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GUIA DE ESTUDO

Metodologia Científica

UNIDADE 1
Metodologia Científica

UNIDADE 01

O conhecimento científico
Prezado(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) ao nosso GUIA DE ESTUDO – UNIDADE 01 –
da disciplina de Metodologia Científica da UNINASSAU. Nosso trabalho, aqui, é o de
disponibilizar para você uma série de recursos didáticos necessários para o êxito de sua
aprendizagem, complementando os conteúdos do seu livro-texto de METODOLOGIA
CIENTÍFICA. Desde já, lembramos que o seu livro, da PEARSON, deve ser a base teórica
para a nossa disciplina, sendo de fundamental importância para sua aprendizagem. Sua
leitura é obrigatória e deve anteceder os nossos estudos, ok? Isto significa que, a cada
unidade, a leitura prévia do seu livro-texto deve ser orientada pelo guia de estudo e os outros
recursos que disponibilizaremos aqui para você.

Assim, além do seu livro-texto, o seu processo de aprendizagem na disciplina de Metodologia


Científica está sendo complementado com este GUIA DE ESTUDO, da UNIDADE 1. Ele é
uma forma de auxiliar você nesta interessante e desafiadora jornada rumo ao conhecimento
científico e à sua formação acadêmica, pois estar no ensino superior é um privilégio e uma
importante oportunidade para um futuro promissor! E para trilhar este caminho, você precisará
das ferramentas que a METODOLOGIA CIENTÍFICA pode lhe disponibilizar.

Você também precisará compreender que sua escolha por um curso de nível superior exige
muita capacidade de compreensão e domínio sobre a ciência que você escolheu para se
profissionalizar. Esta ciência, em seu curso, exigirá de você uma competência intelectual que
estará, sempre, ligada ao conhecimento científico. Este tipo de conhecimento se diferencia
de outros tipos de conhecimento, como o empírico, o filosófico e o religioso, pois está no
campo da ciência, dos conceitos, das leis, das teorias e das doutrinas científicas das diversas
áreas do conhecimento humano. Embora, os outros tipos de conhecimento sejam também
importantes para os indivíduos em sua relação com a realidade e os fenômenos que a
compõem.

Bem, agora, você deve realizar a leitura completa do seu livro-texto – UNIDADE 1, para que
você possa compreender como surgiu o conhecimento científico, bem como a evolução da
ciência, as formas de raciocínio e tipos de conhecimento e o que são os conceitos, leis, teorias
e as doutrinas, complementando os assuntos com a questão da importância da metodologia
científica para a formação profissional, o processo de aprendizagem e as estratégias de
ensino e aprendizagem.

Bem, o livro-texto da PEARSON, nesta 1ª UNIDADE, é um excelente recurso que iniciará


você nos estudos sobre a ciência e o conhecimento científico propriamente dito. Esta
discussão é de extrema importância, pois sua formação profissional está diretamente
ligada à aprendizagem sobre o que é a ciência e de como você aprenderá e produzirá seus
conhecimentos, ao longo do seu curso.

Por que isto? Porque, quando estamos em um curso de nível superior, o nosso cotidiano
é fundamentalmente ESTUDAR e PRODUZIR trabalhos acadêmicos. Ou seja, estudamos
e demonstramos que nossos estudos estão nos preparando, da melhor maneira, para
nossa formação profissional! Assim, vamos começar nosso estudo pela discussão sobre a
importância da disciplina de metodologia científica em seu cotidiano acadêmico.

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Metodologia Científica

Com a devida leitura do seu livro-texto, vamos, então, começar nosso GUIA DE ESTUDO com
o tema: a importância da metodologia científica para a formação acadêmica e profissional.

1. A importância da metodologia científica para a formação


acadêmica e profissional
A disciplina METODOLOGIA CIENTÍFICA é fundamental para a sua formação acadêmica,
pois ela é a base de sua organização e da produção do seu conhecimento científicos.
As ferramentas e o conjunto de recursos didáticos disponibilizados permitirão que você
compreenda o que é e como se produz o conhecimento científico no seu cotidiano acadêmico.
A ideia é apresentar a você as condições necessárias para a produção do seu conhecimento
científico, voltado para a sua formação profissional.

De acordo com Barros e Lehfeld (2007, p. 07) a metodologia científica nos permite
desenvolver a “capacidade de observar, selecionar e organizar cientificamente os fatos da
realidade”. Ela nos prepara para o mundo da ciência através da metodologia do trabalho
científico e da metodologia da pesquisa, pois ela é a ciência que estuda os métodos
científicos.

A disciplina de METODOLOGIA CIENTÍFICA prepara o aluno para o seu desenvolvimento


intelectual, pois permite a todos os estudantes. Observe algumas de suas funções:

a) Possuir capacidade de apreensão e de ensaio crítico;

b) Dominar o objeto ou construí-lo;

c) Conhecer pela metodologia da pesquisa;

d) Aperfeiçoar o conhecimento pela formação e informação técnico-científica;

e) Criar a partir de um conhecimento obtido;

f) Participar na busca, na aplicação e na socialização dos conhecimentos


obtidos.

