Disciplina de Testes

Projetivos

Rorschach
Teoria e Prática
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Projetivos
Elaborado por Hermann Rorschach, psiquiatra suíço, foi publicado
pela primeira vez em 1921, um ano antes da morte de seu autor em
1922, com o título de PSYCHODIAGNOSTIK.

Conforme Bohm (1955), o livro teve como subtítulo: Método e

Resultados de uma experiência diagnóstica de percepção
(Interpretação livre de formas fortuitas).

Segundo Eldenberger (apud Anzieu, 1978) “foi elaborado longe de

universidades, dos laboratórios, das grandes bibliotecas, num
pequeno hospital psiquiátrico” (p.45) em Herisau, cidade suíça.
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Projetivos
O objetivo do teste de Rorschach é informar sobre a estrutura de
personalidade.

Sua aplicação é extensiva tanto para crianças, como para adolescentes e

adultos.

É composto de dez lâminas ou pranchas que apresentam, cada uma,

borrões de tinta de contorno não muito definido e de textura variável, mas
com perfeita simetria, tendo como referência um eixo vertical .

Cinco dessas dez lâminas têm manchas em branco e preto. Duas

apresentam também a cor vermelha e três outras são policromadas.
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Projetivos
O exame

O exame inclui quarto partes ou fases:

 Administração propriamente dita
 inquérito
 periodo de analogia
 teste de limites

Entretanto podemos afirmar que...

aplicação do Método de Rorschach consta de dois momentos distintos

 associação
 inquérito
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Projetivos

Administração

O objetivo da administração é o de obter uma amostra do

comportamento do sujeito, numa situação estimulo relativamente
padronizada, mas ambígua, não –estruturada, nova para o sujeito.
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Projetivos
As instruções

Na situação de prova, as lâminas são apresentadas ao examinando em ordem

determinada pela seqüência de um a dez. A instrução passada ao examinando é a
de que ele deve responder a cada uma lâmina, indicando o que a mancha lhe
parece, o que lhe sugere, ou o que lhe faz lembrar.

Ps: A parte em que o sujeito diz o que está vendo a partir da apresentação dos
cartões, consideramos a associação livre.

Anotação do Protocolo
Das respostas, comentários, hesitações e mudanças de posição das pranchas,
assim como o intervalo de tempo transcorrido entre a apresentação da prancha e
a primeira resposta cotável.
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Projetivos
O inquérito (orienta na classificação e interpretação das respostas)

 Localização
 Determinantes
 Conteúdo

a) a localização, que é caracterizada como a porção da mancha

visualizada pelo examinando e denota a maneira como percebe e faz
contato com a realidade, e como se relaciona com o mundo;

b) os determinantes são caracterizados pela qualidade perceptiva que

condicionou a resposta (se a forma, se a cor, se o sombreamento, se o
movimento); e

c) o conteúdo (se animal, humano, anatômico, etc.)

RORSCHACH
Classificação

Apercepção

G-combinadas em G D-combinadas em D Dd-combinadas em Dd

DG DD DdDd
DdG DdD DZWDd
DZWG DZWD DdZWDd
DdZWG DdZWD

DO (toda DO tem que ser bem vista)

DZW (detalhe branco pregnante)

ZW
DdZW (detalhe branco pouco pregnante)
RORSCHACH
Classificação

Determinante

Forma Movimento Cor Claro-escuro Sombra

F+ B+ FFb+ / FFb FHd+ / FHd F(Fb)+

F FbF HdF F(Fb)
F B Fb Hd
RORSCHACH
Classificação

Conteúdo

M
.os mais importantes Md
T
Td
Obs.: Se o sujeito ver outro conteúdo, escrever na 3ª coluna o que ele viu
Ex.: Anat (esqueleto e órgãos internos)
Sex (sexo)
Pl (planta)
Geo (geográfica)
Mapa
Abstr (abstrata)
Obj (objeto)
Frag (fragmento)
etc...
RORSCHACH
Classificação

Freqüência

V _ vulgares Obs.: Não tem sentido vulgar mal vista

O _ originais (uma em 100 Rs)  O+ / O

I _ individuais (uma em mais de 100 Rs)

Respostas comuns, que não recebem nenhuma classificação (deixar

espaço em branco)

Obs.: (V)  R vulgar modificada: é qualquer R vulgar que introduza um

fenômeno especial ou altere uma classificação de forma ou movimento.
Lembrando sempre, não tem sentido uma V mal vista.
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Classificação

Exemplos de V:
I) G _ morcego, borboleta, pássaro
II) G ou D (negro) _ Duas pessoas fantasiadas, dois palhaços
D (negro) _ dois animais
III) G ou G _ duas pessoas
IV) G _ pele de animal, pessoa fantasiada, monstro humano
V) G _ morcego, pássaro, borboleta
VI) G _ pele de animal
VII) D (2/3 superiores) _ dois animais
VIII) G ou D (rosa lateral) _ dois animais
IX) Não tem V na prancha IX
X) D (cinza superior) _ dois animais
D (azul lateral) _ aranha, caranguejo
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Analise prancha por prancha

Prancha I
Tonalidade emocional – disfórica, situação desconhecida
Valor simbólico – força o sujeito a adotar uma conduta socializada,
mobilizar as forças compensando seu mal-estar por forças ou
encenações.

