como um meio para que uma decisão seja tomada.
A democracia parte do pressuposto de que todos têm os mesmos direitos dentro do Estado do qual
participam.
Para a democracia, é fundamental a divisão clara entre aquilo que é público e aquilo que é privado. O
sistema democrático opera, sobretudo, com as questões de cunho, social, político e econômico onde
todos têm direitos iguais.
A estrutura pública é formada por recursos materiais e pelo corpo de leis que regulam o
desenvolvimento da sociedade.
A universalidade do voto está sempre limitada pela participação de determinado indivíduo em
determinada estrutura social onde ele tem poder de voto. É preciso fazer parte de um meio para poder
ter direitos políticos de intervenção sobre ele.
A democracia nasce na Grécia antiga e suas primeiras formas datam de mais de 2.600 anos.
O processo de desenvolvimento da democracia é lento e obedece às variações culturais de cada país
ou região.
A verdadeira democracia exige que os cidadãos tenham real sentimento e consciência de pertença e
responsabilidade para com o meio onde vivem.
A formação do Brasil partiu de um processo de colonização exploradora, enquanto que países como
os Estados Unidos passaram por processos de colonização de povoamento.
Cerca de 76% da história de nosso país é marcada pelo regime escravocrata.
Muito de nossa passividade quanto aos crimes absurdos contra o dinheiro público deriva da nossa
pouca experiência histórica com a democracia.
A carga tributária do Brasil é uma das maiores do mundo – 40% – e, mesmo assim, muitas vezes
sentimos “vergonha” quanto à cobrança de nossos direitos: mais um sintoma da fragilidade de nossa
consciência democrática.
A corrupção se mostra como a grande inimiga da democracia na medida em que acaba com os
vínculos de confiança necessários entre eleitores e eleitos.
A liberdade é talvez o traço mais fundamental da democracia.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
1. O que é democracia?
2. Defina presidencialismo e parlamentarismo.
3. Além dos pilares da participação dos cidadãos e cidadãs por meio do voto ou pela participação de
Conselhos Populares (deliberativos ou consultivos,) e da liberdade de expressão, a democracia possui
outra marca: a divisão de poderes, quais são eles?
4. Uma democracia sem exercício de voto não é possível. Por outro lado, o voto
sem os fundamentos da democracia não faz sentido democrático. Por quê?
5. Leia o fragmento de texto a seguir:
Só de Sacanagem!
Elisa Lucinda
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Só de sacanagem! Dirão: “Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba” e vou dizer:
“Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e
meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o
tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau.”
Dirão: “É inútil, todo mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal”. Eu direi:
Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? Imortal! Sei que não dá para mudar o
começo, mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!
O que é a cidadania?
A cidadania representa o conjunto de
direitos e deveres que um cidadão tem em
um determinado território. Esse conceito,
que perpassa diversas áreas das Ciências
Humanas, é bastante amplo e remete ao
convívio pacífico da sociedade, mediante um
conjunto de diversos direitos e deveres que
devem ser assegurados e respeitados, com
vistas à construção de uma sociedade
plenamente democrática. Os direitos e
deveres de um cidadão envolvem as esferas
civil, política e social, assim como diversos
campos da sociedade, como a saúde, a
educação e a segurança.
→ Exemplos de cidadania
A cidadania é o termo que designa o conjunto de direitos e deveres de um indivíduo. São
exemplos de cidadania o direito ao voto livre e a liberdade de expressão. A função da cidadania é
contribuir para a participação ativa dos indivíduos na sociedade, e o exercício pleno da cidadania
promove a participação das pessoas em diversos setores da comunidade, havendo assim a
construção de uma sociedade democrática. Logo, a importância da cidadania remete à transformação
social, por meio da participação cidadã.
Conceito bastante amplo, a cidadania envolve diversas esferas da sociedade. São exemplos
de cidadania desde práticas individuais, como destinar o lixo doméstico para locais adequados
de coleta e reciclagem, até ações que impactam a sociedade como um todo, como o direito e o
dever de participar de uma eleição democrática por meio do voto.
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Portanto, a função da cidadania é garantir o cumprimento dos direitos e deveres dos
cidadãos, visando a construir uma sociedade verdadeiramente democrática. Sendo assim, a
cidadania contribui, dentre outros aspectos, para a atenuação da desigualdade social e para o
fomento do desenvolvimento sustentável, por meio de ações individuais e coletivas que objetivem o
respeito e a solidariedade entre os indivíduos que compartilham um mesmo território.
