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B. TOMAZ
Direitos autorais © 2020 Bruna Alves Tomaz
Os personagens e eventos retratados neste livro são fictícios. Qualquer semelhança com pessoas reais,
vivas ou falecidas, é coincidência e não é intencional por parte do autor.
Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou armazenada em um sistema de recuperação, ou
transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico, mecânico, fotocópia, gravação ou
outro, sem a permissão expressa por escrito da editora.
Impresso no Brasil
Índice
Página do título
Direitos autorais
Introdução
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Epílogo
Agradecimentos
Sobre o autor
Introdução
Com os enormes saltos, que sou praticamente obrigada a usar, tento correr
o menos ridículo possível para conseguir entrar dentro do táxi, que por algum
milagre divino parou no meu primeiro aceno. E digamos que realmente é um
milagre achar um carro vazio às cinco da tarde no meio de um temporal como
esse.
Como se fosse para provar meu ponto de vista, um trovão extremamente
alto retumba no céu com nuvens escuras deixando o dia acinzentado e mais
escuro que o normal.
Maldito dia para resolver fazer uma surpresa ao meu noivo. Billy,
conhecido e chamado carinhosamente pelos parentes e amigos como Bil, me
conheceu na faculdade, não estudamos juntos o que foi uma verdadeira
benção, porque a coisa que menos ia fazer durante as aulas era estudar ou
dedicar a minha atenção as matérias, mas ele estava ali para participar de uma
feira de empreendimento.
Não me leve a mal, só imagine comigo, ok? Um homem com mais de 1,90
de altura, corpo com músculos marcados e deliciosamente chamativos para
qualquer língua humana, a pele dourada brilhante, o pomo de adão
proeminente, cabelo bem cortado na cor loiro escuro ou castanho claro, ainda
não consegui me decidir sobre isso, mas que acompanha perfeitamente o tom
de seus olhos e para terminar, sabe muito bem usar o equipamento que tem
entre as pernas. Não é o maior e nem o pinto mais bonito do mundo, mas é
eficiente e sabe me deixar completamente maluca.
Olho para o retrovisor encontrando os olhos azuis do senhor simpático e
sorrio envergonhada por perceber que acabei de soltar um gemido
completamente malicioso.
— Senhorita, eu adoraria ler mentes, mas infelizmente Deus não me deu
este poder, então poderia me dizer para onde estamos indo? — Seus olhos
enrugados pela idade dão uma leve abaixada.
Ok, não tão simpático assim.
— Desculpe-me, senhor. — Limpo a garganta. — Upper East Side, por
favor. — Sorrio amarelo ao colocar minha bolsa na frente da minha blusa
molhada e completamente transparente.
Nem acredito que consegui terminar de analisar a enorme pilha de papel
que meu querido chefe resolveu me passar, não que seja o meu trabalho,
afinal sou secretária de sua irmã e não dele, mas como o senhor arrogante
mesmo falou: “Aqui não tem essa de funcionário servir apenas a um de nós,
se quiserem continuar com o emprego de vocês, devem aceitar tanto as
ordens da senhora Leona, como as minhas.”
Reviro os olhos exasperada e me encosto no banco do carro, suspirando
alto tanto pela minha indignação e cansaço com o trabalho quanto pelos
olhares safados e indiscretos do motorista.
— A senhorita se importa se eu colocar uma música? — Seus olhos voltam
a descer para os meus seios e me controlo para não mostrar o dedo médio
para esse senhor sem educação.
— Contanto que você pare de olhar para os meus peitos, você com certeza
pode colocar uma música! — Falo cínica e bufo ao ver seus olhos com falsa
surpresa.
A vá se catar, agora vai dizer que não estava olhando?
Sinto a vibração do meu celular e o pego rapidamente, torcendo
mentalmente para que seja meu futuro marido, meu Billy. — Suspiro. — Eu
realmente estou com saudades, o homem não parou de trabalhar durante este
último mês e não posso reclamar, já que é o dono de uma rede de
supermercados e precisa supervisionar todo o trabalho para que continue
prosperando.
“Estou com saudades, querida!”
“Vejo você mais tarde?”
“Estarei te esperando meu amor, eu te amo!”
Leio suas mensagens com um sorriso brotando em meus lábios.
Normalmente nas sextas-feiras, costumo trabalhar até mais tarde porque meus
chefes precisam de suas agendas completamente fechadas para a próxima
semana, ou aparecem viagens mirabolantes de última hora em que preciso me
virar do avesso para achar um hotel, passagens e mais regalias que os dois
adoram e julgam indispensáveis.
— Chegamos. — Ouço a voz do motorista e sorrio ao olhar o prédio onde
moro com Bil, que claramente custou meu rim esquerdo, mas economizei
durante toda a minha vida e consegui arcar com metade do valor, assim como
Bil irá pagar a outra metade, porém com muito mais facilidade que eu.
Sorrio pensando na expressão de surpresa que irá se desenhar no rosto
bonito do meu companheiro ao me ver atravessar a porta do apartamento
horas mais cedo do que o de costume. Sinto meu ventre se aquecer com um
simples pensamento em vê-lo.
É algo como necessidade, como se meu corpo dissesse: preciso disso!
Deixo o dinheiro com o motorista e saio correndo do táxi evitando me
molhar ainda mais, o que não adianta muito, já que não tem como ficar mais
molhada que isso. Atravesso o hall de entrada depois de cumprimentar o
simpático porteiro do prédio e corro em direção ao elevador. Adentrando a
caixa metálica e apertada desse prédio, aperto o último andar e enfio minha
mão dentro da bolsa para achar a chave da porta.
Como se fosse mais um milagre, assim que as portas do elevador se abrem,
consigo achá-la, o que normalmente demora anos para acontecer. Rodando-a
em meu dedo indicador pelo chaveiro, ando a passos largos pela ansiedade de
encontrar-me com Billy e encaro a enorme porta de madeira.
— Billy, Billy ... Você não perde por esperar! — Sussurro para mim
mesma e abro a porta com cuidado.
Mas, não poderia estar mais engada, eu quem não perdia por esperar pela
imagem diante dos meus olhos, um misto de sentimentos passa em alta
velocidade pelo meu corpo.
Raiva, desprezo, nojo, tristeza, decepção. É como se alguém estivesse com
a mão dentro do meu peito, apertando meu coração, impedindo-o de bater
normalmente e com a outra segurando meu pescoço para não me deixar
respirar.
Olho para as costas definidas do homem que iria jurar amar na frente de
todos os nossos amigos e familiares. Do homem que passei os dias mais
felizes da minha vida. A bunda musculosa dele contraindo a cada estocada na
vagabunda debaixo do seu corpo.
— Gostosa pra caralho! — Seu som gutural quase me fez vomitar, mas me
segurei, não iria perder o meu precioso café que agora parece larva quente em
meu estomago.
Estagnada no lugar eu continuo ali, vendo seu pênis entrando e saindo da
boceta alheia. As lágrimas começam a apontar no canto dos meus olhos, mas
me recuso a chorar agora, me recuso a dar o gostinho para esse filho da puta
desgraçado.
Como ele pode fazer isso comigo? Há quanto tempo tenho um par de
chifres em minha cabeça? Eu sou mesmo uma idiota em confiar que todas as
viagens que ele fazia eram apenas para trabalho ou que quando ficava até
tarde no escritório eram reuniões com seus diretores. O caralho que era! Ele
estava enfiando seu pau torto em outras mulheres.
Respiro fundo tentando definir o que fazer, mas antes que eu possa pensar
melhor e ter uma ideia simples como sair e fechar a porta para sumir de vez
da sua vida, ouço a voz da vagabunda, reconheço imediatamente.
— Ah, Bil ... — Geme ofegante. — Me come com força, do jeito que você
não faz com a minha irmã.
Sim, vocês entenderam muito bem; aquela boceta alheia debaixo do filho
da puta do meu ex-noivo é da minha irmã! A mulher que considerei minha
família, sangue do meu sangue.
Aproximei dos dois com os pés batendo no chão como se pesassem
toneladas e mesmo com meus saltos martelando o piso, os dois não
perceberam minha presença. Mas é claro que não perceberiam os gemidos
são tão altos que eu poderia ter batido a porta com força que não escutariam.
Empurrei Billy com todas as minhas forças para o lado que caiu no chão
com o pau batendo continência na barriga, doido para gozar e provavelmente
insatisfeito por ter sido interrompido, seus olhos arregalados e dilatados me
encaram com surpresa.
— Amor? — Disse ofegante e suado, tentando esconder o pinto com a
mão.
Solto uma gargalhada sarcástica e maligna ao mesmo tempo, mas minha
vontade era de sentar e chorar, ou melhor, minha vontade era ir até a cozinha,
pegar uma faca de cozinha, cortar seu pau e fazer a vagabunda da minha irmã
comê-lo cru!
— Brooke? Desc... — A voz ofegante e arrastada da minha irmã soou
como uma faca em meu peito, mas a calei com um tapa estralado e forte. Que
fez meus dedos começarem a tomar forma em sua bochecha já vermelha pelo
esforço.
É típico dela fazer merda com a atitude pensada e depois quando é pega no
flagra pedir desculpa, sendo que nem se sentir culpada a vagabunda se sente.
Isso deve ser doença.
— Desculpa? Vai me pedir desculpa, vagabunda? — Segurei seus cabelos
pela nuca e puxei com força a fazendo levantar com um grasnado de dor
saindo por seus lábios inchados pelos beijos trocados com o idiota que ainda
se mantém em choque colocando a mão em frente ao seu membro.
Chorosa e ofegante a desgraçada solta um grito estrangulado quando puxo
ainda mais seu cabelo, as pernas fracas pelo sexo de alguns segundos atrás a
deixa cambaleante, mas nada irá fazer a raiva dentro de mim se acalmar, nem
se ela chorar sangue na minha frente eu sou capaz de ter compaixão por ela.
Cruel? Sim, mas foda-se.
— Amor, foi um deslize. — Foi a voz do traíra filho da puta, desta vez. —
Vamos conversar!
Ignorei-o, levando a vagabunda pelada até a porta e a jogando no chão do
corredor sem roupa alguma, apenas com as lágrimas de crocodilo escorrendo
por sua bochecha, ouço o barulho de sua pele húmida em atrito com o
mármore do chão, desejando internamente que tenha alguma fissura para
poder causar a ela um pouco de dor.
— Você não pode me deixar aqui sem roupa! — Disse se apoiando nas
mãos para se levantar.
Minhas lágrimas que antes estavam contidas começaram a cair em minha
bochecha, mas eu as limpo com rapidez e força. Fui traída, pior, fui
duplamente traída e eles não merecem sequer uma lágrima minha. Sinto uma
mão fechar em meu braço e viro rapidamente com a mão livre acertando em
cheio o rosto do traidor comedor da irmã alheia.
Empurro-o para fora do apartamento que fiz a bobagem de comprar com
ele e fecho a porta, girando a chave uma, duas, três vezes para trancá-la.
Como imaginado, Billy começa a esmurrar e gritar para que eu a abra,
dizendo que não posso deixá-los pelados lá fora, que eu preciso entender que
ele tem necessidades e por isso estava com Elle, mas simplesmente parei de
ouvir. Conseguia escutar apenas a voz na minha cabeça me chamando de
burra, idiota e corna.
Deslizei pela parede abraçando meu corpo, deixando as lágrimas que antes
estavam tímidas, descerem como uma cachoeira pelo meu rosto, me
permitindo sofrer hoje, porque amanhã seria o começo de uma nova vida, que
com certeza não terá os dois traidores.
— Abre a porta amor, não podemos ficar aqui pelados. — Sua voz tinha
um toque suave de medo e eu apenas não respondi, deixei que os dois se
virassem.
Meu coração estava machucado demais para ter compaixão por dois
traidores. Levantei do chão cambaleando, ainda chocada e destruída pelo que
acabou de acontecer, encaro a cama onde dividia com Billy e ainda mais
lágrimas escorrem por meu rosto. E então, vou ao banheiro.
Tomar banho deve me ajudar a acalmar meu corpo tremulo e com isso
poderei pensar no que fazer, mas de uma coisa eu tenho certeza, vou procurar
um lugar para morar, de preferência bem longe daqui, começar a viver a
minha vida e reorganizar tudo dentro de mim, inclusive passar uma cola em
meu coração!
Capítulo 1
Jonathan B. Gilbert
— Você sabe qual é a secretária que minha mãe vai designar para mim? —
Pergunto com o copo de whisky encostado na boca e vejo meu amigo,
Donavan dar de ombros com a pior expressão “de não sei” no rosto.
Fazia um tempo que estava evitando voltar ao Canadá, para assumir meu
posto de CEO de uma das empresas que meu pai com toda sua imensa gloria
criou, mas agora não há mais escapatórias, fui convocado e devo assumir
meu lugar de direito, .Não que isso me incomode, afinal passei por diversas
empresas antes de aceitar o pedido para começar a assumir o meu papel de
herdeiro e controlar a nossa por um motivo. Aprendi com os melhores a gerir
e com todo o aprendizado de anos trabalhando em empresas extremamente
competentes serei capaz de alavancar o império da família. Aliás, pelo que
soube de Don, a Bert B não está nada bem em questão de administração, o
CEO que ficou encarregado de cuidar da empresa até eu assumir não se
empenhou muito em conduzir o negócio para prosperá-lo e confesso que isso
me deixou um tanto irritado.
