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É possível estabelecer analogias entre a seleção natural, que age como mecanismo da evolução

biológica, e a seleção artificial, que criadores humanos realizam com plantas e animais. Um
exemplo de seleção artificial é o milho: a partir de uma planta com espiga muito pequena,
agricultores selecionaram sempre as melhores plantas de forma a chegar em uma planta com
espigas grandes e repletas de grãos. A seleção natural pode ter processos semelhantes e agir não
apenas sobre a estrutura, mas também sobre o funcionamento do organismo, o que inclui seu
comportamento. Muitos medos humanos são comuns (altura, animais, espaços abertos, escuridão
etc.); sua alta prevalência e presença em diversas culturas constituem pistas de que os medos têm
uma base evolutiva, ou seja, de que são fruto de seleção natural.

O que denominamos comportamento evoluiu como um conjunto de funções aprofundando o


intercâmbio entre organismo e ambiente. Em um mundo relativamente estável, o comportamento
poderia ser parte do patrimônio genético de uma espécie assim como a digestão, a respiração ou
qualquer outra função biológica. O envolvimento com o ambiente, contudo, impôs limitações. O
comportamento funcionava apropriadamente apenas sob condições relativamente similares
àquelas sob as quais fora selecionado. A reprodução sob uma ampla gama de condições tornou-
se possível com a evolução de dois processos por meio dos quais organismos individuais
adquiriam comportamentos apropriados a novos ambientes.

SKINNER, B. F.. Seleção por consequências. Rev. bras. ter. comport. cogn., São Paulo , v.
9, n. 1, p. 129-137, jun. 2007 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1517-55452007000100010&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 18 fev.
2024.

A. Crie dois exemplos de para comportamentos selecionados nos níveis ontongenético e


cultural nosso contexto social atual.

B. Elabore uma possível explicação de como o medo de altura evoluiu nos ancestrais dos
seres humanos (filogeneticamente). A fim de simplificar a resposta, aborde o medo apenas
como comportamento herdado, deixando de lado as formas como a aprendizagem pode
alterá-lo.

A democracia representativa exige, para o seu funcionamento, um conjunto de características, as


quais podem ser compreendidas como instituições. São elas: Funcionários eleitos; Eleições
livres, justas e frequentes; Sufrágio inclusivo; Direito de concorrer a cargos eletivos; Liberdade
de expressão; Fontes de informação diversificadas; Autonomia para as associações. Entre as
categorias mencionadas, destacam-se duas como pilares do regime democrático. Liberdade de
expressão: os cidadãos têm o direito de se expressar, sem o perigo de punições severas, quanto
aos assuntos políticos de uma forma geral, o que inclui a liberdade de criticar os funcionários do
governo, o governo em si, o regime, a ordem socioeconômica e a ideologia dominante. Fontes de
informação diversificadas: os cidadãos têm o direito de buscar fontes de informação, alternativas,
diversificadas e independentes. Ademais, a existência de fontes de informação alternativa deve
ser protegida por lei.
DAHL, R. A. Sobre a democracia, EDU: UnB, 2001 (adaptado).

Segundo Tourinho (1993): Skinner (1953) claramente identifica uma concepção de homem
própria da cultura ocidental e marcada por valores individualistas. Além disso, é capaz de
apontar diversas instâncias de manifestação desses valores; por exemplo, ao falar das filosofias
sobre as funções do Estado, das doutrinas religiosas e das abordagens psicoterápicas. Afirma ele:

O uso de conceitos como liberdade individual, iniciativa e responsabilidade tem sido ... bem
reforçado. Quando nós voltamos para o que a ciência tem a oferecer, entretanto, não
encontramos sustentação muito confortadora para o tradicional ponto de vista ocidental. A
hipótese de que o homem não é livre é essencial para a aplicação do método científico ao estudo
do comportamento humano (Skinner, 1953, p. 447).

Com base na concepção abordada pelos autores do comportamento, argumente sobre a


liberdade e o conceito de livre arbítrio para o Behaviorismo.

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