Cidadania no Brasil
A cidadania no Brasil foi resultado de uma longa trajetória de construção da identidade
brasileira e do processo de independência do país, que marcou a construção dos primeiros
documentos legais que demarcam os direitos e deveres dos cidadãos do país. Nesse
contexto, a Constituição da República Federativa do Brasil é um elemento-chave, uma vez que ela é a
principal lei do país, ou seja, onde estão reunidos todos os principais direitos e deveres dos cidadãos
brasileiros.
Mesmo com o aporte legal, o exercício da cidadania no Brasil ainda é bastante
complexo, visto que não são todas as prerrogativas legais que são cumpridas pelo poder público,
como, por exemplo, em áreas como saúde, educação, segurança e alimentação. No mesmo sentido,
a acentuada desigualdade social brasileira, assim como a falta de efetivação de políticas públicas
diversas, dificulta o exercício da cidadania no país.
Direitos do cidadão
Os direitos de um cidadão são descritos nos documentos constitucionais que legislam
determinado território. No caso específico do Brasil, esse documento é a Constituição da República
Federativa do Brasil, promulgada em 1988. De acordo com o referido documento, são exemplos de
direitos dos cidadãos brasileiros|1|:
a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados;
a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
a livre expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença;
a livre locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos
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da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
o livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais
que a lei estabelecer.
Deveres do cidadão
Assim como ocorre em relação aos direitos, os deveres de um cidadão
também são descritos no documento constitucional de um determinado território. São
exemplos de direitos indicados pela Constituição da República Federativa do Brasil (1988)|1|:
o sufrágio universal por meio do voto direto e secreto nos termos da lei;
o respeito e o cumprimento da legislação do Brasil;
o cumprimento do serviço militar obrigatório nos termos da lei;
a proteção ao patrimônio histórico, cultural e ambiental do Brasil.
História da cidadania
A história da aplicação do termo “cidadania” tem origem na Grécia Antiga, onde havia uma
clara descentralização do poder, por meio da constituição de cidades semiautônomas. Logo,
esse termo referia-se aos direitos e deveres daqueles que moravam nas cidades da Grécia
Antiga.
No mesmo sentido, o termo cidadania aplicava-se ao conjunto de direitos e deveres da
população local na Roma Antiga. Em ambos os casos, vislumbra-se uma relação muito próxima
entre cidadania e democracia, com destaque para a Grécia, considerada o berço das práticas
democráticas no mundo.
Portanto, a história da cidadania está justamente atrelada à participação dos indivíduos nos
diferentes âmbitos de uma comunidade. Com o tempo, essa concepção foi ampliada, incluindo
diversas esferas da sociedade, assim como inúmeras localidades, que passaram a adotar a
democracia como regime de governo. Atualmente, a maior parte das nações ditas ocidentais e outras
localidades no planeta têm no exercício da democracia uma das suas premissas básicas.
Por que a cidadania é importante?
A cidadania é importante porque, por meio dela, os cidadãos podem contribuir de forma direta
para a construção de uma sociedade mais justa. Nesse sentido, destaca-se que é fundamental
que os cidadãos tenham plena consciência dos seus direitos e deveres e que os coloquem em
prática, com vistas à mudança da mentalidade individual e coletiva para que seja promovida a
cidadania plena dos indivíduos. Essas ações promovem a transformação social, auxiliando assim na
construção de uma sociedade mais democrática.
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Federativa do Brasil, datada de 1988.
A educação, a saúde e a alimentação são direitos que estão previstos na Constituição da
República Federativa do Brasil.
Os brasileiros têm como dever, dentre outros, participar ativamente do processo eleitoral local
por meio do exercício do voto.
E é a partir desse princípio que, para atingir resultados satisfatórios em diferentes áreas, os
governos (federal, estaduais ou municipais) se utilizam das políticas públicas.
Um programa da Prefeitura que esteja beneficiando seu bairro, por exemplo, é uma política pública. A
educação, a saúde, o meio ambiente e a água são direitos universais, assim, para assegurá-los e
promovê-los.
O conceito de políticas públicas pode possuir dois sentidos diferentes. No sentido político,
encara- se a política pública como um processo de decisão, em que há naturalmente conflitos de
interesses. Por meio das políticas públicas, o governo decide o que fazer ou não fazer. O segundo
sentido se dá do ponto de vista administrativo: as políticas públicas são um conjunto de projetos,
programas e atividades realizadas pelo governo.