— Não sei nada cara, mas segura seu pau nas calças. — Sorriu cafajeste.
— Aquela empresa tem muita mulher gostosa, com certeza a sua vai ser, mas
você sabe muito bem que sua mãe arranca suas bolas se perturbar alguma
delas.
Não podemos discordar, a última vez que estive na Bert B foi há seis
meses atrás, vim para uma confraternização, para conhecer um pouco o
ambiente e também os funcionários, devo dizer que esse último não me
desagradou nenhum pouco, as mulheres são de variadas perfeições. — Bebo
um gole do líquido âmbar em meu copo. — Uma pena que minha velha fica
no meu pé, dizendo que não me quer assediando as funcionárias.
— Aliás, você não vai pedir Adele em casamento? — Sorrio vendo seu
semblante fechar.
— Vai se foder Jon! — Bebe o liquido de seu copo de uma vez. — Já disse
que com Adele é apenas sexo gostoso.
Sorrio passando os olhos pelo local, passei minha infância e adolescência
aqui no Canadá e esse bar em que estamos era um dos pontos que usávamos
para encontrar as meninas na época e não posso deixar de reparar no quanto o
lugar mudou. O que antes era um tipo de boteco de esquina virou um pub
quase luxuoso, com seguranças olhando identidades e tudo mais, afinal havia
um motivo para nós virmos aqui na adolescência.
— Engraçado que eu não posso pegar ninguém da empresa, mas você
pode? — Indago com uma sobrancelha erguida, mas antes que ele me
responda uma mulher linda, com o cabelo loiro e ondulado batendo até a
metade das costas passa pela mesa com os olhos verdes atentos em busca de
alguém. — Mas que deusa é esta?
O que era para ser ouvido apenas por Donavan fez a mulher se virar, e meu
pau bateu continência na hora, como se ele estivesse pronto para servi-la das
melhores e piores maneiras possíveis. Umedeci os lábios e sorri para a loira
maravilhosa em minha frente.
— Deusa? — Seus olhos verdes soltaram faíscas.
Quente! Eu gosto de mulheres quentes, elas são as melhores na cama. Don
ri alto e encara a mulher que por sua vez não desvia seus olhos astutos dos
meus.
— Brooke? — Meu amigo diz chamando minha atenção, mas não por
muito tempo.
Assim como meu pau, meus olhos apontam em sua direção e sem pudor ou
vergonha nenhuma deixo-os passarem por suas curvas e depois de
inspecionar aquele corpo maravilhoso, fito seus seios, que pelo fino tecido de
seu vestido, deixa perceptível que estão acesos.
Agora, a dúvida que não quer calar, ficaram assim por minha atenção ou
ela está com frio? Que se foda! Prefiro pensar que foi a primeira opção e
então eu poderei dar a atenção que eles estão me pedindo.
— Oi senhor Miller. — Cumprimentou Don com uma suavidade em seu
rosto e não voltou a me encarar.
Mas de jeito nenhum, linda!
— Brooke. — Digo saboreando o nome em minha boca, como se fosse um
doce. — Sente-se conosco, linda!
Seu olhar voltou a me dar atenção e meu pau pulsante contra a calça que o
diga o quanto gostou daquele fogo ali dentro.
— Não obrigada! — Disse e se virou para Don. — Tchau.
Virou e saiu rebolando os quadris, como se dissesse “olha aqui como sou
gostosa” e meu pau respondeu quase gritando que é gostosa pra caralho!
Continuo acompanhando-a com o olhar discretamente, até que se encontra
com uma morena, também muito bonita, mas meus olhos se recusam a deixar
aquela pele sedosa, os seios pequenos, porém firmes, a bunda durinha e
proporcional ao corpo deliciosamente esculpido.
— Quem é?
Don olha para mim achando graça de alguma coisa que não consegui
entender.
— Uma das secretárias da sua mãe. — Riu. — Eu disse que elas são
gostosas.
Olho novamente para a loira e sorrio ao vê-la desviar o olhar rapidamente,
tentando disfarçar que estava com os olhos em mim, me observando.
Mantenho meu olhar nela, por algum motivo, querendo gravar seu sorriso ao
falar alguma coisa com a amiga, seu revirar de olhos quando algum homem
fala ao seu ouvido e segui assim por um bom tempo, observando suas
expressões enquanto meu amigo me contava sobre uma viagem que precisa
fazer, mas minha atenção está completamente voltada à loira que agora
conversa e ri de uma maneira mais solta com o grupo de mulheres.
Isso tudo está me excitando pra caralho.
— Vou indo, amanhã preciso estar em uma reunião para receber o brocha
do novo chefe. — Don diz sarcástico, toma o restante de sua bebida e levanta
com o capacete de sua moto pendurado no braço. — Você não vai embora,
brocha?
Ri, sem me importar em retrucar apenas acenei para ele ir embora logo,
ouço seu tchau e me levanto, caminhando diretamente para a loira, que está
encostada no bar. Os cotovelos em cima do balcão e o corpo balançando
suavemente no ritmo da música.
— Oi. — Sussurro perto do seu ouvido. Imediatamente a sinto pular e
estremecer.
Apoio um cotovelo no balcão ao seu lado e me mantenho encostado ali,
encarando aqueles lábios tingidos de vermelho, o nariz arrebitado e fino, e as
bochechas em um tom adorável de rosa.
— O que quer? — Pergunta com o olhar caindo em meus lábios e depois
sobe para os meus olhos, mantendo-os ali.
Aproximo-me mais um pouco, deixando nossos rostos a poucos
centímetros de distância, controlando a vontade de puxá-la com força,
levando-a para qualquer lugar próximo que possamos foder gostoso.
— Tem certeza que quer saber o que quero? — Sussurro levando os lábios
perto de sua orelha e puxo o lóbulo com meus dentes.
O corpo delicioso dessa mulher chega mais próximo do meu, suas mãos
apoiam em meu peito como se tivesse perdido o equilíbrio e eu fosse a única
coisa que a segurasse. Passo um braço em volta da sua cintura e grudo ainda
mais seu corpo ao meu, deixando-a sentir minha ereção monstruosa que
clama por tê-la.
— Eu quero sexo. — Diz de supetão, por um segundo me deixando em
choque e então solto uma gargalhada divertida. — Bruto, duro, gostoso! —
Ofega ao deixar sua mão passeando por meu peitoral. — Você consegue me
dar isso?
Ah, não precisa perguntar duas vezes, linda. Vou comer você com toda
certeza.
Com a mão livre, agarro a base de seus cabelos sedosos e grudo minha
boca na dela em um beijo lânguido. Nossas línguas se encontrando
fervorosamente, conhecendo o sabor uma da outra e devo dizer que é o meu
novo sabor preferido, morango misturado com o sabor deliciosamente
viciante dela. Sem conseguir se conter, Brooke solta um gemido que eu
engulo pela ânsia de aprofundar ainda mais nosso beijo.
— Banheiro? — Sussurro entre seus lábios e sorrio ao vê-la acenar. — Vá,
me espera lá!
Afastei com os olhos nublados pelo desejo e fitei sua boca inchada e o
batom borrado, seus calcanhares giraram no chão e antes que ela pudesse
afastar dei um tapa em sua bunda, fazendo-a dar um pulo pelo susto, mas o
risinho em seguida foi a resposta de que gostou.
Fica tranquila, loira, terá mais desses.
Pago a conta pelo que eu e Don consumimos e também a das meninas,
deixando um limite para que elas possam consumir mais sem ter que gastar
dinheiro. Assim que está tudo resolvido me dirijo ao banheiro e entro,
encontrando aquela mulher deliciosa, sentada em cima do mármore da pia,
encarando a porta como se estivesse ansiosa para que eu passasse por ela.
— Esperou muito, linda? — Aproximei-me ficando entre suas pernas.
Sem dar chance que aquela boca deliciosa pudesse fazer algo além de me
beijar, junto nossos lábios, deixando minhas mãos passearem pela lateral do
seu corpo e puxando-o mais para mim, sentindo sua pele sedosa e quente me
atiçando de maneiras inimagináveis. Suspendi o vestido, deixando-o enrolado
em sua fina cintura e fitei a calcinha de renda vermelha.
Puta que pariu, que mulher é essa?
Coloquei minha mão ali, sentindo-a úmida e sorri maliciosamente,
afastando um pouco e fitando seus olhos escurecidos e em chamas pelo tesão.
— Quero ver seus peitos, querida. — Sussurrei com desejo.
Imediatamente suas mãos desceram as alças do vestido, deixando aquela
maravilha apontada para mim e como não sou um cara que faz desfeita, caio
de boca ali, chupando, mordendo, lambendo e brincando com os mamilos
rosados e deliciosamente resetados para o meu prazer.
— Puta que pariu. — Gemeu, arqueando mais contra minha boca.
Sorri mordendo seu mamilo e adentrando sua calcinha com minha mão,
encontrando-a completamente encharcada, o que já era de se esperar de
acordo com o quanto passou para o fino tecido de sua pequena calcinha.
— Está molhadinha para mim, loira? — Sem esperar uma resposta, sugo
seu seio com força para dentro da minha boca, ouvindo seu gemido sair mais
grave. — Gostosa.
Encontro seu pontinho inchado e pedinte com a ponta dos dedos e circulo
preguiçosamente, fazendo-a dar um salto pequeno por causa da sensibilidade,
chupo seu outro seio com a mesma força que utilizei no anterior e seus dedos
se enfiam em meu cabelo, pressionando minha boca ainda mais naquela
maravilha.
— Merda. — Sussurra ondulando deliciosamente o quadril.
Penetro dois dedos em sua boceta lubrificada, enquanto com o polegar,
acaricio seu clitóris inchado com a velocidade certa. Afasto a mão quando a
sinto tremer contra ela e sorrio vendo sua expressão de indignada.
— O que es... — Puxo-a da pia, calando e colocando-a contra a parede.
Os seios deliciosos pressionados contra a parede gelada dão a ela ainda
mais arrepios, aliso sua bunda redonda e empinada antes de dar um tapa forte
e em seguida esfregar o lugar, a fazendo arfar e pedir por mais.
— Você terá mais. — Sussurro dando um tapa na outra banda e repetindo
o processo de esfregar a mão ali.
Deslizo minha mão para o meio de suas pernas e volto a acaricia-la,
lambuzando sua boceta com seu próprio fluído, dou leves beijos em seus
ombros intercalando com mordidas e chupadas leves em sua pele deliciosa.
— Primeiro você vai gozar, depois vou meter tão forte em você que nós
dois veremos estrelas. — Sussurro contra sua pele, aumentando a velocidade
dos meus dedos no paraíso.
Seus gemidos ficam mais altos à medida que o corpo vai cedendo ao
prazer. As pernas fracas me dizem que ela está muito perto e que precisarei
segurá-la, o que faço imediatamente. Envolvo sua cintura com o braço livre e
pressiono mais ainda meus dedos contra seu clítoris, fazendo círculos
pequenos e rápidos.
— Goza pra mim Brooke. — Sussurrei ao seu ouvido e sabia que ela não
ia durar muito mais tempo.
Dito e feito, mais algumas pressionadas contra seu delicioso e pulsante
clítoris e a loira se desmanchou em um grito rouco, e caralho, quase gozei
dando prazer a essa mulher.
— Você tem as mãos mágicas. — Sussurra ofegante, tentando manter-se
de pé.
— Não são só as mãos, querida! — Sussurro beijando sua pele com uma
fina camada de suor e ela se vira, capturando minha boca em um beijo
sensual, um beijo que inspira a sexo gostoso.
Sinto suas mãos esfregarem contra a calça jeans e me permito fechar os
olhos, soltando um gemido grave por sentir que serei aliviado por uma
mulher deliciosa. Apoio minhas mãos na parede aproveitando o toque das
suas em meu pau, e mesmo por cima do tecido, é bom pra caralho.
Mas antes que ela pudesse abrir minha calça e me dar algum alívio, a porta
do banheiro se abre e duas mulheres entram rindo, ainda sem perceber nossa
presença. Brooke ajeita seu vestido em um rompante e então os olhos
questionadores das duas intrometidas se pousaram em nós dois.
— Esse é o banheiro feminino, saia! — Disse uma baixinha, com as mãos
formadas em punhos.
Ergui as duas mãos em sinal de rendição e desviei o olhar para a magnifica
loira que sorriu com as bochechas ainda mais vermelhas e me deu um beijo
rápido nos lábios, como se estivesse se despedindo.
— Vamos pra um hotel? — Perguntei olhando em seus olhos e para a
minha surpresa a vi hesitar, mas logo acenou positivamente.
— Agora me espera lá fora, preciso me limpar. — Disse com ar de
inocência enquanto a baixinha jogava indiretas sobre eu sair do banheiro a
base dos chutes, como se ela conseguisse alcançar a minha bunda.
Saio dali excitado em níveis catastróficos e fico encostado na parede,
esperando aquele espetáculo de mulher sair pela porta. Antes que eu deixe
minha mente vagar no que poderei fazer com aquele corpo, meu celular
começa a vibrar contra o bolso da calça e suspiro pegando e atendendo.
— Oi Gabe. — Esfrego a mão no rosto.
— Cara, sua sobrinha vai nascer AGORA. — Gritou eufórico.
Gabriel é meu irmão mais velho, dois anos para ser mais exato, se casou a
pouco mais de dois anos e agora estão esperando minha linda sobrinha, Mel.