Bem, você já pode complementar seus estudos sobre a importância da metodologia para a
vida acadêmica, através de alguns recursos. Vamos nos aprofundar neste assunto? Você
pode fazer uma agradável leitura do capítulo 1, intitulado “A metodologia e a universidade”
no livro de Aidil Barros e Neide Lehfeld, Fundamentos de Metodologia Científica, em nossa
biblioteca virtual!

Nestes links, você também pode compreender mais e melhor a importância da metodologia
científica no âmbito universitário:

http://sereduc.com/kqwn9c

http://soniacima.files.wordpress.com/2010/07/a-importancia-da-metodologia-cientifica1.pdf

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Metodologia Científica

Assista também ao próximo vídeo que contextualiza a relação entre a formação


superior e universitária e o papel da Metodologia Científica. Este vídeo tem
aproximadamente 2 minutos e 20 segundos.
http://www.youtube.com/watch?v=Kk2bFlZ45YI

Bem, vamos continuar nossos estudos no tocante à importância da Metodologia Científica na


sua formação acadêmica. Então, o processo de aprendizagem também envolve habilidades
e competências que você deve buscar desenvolver sempre em seus estudos. O ato de
aprender também envolve aptidões que serão exigidas de você, como a experiência pessoal
e a experiência científica. Você deve utilizar suas aptidões subjetivas, como a percepção, a
intuição e a linguagem para perceber os problemas da realidade e deve utilizar-se da ciência
para resolver estes mesmos problemas da realidade!

Dito isto, faremos uma ponte de compreensão entre a disciplina METODOLOGIA CIENTÍFICA
e os fundamentos do conhecimento científico. A metodologia científica é a ciência responsável
pelo estudo dos métodos para o estudo e construção do conhecimento científico. Ou
seja, como ciência, esta disciplina tem uma dimensão teórica, composta por uma série de
conceitos, leis, teorias e doutrinas que nos permitem conhecer cientificamente a realidade
e seus fenômenos. Mas a metodologia científica também tem uma dimensão prática que é
responsável pelas técnicas e normas, através das quais, você construirá e produzirá seus
conhecimentos acadêmicos e científicos.

Assim, vamos iniciar nossas discussões sobre A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA?

A evolução da ciência
Desde nossas primeiras experiências como seres pensantes, nós criamos o vital desafio
de aprender tudo o que podíamos sobre a realidade para que pudéssemos nos adaptar a
ela e assim prover a preservação da nossa espécie e garantir nossas vidas em seus vários
contextos: o social, o econômico, cultural etc. E nesta escalada de vida, desenvolvemos várias
formas de conhecimento para garantir nossa relação e preservação com o mundo.

Assim, desde sempre, fomos obrigados a conhecer o mundo que nos rodeia. Essa
competência humana se deu através dos tempos e de forma cumulativa, ou seja, toda forma
de conhecimento foi se acumulando na história da humanidade e permitindo que os indivíduos
conferissem mais qualidade de vida ao seu desenvolvimento.

Desde os primórdios da nossa espécie, como homo sapiens ou o homem que sabe, nós
iniciamos um intenso e ininterrupto processo de investigação sobre a vida e sobre a realidade,
criando uma espécie de evolução científica. Observe a imagem abaixo. Trata-se de uma
representação clássica para mostrar as bases desta evolução:

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Metodologia Científica

Fonte: http://seuresumo.files.wordpress.com/2011/11/evolucao.jpg

O que você pode interpretar desta imagem? Será muito correto se você imaginar que nossa
evolução nos transformou em serem complexos e capazes de transformar a nós mesmos e
o nosso meio ambiente, colocando-nos no mais alto topo da experiência humana. Saímos
da condição de hominídeos para a condição de seres intelectuais, de altíssima competência
tecnológica. Do ponto de vista da evolução da espécie, a arqueologia e outras ciências
defendem as seguintes etapas de desenvolvimento humano:

Fonte: http://www.condicaohumana.com.br/wp-content/uploads/2012/06/evolu%C3%A7%C3%A3o-4-Evolu%C3%A7%C3%A3o-Humana-
ancestrais-do-Humano1.png

No entanto, a esta evolução da espécie humana, juntou-se a evolução do conhecimento


humano até culminarmos na chamada REVOLUÇÃO CIENTÍFICA, ocasião em que passamos
a nos relacionar com a realidade e com a natureza através do conhecimento científico,
originado da ciência. O fato é que, para chegarmos a este momento, uma série de mudanças
foi sendo realizada pelos seres humanos e sua capacidade de gerar conhecimento.

Então, vamos ver um pouco mais sobre a REVOLUÇÃO CIENTÍFICA!