Uma política pública pode tanto ser parte de uma política de Estado ou uma política de
governo. Vale a pena entender essa diferença: uma política de Estado é toda política que
independente do governo e do governante deve ser realizada porque é amparada pela constituição. Já
uma política de governo pode depender da alternância de poder. Cada governo tem seus projetos,
que por sua vez se transformam em políticas públicas.
Políticas públicas podem ser definidas como o conjunto de diretrizes e intervenções emanadas
do estado, feitas por pessoas físicas e jurídicas, públicas e/ou privadas, com o objetivo de tratar
problemas públicos e que requerem, utilizam ou afetam recursos públicos.
Toda vez que alguém fala em política pública surge um grande ponto de interrogação em sua
cabeça? Tudo bem, o termo “política pública” é um desses conceitos com os quais todos nós já nos
deparamos por aí, mas nem sempre compreendemos de primeira. Ele está sempre em jornais, sites e
revistas, mas, quando somos questionados, temos dificuldade em definir o que ele significa. Isso não é
nenhuma surpresa, afinal o termo tem muitas formas e usos. Longe de esgotar o significado dessa
expressão, vamos tentar dar a ela um sentido prático.
Imagine que você e seus vizinhos decidam adotar conjuntamente um cachorro que está
passeando nas redondezas. Para evitar aquele velho ditado “cachorro com mais de um dono morre de
fome” todos vocês teriam de fazer alguns combinados: delegar responsabilidades (que envolvem
dinheiro e regras), como quem dá alimento em quais dias, quem tem disponibilidade para vacinar o
animal e castrá- lo, quem pode ofertar abrigo esporádico etc. Assim, toda essa organização e processo
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contribui para que um objetivo comum seja atingido: o bem do cãozinho. Esse processo funciona de
maneira semelhante a uma política pública.
De maneira simples, a política pública é um processo (com uma série de etapas e regras)
que tem por objetivo resolver um problema público. Todos nós lidamos com isso diariamente em
nossas relações pessoais: traçar soluções para chegar a uma finalidade que agrade a um grupo de
pessoas.
A diferença entre esses dois processos é grande. Criar uma política pública para, por exemplo,
erradicar o analfabetismo, é muito mais complexo que fazer um acordo para cuidar do cãozinho
comunitário. Enquanto este envolve meia dúzia de moradores em uma área limitada, algumas idas ao
veterinário, algumas porções de comida e um abrigo, o outro mobiliza um número muito grande de
pessoas (especialistas, professores e outros funcionários públicos) em áreas muito extensas, recursos
financeiros públicos, planejamento de aplicação e fiscalização do investimento, avaliação das práticas e
aprimoramento constante para tornar essas ações mais eficientes. Tudo isso, seguindo uma série de
regras e conhecimentos técnicos. Parece bastante coisa?
Pois é mesmo! Agora vamos dar uma olhada nos quatro tipos e exemplos de políticas públicas
que impactam nossas vidas diariamente:
1. Políticas públicas distributivas: sua a principal função é distribuir certos serviços, bens ou quantias
a apenas uma parcela da população. Um exemplo seria o direcionamento de dinheiro público para
áreas que sofrem com enchentes; na Educação, seriam as cotas.
2. Políticas públicas redistributivas: sua principal função é redistribuir bens, serviços ou recursos
para uma parcela da população, retirando o dinheiro do orçamento de todos. Um exemplo disso seria o
sistema previdenciário; na Educação seria a política de financiamento educacional, onde há um fundo
em que todos os municípios e estados colocam dinheiro, mas que depois é repartido conforme as
matrículas e não de acordo com a contribuição de cada um.
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vivem abaixo da linha da pobreza.
Essas leituras do que são e para que se faz políticas públicas têm de estar no radar da
população o tempo todo e não apenas durante os períodos eleitorais. Quanto mais democráticos e
técnicos forem os processos das políticas públicas, maiores as chances de os resultados serem
positivos para toda a sociedade. Como os recursos financeiros do País são limitados, as políticas
públicas desempenham a importante missão de organizar para onde vai esse montante de dinheiro
público. Neste cenário de pandemia do novo coronavírus, por exemplo, as políticas públicas
educacionais de médio prazo, visando a superação da crise e a garantia de oportunidades iguais para
estudantes de diferentes classes sociais e condições, será determinante para o bem-estar do Brasil nos
próximos anos! Será o bom planejamento da gestão pública da Educação que garantirá que o ano de
2020, em que houve longo período de suspensão de aulas, não seja um ano perdido para muitos
estudantes.