Pena que tinha que ser nesta exata hora, infelizmente perderei uma foda épica
com a gostosa Brooke.
— Estou indo cara. — Desencosto do balcão indo em direção ao garçom,
pedindo-o que avise à mesa das garotas que precisava ir embora, mas que
está tudo pago e escrevo em um guardanapo um pequeno bilhete para
entregarem à Brooke.
Me jogo no sofá ao lado de Sallen para assistirmos Netflix e sorrio para ela
ao pegar da sua preciosa e proibida pipoca.
— Ei! — Franze a testa escondendo o balde. — Faça para você, essa aqui é
minha!
Reviro os olhos ao me inclinar sobre ela e encher a mão da pipoca,
ignorando seus protestos.
— Deixa de ser egoísta, é só um pouco de pipoca. — Me concentro na tela
da TV esperando que Sal escolha um filme ou série para que assistamos. —
Aliás, você acredita que o meu chefe estava comendo a Ivy hoje? Na verdade,
ela que estava o chupando.
Sal vira para mim com os olhos arregalados e um sorriso no rosto como se
me pedisse para contar mais.
— Entrei dentro da sala achando que alguém a estava usando para seu
motel particular, nem imagina minha cara quando me deparei com a cena. —
Jogo a última pipoca em minha mão dentro da boca.
— Não acredito que você flagrou o gostosão no maior boquete com a
Putivy. — Ri. — E o que aconteceu?
Reviro os olhos me lembrando do restante do dia infernal. Aquele homem
fez questão de me chamar de minuto em minuto apenas para ter o prazer de
me mandar fazer alguma coisa e depois quando eu entregasse, dizia que o
trabalho havia feito com má vontade. Deus sabe quanto me segurei para não
arrancar aquela língua dele fora, pelo menos assim eu evitaria ouvir sua voz
por um certo tempo.
— Ele ficou me olhando enquanto deixava a mulher continuar os
trabalhos. — Levanto indo em direção a cozinha. — Depois ainda me
convidou a participar, você acredita?
Minha amiga solta uma risada alta e desliga a TV, mantendo sua atenção
em mim, como se eu fosse uma atriz contracenando em seu filme favorito.
— Isso está melhor que filme pornô. — Disse comendo pipoca.
— Melhor nada, não me juntei a Ivy. — Bebo um gole gigante de água. —
E depois provavelmente o enfrentei e ele não gostou, então ficou dando
ordens só para reclamar delas quando entregasse o que foi pedido.
O que eu achei que seria uma boa, começar a trabalhar de secretária para
um dos donos da empresa, ter contato direto com pessoas importantes e
começar a moldar o meu futuro está começando a cair por terra.
— Aliás, o Will da contabilidade perguntou se tem alguma chance com
você.
Me jogo no sofá com meu celular na mão e respiro fundo. Sal, sabe muito
bem porque não quero me envolver em um relacionamento por enquanto,
ainda estou magoada e sem confiança, afinal se o cara que iria casar comigo
me traiu junto com minha irmã, quem não faria isso?
— Você sabe que Will procura uma mulher para namorar de imediato, Sal.
— Vejo o monte de notificações na tela do meu celular. — Ele é um cara
romântico e não vou ficar com ele sabendo que deseja mais do que sexo.
— Credo Brooke. — Revira os olhos. — Você sabe que não consegue ficar
sem se apaixonar também, então seria uma boa ideia namorar Will, ele é um
cara legal.
Ignoro seu comentário e rolo a barra de notificações, vendo diversas da
traíra.
“Quanto tempo mais vai ficar com raiva?”
“Por favor Brooke, você sabe que me arrependo.”
“Foi um erro, me perdoe.”
“Ligue para conversar comigo, ou me diga onde está morando no Canadá
que vou te encontrar.”
“Brooke, Bil veio visitar nossos pais. Ele está com saudade de você”
E as mensagens continuam, uma pior que a outra. Elle acha que me engana
com seu pedido de desculpa. Eu não duvido nada que ela ainda esteja
transando com o filho da puta que um dia cheguei a amar, mas minha irmã
sempre foi assim, sempre teve desejo pelo que eu conquistava, desde pequena
quando ganhávamos uma boneca, não importa se eram iguais, Elle queria a
minha. Sei que não faz sentido, nem eu entendo direito o que se passa em sua
mente, talvez tudo seja um desafio para ela, um jogo onde uma de nós tem
que se sair melhor que a outra.
Um jogo onde só ela joga!
Não preciso de uma pessoa desse tipo por perto, em meu ciclo de
convivência. Somos irmãs? Sim, mas apenas o sangue nos liga e nem mesmo
ele consegue me fazer perdoar o que ela e Billy fizeram.
Quero que os dois transem até explodirem.
— Sua irmã? — A voz de Sal me tira do transe assassino e aceno para ela
em confirmação. — Sua cara fica mortífera quando recebe mensagens dela.
— Ela deveria me deixar em paz e transar com o brinquedo que ela
conseguiu roubar de mim, mais uma vez. — Suspiro impaciente. — Deve
estar querendo saber se conquistei mais alguma coisa para vir tentar roubar
para ela, já que não tem capacidade de almejar suas próprias coisas.
Levanto irritada pelas lembranças e sensações que elas me causam e vou
até a porta, vestindo o sobretudo que havia deixado ali quando cheguei em
casa do trabalho. Preciso andar e tentar exalar essa raiva ou tenho dó do meu
humor amanhã para lidar com aquele chefe sem educação e mais umas
quinhentas funcionárias que irão procurá-lo por sexo depois da enorme
propaganda que Ivy fez sobre seu pau sensacional tamanho GG.
— Onde você vai? Lá fora está congelando. — Se levanta preocupada.
— Vou dar uma volta, ou não conseguirei dormir hoje e você sabe como
fico o cão quando não durmo direito. — Sorrio apenas para tranquiliza-la. —
E o clima congelante está presente o tempo todo aqui, querida.
Dou um beijo em sua bochecha antes de sair do apartamento rumo às ruas
frias e desprovidas de pessoas.
Capítulo 3
Jonathan B. Gilbert.
— Brooke, porra! — Grito vendo-a correr com aqueles enormes saltos que
com certeza eu não consigo imaginar como é difícil se equilibrar ali, quem
dirá correr.
Mas que diabos acabou de acontecer aqui? A mulher deu dois tapas no
rosto de um cliente que está prestes a fazer uma compra milionária com a
Bert B e sinceramente, se ela não tiver uma ótima desculpa para o que
aconteceu, amanhã precisarei contratar outra pessoa para substituí-la.
Os cabelos loiros e um pouco úmidos balançando de um lado para o outro
enquanto ela sai em disparada da pista particular para a portaria, trombando
em uma placa de propaganda no caminho, mas nem mesmo isso a fez parar.
A observei até seu corpo sair do meu campo de visão e só então ouvi a voz de
Billy nas minhas costas.
— Mulheres são temperamentais. — Diz com um sorriso sarcástico.
Encaro o homem que deu um passo para ficar ao meu lado e consigo ver
nitidamente os dedos da mulher maluca em seu rosto.
— Senhor Nixon, me desculpe por isso. — Passo a mão nervosamente no
cabelo. — Não sei o que deu nela.
Encaro o lugar onde ela passou tentando entender o que realmente
aconteceu aqui, é certo que estava realmente abalada quando saiu tropeçando
do carro, além de ter me dado uma portada que quase pegou no nariz. Brooke
chegou até mesmo a vomitar, ela não reagiria assim só porque de última hora
Billy Nixon pediu para que eu o deixasse dirigir, reagiria? Seria exagerado
demais e por mais que eu não a conheça a muito tempo, tenho certeza que
não faria esse show, colocando a venda milionária da empresa em risco.
Encaro o homem ao meu lado que mantem seus olhos pelo lugar que Brooke
passou.
O que aconteceu? Com certeza eles se conhecem, mas de onde? E porque a
reação dela foi tão extrema?
— Não se desculpe, Brooke é temperamental. — Diz ainda olhando para a
portaria e depois vira abruptamente para me encarar. — Erámos noivos e pelo
visto ela ainda não superou nossa separação, me desculpe senhor Gilbert não
queria causar confusão ao pedir que trouxesse sua secretária, não fazia ideia
que era ela.
Aceno achando, por algum motivo, que aquela explicação não era
exatamente tudo, esse cara estava escondendo algo e eu iria descobrir. Não
quero acreditar que Brooke ficaria tão fora de si apenas por não ter superado
o fim do relacionamento.
— Espero que ainda queira o carro. — Dou um sorriso ensaiado para o
homem que retribui animado se virando completamente para ver o carro,
quase uma réplica do Batmóvel.
— Claro que quero, o restante do dinheiro será depositado na tarde de hoje
e amanhã passo para buscá-lo na Bert B. — Diz animado, olhando o carro
com os olhos brilhantes.
O restante do dia minha cabeça permaneceu na reação da Brooke e nos
possíveis cenários e motivos que ela poderia ter para que isso acontecesse.
Não queria pensar que ela realmente tenha se comportado desta maneira
apenas porque não aceita o término, se esse for o caso serei obrigado a
encaminhá-la para um psiquiatra. Passei a reunião com meus pais no piloto
automático, era para ela estar aqui comigo, anotando e dando ideias que só
sua mente brilhante tem, acabou que meus pais perceberam que não estava
em condição de conversar sobre nada no momento e me enxotaram da sala de
reunião me mandando ir diretamente para casa, mas fiz um caminho diferente
e acabei em frente ao prédio da loira que têm me contagiado com sua
maluquice.
Saio do carro fechando o botão do paletó que soltei ao me sentar e
caminho até a portaria de seu prédio, pedindo o guarda ali para avisá-la que
quero conversar.
— Senhorita Nielsen, tem um senhor aqui querendo subir. — Escuto-o
falando. — Como é seu nome? — Ele me encara.
— Jonathan Gilbert.
Sem precisar falar meu nome para Brooke que provavelmente me escutou,
o homem abre a porta e caminho rapidamente até o decadente elevador do
prédio. Como os moradores confiam nessa coisa caindo aos pedaços e
rangendo a cada movimento eu não consigo entender, mas já que eles usam
todos os dias e ainda não caiu é porque deve ser seguro.
Ou não.
Assim que abre as portas metálicas já estou andando rapidamente pelo
corredor até estar de frente com sua porta que é de longe a mais bem cuidada
do prédio, provavelmente porque ela e sua amiga fizeram questão de arrumá-
la
A porta se abre segundos depois que toco a campainha ao lado, o que me
faz pensar que Brooke só estava me esperando tocar para abrir,
provavelmente nervosa com o assunto que vamos tratar.
Só espero não levar dois tapas na cara também.
Entro no apartamento com as mãos no bolso e meus olhos vão diretamente
para o bilhete, que deixei no guardanapo para ela no dia que quase transamos,
pendurado em um quadro onde há mais alguns papeis com bilhetes ali, me
parecem recados dela para sua amiga e vice-versa.
Sento no sofá cinza claro sem esperar que ela convide e fico em uma
posição mais confortável o possível para que me explique qual a merda do
problema e o porquê diabos agiu daquela forma com um cliente, que descobri
ser o ex-noivo dela.
Deixo meus olhos por um segundo passar por suas pernas nuas e o traidor
entre minhas, se manifesta como se eu tivesse perguntado: alguém aí quer
comê-la? Umedeço meus lábios com a língua e limpo a garganta para
começar a falar.
— Você vai me explicar que merda aconteceu? Ou ficaremos brincando de
estátuas aqui? — Observo seu rosto ficar vermelho, enquanto as mãos
formam punhos. — Vamos Brooke! Começa a falar antes que eu saia daqui
entregando sua bunda para o RH!
Agora sim eu a deixei puta, os olhos verdes me encaram com as chamas
dançando, assim como seu rosto inteiro se fecha, instintivamente coloco as
mãos em minhas bolas para protegê-las, mas ao invés de se aproximar, a
mulher raivosa à minha frente fica parada, cruza os braços, os descruza
novamente e então explode.
— Sabe que merda aconteceu seu idiota metido a rico? Aquele seu cliente
de contrato milionário é meu ex-noivo. — Agita as mãos nervosa e o rosto
fica ainda mais corado. — E sabe como terminamos? Peguei aquele pau torto
e pequeno se enfiando na boceta da minha irmã, MINHA IRMÃ! — Grita
com as lágrimas escorrendo pelas bochechas e começa a andar de um lado
para o outro. — E não foi a porra da primeira vez, soube que o desgraçado
comeu metade de Nova York enquanto a idiota aqui estava planejando o
casamento dos sonhos, enquanto EU ESTAVA SUSPIRANDO POR ELE.
Continuo calado, observando-a colocar toda a raiva e frustração para fora,
mas minha vontade era de ir atrás de Billy e dar um murro nele, porque como
alguém em sã consciência pode fazer uma mulher sofrer assim? Pedir para
que ela se comprometa para sempre com ele, sendo que nas horas vagas
ficava comendo todas por aí? E ainda teve a cara de pau de me falar que o
surto era porque ela não tinha superado o término, saindo por cima de toda
história.
— Então seu filho da mãe idiota, pode entregar minha bunda para a porra
do RH, aproveita e enfia toda aquela empresa na sua pra ver se desce desse
pedestal que subiu. — Aponta o dedo brava pra caralho.
Mas olha o que você foi falar Jon, seu burro!