Na verdade, a revolução científica se deu entre os séculos XV e XVII e provocou importantes


transformações na maneira como as pessoas enxergavam sua relação com o mundo ou
geravam soluções para seus problemas. É bem verdade que já na Grécia, do século V, antes
de Cristo, os filósofos já se questionavam sobre as explicações válidas para a realidade
e todos os fenômenos que a formavam. Mas foi no Renascimento europeu que a ciência
nasceu. Primeiro através do próprio desenvolvimento de vários estudos promovidos por vários
filósofos e estudiosos e depois pelo surgimento das universidades e das grandes corporações

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Metodologia Científica

de ofício, onde se estudava e se produzia este conhecimento adquirido.

Agora, você deve fazer também, em nossa biblioteca virtual, a leitura do livro “Pesquisa
Científica – da Teoria à Prática”, de Helen e Samuel Casarin, no CAPÍTULO 1- Ciência e
Conhecimento, da página 13 à 26, que fala sobre esta relação e de sua historicidade.

A revolução industrial
Ao chegarmos ao século XVIII, essas forças propulsoras do desenvolvimento científico e
técnico chegaram a um nível de complexidade e poder transformador tão consideráveis que
inaugurou o importante evento conhecido como A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, ocorrida na
Inglaterra.

Mas o que foi a REVOLUÇÃO INDUSTRIAL e o que isto tem a ver com a ciência? Bem você
poderá observar em nossos materiais e recursos didáticos que o surgimento da ciência é
um fato extremamente relevante, mas igualmente recente. E mais: o aceleramento científico
vai acontecer a partir do século XVIII, protagonizado por uma série de descobertas que
foram advindas da produção do conhecimento técnico e científico. Veja alguns dos principais
acontecimentos que envolvem a ciência e a Revolução Industrial!

Todas estas informações dizem respeito à contextualização histórica e aos eventos


que estavam acontecendo nesta época. Estes eventos são importantíssimos para
compreendermos como este desenvolvimento aconteceu, permitindo as transformações no
mundo da ciência.

Assista, agora, ao vídeo http://www.youtube.com/watch?v=qyzbTl0as34, de 2 minutos


e 48 segundos, pois é uma excelente oportunidade de você ver algumas imagens
sobre o desenvolvimento histórico, industrial e tecnológico.

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Assim, acompanhamos estas evoluções protagonizadas por várias revoluções, até chegarmos
neste novo milênio de rápidas e pródigas descobertas científicas, culminando no advento
da comunicação digital e da poderosa internet. E tudo isto somente foi possível pelo avanço
da ciência e das pesquisas. Para Kunh (2009) trata-se de uma fundamental mudança de
PARADIGMA, ou seja, de um processo incessante de substituição de modelos vigentes e o
surgimento de novos e mutáveis modelos de pesquisa e produção de conhecimento.

2. Formas de raciocínio
Agora, você já sabe como a ciência surgiu e quais as relações que, até hoje, ela mantém com
as revoluções técnicas e tecnológicas, como fruto da própria ciência, num ciclo sistemático
e ininterrupto. Mas continuamos a insistir na necessidade de demonstrar que a ciência
origina e é originada do conhecimento científico que, por sua vez, é objeto de estudo da
METODOLOGIA CIENTÍFICA.

Pois bem, para que possamos produzir ciência precisamos observar um pouco das formas
como o pensamento humano se organiza para realizar o conhecimento científico. Você já deve
ter percebido que o conhecimento científico é o tipo de conhecimento que se fundamenta na
razão, na ciência. Este tipo de conhecimento é específico da ciência e tem uma organização
toda própria de se estruturar, para que o mesmo seja considerado como, de fato, científico.

Assim, quando os(as) pesquisadores(as) e estudiosos(as) se debruçam sobre seus assuntos,


temas ou objetos de estudos, todos precisam de uma espécie de organização mental e de
raciocínio para produzir o conhecimento científico.

Se você voltar ao seu livro-texto, no tópico referente às “Formas de raciocínios e tipos de


conhecimento”, da página 13 à 29, você verá que a ciência possui exigência de métodos e
organização do pensamento, quando vamos nos utilizar do conhecimento científico. As formas
de raciocínio são condições necessárias para obter os conhecimentos que são importantes
para o nosso dia a dia, principalmente para a construção do nosso saber científico.

Na metodologia científica as formas de raciocínio são classificadas como: indução, dedução,


inferência e intuição. Podemos representá-las neste infográfico:

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Mas vamos esclarecer o que significa estas formas de raciocínio:


1. Indução: nosso entendimento foca em aspectos particulares do que estamos
estudando, para somente depois fazermos generalizações desses estudos.

2. Dedução: nosso entendimento foca em aspectos generalizantes do que estamos


estudando, para somente depois considerar suas particularidades.

3. Inferência: entendimento sobre algo que se encontra implícito em uma mensagem.

4. Intuição: tipo de entendimento sobre algo que está ligado a nossa experiência
individual, a nossas vivências, que nos permite sentir ou desconfiar do que está
acontecendo.