Se mesmo assim você ainda acha que esse assunto não é com você, repense. Ainda que você
não use o serviço público de saúde (outro exemplo de política pública), você faz uso de ruas, praças e
parques públicos, descarte de lixo, regulação das habitações, etc.
É fácil perceber que as políticas públicas estão em tudo e dizem respeito a todos nós.
Importante lembrar também de um tipo específico delas: as políticas públicas educacionais. Uma
gestão que dá prioridade às ações de qualidade focadas na Educação indica o desejo de garantir o
acesso ao conhecimento para todos e, consequentemente, construir um País menos desigual. Essas
iniciativas educacionais requerem planejamento técnico e levam mais tempo para que os frutos sejam
colhidos.
ESFERA PÚBLICA
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dominada pelos medias. O debate foi reacendido porque muitos acreditam que a política midiática é feita
de forma espetacular, seguindo princípios de sedução, escassamente argumentativa, teatral.
Muitos autores consideram que a esfera pública perdeu sua participação no processo de construção
de diálogo na política, uma vez que a produção de decisões ocorre fora de seu alcance, na negociação
protegida do público pelos gabinetes. Essas decisões emergem publicamente de modo a fazer com que
os cidadãos possam assentir, aderir ou tolerar as posições. Logo, a esfera pública apresenta apenas o
papel de legitimação das informações.
Ainda segundo Habermas, as problemáticas que são debatidas na esfera pública política refletem as
experiências de sofrimento advindas de condições sociais estressantes. Essas experiências afetam
primeiro o âmbito pessoal, as histórias de vida; depois, elas afetam os círculos familiares, os grupos de
amigos, a vida cotidiana; e só então elas ecoam na esfera pública, numa discussão pública acerca de
uma problemática em comum.
De modo geral, como o Estado não tem sempre condições, seja financeira ou operacional (ou
ambas), de proporcionar todos os serviços que são inerentes aos direitos universais do cidadão, as
OSs surgem para suprir essa demanda.
OS são disciplinadas por uma lei específica: a Lei Nº 9.637, de 15 de Maio De 1998 que em
seu primeiro artigo traz a seguinte informação:
“O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde,
atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.”
No caso, uma “pessoa jurídica de direito privado” é, grosso modo, sinônimo de “empresa”.
Assim, toda organização sem fim lucrativo criada com o intuito de exercer alguma das atividades
descritas no Artigo citado e atendendo aos extensos requisitos dispostos na Lei, podem ser
qualificadas como uma OS pelo Poder Executivo.
É importante frisar também que o surgimento da regulamentação para OSs veio de um
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movimento de administração pública que se baseia em criar relacionamento estratégico entre Estado
e Sociedade a fim de incentivar a produção de bens e serviços, pela Sociedade, que não são
exclusivos do Estado e, assim, ajudando a minimizar as limitações operacionais do governo.
Quando uma instituição é qualificada como OS, ela está habilitada para administrar bens e
equipamentos do Estado, além de receber financiamento público, com a contrapartida obrigatória de
celebrar um contrato de gestão (parte das condições de consolidar sua qualificação).
Mais uma vez, vamos entender inicialmente a sua regulamentação, que é feita a partir da Lei
Nº 9.790, de 23 de Março De 1999 em seu Art. 1º:
No caso, a Lei totaliza treze “objetivos sociais”, como citado no Artigo, que vão desde
assistência social, promoção da cultura, educação e saúde, dentre outros.
Para complementar seu conhecimento, você pode acessar a lei e conhecer os treze
objetivos sociais que qualificam OSCIPs, pois são todos de grande importância.
Outro critério importante é que, na condição de proporcionarem tais objetivos sociais, a
OSCIP deve os proporcionar segundo os Princípios da Universalidade dos Serviços Públicos.
Muita gente pensa que uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) é
um tipo de entidade ou organização. Mas não é nada disso. Mas uma ONG já não é uma OSCIP?
Essa pergunta é frequente e a resposta para ela é: não.
Então, o que é?