Levanto rapidamente puxando-a para os meus braços quando ela marcha
para a porta e seus punhos imediatamente batem em meu peito repetidas
vezes enquanto ela chora e me xinga ao mesmo tempo, mas não a solto, pelo
contrário, aperto ainda mais seu corpo no meu.
— Se acalma tigresa. — Sussurro em seu ouvido.
— Tigresa é sua mãe, seu filho de uma ... — Ela não continua e tenta se
afastar novamente.
Deveria ter provocado sua ira ao entrar aqui? Claro que não, mas dessa vez
eu estava realmente puto com ela pelo que fez com o cliente e agora, depois
do que ela me disse desejei saber de tudo isso na hora, porque com certeza
teria o maior prazer em ajudá-la a bater nele.
— Você sabe que eu não sabia, não é? — Pergunto ainda segurando-a forte
em meus braços. — Eu não te colocaria naquele carro sozinha se soubesse
tudo que aquele homem causa em você, Brooke.
Ouvindo o que digo, Brooke para de se debater e me escuta, ainda
chorando, mas pelo menos está se acalmando aos poucos.
— Me desculpa pelo modo que falei, estava puto sem entender nada do
que aconteceu. — Afasto meu rosto um pouco para olhar em seus olhos e os
vejo vermelhos pelas lágrimas. — Não quero dar sua bunda para o RH e
definitivamente não quero enfiar a empresa na minha, mas talvez eu pudesse
enfiar algo na sua. — Provoco.
Meu coração acelera e se aquece ao ver seu sorriso em meio as lágrimas,
passo o polegar em seu lábio inchado e meus olhos acompanham, desejando
tomar aquela boca deliciosa novamente.
Desde o dia que nos beijamos depois do restaurante eu vivo uma guerra
interna em querer vê-la com raiva e depois devorar essa boca esperta e
gostosa.
Que se foda.
Entrelaço os dedos de uma mão em seu cabelo e trago sua boca para a
minha, tomando-a com força e desespero de um cara que quer fazer isso há
semanas, sinto seu sabor intoxicante adentrar em mim e aquilo acordou um
Jonathan completamente animalesco. Viro e choco-a contra a parede ao lado
da porta enquanto esmago sua boca na minha.
— Jon... — Geme entre meus lábios enquanto suas mãos alisam meu
corpo.
Não quero me aproveitar da vulnerabilidade dela, mas porra essa boca está
deliciosa demais para que eu não aproveite ao máximo o beijo, então apenas
reivindico sua língua, sentindo-a brincar com a minha, subo suas pernas para
termos um contato maior e sinto o calor de sua boceta pelo short fino que está
vestindo.
— Merda! — Coloco-a no chão e me afasto um pouco, ainda com os olhos
nublados a encaro com uma expressão confusa no rosto. — Não vou me
aproveitar do seu momento de vulnerabilidade para fazer isso, Brooke.
Me aproximo para tranquiliza-la e não deixar dúvidas do quanto a quero,
seguro sua mão colocando-a sobre minha virilha, para que sinta o quão
excitado estou e assim que sente o volume solta um gemido que me fez
querer ser um filho da puta e mandar um foda-se para a minha consciência.
— Quero te foder desde o dia do bar Brooke, mas não hoje, você está
abalada e não vou me aproveitar desse momento para entrar nessa bocetinha
deliciosa. — Provoco e passo a língua em seus lábios. — Já sei que o gosto
da sua boca é viciante, mas me pergunto qual será seu sabor entre as pernas?
— Mordo seu queixo devagar. — Amanhã quando estiver com a cabeça no
lugar e realmente quiser isso, me procura.
Seus olhos se mantêm presos aos meus e a beijo novamente, envolvendo
sua língua com a minha e me controlando para manter o bom senso de ir para
a casa bater uma e rezar para amanhã ela me procurar e satisfazer esse desejo.
— Não preciso pensar, voc... — Tenta falar quando começo a beijar seu
pescoço, mas interrompo com minha boca novamente.
— Precisa sim, tigresa. — Sorrio contra seus lábios. — E eu vou embora
porque não conseguirei me conter se ficar mais tempo por perto. —
Aprofundo o beijo mais uma vez para beber tudo desta mulher e me afasto
relutantemente. — Vejo sua bunda gostosa no meu escritório amanhã, sem
atrasos senhorita Nielsen.
Abro a porta saindo de lá antes que meu pau comece comandar minhas
ações e vislumbro seu sorriso sedutor antes de entrar no elevador e as portas
fecharem.
Porra.
Capítulo 8
Brooke F. Nielsen
Jonathan.
Jonathan.
Jonathan.
É só nisso que minha mente conseguiu pensar desde o momento que o vi
em meu humilde apartamento e para piorar o desgraçado me deixou
completamente excitada, dizendo que não iria se aproveitar do meu momento
vulnerável. Sei muito bem que o que ele fez foi o certo, foi cavalheiro, mas
eu não precisava pensar para ter certeza do que queria, queria gritar para se
danar, ele e seu bom senso.
Suspiro deixando o café em cima da minha mesa antes de sentar na cadeira
em frente ao meu computador que está iniciando suas atividades
preguiçosamente, diferente de mim que estou a mil por hora.
Ouço uma leve batida na porta da minha sala e a encaro quando Ivy
Lancaster entrar com sua postura impecável, os saltos caríssimos batendo no
chão em mármore e o olhar superior, como se fosse mais do que apenas um
ser humano. Preciso confessar que apesar de não concordar com sua atitude
de dormir com todos os homens da empresa para garantir seu lugar
privilegiado de diretora, ela não é uma vilã que vemos em filmes ou livros
românticos, quer dizer, a mulher é esnobe e não dá ideia para pessoas abaixo
de sua função, mas nunca a vi destratar uma pessoa apenas por diversão ou
para mostrar o quanto é superior.
— O senhor Gilbert está? — Me olha com desdém.
Ela não destrata, mas também não dá abertura para pessoas como eu, uma
simples secretária.
— Não senhorita Lancaster, ele ainda não chegou. — Sorrio.
Antes que ela possa apenas virar as costas e sair da mesma maneira que
entrou, a porta se abre mostrando um Jonathan impecavelmente lindo. Como
esse homem consegue fazer meu cérebro virar pó em questão de segundos?
Provavelmente eu e Ivy temos a mesma expressão no rosto, que diz: “vou
pular em você.”
Rio internamente e me obrigo a desviar o olhar daquele homem, tentando
fingir que ele não me afeta, se está dando certo eu não sei, mas eu juro que
estou tentando.
Jonathan entra iluminando a sala, assim como o rosto da mulher que até
segundos atrás estava com uma carranca, os olhos escuros como a noite se
fixam nos meus por alguns segundos antes de desviar para Ivy, que agora
parece uma garotinha em frente ao seu maior e melhor presente de Natal.
— Preciso falar com você sobre a reunião hoje, senhor Gilbert. — A
morena diz com uma postura impecável e um sorriso galanteador no rosto.
Claro que ela quer falar com ele sobre a reunião, o e-mail que Jonathan
enviou para a equipe foi bem claro, ele queria todos os diretores em uma sala
para apresentar os relatórios que pediu hoje antes do horário de almoço.
— O que temos a tratar sobre isso será na reunião senhorita. — Desvia do
corpo de Ivy e atravessa a minha sala com um sorriso malicioso no rosto
quando olha em minha direção.
Antes que eu possa levantar e dar continuidade ao que começamos ontem,
a diretora de Marketing o acompanha até sua sala e entra fechando a porta
atrás de si como se fosse dona da empresa ou sei lá, esposa do Jonathan.
Fecho os olhos tentando relaxar na cadeira, o que não adianta muito, meu
corpo está tenso com essa atitude e na minha mente só consigo ver a cena que
presenciei no primeiro dia como secretária dele, mas ao contrário daquele dia,
uma raiva imensa sobe pelo meu corpo, me deixando bufando.
Se controla Brooke, Jonathan não é nada seu!
Minha mente é inundada de imagens do que eles podem estar começando a
fazer lá dentro, será que ela irá chupá-lo novamente? Beijá-lo? Transar com
ele? Sem nem ao menos perceber, me levanto com força, fazendo a cadeira
de rodinhas bater na parede em um baque alto e marcho como um soldado
pronto para a guerra até a porta do meu chefe.
Abro a porta sem me preocupar em bater e vejo Ivy sentada na cadeira em
frente à mesa de Jonathan, o homem em questão está sentado na sua olhando
um papel que possivelmente a diretora de Marketing entregou, os olhos dos
dois miram em mim, os de Ivy com curiosidade e os de Jonathan com
diversão.
Argh, odeio ele!
Respiro fundo tentando acalmar meus nervos e encontrar o funcionamento
para as minhas cordas vocais, assim como os do meu cérebro para achar uma
saída para esse papelão que estou fazendo de estatua encarando os dois com
um olhar assassino.
— O senhor Doublin ligou para agendar a sua visita. — Tento controlar a
rouquidão na minha voz, o que é quase impossível dado o meu alto nível de
constrangimento. — Quando devo marcar?
Com uma coragem renovada, levanto meus olhos até encarar aquelas
esferas negras brilhando em diversão e excitação por perceber que minha
intenção ao entrar daquele jeito em sua sala nada tinha a ver com a visita que
ele tinha que fazer ao seu possível sócio, já que Jonathan estava querendo
comprar uma parte de um resort luxuoso, nada mais, nada menos que nas
Maldivas. Sua sobrancelha negra e encorpada se estica em um sinal claro de
sua diversão e sua língua aparece para umedecer os lábios, chamando minha
atenção para eles.
— Vamos conversar sobre isso mais tarde. — Diz com um toque de
sarcasmo em sua voz.
Idiota.
Aceno virando as costas quando seus olhos terminam a inspeção em meu
corpo e se fixam no papel em sua frente e Ivy volta sua atenção para o
homem terrivelmente irritante. Saio de sua sala fechando a porta com cuidado
e solto o ar com força, sentindo minhas bochechas queimarem.
O que você está fazendo Brooke?
Saio da minha sala indo à passos largos pelo corredor luxuoso da empresa
e entro no banheiro mais próximo, afim de lavar meu rosto e me refrescar um
pouco.
Eu não deveria ter entrado em sua sala daquele jeito, não tinha o direito de
fazer isso, mas porra, quando vi Ivy entrando e fechando a porta com um
sorriso malicioso como se ela fosse se satisfazer, uma ira que nunca havia
sentido antes por alguém correu minhas veias e imediatamente entrei em
curto.
Enxugo meu rosto sentindo-o esfriar um pouco com a ajuda da água e
respiro fundo, me preparando para voltar à minha mesa e começar a fazer o
que deveria estar fazendo, trabalhando.
Minutos depois estou exatamente concentrada com um arquivo em minha
frente, Jonathan me pediu para analisar alguns documentos por e-mail
enquanto continuava com sua conversa com Ivy, mas agora com uma
diferença, um de seus funcionários estava lá dentro com ela, conversando
sobre a reunião que iriam participar em algumas horas.
Posso até imaginar do que se trata os assuntos, com certeza ela deve estar
pedindo para que seu funcionário eficiente apresente as questões de
marketing para ela, mas isso não me surpreende já que provavelmente foi ele
quem preparou tudo para a reunião.
O telefone em cima da minha mesa começa a tocar e o atendo
imediatamente.
— Almoçamos juntas? — A voz de Sal soou em meu ouvido e sorri
aliviada por não ser alguém avisando que Billy estaria subindo para ver
Jonathan e os dois irem almoçar e depois pegar o carro.
— Claro. — Sorrio desligando o telefone e levando minha atenção para a
porta do escritório de Jon que se abre em uma Ivy com a cara vermelha de
raiva e seu funcionário com um sorrisinho vitorioso. Tenho a leve impressão
que ele só está demonstrando felicidade porque está atrás de sua chefe e
consequentemente não pode ver sua expressão.
Os dois passam por minha sala e fecham a porta assim que saem dela, mas
meus olhos não estão mais ali e sim no homem com o terno impecável,
encostado no batente da porta me olhando com um tom de malicia em seus
olhos escuros. Reviro os meus voltando minha atenção para o telefone que
voltou a tocar e atendo sem querer encarar os olhos hipnotizantes do meu
chefe que se aproximou perigosamente de mim.
— O senhor Nixon está aguardando para subir. — A voz de uma das
meninas da recepção avisa me deixando desconfortável e alerta, o que
Jonathan percebe ao me olhar com preocupação substituindo o desejo em sua
feição.
Encaro-o engolindo em seco e respiro fundo para controlar meu nível de
estresse, o que ultimamente anda alarmante.
— O senhor Nixon está esperando. — Sussurro para ele que entende
imediatamente meu desespero e pega o telefone da minha mão para responder
em meu lugar.
— Diga para esperar que estou resolvendo um assunto importante. —
Desliga antes de dar tempo para a mulher responder e sua boca cobre a minha
possessivamente, reivindicando minha língua, assim como minha atenção.
O que dá certo, porque não existe mais nada além da sua boca tomando a
minha, sua língua saboreando cada espaço da minha assim como seus dedos
subindo por minhas coxas, deixando-me ainda mais sensível ao seu toque.
— Jon. — Suspiro entre seus lábios e o sinto sorrir.
— Achei adorável o começo do show que você deu em minha sala, tigresa!
— Sussurra rouco antes de mordiscar meu pescoço e deixar suas mãos
aventurarem sob minha saia, até chegar em minha calcinha completamente
molhada. — Hum, molhadinha. — Seus dedos ajeitaram minha calcinha
colocando-a para o lado e abrindo os lábios lambuzando-os completamente
com minha excitação.