3. Tipos de conhecimento
Bem, após o estudo das formas de raciocínio utilizadas para os estudos e a produção
do conhecimento científico, já nos é possível passarmos para o estudo dos tipos de
conhecimento, pois nem sempre tivemos este tipo de conhecimento como predominante na
nossa experiência de vida. Na verdade, começamos pelo conhecimento fruto da experiência,
passamos pelo conhecimento religioso, filosófico até chegarmos ao conhecimento
científico. Mas existe um aspecto extremamente importante nesta discussão: OS TIPOS
DE CONHECIMENTO SÃO CUMULATIVOS NA EXPERIÊNCIA HUMANA. Ou seja, os
seres humanos são capazes de acumular todos esses tipos de conhecimentos em sua vida
cotidiana. Todos estão a nossa disposição. Serão nossos valores, nossas crenças e nossa
ética que validarão todos ou apenas um deles.
Veja, então, como podemos classificar os tipos de conhecimento:

3.1 - Conhecimento empírico ou conhecimento popular ou senso


comum
Tipo de conhecimento que surge a partir de nossa relação e nossa experiência cotidiana
com a realidade e o mundo. O conhecimento empírico ou conhecimento popular, ou ainda
senso comum, é fruto da nossa observação e experiência prática em nossas relações com
as pessoas e com o meio ambiente ao nosso redor. Para este tipo de conhecimento não
precisamos de técnicas ou de teorias, o que vale é nossa percepção e nossa intuição sobre a
vida e a realidade.

Por ser fruto de nossa experiência prática e nosso senso comum, não significa que o
conhecimento empírico não tem seu verdadeiro valor. O valor do conhecimento empírico ou o
senso comum vem da experiência coletiva, dos valores, costumes e ideias que transmitimos
e que são de nossas experiências que passamos de geração para geração. Portanto, o
conhecimento empírico é válido e importante para nossa sobrevivência também.

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3.1.1 CARACTERÍSTICAS DO CONHECIMENTO EMPÍRICO

SENSITIVO: é sensitivo porque diz respeito à condição em que sentimos o que nos
acontece. As nossas sensações sobre a realidade e a vida nos ajudam na interpretação
dos fatos.

SUPERFICIAL: é superficial porque não busca explicação científica sobre a realidade.


Aceita-se, simplesmente, o que se observa, sem questionamentos.

SUBJETIVO: é subjetivo porque depende de nossa visão sobre a realidade e os fatos.


Nele estão incluídas nossas crenças, tradições, percepções de mundo e sentimentos.

SEM MÉTODO: é sem método porque não é científico. É fruto apenas da observação e da
vivência cotidiana.

3.2 - Conhecimento científico


O conhecimento científico é um tipo de conhecimento que se difere do conhecimento empírico
ou senso comum por exigir um método e técnicas para sua produção e aprendizagem. No
conhecimento científico, buscam-se as causas dos fatos através de leis, conceitos e teorias
para se compreender, cientificamente, as estruturas e o funcionamento de tudo o que nos
rodeia, como a realidade e os fenômenos. Suas descobertas são fruto de estudos científicos
que nos levam à descoberta dos fenômenos.

Então você já deve ter observado que este tipo de conhecimento é o que predominará em
sua vida de estudante do ensino superior. Pois ele está baseado na ciência e nos métodos e
técnicas que se utilizam para aprender e produzir o conhecimento dentro de sua ciência, ou
da área de conhecimento.

Assim, podemos demonstrar que o conhecimento científico também apresenta características


próprias. Vamos ver quais são estas características?

3.2.1 CARACTERÍSTICAS DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO

§ CERTO: é certo porque se baseia em evidências científicas, advindas dos métodos e


técnicas científicas, gerando validade e rigor.

§ GERAL: seus resultados apresentam generalizações universais que explicam fatos e


fenômenos de uma mesma espécie.

§ METÓDICO: seus resultados e sua aprendizagem são fruto de estudos metódicos,


onde se utilizam métodos e técnicas.

§ OBJETIVO: seus resultados não são especulativos, nem são fruto da visão do
pesquisador ou pesquisadora. Seus resultados são fruto de estudos sistemáticos e
rigorosos que nos levam a resultados objetivos.

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3.3 - Conhecimento filosófico


O conhecimento filosófico é um tipo de conhecimento que se caracteriza pela reflexão
abstrata sobre a realidade e os fenômenos que nos cercam. Seu fundamento é a reflexão
e o pensamento sobre as coisas. Enquanto a ciência produz conclusões científicas sobre a
realidade, a filosofia questiona essas conclusões e se pergunta sobre sua validade, fazendo
com que, a todo instante, possamos nos perguntar se a ciência está totalmente certa sobre
os fatos. Por isso que o conhecimento filosófico é reflexivo e questiona todas as verdades,
inclusive as verdades advindas da ciência. Por isso, também, que o conhecimento filosófico
está bem mais perto de nós do que você imagina, pois, em seus questionamentos, ele
transforma o mundo!

3.3.1 - CARACTERÍSTICAS DO CONHECIMENTO FILOSÓFICO

Agora, veja algumas das principais características do conhecimento filosófico:

§ RACIONAL: o conhecimento filosófico exige que usemos a razão para questionar e


refletir sobre a realidade e a vida.

§ SISTEMÁTICO: é um conhecimento sistemático, pois também exige que estejamos


questionando a realidade a todo momento de forma sistemática.