Uma OSCIP é uma qualificação jurídica atribuída a diferentes tipos de entidades privadas
atuando em áreas típicas do setor público com interesse social, que podem ser financiadas pelo
Estado ou pela iniciativa privada sem fins lucrativos. Ou seja, as entidades típicas do terceiro setor. A
OSCIP está prevista no ordenamento jurídico brasileiro como forma de facilitar parcerias e convênios
com todos os níveis de governo e órgãos públicos (federal, estadual e municipal) e permite que
doações realizadas por empresas possam ser descontadas no imposto de renda.
Mas uma ONG já não é uma OSCIP? Essa pergunta é frequente e a resposta para ela é: não.
E o motivo é simples: a figura da ONG não existe no ordenamento jurídico brasileiro. A sigla é usada
de maneira genérica para identificar organizações do terceiro setor, ou seja, que atuam sem fins
comerciais e cumprindo um papel de interesse público, como associações, cooperativas, fundações,
institutos, entre outras.
Já a qualificação de OSCIP é o reconhecimento oficial e legal mais próximo do que se
entende por ONG, especialmente porque é marcada por exigências legais de prestação de contas
referentes a todo o dinheiro público recebido do Estado.
OSs e OSCIPs são a mesma coisa?
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Para sermos diretos: não. Vamos entender as diferenças, abaixo.
A iniciativa popular é uma das formas de garantir a participação do indivíduo na vida do Estado. Por
meio dela os cidadãos poderão inovar o ordenamento jurídico em âmbito federal, estadual e
municipal, desde que atendidos os requisitos exigidos pela Constituição.
Conceito
O conceito de iniciativa popular corresponde ao direito constitucionalmente previsto que permite aos
cidadãos apresentarem projeto de lei e, a partir de então, iniciarem o processo legislativo. Este
instrumento poderá ser aplicado para aprovar normas nas esferas municipal, estadual ou federal.
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Em Leis Federais
Segundo dispõe o artigo 61, parágrafo segundo da constituição federal, no âmbito federal é exigida a
subscrição mínima de 1% do eleitorado nacional distribuídos em 5 Estados e com participação de
0,3% em cada um desses Estados. Observe:
Em Leis Estaduais
Quanto à iniciativa de lei em âmbito estadual, não é previsto pela carta magna o numerário
necessário, como ocorre no âmbito federal, de modo que caberá à lei dispor acerca dos requisitos.
Nesse sentido, o artigo 27, parágrafo quarto:
Vale destacar, portanto, que o artigo colacionado representa norma constitucional de eficácia limitada,
dependente de lei superveniente para ser aplicada.
Em Leis Municipais
Segundo o artigo 29, inciso XII da constituição, exige-se, em âmbito municipal, que o percentual de
5% do eleitorado do Município pretenda a apresentação do projeto de lei.
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menos, por 5 Estados, com não menos do três décimos por cento dos eleitores de cada um
deles, como prevê a Constituição, no seu artigo 61, § 2º:
§ 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto
de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco
Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
O exemplo mais famoso que temos no Brasil de lei de iniciativa popular é a chamada Lei da
Ficha Limpa, fruto de todo um movimento de combate à corrupção eleitoral.
A ação popular, por sua vez, é uma ação judicial, prevista no artigo 5º, inciso
LXXIII, da Constituição. Trata-se, agora, de um processo judicial, que pode ser usado pelo
cidadão brasileiro que queira proteger o meio ambiente, o patrimônio público, o patrimônio
histórico cultural ou a probidade administrativa.
Vejamos o que diz a Constituição a respeito:
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de
custas judiciais e do ônus da sucumbência;
Uma vez proposta uma ação popular terá início um processo judicial, cuja tramitação encontra
- se regrada pela Lei nº 4.717/65. Ao final do andamento do processo, espera-se que ocorra um
julgamento pelo Magistrado competente, o que pode levar à condenação dos responsáveis pelo ato
lesivo.
Em síntese, portanto: ambas são demonstrações de cidadania, sendo a iniciativa
popular uma reunião de assinaturas para apresentação de um projeto de lei perante a Câmara dos
Deputados, enquanto a ação popular representa, por sua vez, um processo judicial, promovido pelo
cidadão, que deseja resguardar o meio ambiente, o patrimônio público, o patrimônio histórico e
cultural ou a probidade administrativa.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
1. O que é a cidadania?
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12. Qual é a diferença entre ONG e OSCIP?
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