Sua boca volta para a minha em um beijo calmo e sensual, mas seus dedos
continuam explorando minha carne, passando em cima do meu clítoris
sensível apenas para me provocar e então descer e me penetrar.
— Oh ... — Abro as pernas o máximo que consigo com a saia limitando
meus movimentos e aprofundo nosso beijo, mas Jonathan afasta a boca com
um semblante sedutor.
Depois de puxar meu lábio inferior com os dentes, ele tira os dedos da
minha boceta e coloca em minha boca, que eu chupo sentindo meu próprio
sabor, o tempo todo mantendo minha atenção e meu olhar faminto no homem
à minha frente e então ele toma minha boca, provando minha excitação
através de meus lábios.
Que homem é esse?
— Você quer gozar agora Brooke? — Perguntou com a voz rouca e
arrastada enquanto separava nossos lábios. Em seguida lambeu os seus para
não deixar nenhum resquício do meu sabor longe de sua língua. — Ou quer
que eu te deixe assim, necessitada e mais tarde eu cuido de você no pacote
completo?
Meus olhos se arrastam preguiçosamente para o volume entre suas pernas e
seu contorno me faz salivar.
— Se eu quiser gozar agora, terei o pacote completo mais tarde também?
— Encaro seus olhos mordendo meu lábio inferior que logo escapa dos meus
dentes quando sua boca toma a minha mais uma vez de forma abrupta e
deliciosa.
Sem me dar chance seus dedos voltam a ficar entre minhas pernas
encontrando meu clítoris completamente pulsante e ele se dedica ali, me
fazendo gemer entre seus lábios, mas o homem em questão engole cada um
dos sons que minha boca está disposta a soltar.
Meu ventre se aquece com um orgasmo a caminho, mas não me surpreendi
pela velocidade em que ele se formou em meu corpo. Jonathan consegue tirar
as melhores e as piores sensações de mim e isso me assusta, mas também me
traz um sentimento de euforia e felicidade.
Sinto seus dedos circularem mais rápido enquanto mexo meu quadril,
incapaz de ficar parada enquanto meu corpo todo treme e tensiona a medida
que me sinto mais quente e perdida, sua boca habilidosa continua explorando
a minha com vigor e minha vontade de gritar somente é acalmada por ela,
porque esse beijo está bom demais para que eu separe nossos lábios para
tentar expressar com palavras o que estou sentindo e então uma explosão faz
meu corpo inteiro contrair e soltar.
Jonathan separa nossas bocas e fica me olhando como um predador,
gravando minhas reações ao atingir um orgasmo avassalador que me deixou
mole como gelatina, além de ofegante e completamente sem energia.
Como ele conseguia fazer isso apenas com os dedos e beijos eu não sei,
mas estou ansiosa para sentir o pacote completo, como ele disse.
— Você é deliciosa por natureza, mas quando goza fica fascinante. —
Seus olhos continuam incendiando minha pele por onde passam e enfim ele
me beija novamente, tirando os dedos melado do meu sexo e separando
nossas bocas para poder lamber. — E seu gosto? Ah ... seu gosto é divino
tigresa. — Sorri e me beija novamente me tirando todo o ar e o resquício de
energia que me sobrou.
Mas antes que ele se afaste e vá receber o maior filho da puta de todos os
tempos, eu simplesmente seguro o cós da sua calça impedindo-o de sair,
quero e vou dar algum alivio a ele.
— Me recuso a deixá-lo sair mais uma vez sem que eu tenha dado algum
alivio. — Sorrio e o sinto, e abrindo o zíper por fim liberando seu membro
glorioso da cueca.
E assim como o dono, o pênis à minha frente é grande, grosso, com
algumas veias saltadas deixando-o ainda mais apetitivo. A cabeça rosada e
redonda brilhando com o pré gozo me fez salivar e sem perder tempo
abocanho como se fosse um pedaço de carne deliciosa, o fazendo grunhir em
resposta.
— Que boca gulosa. — Sua voz rouca me excita e me dá ainda mais
incentivo a fazer esse homem ir ao céu, assim como acabou de me fazer
viajar de primeira classe para lá. — Chupa com força tigresa.
Sorri tirando-o da minha boca ao sugar apenas para voltá-lo para o fundo
da minha garganta, tocando-a e tirando-o novamente, os sons que Jonathan
faz estão me deixando ainda mais confiante em colocá-lo ajoelhado de tanto
prazer. Suas mãos seguram meus cabelos, ajudando nos movimentos
enquanto finco minhas unhas em suas coxas aprofundando ainda mais seu
pau em minha garganta, chupando-o com força e raspando meus dentes ao
chegar na cabeça vermelha.
— Puta merda Brooke, não vou durar muito desse jeito. — Geme fechando
os olhos e o encaro ao engolir seu membro novamente com fome.
Aperto suas bolas com uma das mãos e seu gemido de prazer me faz
tremer, continuo chupando da maneira como vi que ele gosta, sempre com os
olhos encarando-o, estou fascinada por conseguir levá-lo ao limite desse
jeito.
Não consigo ver seu corpo direito por causa das roupas, mas tenho certeza
que seu abdômen está se contraindo nesse momento, seu pau inchou em
minha boca e sua voz rouca e drogue soou pela sala em silencio.
— Linda, vou gozar. — Avisou para que se eu não quisesse em minha
boca, parasse imediatamente, mas eu queria.
Ah, como eu queria!
Chupei com mais força e devoção, afundei seu pau em minha boca quando
os jatos fortes do seu sêmen jorravam em minha garganta, seus olhos
fechados e lábios comprimidos me dizem que ele está muito, mas muito
satisfeito e assim que termina, o chupo mais uma única vez para limpá-lo por
completo, o que me rende um olhar carinhoso e satisfeito do homem em
questão.
Seus lábios tocam os meus com carinho antes de arrumar sua roupa.
— Você com certeza ganhará o pacote completo mais tarde, poderia te
colocar nessa mesa e te comer com força. — Ofeguei. — Mas preciso ir.
Seus lábios sugaram os meus em mais um beijo de adoração.
— Venha, vamos nos limpar em meu banheiro. — Estendeu sua mão
habilidosa para mim, que peguei sem hesitar.
Capítulo 9
Jonathan B. Gilbert
Olho o relógio pela milésima vez enquanto espero Ivy sair de dentro da
sala de Jonathan. Depois da reunião exaustiva que tivemos esta tarde, não
tive muito tempo para fazer alguma coisa. Já estava quase na hora de ir
embora, mas me sentei em minha cadeira porque Ivy estava pacientemente
esperando para falar com o chefe e desde então, estou aqui esperando ela sair
para podermos ir para sua casa transar e esquecer todo esse estresse.
Levanto afim de tirar a tensão do meu corpo e ando de um lado para o
outro enquanto checo as horas a cada passo, mas antes de checar mais uma
vez como uma psicótica, uma cabeça com cabelos pretos aparece na porta e
Ivy me encara como se estivesse surpresa em me ver ali ainda.
— Senhorita Nielsen, pensei mesmo ter ouvido barulhos de salto. — Seus
olhos me analisam pela primeira vez em tempos e então ela sorri com uma
falsa carisma. — Você pode ir embora, precisaremos de privacidade.
Quê?
Encaro-a congelada no lugar enquanto a morena sorri teatralmente
colocando mechas de cabelos atrás da orelha e então algo chama sua atenção,
ela pisca para mim antes de fechar a porta, me deixando completamente
desnorteada.
Jonathan não vai ... Arregalo meus olhos quando enfim minha mente lenta
entende o que ela estava dizendo e então pego minha bolsa com brusquidão
antes de sair da sala correndo, tentando não derramar nenhuma lágrima,
prometi a mim mesma que não choraria mais por homem.
Você também prometeu não se apegar.
Minha consciência alerta enquanto saio do prédio imponente da Bert B
tentando achar um táxi vazio para me levar embora e eu poder chorar
afogando minhas mágoas em bebida, ou apenas dormir, mas uma mão
interrompe meus passos ao segurar meu braço. Viro para despejar minha
raiva em quem quer que esteja me segurando, mas sou interrompida.
— Onde pensa que vai? — Rosna me fazendo revirar os olhos e puxar o
braço com força para longe do seu toque.
— Dessa vez foi rápido em? — Sorrio sem vontade e continuo olhando
para a rua. — Estavam tão necessitados assim?
Antes que eu possa ser um pouco mais sarcástica perguntando se Ivy usou
a mão, a boca ou a boceta, seus braços me puxam com força e não registro
nada até estar encostada na parede fria, me fazendo perceber que deixei o
sobretudo dentro da minha sala e minha raiva esquentou meu corpo porque
eu realmente não percebi estar com frio até agora, olhando os olhos negros
com toque de diversão em minha direção.
— O que? Acha que transei com a senhorita Lancaster? — Arrepio por
causa do frio, de jeito nenhum foi por causa do seu hálito quente encostando
em minha pele, em seus lábios macios perto do meu pescoço.
Solto uma risada desdenhosa enquanto espalmo minha mão em seu peito e
tento empurrá-lo.
— Eu não acho nada, senhor Gilbert. — Tento mais uma vez o empurrar,
mas o homem permanece com seu corpo me prendendo na parede. — A
senhorita Lancaster quem disse que eu estava dispensada já que você
precisaria de MUITA privacidade.
Seus dedos se fecham na base do meu cabelo, forçando-me a olhar em seus
olhos e então me permito admirar o grande e iluminado sorriso gravado em
seu rosto, com direito a covinhas e tudo. Sua boca se aproxima da minha
enquanto seu corpo pressiona ainda mais o meu.
— Você recebe ordens minhas, não da senhorita Lancaster. — Sussurra
antes de chocar sua boca na minha.
Eu queria não corresponder, queria morder seu lábio até sair sangue para
dar o recado a ele, mas quando sua língua abriu espaço em minha boca,
explorando cada parte dela eu não tive forças para afastá-lo, então
correspondi com a mesma intensidade, agarrando seus cabelos para
aprofundar ainda mais nosso beijo. Prendo minhas pernas em sua cintura,
implorando sem usar palavras para que ele me dê um pouco mais de contato e
seus lábios se esticam em um sorriso entre nosso beijo avassalador, seu corpo
se espreme ainda mais ao meu.
— Por você ter fugido, vou te comer aqui mesmo. — Ele sussurra rouco.
— O que acha de fazermos isso na rua?
Seu rosto se enfia em meu pescoço enquanto meus olhos se arregalam e
procuram por expectadores na rua, mas ela realmente está escura e o farol dos
carros não iluminam onde estamos, o que me faz realmente cogitar a ideia de
deixa-lo se afundar em mim aqui.
— Se alguém nos ver, Jon? — Sussurro entre gemidos quando ele
mordisca meu pescoço.
— Ninguém vai nos ver, linda. — Sorri levantando o rosto e juntando seus
lábios dos meus. — Agora me beija.
Capítulo 11
Jonathan B. Gilbert
Oi Gabe.
Você provavelmente está me crucificando e fazendo minha caveira para
todos os nossos amigos em comum, além de estar com raiva pela
circunstância da minha despedida. Eu sinto muito ter apenas deixado uma
carta contando a você sobre minha decisão em abdicar da minha vida ao seu
lado para seguir meu sonho, espero que um dia possa me perdoar por fazer
esta escolha.
Assinei os papeis, tanto os do divórcio como os da guarda, tenho certeza
que Melissa está sendo bem cuidada e amada por você, Jonathan e seus pais.
Espero que me perdoe.
Passo o bilhete para Don, que já estava me olhando curioso para saber o
que havia nele e então coloco meus olhos nos do meu irmão, sabendo que
aquela carta foi tudo, menos um alívio.
— Cara, você precisa sair. — Termino minha cerveja. — Superar essa
mulher, como ela deixa um bebe recém nascido em um berço sozinho, apenas
com algumas mamadeiras de leite materno dentro da geladeira? E agora vem
com um bilhete de espero que me perdoe? Deus, deveria responder com um
VAI SE FODER em letras garrafais.
Passo a mão no rosto irritado com tudo que está acontecendo com Gabriel
e ao mesmo tempo me sentindo impotente porque não tenho como tirar a dor
dele, não sei como se faz isso.
— Eu realmente não entendo, ela poderia correr atrás do sonho de ser atriz,
apoiaria aquela mulher em tudo que quisesse e foi ela quem quis engravidar,
estávamos casados há mais de um ano quando parou de tomar o
anticoncepcional sem mesmo me avisar e quando engravidou e me contou o
que fez, chorou como uma criança para que eu perdoasse sua atitude egoísta,
dizendo milhões de vezes que era seu sonho ser mãe. — Desabafa. — Como
poderia ser um sonho se em pouco tempo depois vai embora? Porra, ela me
deixou sem nem ao menos olhar na minha cara para fazer isso!
— Você deveria ter deixado ela sem dinheiro nenhum. — Don fala
despreocupado.
— Casamos com comunhão de bens, então ela tinha direito a metade de
tudo que conquistei enquanto estávamos casados, mas vamos mudar de
assunto. — Gabriel me olha. — Amanhã é a feira?
E assim a conversa vai para outro lado completamente diferente do que
estávamos antes, bebemos mais cervejas enquanto conto a eles tudo que
aconteceu desde quando assumi a direção da Bert B, sobre os funcionários e
também contei sobre Brooke, afinal considero que estamos em um
relacionamento, já que não saio com mais ninguém e ela tem dormido em
minha cama quase todas as noites, talvez eu devesse fazer um pedido.