§ INFALÍVEL: pois sua base é reflexiva e crítica, sem a necessidade de prova verificável.

3.4 - Conhecimento religioso


O conhecimento religioso diz respeito à religião e à relação que mantemos com a realidade e
seus fenômenos, baseando-se nos princípios e dogmas religiosos. O conhecimento religioso
tenta explicar a realidade e os fenômenos que nos rodeiam a partir da fé. São explicações
sobre Deus e a vida. Ele também se caracteriza por ser revelador. Ou seja, visa responder o
sentido da vida através da fé e dos dogmas, sem exigir provas materiais sobre este sentido e
seus mistérios.

3.4.1 - CARACTERÍSTICAS DO CONHECIMENTO RELIGIOSO

§ VALORATIVO: é um conhecimento baseado em valores religiosos, advindos da fé e


dos dogmas.

§ INSPIRACIONAL: sua validade se baseia na inspiração da fé.

§ NÃO VERIFICÁVEL: não se pode verificar sua prova material.

Bem, agora vamos apresentar a você uma tabela que resume essas características. Você
perceberá que esses tipos de conhecimento são próprios da condição humana e fazem parte
de sua relação com o mundo e com a realidade. Todos nós, seres humanos, nos deparamos
cotidianamente com eles, em nossa vida e na nossa capacidade de tentar conhecer e explicar
o mundo!

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Fonte: http://www.scielo.br/img/revistas/raeel/v1n2/a14tab0.gif

Agora, você deve fazer a leitura deste link que disponibilizamos para você. Ele lhe dará uma
boa ideia sobre os tipos de conhecimento, ok?

http://pt.slideshare.net/jonathanfenix/formas-de-conhecimento-7574789

Também o vídeo, a seguir, dará mais informações sobre os tipos de conhecimento.


Este vídeo tem cerca de 18 minutos e lhe pode dar uma visão mais geral sobre a teoria
do conhecimento científico e os tipos de conhecimento.
http://www.youtube.com/watch?v=pWnlVM7AVWY

4. Conceitos, leis, teorias e doutrinas


Veja, desde o início de nosso GUIA DE ESTUDO, da Unidade 1, você já está em contato com
as primeiras discussões sobre a CIÊNCIA e o conhecimento científico. Vimos que a CIÊNCIA
é uma ferramenta que nos permite produzir o conhecimento científico através das leis, das
teorias, dos conceitos e das doutrinas.

Agora vamos ver exatamente o que são essas ferramentas teóricas do conhecimento
científico e quais as suas funções dentro da ciência. Para isto, sugerimos a releitura e estudo
do subcapítulo “Conceitos, leis, teorias e doutrinas”, do seu livro-texto, ok?

4.1 - CONCEITO: ideia, abstração ou definição (CERVO, BERVIAN e DA SILVA, 2007, p. 18).

4.0.1 FUNÇÃO: explicar, caracterizar um fenômeno, um objeto ou a realidade.

4.2 – LEIS: são generalizações que classificam os fenômenos.

4.2.1 - FUNÇÃO: elas resumem a enorme quantidade de fatos e fenômenos que temos na
natureza e na realidade.

4.3 - TEORIAS: São formuladas através do conhecimento científico sobre a natureza e a


realidade.

4.3.1 - FUNÇÃO: exprimir as relações de existência e coexistências, de causalidade,


sucessão e finalidades de um fenômeno.

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4.4 - DOUTRINA: conjunto de teorias, encadeamento de correntes e teorias que estudam um


determinado fenômeno a partir de determinadas concepções.

4.4.1 -- FUNÇÕES: definir posições filosóficas, atitudes éticas e morais de uma


determinada corrente teórica.

Agora vamos proceder à leitura sobre conceitos, leis, teorias e doutrinas. Leia, em nossa
biblioteca virtual, no livro Metodologia Científica, de CERVO, BERVIAN e DA SILVA, da página
17 à 24.

Muito bem, você já domina importantes conhecimentos sobre a ciência, a própria metodologia
científica, os tipos de conhecimento e o que são as leis, as teorias e os conceitos. Agora,
você vai aprender sobre o conceito de aprendizagem e como desenvolver suas estratégias de
aprendizagem para seus estudos científicos.

5. Afinal, o que é o processo de aprendizagem?


Bem, aprendizagem é o resultado da interação entre as estruturas mentais dos seres
humanos e o seu meio ambiente. APRENDER significa desenvolver a capacidade de mobilizar
o pensamento para a compreensão e o entendimento sobre a realidade. Todos os dias e a
todo instante estamos aprendendo alguma coisa! Mas quando estamos em uma instituição de
ensino superior, quando estamos na condição de estudantes universitários, nosso processo
de aprendizagem é diferente de outros processos, pois está baseado na ciência e a ciência
exige de nós um tipo de conhecimento centrado em conceitos, leis, teorias e doutrinas.