Prancha II
Tonalidade emocional – vivamente ressentida, simples mal-estar
ou excitação positiva.
Valor simbólico – configuração bastante carregada ou mais
circunscrita no vermelhor.
Interpretação – vermelho remete a pulsões afetivas e/ou sexuais
de nível evoluído (luta e competição) ou nível primário
(destruição), pode evocar fantasias da problemática pré-genital,
de reações precoces, com a mãe com valência simbiótica ou
destruidora.
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Analise prancha por prancha

Prancha III
Tonalidade emocional – diminuição da tensão e aumento do prazer.
Valor simbólico – necessidade de representação de si fazer ao outro,
personagens sexuados.

Prancha IV
Tonalidade emocional –disfórica, desfalecimento e depressão
podem estar subjacentes.
Valor simbólico – solicitação subjacente ligada ao poder, a força e
a autoridade, bipolaridade sexual com valorização do simbólico
fálico.
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Analise prancha por prancha

Prancha V
Tonalidade emocional – neutra, próxima da realidade objetiva.
Valor simbólico –apelo ao sentimento de integridade psíquica e somática.

Prancha VI
Tonalidade emocional – mais negativa que positiva, dificuldade
intelectual.
Valor simbólico – implicações sexuais e/ou energia de dinamismo,
dimensão fálica, problemática da castração.
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Analise prancha por prancha

Prancha VII
Tonalidade emocional – caráter frágil e sutil ressentido como inacabado,
desarticulado ou instável, caráter negativo.
Valor simbólico – claramente feminina, relação primitiva com a mãe que
provoca imagens seguras ou negativas, podendo alcançar um vivenciado
de abandono.

Prancha VIII
Tonalidade emocional – aparecimento das dores pode acarretar
mudança de clima e nuançar as reações no sentido positivo.

Valor simbólico – solicitação a comunicação social, valorização

narcísica ou preocupações somáticas.
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Analise prancha por prancha

Prancha IX
Tonalidade emocional – depende da aceitação ou da resistência ao apelo
simbólico, suscita ambivalência, raramente neutra por falta de elementos
estruturantes, portanto, socializantes.
Valor simbólico – rica e pesada de significações, solicitação a regressão,
simbólica maternal, pré-genital, associada aos fantasmas de gravidez e
de nascimento.

Prancha X
Tonalidade emocional – ruptura da situação no sentido de alívio
ou de ofensa, e o fato de dispersão e do desmembramento do
estímulo que facilita ou bloqueia as associações.
Valor simbólico – imaginário infantil, se a regressão no prazer é
permitida.
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Projetivos

Zulliger
Teoria e Prática
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Projetivos

Elaborado por Hans Zulliger, psicólogo clínico suíço, que por ocasião
da Segunda Guerra trabalhou também em seleção de pessoal.

Amigo pessoal de Hermann Rorschach participou dos trabalhos de

Rorschach nos experimentos com manchas de tinta feitas ao acaso
na avaliação da personalidade.
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Projetivos
Tanto o Rorschach, quanto o Zulliger ( Z-Teste) apresentam categorias,
tais como número de respostas, respostas globais (G), detalhe comun
(D), forma precisa (F+), movimento humano (M), movimento animal (FM),
altamente quantificáveis, e que, consequentemente, possibilitam estudos
comparativos e correlacionais em elevado padrão estatístico.

Entretanto, tais medidas, por mais objetivas que sejam, expressam muito
pouco, se o psicólogo deixar de lado a integração dessas variáveis com
os outros dados do contexto familiar, profissional, social, para aproveitar
melhor as possibilidades de avaliação da personalidade através do
Zulliger.
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Projetivos

A técnica de Zulliger é um conjunto de variáveis, por meio das quais

se pode quantificar aspectos funcionais e dinâmicos da
personalidade.

É uma técnica, um método no sentido amplo, e não um teste, uma

unidade estímulo padrão para obtenção de resposta-padrão.

Segundo Cunha (2000) o que Hans Zulliger construiu para avaliação

da personalidade foi uma técnica e não um simples teste.
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Projetivos
Aplicação

Coletiva – até 35 pessoas – - projeção dos dispositivos - algumas

limitações no inquérito.

Individual – semelhante ao Rorschach.

Classificação e interpretação

Semelhante ao Rorschach considerando a forma individual.