— Vejo você mais tarde, senhor Gilbert. — O senhor Doublin diz com um
sorriso no rosto enrugado, os olhos repuxados pela idade com um brilho
dentro deles que permaneceu ali durante toda a conversa que tivemos sobre o
resort.
O homem realmente ama e tem orgulho do que criou aqui e não dá para
julgá-lo por isso, já que o resort é simplesmente magnifico e aconchegante,
mas mesmo amando e admirando tudo que criou, o amigo de longa data do
meu pai precisa descansar, dividir um pouco as responsabilidades e como
perdeu toda sua família em um acidente muitos anos atrás, não tem herdeiros
para assumir seu lugar, então decidi investir e comprar metade de tudo que
vale o resort hoje.
Uma fortuna, devo dizer, mas que o lucro do local me dará de volta em
pouco mais de dois anos.
Saio do seu escritório sentindo a mudança repentina de um ambiente frio
pelo ar condicionado e o calor dos infernos fora dele, mas mesmo assim meus
lábios não conseguem fazer outra coisa a não ser sorrir olhando a paisagem
magnifica que se desdobra diante do meu olhar.
Foi uma viagem exaustiva até aqui, gastamos mais de dezesseis horas
dentro de um avião, tudo bem que não posso reclamar muito pois estava
muito bem acompanhado desfrutando da viagem de primeira classe, mas nem
por isso deixou de ser cansativo.
E para completar, depois de chegarmos no Aeroporto internacional de
Malé ainda tivemos que ir imediatamente pegar um hidroavião para
chegarmos até o resort do senhor Doublin, mas assim que vi aqueles bangalôs
sobre as águas, um sol quente aquecendo minha pele já tão acostumada com
o frio do Canadá, fiquei com as energias quase renovadas, pelo menos foi o
que eu pensei até deitar na enorme e confortável cama, pareciam nuvens me
abraçando.
Eu e Brooke apagamos sem nem ao menos perceber e só acordei hoje pela
manhã como se um trator tivesse passado em cima de mim e mesmo assim
me obriguei a levantar e andar até o final da enorme ponte de madeira que
ligava os bangalôs aos restaurantes e academias do resort, treinei pesado até
quase perder toda a água do meu corpo e durante a longa corrida na esteira
fiquei pensando que teria sido ótimo se tivesse conseguido acordar a loira e
ficar olhando-a com uma calça apertada enquanto agachava na minha frente,
seria um incentivo muito bom correr com aquela visão.
Eu até tentei acordá-la, mas estava dormindo tão profundamente que tudo
que fazia era balbuciar coisas incoerentes então deixei um bilhete dizendo
onde estava, o que foi inútil porque quando voltei ela estava da mesma
maneira, apagada.
Pedi café no quarto e assim que chegou, obriguei Brooke a se levantar,
estava linda com os cabelos desgrenhados, os olhos ainda sem conseguir abrir
completamente e as marcas do travesseiro em sua bochecha. A fiz comer
alguma coisa e aproveitamos a manhã e um pouco da tarde no mar. Quando
deu a hora da reunião decidi vir sozinho, deixá-la aproveitar mais um pouco a
piscina do quarto e agora estou quase correndo para voltar para nossa bolha
particular, aproveitá-la enquanto estamos longe de tudo e de todos.
— Brooke? — Entro em nosso bangalô e logo a vejo com um copo de suco
na mão, dentro da piscina enquanto olha para o céu que começa a ficar uma
mistura de cores pelo pôr do sol.
— Oi, lindo. — Se vira com um sorriso contagiante e tanto as bochechas
quanto o nariz vermelho de sol a deixam espetacular. — Vem, dizem que o
pôr do sol aqui é lindo, por enquanto não me decepcionou.
Não esperei chamar duas vezes, arranquei o terno sufocante neste calor e
seus olhos sorriram antes do som da gargalhada dela chegar aos meus
ouvidos.
— Você foi para a reunião importantíssima de sunga por baixo do terno?
— Questiona erguendo uma sobrancelha e ri novamente.
Olho para baixo vendo minha sunga preta e dou de ombros, eu queria estar
pronto para assim que chegar aproveitar o máximo, até porque temos poucos
dias aqui.
— Não posso perder tempo, se eu não tivesse de sunga entraria aí com
você pelado. — Sorrio ao me aproximar e beijar seus lábios com um gosto de
suco de laranja. — Hm, gostinho de paraíso essa sua boca tem.
Abraço-a pela cintura enquanto seu rosto se aconchega em meu peito e
merda, é errado eu querer amarrá-la aqui neste bangalô e nunca mais deixar
sair? Provavelmente sim, mas eu queria viver a minha vida assim, com ela
em meus braços, seu corpo quente colado ao meu enquanto apreciamos uma
bela paisagem como esse pôr do sol maravilhoso, deixando um céu em vários
tons de laranja, roxo e rosa.
— Nossa, isso é lindo. — Sussurra maravilhada ao se virar, encostando as
costas em meu peito. — Sabe, se a câmera do celular pegasse essa beleza eu
tiraria uma foto.
Sorri, porque uma foto nunca conseguiria passar o quão lindo é tudo isso
aqui, mas não poderia deixá-la sem sua foto. Solto seu corpo dando alguns
passos para atrás e pego meu celular perto da borda da piscina, miro-o em sua
direção focando a foto e seu sorriso aparece enquanto ela faz uma pose.
Tiro uma, duas, três ... várias imagens dela enchem a galeria do meu
celular.
— Vem, quero uma com você. — Puxa meu braço agarrando o celular em
seguida, abaixo um pouco para não ficar sem cabeça na selfie e sorrio.
Brooke se vira encostando a boca na minha para tirar outra, mas acabo
sorrindo ao invés de fazer o bico clássico de fotos, o que de algum jeito
deixou a imagem ainda mais bonita, como se não esperássemos por ela. Tiro
o celular de sua mão puxando seu corpo para mim enquanto coloco o
aparelho no chão perto da piscina novamente.
— Acho que vou te fazer derreter em minhas mãos olhando este pôr do sol,
o que me diz? — Sussurro mordiscando sua orelha no processo o que faz
minha linda loira arrepiar.
— Por favor. — Geme quando deslizo meus dedos até chegar na pequena
calcinha do biquini. — Jon...
Sorrio contra seu ombro ao ver seu corpo reagir sobre o contato dos meus
dedos com seu clítoris, levo nós dois para perto dos degraus e saio da piscina
sempre com meus dedos circulando, deixando-a cada vez mais mole, mais
entregue ao prazer do momento.
— Olhe para o pôr do sol loira, assim que ele se for eu vou te foder com
força. — Sussurro apertando suas costas em meu peito enquanto aumento um
pouco a pressão em seu pontinho pedinte. Sua excitação já fazendo um belo
trabalho de lubrificá-la, deixando sua boceta preparada para mim. Giro os
dedos mais algumas vezes antes de tirar e erguê-los, colocando em sua boca.
Meu pau já completamente em alerta pulsou contra o tecido da sunga,
pedindo pelo amor de Deus, que ele fosse liberado enquanto Brooke chupa
meus dedos ensopados com seu sabor, viro seu rosto de lado encontrando sua
boca, beijando-a languidamente para beber o gosto divino que ela tem.
— Tsc tsc tsc. — Seguro seu quadril para impedi-la de se virar. — O pôr
do sol ainda não acabou, linda. — Sorrio ao ouvir seu suspiro e volto os
dedos para seu paraíso, circulando-o novamente. — E você ainda não gozou.
Suas unhas fincam em meu antebraço que está segurando seu corpo ao
meu e sua cabeça encosta em meu ombro, o corpo corado e completamente
entregue a mim começa a estremecer à medida que faço círculos mais curtos
e rápidos, os gemidos começam a ficar mais altos.
Caralho, sou capaz de gozar junto com ela.
— Jon, porra, eu vou gozar. — Geme movimentando o quadril
involuntariamente.
Isso, se perde pra mim linda, beijo seu pescoço antes de subir até sua
orelha e então percebo seus lindos olhos verdes fechados, sorrio e sussurro.
— Abre os olhos Brooke, é para gozar olhando o pôr do sol. — Sorrio ao
vê-la rosnar algo sobre não conseguir controlar seu corpo mais e assim ela
cede ao prazer, o corpo inteiro tremendo. A boceta se contraindo algumas
vezes enquanto se lubrifica ainda mais para facilitar a minha entrada. —
Você é deliciosa.
Tiro seu corpo do chão rapidamente e ando alguns passos até jogá-la em
cima da cama, ficando entre suas pernas quase imediatamente, sem dar tempo
de ela assimilar e então seu sorriso preguiçoso aparece para me presentear
com uma das mais lindas visões de Brooke ainda drogue depois de gozar.
— O céu já está praticamente escuro, linda. — Sorrio como se estivesse
prestes a devorar o mais apetitoso pedaço de carne. — O que eu disse que
faria?
Beijo seu pescoço faminto, na verdade eu devoro aquela pele sensível de
seu corpo, deixando-o ainda mais vermelho do que já estava por causa do
orgasmo. Tiro a parte de cima do seu biquini rapidamente e me dedico
aqueles dois seios deliciosos, com os bicos rosados apontados para minha
boca.
— Jon, meu Deus, isso é tão bom ... — Suas pernas se prendem em minha
cintura, deixando meu pau encostado em sua boceta e mesmo sob panos,
consigo sentir seu calor.
— Você não respondeu, Brooke. — Afasto o rosto depois de chupar seu
seio com força e encaro seus olhos nublados de desejo. — O que eu disse que
iria fazer quando o sol desaparecesse?
Esfrego minha ereção nela, esperando sua resposta.
— Me foder, com força. — Sussurra mordendo o lábio inferior e eu a
ataco.
Afasto rapidamente, não querendo perder mais tempo e tiro em tempo
recorde minha sunga e a parte do biquini que me atrapalha em ver sua carne
lubrificada. Volto a ficar entre suas pernas, esfregando-me nela sem nenhum
pano para nos atrapalhar dessa vez, sentindo meu pau deslizando facilmente
em seu centro.
Que delícia. Acho que eu a amo.
Beijo sua boca carnuda sem me espantar com o pensamento repentino que
dançou em minha mente e encaixo meu pau pulsante em sua entrada,
colocando-o para dentro devagar, até estar completamente acomodado e
apertado em seu calor.
Bom pra caralho.
Mexo meu quadril provocando suspiros tantos meus quantos da deliciosa
mulher embaixo do meu corpo. Apoio os cotovelos ao lado de sua cabeça e
aprofundo nosso beijo, deixando minha língua duelar com a sua para em
seguida explorar o território.
Seus calcanhares se cruzam em minhas costas e a partir desde momento eu
não sei mais o que significa a palavra controle, minhas estocadas começaram
a ficar tão rápidas e fortes que precisei separar nossas bocas para tanto eu,
quanto ela conseguirmos respirar, seus gemidos ficaram ainda mais altos
enquanto as unhas arranhavam minhas costas ou fincavam em minha bunda.
Porra, eu amo essa mulher! Sim caralho, eu a amo!
Fixo meus olhos naquele verde, que neste momento está mais escuro que o
normal por causa da excitação e me perco ali, admirando a beleza de Brooke
enquanto ela aguenta minhas estocadas fortes, o corpo preso debaixo do meu
e as unhas fazendo um excelente trabalho em me deixar ainda mais
animalesco.
— Porra, você é gostosa demais. — Sussurro ofegante em seu ouvido e
sinto seus dentes fincarem em meu ombro. — Brooke, goza. Eu não vou
aguentar muito mais tempo.
As mãos que antes estavam me arranhando se espalmam em minha bunda
e sobem para minhas costas, apertando seu corpo ainda mais ao meu, fazendo
com que à medida que me enterro, consigo friccionar um pouco seu clítoris.
— Por favor ... quase. — Afasto um pouco apenas para beijá-la e continuo
movimentando, tentando controlar o orgasmo que está descendo violento,
mas sinto-a contrair em volta do meu pau no mesmo momento que não
aguento mais segurar.
É a primeira vez que gozo quase no mesmo instante que uma mulher e eu
devia ter feito isso antes, é simplesmente delicioso sentir nosso pulsar junto.
Deixo o peso do meu corpo cair em cima dela que solta um resmungo
estrangulado, mas abraça minha cintura me fazendo permanecer ali. Apoio
um pouco o peso novamente nos cotovelos e capturo seus lábios com os
meus, beijando pausadamente para recuperarmos o folego.
— Não usamos camisinha, linda. — Sussurro exausto. — Estou limpo,
você toma anticoncepcional?
— Também estou limpa e sim, eu tomo! — Beija meu queixo antes de
sorrir e o barulho da sua barriga roncando de fome me tira do transe de ficar
perdido em seu olhar. — Acho que estou com fome. — Diz envergonhada e
dou risada, saindo de cima dela e puxando-a para um banho relaxante antes
de irmos ao restaurante.
Duas horas depois e mais dois orgasmos na conta do dia, nós estamos
entrando no restaurante debaixo d’água, os enormes vidros ovais dando uma
visão magnifica da cor azul-turquesa do mar, vários peixes nadando por cima,
dando um verdadeiro show sob nossas cabeças. Com uma mão na base das
costas de Brooke, eu a guio para chegarmos à nossa mesa, mas seus olhos
estão tão encantados com a linda paisagem que tudo que seu cérebro
consegue fazer é mandá-la parar de andar e apenas admirar.