Observe estas imagens! Elas nos fazem ver que o processo de aprendizagem está ligado à
competência mental e intelectual:

Fontes: http://3.bp.blogspot.com/-Xr2MzQaT6hY/TZPSsZOnwgI/AAAAAAAAABA/Lz1G-SqrWd4/s1600/imageLRV.jpg

http://algomaior.com.br/processos-aprendizado/

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Assim, o processo de aprendizagem, em um curso de nível superior, certamente, exigirá


de você um nível de capacidade intelectual mais organizado, sistemático e metódico, o que
dependerá diretamente de sua capacidade de APRENDIZAGEM, através das estratégias de
estudo e de produção dos trabalhos científicos e acadêmicos.

Veja que todos estes procedimentos são atividades que desenvolvemos no âmbito das
nossas áreas de estudo e neles mobilizamos nossa mente e nossa capacidade intelectual
para nos apropriarmos na compreensão e no entendimento sobre o mundo. Assim, podemos
também relacionar todas estas experiências e procedimentos com o ato de ESTUDAR,
pois, no mundo científico, APRENDER está diretamente ligado ao ato de ESTUDAR e
PRODUZIR CONHECIMENTO. Para isto, precisamos organizar nosso pensamento para o
desenvolvimento destas atividades.

Barros e Lehfeld (2007, p. 07) apresentam um interessante esquema sobre a contribuição do


ato de estudar, no campo científico:

Mas precisamos também lembrar que o ato de APRENDER envolve pessoas, indivíduos
que interagem com outros e com o próprio meio ambiente. No mundo acadêmico,
ou nas instituições de ensino superior onde estudamos, esta interação é constituída,
fundamentalmente, pelos atores da aprendizagem: professores e professoras, alunos e
alunas. No mundo do conhecimento científico, estes atores e agentes são a base do processo
de aprendizagem.

Assim, podemos representar esta relação a partir do seguinte esquema:

Fonte: Adaptação de http://www.ufvjm.edu.br/site/educacaoemquimica/files/2010/10/Procedimentos-Did%C3%A1ticos.pdf

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Metodologia Científica

Assim, fica claro que o mundo do conhecimento científico exige de você a capacidade
ininterrupta de aprendizagem que é a capacidade intelectual de compreender e entender
o que é a realidade, através dos estudos científicos. Fica claro também que o processo de
aprendizagem exige de nós várias atividades e experiências mentais e intelectuais que nos
inserem cotidianamente no mundo da ciência, tais como ler, estudar, pesquisar, experimentar,
analisar, sintetizar etc.

Pois, muito bem, no mundo da ciência todas essas atividades são desenvolvidas através dos
TRABALHOS CIENTÍFICOS E ACADÊMICOS que você deverá desenvolver ao longo do
seu curso superior. Em todas as disciplinas que farão parte do currículo do seu curso, você
deverá utilizar-se dessas atividades e procedimentos para a aquisição do seu conhecimento,
mostrando e demonstrando aos seus colegas e professores(as) que você está estudando e
adquirindo o conhecimento necessário para sua formação profissional.

Veja alguns aspectos dessa discussão:

I. O processo de aprendizagem também envolve habilidades e competências que você


deve buscar desenvolver sempre em seus estudos. O ato de aprender também envolve
aptidões que serão exigidas de você, como a experiência pessoal e a experiência
científica. Você deve utilizar suas aptidões subjetivas como a percepção, a intuição e
a linguagem para perceber os problemas da realidade e deve utilizar a ciência para
resolver estes mesmos problemas da realidade!

II. No mundo científico chamamos a pessoa que estuda e pesquisa cientificamente


de SUJEITO COGNOSCENTE e o que é estudado ou pesquisado de OBJETO
COGNOSCÍVEL!

5.1 Estratégias de estudo e aprendizagem


5.1.1 Conceitos de ESTUDAR

De acordo com Haydt (2000, p. 144) a aprendizagem tem uma relação direta com os
procedimentos de ensino e de estudo, onde alunos(as) e professores(as) mobilizam seus
esquemas operatórios de pensamento para as experiências de aprendizagem. Para ele,
ESTUDAR também significa:

OBSERVAR
LER
ESCREVER
EXPERIMENTAR
PROPOR QUESTÕES A SEREM
PESQUISADAS
SOLUCIONAR PROBLEMAS
CLASSIFICAR
ORDENAR
ANALISAR
SINTETIZAR

Fonte: http://www.ufvjm.edu.br/site/educacaoemquimica/files/2010/10/Procedimentos-Did%C3%A1ticos.pdf

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Muitos autores, na literatura sobre a Metodologia Científica, afirmam que estudar é uma
atividade que está ligada à aprendizagem, ao ato de aprender e volta-se para o conhecimento
que passa de uma relação mais informal da aquisição do conhecimento, para uma aquisição
mais formal deste conhecimento, com conceitos, teorias, leis e doutrinas.

O estudo exige os chamados procedimentos ou estratégias de estudo que podem ser:


§ Seminários
§ Resumos
§ Esquemas
§ Resenhas
§ Sinópticos

§ Pesquisas bibliográficas

Já para os autores Casarin e Casarin (2011, p. 73-91), as estratégias ou técnicas de leitura


podem ser realizadas através da elaboração de fichamentos, resumos e resenhas.