— Nossa, é tão lindo! — Sussurra maravilhada, enquanto aproximamos da
mesa reservada a nós dois.
Puxo a cadeira, ajudando a se sentar e seus olhos permanecem vidrados
nos peixes passando curiosos pelos vidros, sento na cadeira do outro lado da
pequena mesa de madeira e observo seu fascínio.
— Olha aqui. — Chamo sua atenção apontando para o meu lado, onde uma
arraia nos agracia nadando próximo ao vidro.
— Ai meu Deus, tira uma foto Jonathan! — Empurra o celular em minha
mão apressadamente e me levanto com uma risada, esperando-a fazer uma
pose para eternizar esse momento.
— Oi meu amor. — A voz da minha mãe soa pelo telefone enquanto entro
na Bert B. — Você está bem?
Franzo minha testa estranhando sua ligação apenas para perguntar isso,
afinal fui jantar com ela, meu pai, Gabe e Mel ontem de noite para contar que
estou em um relacionamento e em breve apresentarei Brooke oficialmente
para eles.
— Estou bem, mãe. — Entro no elevador. — Por quê?
Aperto o botão do último andar e aguardo o elevador fazer sua lenta
subida, como se estivesse conectado com minha vontade de vir trabalhar
depois de passar alguns dias no paraíso regado a Brooke.
Sorrio.
— Nada não, meu amor, só estou aflita. — Diz nervosa. — Não sei, meu
coração está apertado, acabei de falar com seu irmão e ele me disse que
estava bem, deve ser só cansaço mesmo.
— Então vai descansar, senhora Gilbert. — Falo em tom divertido e quase
chegando em frente à sala de Brooke começo a me despedir. — Mãe, preciso
desligar vou conversar com Brooke para marcarmos de jantar aí.
— Tudo bem, eu te amo.
— Também te amo.
Desligo guardando o celular no bolso e travo com a mão na maçaneta antes
de abri-la.
— Abaixa isso, Billy. — A voz da minha linda loira está suplicante. —
Vamos conversar.
Mas que merda está acontecendo?
— Passa dias transando como uma puta com o chefe e agora quer
conversar? — A voz do Nixon chega aos meus ouvidos. — Queria subir na
empresa, vagabunda?
Ouço um baque alto e entro de supetão, vendo o rosto da mulher que amo
vermelho, coberto de lágrimas e assim que seus olhos me encaram, terror
passa por eles, se eu pudesse ler mentes neste momento estaria surdo com
seus gritos implorando para que eu saísse dessa sala, mas não vou deixá-la
nas mãos de um homem completamente descontrolado e armado.
Vou proteger você pra sempre, linda.
Queria dizer a ela, mas apenas mantive o contato visual, deixando-a saber
que não sairia dali sem ela.
— Olha só quem chegou para se juntar à festa, Brooke. — Diz apontando a
arma para ela, que me encara com dor. — Bom, se não quer ficar comigo,
não ficará com mais ninguém, ursinha.
Desespero, raiva, medo, dor, angustia, tudo isso se mistura em meu corpo e
só tenho tempo de largar tudo no chão, correr e pular. O barulho do tiro me
deixa meio perdido enquanto a voz da minha Brooke soa alto a princípio, mas
vai ficando cada vez mais distante, gritando, chorando e a escuridão me toma
ao ouvir sua voz chorosa.
— Por favor, meu amor, fica comigo. — Fungada. — Porra, eu te amo
Jonathan!
Capítulo 14
Brooke F. Nielsen
Angústia é tudo que meu corpo consegue sentir, embora o medo de perder
o homem que se infiltrou em minhas entranhas e conquistou meu coração,
seja enorme. Eu estou completamente paralisada, aterrorizada somente com a
ideia de não ouvir sua voz grossa me irritando no primeiro horário do dia, em
não sentir seus braços em minha volta, seus beijos, seu calor.
Caralho, não posso perdê-lo.
Levanto-me em um rompante quando vejo jalecos brancos andarem pelo
enorme e gelado corredor sem vida do hospital, porque é só isso que consegui
ver desde que cheguei aqui, jalecos brancos. Solto o ar com força enquanto
observo o homem alto de meia idade caminhar com segurança, mas antes que
ele passe por mim e vá falar diretamente com o pai ou a mãe de Jon, eu
simplesmente pulo em sua frente, impedindo-o de dar qualquer passo para
frente, observo seu rosto perder a cor pelo susto em um milésimo de segundo
antes de se recompor e me olhar com a testa franzida, como se falasse: “Que
susto, porra.”
Eu poderia rir do seu susto se eu não tivesse tão preocupada e irritada pela
falta de informação, há horas que eles levaram Jon para a cirurgia de retirada
da bala que disseram ter acertado seu ombro direito e nada de aparecerem
para avisar que estava tudo bem e então fiquei horas aqui sentada, rezando
para todos os santos que podia lembrar.
— Como Jonathan está, doutor? — Encaro-o com expectativa.
Seus olhos claros se abaixam um pouco, como se estivesse pegando forças
de algum lugar dentro de si para dar a notícia e então ele me encara com a
expressão de “sinto muito” balançando a cabeça em negativa.
Ok, esse gesto significa não. Não o que caralho?
— Eu sinto muito, o senhor Gilbert não resistiu à cirurgia. — As palavras
saem de sua boca como navalhas me cortando.
Sabe a sensação da alma saindo do corpo? Pois é, eu também não, mas
tenho certeza de que é como me sinto agora, como se estivesse vendo a
minha vida toda se ruir como uma mera expectadora.
Sinto duas mãos em meus ombros, segurando meu corpo quando minhas
pernas vacilam, meus joelhos fazendo um caminho veloz pelo ar até se jogar
no chão em um baque surdo para os meus ouvidos, talvez o grito que saiu dos
meus lábios me fez anular outros sons.
— Não, meu Jon não morreu! — Apoio as mãos no chão sem ter forças
para sustentar meu corpo. — Volte para aquela sala e faça o seu trabalho,
Jonathan não morreu! — Ordeno levantando meus olhos para
encarar o médico mentiroso e para o meu pânico, ele mantém sua expressão
de sinto muito grudada em seu rosto.
Não, não, não, não ...
Pulo ao sentir uma mão me chacoalhar levemente e encaro os olhos negros
da senhora Gilbert, fico congelada por um momento sem saber se foi sonho
ou realidade, analiso seu rosto um pouco inchado de chorar, mas as lágrimas
estão secas. Se Jon tivesse morto, ela estaria chorando ainda, não estaria?
— Querida, você estava tendo um pesadelo. — Alisa meu braço afim de
me confortar e continuo encarando seus olhos.
São tão parecidos com os do homem que salvou minha vida.
— Alguma notícia? — Esfrego as mãos no rosto, mas imediatamente me
arrependo pela dor latejante em meu maxilar.
Me esqueci completamente que Billy me acertou um soco, gemo um pouco
fechando os olhos para ver se alivia a dor e as mãos quentes de Emília
continuam me confortando.
— O médico passou a pouco tempo para falar que a cirurgia foi ótima e ele
está indo para o quarto. — Encaro-a novamente, com um alivio grande
tomando meu peito, fazendo meus olhos enxerem de lágrimas.
E eu simplesmente choro diante da sensação de calor voltando ao meu
corpo, me lembrando do pânico ao ver Jonathan entrar na minha sala, tudo
que eu queria naquele momento era conseguir me comunicar por telepatia e
manda-lo sair dali, mas quem eu quero enganar? Aquele homem irritante não
sairia daquela sala, ele nunca me deixaria com um homem visivelmente
transtornado, apontando uma arma para minha cabeça.
Minha mente naquele momento estava tão concentrada no homem da
minha vida parado na porta, olhando a situação com medo ao mesmo tempo
que seu cérebro tentava achar uma saída, que não escutei direito o que Billy
dizia até ouvir o tiro e então tudo aconteceu rápido demais, Jonathan pulou na
frente, se fazendo de escudo.
Foi horrível! Foram os piores segundos da minha vida, mas eu tinha que
agir rápido, não poderia ficar parada olhando o sangue manchar o terno
impecável de Jon, mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa Billy foi
colocado no chão por dois homens gigantes vestidos de preto, podia jurar que
eles se teletransportaram até aqui.
Balanço a cabeça em uma tentativa de tirar a imagem do meu lindo moreno
caído no chão da minha sala, com os olhos semicerrados, a respiração forte
em meio aos gemidos de dor que soltava antes de perder a consciência.
— Minha linda, você não quer tomar um banho? Tirar essa roupa,
descansar um pouco? — A voz da minha mãe chega aos meus ouvidos.
— Mãe? — Levanto, correndo em sua direção e como se fosse o meu
refúgio, eu a abraço forte. — Como? Vocês chegaram que horas? — Abraço
meu pai apertado.
— Você estava dormindo, não quisemos te acordar. — Ela passa as mãos
em meus braços com carinho. — Vamos passar em casa pra tomar um
banho?
Balanço a cabeça negativamente, eu quero estar aqui quando Jon abrir seus
olhos, quero segurar sua mão e dizer que estou aqui, além de me certificar
que ele escutou quando disse que o amo.
— Quando posso vê-lo? — Encaro Emília que se sentou ao lado de Gabe.
— Estão o colocando no quarto, depois disso podemos entrar dois de cada
vez. — Sua boca se repuxa para dar um sorriso tranquilizador.
Eu aceno ao me jogar novamente nas cadeiras desconfortáveis, esperando
que me deixem vê-lo.
Minutos ou horas se passaram desde que estou aqui sentada, esperando
virem avisar que podemos entrar no quarto e só agora os médicos aparecem
me deixando apreensiva por um segundo ao me lembrar do pesadelo que tive
um pouco antes, se esse médico disser que meu Jonathan está morto, eu o
farei engolir suas palavras, letra por letra.
— O senhor Gilbert ainda está dormindo, mas vocês podem entrar para vê-
lo. — O homem que deve ter por volta de cinquenta anos diz com um sorriso
simpático no rosto e sai andando apressado pelo corredor quando seu pager
começa a apitar.
— Você quer ir primeiro, querida? — Emília se aproxima com o olhar
cansado.
— Vocês não se importam? Eu posso vê-lo rapidinho, passar em casa para
tomar um banho e depois voltar para dormir aqui. — Digo ansiosa por saber
se ela permitirá que eu fique com seu filho, mas Emília sorri de forma
encantadora para mim e acena ao segurar minha mão.
— Que tal fazermos assim. — Me encara como se eu fosse uma criança.
— Enquanto todos vão lá dentro, você passa em casa com seus pais para
poder tomar um banho. — Ela dirige seu olhar para minhas costas, mais
especificamente para os meus pais. — E aí quando voltar você já fica com
ele?
Quando sinto a mão protetora do meu pai em meu ombro, eu entendo
perfeitamente o olhar que ela deu para eles, estava pedindo que a ajudasse a
me levar para casa e eu não a culpo, até porque minha roupa está coberta de
sangue do seu filho e estou completamente acabada, o maxilar roxo,
maquiagem completamente borrada e sem falar no cabelo que parece ter
criado um ninho de passarinho.
Aceno em concordância e deixo meus pais me levarem para o apartamento,
onde Sal deve estar completamente fora de si por causa de toda essa
confusão, não tiro sua razão já que não tive como avisá-la de que estava tudo
bem comigo.
A viagem dentro do carro até o apartamento foi feito com conversas do dia
a dia e agradeço muito aos meus pais por deixar o clima mais leve para mim,
mas assim que pisei no apartamento e vi a angustia da minha amiga, meu
mundo desabou novamente, abracei Sal no momento que ela se deu conta de
eu estava ali, seus braços quase me esmagando ao mesmo tempo que me dava
alívio.
Deus, como ela pode ser tão forte?
— Você quer me matar do coração? O que aconteceu? Você está bem?
Nossa, seu rosto está roxo, me diz onde esse filho da puta está que eu vou lá
apresenta-lo ao João e Maria, porra eu vou acabar com ele! — Fala
rapidamente sem me dar tempo de responder.
— Calma Sal, eu estou bem. — Sorrio para tranquilizá-la. — Preciso
tomar um banho para voltar pro hospital.
Minha mãe passa por nós dando um abraço em Sal e vai para a cozinha
dizendo que fará algo para que eu possa comer, meu pai dá um oi ao se sentar
no sofá e liga a televisão enquanto puxo minha amiga comigo para o meu
quarto.
— Me conta, o que aconteceu? Foi uma confusão lá na empresa, só
chegava informação picada para mim, uns falavam que Jonathan tinha sido
baleado, outros falavam que era você e ninguém me deixava subir para fazer
alguma coisa. — Seus olhos arregalados me fariam rir se a situação não fosse
tão trágica. — Fiquei com tanto medo.
A abraço novamente, enquanto minha amiga se debulha em lágrimas e
ficamos assim por alguns minutos até ela me soltar, limpar o rosto e fixar seu
olhar em mim depois de soltar um longo suspiro.
— Vamos, me conta. — Pede.
— Cheguei mais cedo que Jon hoje na empresa porque tínhamos uma
reunião no primeiro horário e eu ainda precisava resolver algumas coisas
antes. — Começo a falar enquanto me direciono para o banheiro sendo
seguida de perto por Sallen. — Resolvi tudo, imprimi todos os papéis que
precisava e decorei os nomes dos clientes porque Jonathan disse que eram
famosos e não gostavam de não serem reconhecidos pelos filmes que
fizeram.