Vamos, então, APRENDER como podemos ESTUDAR da melhor maneira possível para a
aquisição de nosso conhecimento científico?

5.1.2 SEMINÁRIOS

Uma das mais importantes e utilizadas formas de estudo é o SEMINÁRIO.

Seminário é um tipo de procedimento didático, ou estratégia didática, que visa ao estudo ou à


pesquisa em grupo sobre um determinado tema. É um método de estudo, baseado na leitura,
análise e interpretação sobre o tema, assunto ou objeto de estudo pesquisado.

5.1.2.1 METODOLOGIA OU COMO FAZER

Para a realização de um seminário, você precisará seguir alguns passos:

I. Escolher o seu tema

II. Definir suas fontes de pesquisa (livros, revistas científicas, sites científicos etc.)

III. Realizar a pesquisa sobre seu tema, assunto ou objeto de estudo

IV. Elaborar um texto-roteiro didático, bibliográfico e interpretativo sobre seu tema,


assunto ou objeto de estudo.

5.1.2.2 FORMAS DE APRESENTAÇÃO DE SEMINÁRIOS – RECURSOS DIDÁTICOS


Atualmente, você disporá de vários recursos didáticos para apresentar seus seminários. Sim.
Porque, certamente, ao longo do seu curso você recorrerá há vários seminários, como forma
de estudo de apresentação de suas pesquisas.

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Metodologia Científica

SLIDES: conhecido como POWER-POINT são feitos através do recurso tecnológico


chamado DATA-SHOW. Os slides devem estar organizados de forma lógica e
sequencial.

§ 1º slide: nome da instituição, do grupo, tema estudado/pesquisa e data.

§ 2º slide ou mais: desenvolvimento do tema, com interpretação (com explanação


do assunto, apresentação de conceitos -- citações).

§ Penúltimo slide: conclusão

§ Último slide: bibliografia utilizada

DISCUSSÃO ORAL EM GRUPO

Agora, vamos dar uma paradinha na leitura para assistirmos a este vídeo que fala
sobre como elaborar um seminário! É um vídeo muito interessante, com duração de
aproximadamente 6 minutos, ok?
http://www.youtube.com/watch?v=YXRKnbDRd4I

5.1.3 RESUMO

O RESUMO é utilizado para fundamentar um trabalho científico e acadêmico. Os autores


lembram que existe na Associação Brasileira de Normas Técnicas – A ABNT – uma
normalização sobre o RESUMO: a NBR 6028.

A NBR 6028 indica o que é o RESUMO e quais os seus tipos. Para esta norma o resumo é
uma síntese das questões mais importantes de um texto, geralmente um texto científico que
fala sobre o assunto ou objeto de estudo que estamos estudando ou pesquisando.

5.1.3.1 TIPOS DE RESUMO

Ainda de acordo com Casarin e casarin (2011, p. 81-85), a NBR 6028 determina três tipos de
RESUMO:

5.1.3.1.1 RESUMO INDICATIVO

Tipo de síntese de um texto estudado e pesquisado mais simples e direto:

§ Descreve os pontos mais importantes do texto

§ Não inclui apreciação crítica

§ Serve para indicar o que é o tema estudado

§ Deve conter de 50 a 100 palavras

§ Deve conter palavras-chave (grupo de palavras que norteiam o resumo ou palavras


importantes para a compreensão e definição do assunto).

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5.1.3.1.1 RESUMO CRÍTICO

Tipo de síntese de um texto estudado e pesquisado que pressupõe uma apreciação crítica,
daí sua classificação.

§ Descreve os pontos mais importantes do texto, com uma apreciação crítica

§ Deve apresentar a referência bibliográfica do documento

§ Não tem limite de palavras

§ Deve conter palavras-chave (grupo de palavras que norteiam o resumo ou palavras


importantes para a compreensão e definição do assunto).

5.1.3.1.2 RESUMO INFORMATIVO

Tipo de síntese de um texto estudado e pesquisado que possui uma forma mais rígida de
exposição.

§ Deve conter as finalidades, metodologia, resultados e conclusões do texto

§ Deve conter palavras-chave (grupo de palavras que norteiam o resumo ou palavras


importantes para a compreensão e definição do assunto)

§ Refere-se a trabalhos científicos e acadêmicos

Observe esta imagem! Trata-se de um resumo informativo.

Fonte: https://www.google.com.br/search?q=resumo+cient%C3%ADficos&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=1r-zUtu7KM_NkQev_
IHoCA&ved=0CAcQ_AUoAQ&biw=1301&bih=642

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5.1.4 ESQUEMA

De acordo com Barros e Lehfeld (2007) o esquema é um tipo de estudo que visa à
esquematização do assunto estudado a partir da enumeração ou representação gráfica do
texto.

5.1.4.1 CARATERÍSTICAS

§ Enumeração do assunto estudado

§ Representação gráfica

§ Estrutura lógica

§ Funcionalidade

EXEMPLOS:

§ Esquema de representação gráfica

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§ Esquema de enumeração

Fonte: http://labspace.open.ac.uk/mod/resource/view.php?id=365562

5.1.5 RESENHA

Para Casarin e Casarin (2011), a RESENHA é uma análise resumida de um texto ou obra
artística.

Pode ser realizada através de fichamento. Sua diferença está na questão da obra artística. É
uma espécie de resumo, mas que diz respeito a obras artísticas, como a crítica de um filme,
de uma peça de teatro, de um romance literário etc.

§ Deve referir-se à obra artística

§ Deve apresentar uma crítica

§ Não tem limite de palavras

§ Deve indicar informações da obra artística

5.1.6 FICHAMENTOS

Também para Casarin e Casarin (2011), os fichamentos são uma ótima opção para as
estratégias de estudo ou leitura, pois eles tomam nota do que se lê ou estuda, através de
FICHAS – tipos de material de papel próprio para este fim. Pode ser encontrada em livrarias.

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Os autores observam que não há regras específicas, para Henrique e Medeiros (1990, p. 100
apud CASARIN e CASARIN, 2011, p. 75) afirmam que o fichamento tem como finalidade:

§ Identificar as obras consultadas

§ Registrar o conteúdo das obras

§ Registrar as reflexões proporcionadas pelo material de leitura

§ Organizar as informações coletadas

5.1.7 SINÓPTICOS

De acordo com Barros e Lehfeld, os sinópticos são resumos organizados por parêntese.

Fonte: http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2001/joilson/soldomilitar.htm

5.1.8 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

Bem, você já deve estar prevendo que este tipo de estudo diz respeito às fontes bibliográficas
que consultamos quando vamos estudar nossos temas ou assuntos, não é? Pois você
acertou. A pesquisa bibliográfica é a pesquisa que fazemos através dos livros, pois, como já
vimos, a produção do conhecimento científico exige a compreensão de conceitos, teorias,
leis e doutrinas que costumamos encontrar nos livros referentes às diversas áreas do
conhecimento humano.

É bem verdade que, atualmente, o livro tomou uma forma digital. São os chamados e-books.
Mas, em termos de metodologia científica, não faz diferença se o livro científico é impresso
ou digital. O que importa para a ciência é que ele seja científico e que nele você possa
encontrar os conceitos, as definições, as teorias e as doutrinas necessárias para seus estudos
acadêmicos.

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Barrios e Lehfeld (2007, p. 30) nos mostram que os estudos científicos devem exigir a seleção
de uma bibliografia adequada e concernente ao tema estudado, pois a ciência exige uma
“postura científica referente aos temas programáticos sugeridos por seus professores” e que,
para isto, precisa-se de uma organização, de um plano de estudo que apresenta começo,
meio e fim. Esse plano de estudo também é chamado de projeto de pesquisa, que veremos
bem mais adiante.

Também no caso da pesquisa bibliográfica, você deve expor sua bibliografia através das
referências bibliográficas que é a definição das obras utilizadas em sua pesquisa.

De acordo com outra importante normalização da Associação Brasileira de Normas Técnicas


– ABNT – a Normalização Brasileira 6023, as referências bibliográficas, em geral, se
apresentam como neste exemplo. Lembre-se, estamos falando de referências de livros. A
NBR 6023/2002 exibe outros tipos de referências:

Exemplo
GOMES, L. G. F. F. Novela e sociedade no Brasil. Niterói: EdUFF, 1998.

Observe que apenas o título do livro vem em negrito, ok?

Bem, até aqui, nós vimos as estratégias de estudo e leitura para uma melhor organização
e sistematização de nossos assuntos ou temas estudados. Lembramos que esta fase é de
aquisição de conhecimento, ou melhor, de aprendizagem sobre os temas, assuntos ou nossos
objetos de estudo e das maneiras através das quais você pode organizar-se em seus estudos.

Assim, vamos estudar mais sobre este assunto, vamos ler os capítulos, sugeridos a seguir,
disponíveis em sua biblioteca virtual:

Capítulo 2 – Métodos e estratégias de estudo e aprendizagem, do livro Fundamentos da


Metodologia Científica, de Aidil Barros e Neide Lehfeld, da página 19 à 34.

Capítulo 4 – Técnicas de leitura: elaboração de fichamento, resumo e senha, do livro Pesquisa


Científica – da teoria à prática, de Helen e Samuel Casarin, da página 75 à 83.

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Referências bibliográficas:
AMADO, Cervo; SERVIAN, Pedro; DA SILVA, Roberto. Metodologia científica. 6ª edição. São
Paulo PEARSON Prentice Hall, 2007.

BARROS, Aidil J. da S. e LEHFELD, Neide Aparecida. Fundamentos de metodologia científica.


3ª edição. São Paulo: PEARSON Prentice Hall, 2007.

CASARINE, Helen de C. S. e CASARIN, Samuel. Pesquisa científica – da teoria à prática.


Curitiba: Editora IBPEx, 2011.

MASCARENHAS, Sidnei A. Metodologia científica. São Paulo: PEARSON Education Brasil,


2012.

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