Reviro os olhos antes de tirar minha roupa ensanguentada, colocando cada
peça dentro de uma sacola para jogar fora, ou queimar ou qualquer coisa que
desse um fim nesta maldita lembrança. Me enfio debaixo da água, deixando-a
lavar toda a sujeira, sangue e estresse do dia.
— Então a porta se abriu e eu achei que era o Jon, mas não, quem estava
diante de mim era um Billy completamente desarrumado, com os cabelos nas
alturas o rosto vermelho, assim como os olhos. — Arrepio fechando os olhos,
estremecendo apenas com a lembrança. — Eu soube na hora que tinha
alguma coisa errada, você sabe, ele jamais ficaria daquela forma na frente de
alguém, quem dirá em uma empresa como a Bert B.
Abro os olhos vendo minha amiga com a total atenção em minhas palavras,
tanto que se ajeita no vaso de modo a ficar mais confortável.
— Então ele começou a andar de um lado para o outro, falando de forma
ameaçadora sobre onde eu estive durante a semana passada, que já estava
cansado de esperar que eu voltasse para os seus braços. — Limpo uma
lágrima teimosa. — Fiquei paralisada diante das informações que me dava,
quieta, tentando achar uma saída e entender onde ele queria chegar, mas meu
silencio parece ter provocado uma fúria crua, porque de uma hora pra outra o
vi pegar a arma, apontando-a para mim sem pestanejar. — Esfrego meu
corpo com o sabão. — Implorei para ele me deixar sair dali, disse que não
falaria com ninguém sobre aquilo, mas ao invés de me ouvir e sair, Billy
simplesmente me acertou. — Aponto para a área roxa em meu maxilar. — E
então tudo aconteceu tão rápido, John entrou, Billy falou alguma coisa sobre
eu não ser de mais ninguém e então o tiro soou, vi Jonathan pular em minha
frente e cair como um peso morto no chão.
Respiro fundo, sentindo o meu coração bater acelerado no peito, como se
estivesse revivendo todo aquele pesadelo novamente, fecho os olhos com
força e fico debaixo d’água, sentindo as gotas levarem as lágrimas para
longe.
— Eu tive tanto medo, mas por sorte os seguranças entraram alarmados
por causa do barulho e provavelmente do meu grito. — Estremeço
novamente com a lembrança. — Achei que ele ia morrer Sal, eu achei que
tinha perdido Jonathan para sempre. — Volto a lavar meu rosto e então fecho
o registro, saindo debaixo do chuveiro e me enxugando enquanto a cena de
tudo acontecendo se desenrola em minha mente. — Ver seu corpo inerte no
chão foi como se uma grande parte de mim estivesse caindo junto com ele.
— Acabou amiga, acabou. — Sal sussurra mais para ela mesma do que pra
mim e coloco uma calça jeans, blusa de frio e tênis.
— Agora vou voltar para o hospital e só sairei de lá junto com ele. —
Abraço minha amiga com força. — Vou levar o carregador, com essa
confusão toda fiquei sem bateria por isso não consegui ligar para te
tranquilizar.
Saio do carro depois de pedir Tyler, meu segurança e motorista, que espere
dentro dele e ando pelo caminho de pedra envolto de um jardim lindo para
esperar que minha pequena Emma saia da escola.
Emma faz quatro anos no fim de semana agora e Jonathan teve a brilhante
ideia de prometer que iriamos liberar a babá e buscaríamos ela e Theo todos
os dias da semana na escola, sim aquele cachorro fez isso. Não me entendam
mal, se eu pudesse os buscava todos os dias, mas estou lotada de arquivos
para analisar, reuniões e mais reuniões, além de estar organizando a festinha
da minha menina e meu marido, aquele filho da mãe, prometeu dividir
comigo os dias de buscá-los, mas hoje é quinta-feira e adivinha quem os
buscou todos os dias? É claro que fui eu.
Olho para os lados sorrindo para algumas mães e pais que me
cumprimentam e logo o portão se abre, entro com meus saltos batendo no
chão da escola, mas não é ouvido por ninguém já que as crianças estão
agitadas e loucas para irem embora.
— Oi senhora Gilbert. — A simpática professora sorri e se vira para
procurar minha pestinha. — Emma, pegue suas coisas e venha, sua mãe
chegou.
Seus olhos verdes imediatamente me fitam na porta da sala e ao invés de
fazer o que a professora pediu, minha princesa corre em minha direção, o que
fez todos os dias que estive aqui para buscá-la.
Confesso que deixa meu coração apertado não poder dar a ela essa alegria
todos os dias, mas tentarei fazer isso mais vezes.
— Mamãe. — Grita abraçando minhas pernas.
— Oi meu amor. — Abaixo com cuidado de não deixar minha calcinha
aparecer por causa da saia e seguro seu rostinho corado, dando um beijo
barulhento em sua bochecha. — Vá pegar suas coisas pra gente ir embora.
Emma assente virando como um furacão e adentrando a sala da mesma
maneira que saiu, vejo-a pegar suas coisas com pressa enquanto a professora
fala com ela sobre não poder correr.
Seguro sua mochila assim que ela aparece na porta e pego-a no colo indo
em direção ao carro ouvindo-a me contar em detalhes sobre tudo o que
aconteceu hoje.
Eu e Jon acostumamos tanto ela como Theo a nos contar sobre tudo que
acontece e digamos que Emma levou isso ao pé da letra.
— Oi tio Ty. — Cumprimenta assim que a coloco na cadeirinha.
— Oi pequena. — O motorista com cara carrancuda sorri amorosamente e
Emma volta a contar tudo que aconteceu enquanto nos dirigíamos para a
escola de Theo.
Poucos minutos depois nós chegamos em frente à escola enquanto Emma
está tagarelando sobre como foi divertido a hora da leitura, disse que fez
amizade com uma menina de outra sala quando foi ao banheiro e eu a esperei
parar de falar ao pegar um folego para abrir a porta.
— Mamãe vai buscar seu irmão, meu amor. — Faço um carinho em seu
joelho e ela sorri.
— Tudo bem mamãe, depois eu te conto de novo. — Diz animada e se vira
para Tyler tirando uma mecha de cabelo escuro da frente dos olhos. — Hãn,
onde parei? Ah, então, aí eu perguntei a ela se queria vir na minha festa...
Sorrio deixando os dois conversando e saio para buscar Theo. Ao contrário
da escola da Emma, aqui os pais esperam no grande pátio por seus filhos,
então fico ali apoiando o peso do corpo em uma das pernas, mas uma sombra
se formando ao meu lado no chão me avisa que ou alguém vai passar por
mim ou vai parar ao meu lado.
— Oi. — Um homem alto e moreno se aproxima, olha rapidamente para as
portas das salas e me encara.
— Oi. — Respondo sem encará-lo dando um leve passo para o lado, afim
de me afastar.
— Você é mãe solteira? — Pergunta ainda me encarando e o fuzilo com o
olhar, assim como sempre faço quando um engraçadinho tenta a sorte. — É
que nunca vejo você e o pai do menino virem juntos, achei que poderíamos
sair e conversar.
Quase sempre quem vem buscar meus filhos na escola é a babá e quando
eu e Jonathan decidimos fazer isso quase nunca dá para virmos juntos, então
sempre compensamos tomando, todos os dias, café da manhã com eles e a
partir das seis até as oito da noite nossa atenção é exclusiva para Emma e
Theodore, então possivelmente, quem não nos conhece pode pensar que não
somos casados ou que não damos atenção para nossos filhos.
Abro a boca para responder, mas Theo chega correndo, as bochechas
vermelhas e seus olhos verdes fixos no homem ao meu lado, sua mão segura
a minha enquanto ainda mantém os olhos fixos no homem.
— O que quer com a minha mãe? — Pergunta sem rodeios.
Deus do céu, vou matar Jonathan por ficar mandando Theo me proteger,
ele já é ciumento em relação a mim, depois que o pai deu corda ficou mais
ainda.
— Calma filho, só estou tentando ganhar o número da sua mãe. — Diz
para meu filho, mas olhando para mim.
Theo fecha a mão livre da minha em um punho sem deixar de encarar o
homem, sua postura é como se fosse mais alto, mais forte e assim que se dá
por satisfeito, aqueles olhos verdes encontram os meus e eu sorrio para
tranquilizá-lo.
— Senhor, eu sou muito bem casada. — Aperto suavemente a mãozinha
do meu filho para fazê-lo andar e ele obedece. — Você está bem?
Ele olha pra cima e a cópia do meu Jon sorri para me tranquilizar, bagunço
seus cabelos levando-o em direção ao carro e enfim entro, pedindo Tyler para
nos levar para a Bert B.
Um pouco mais de uma hora depois estamos andando em direção a sala de
Jonathan, avisei aos meninos que eles ficariam com o pai, o que foi uma festa
já que ficam felizes com qualquer um de nós dois. Ajeito minha princesa em
meu braço porque não se pode brincar com Emma e balanço a mão de Theo.
— Jonathan está, Ben? — Pergunto ao secretário do meu marido e ele sorri
para mim e os meninos.
— Sim, cheio de pastas ao redor e tudo mais. — Avisa e volta a encarar o
computador na sua frente.
Ótimo, quero mesmo que ele esteja bem cheio de coisas para fazer,
principalmente se tiver que almoçar com uma ruiva peituda que decidiu
querer um carro personificado.
Sei muito bem o que ela quer.
Coloco Emma no chão antes de abrir a porta da sua sala, fazendo Jonathan
encará-la com ódio, por provavelmente pedir a Bernardo que não o
incomodem, mas assim que me vê e ouve os gritos dos filhos sua expressão
relaxa e um sorrisão se abre.
— Quem quer ficar com o papai? — Pergunto animada e eles respondem
mais animados ainda.
— EUUUU! — Os dois gritam com as mãos pra cima enquanto escalam o
pai.
— Divirtam-se. — Saio da sala fechando a porta e correndo em direção ao
elevador para ir pra a minha.
Viro a página do livro doida para saber o que vai acontecer, mas a porta se
abre em um Jonathan com um olhar predador, como se fosse me matar
lentamente, se for de prazer eu aceito Ele fecha a porta atrás de si e deixa
seus olhos passarem em meu corpo, a língua aparece pra molhar os lábios.
Sei muito bem o que está deixando-o com esse pingo de irritação nos olhos
e não tem nada a ver com o que eu fiz de deixar nossos filhos em sua sala e
sim com o fato dos meus filhos contarem tudo para nós dois, ou seja, Theo
contou ao pai sobre o homem na porta da escola pedindo meu número.
— Talvez você queira me contar algo, senhora Gilbert? — Diz enquanto
tira a roupa.
Mordo o lábio inferior, largando completamente o livro na mesinha ao lado
da minha cama, balanço a cabeça negativamente para provocá-lo sem nunca
deixar de passar meus olhos em seu corpo, o abdômen trincado, o peito
esculpido, coxas definidas e o pau grosso, grande, glorioso e completamente
ereto.
— Não? Então não teve um homem cercando aquilo que é meu hoje mais
cedo? — Sussurrou em meu ouvido ao segurar meu cabelo. — Responde
esposa.
Arrepio quando sua boca beija meu pescoço com vontade, inclino para
deitar, mas Jon me segura firmemente, os dedos entrelaçados nos fios de
cabelo perto da minha nuca, seu rosto afasta do meu pescoço para me olhar e
tento beijá-lo, mas não consigo me mexer.
— Não, teve um homem pedindo meu telefone, mas você não deveria estar
bravo afinal aquela ruiva tem o seu e eu não fiz nada. — Falo em uma falsa
inocência e meu marido delicioso ri contra a minha boca.
— Você sabe muito bem que é trabalho, linda. — Diz mais suave ao puxar
meu lábio inferior com os seus e eu aceno.
Eu realmente sei que ela tem o número corporativo dele apenas porque é
sua cliente, eu só disse para implicar, apesar de realmente ficar incomodada
quando ela exige uma reunião somente com ele.
— Jon, você precisa para de incentivar Theo a ficar como um touro bravo
quando um homem se aproxima de mim. — Meu marido me deita na cama e
fica entre as minhas pernas, deixando seu membro posicionado em cima da
calcinha de renda que coloquei para provoca-lo. — E também quando um
garoto se aproxima da Emma.
— Não, ele faz um excelente trabalho protegendo minhas duas princesas.
— Sua boca toma a minha com fome enquanto o quadril mexe, esfregando a
ereção em mim.
Caralho, que tesão.
— Você sabe que Emma dá nó em pingo d’água, não vai adiantar fazer
Theo espantar todos os meninos. — Digo apertando sua bunda e dou risada
ao ouvi-lo rosnar. — Agora esquece isso e me fode, amor.
Não precisou falar duas vezes, em segundos ele já estava dentro de mim,
me provocando, me levando a loucura com suas mãos, sua língua e seu mais
precioso e delicioso pau e assim se seguiu pela noite, meus gemidos sendo
contidos por sua mão ou boca e nossa pele roçando uma na outra, seu pau me
preenchendo enquanto eu o apertava cada vez mais forte.
A vida é definitivamente interessante quando se tem dois filhos
maravilhosos e um marido espetacular, eu estou preparada para o futuro, com
minha família eu estou preparada para TUDO.
Fim.