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SOLIDÃO DA MULHER NEGRA: UMA HISTÓRIA

DE INVISIBILIDADE AFETIVA

BLACK WOMAN’S SOLITUDE: A HISTORY OF AF-


FECTIVE INVISIBILITY
Mirella Rodrigues Da Cruz1
Resumo: Esse artigo tem como mento.

objetivo manifestar uma análise Abstract: This article aims to

do livro Kired, Laços de sangue, show an analysis of the book Ki-

de Octavia E. Butler, sob a pers- red, Laços deangue, by Octavia

pectiva de observação dos aspec- E. Butler, under the perspecti-

tos que permeiam as dinâmicas ve of observing the aspects that

de afetividade, a partir do diálo- permeate the dynamics of affec-

go empregado nas disparidades tivity, from the dialogue used in

raciais, tendo em vista o condi- racial disparities, with a view to

cionamento social que determina conditioning social that deter-

nossas inclinações amorosas, es- mines our loving inclinations,

tabelecidas por intermédio de um established through a historical


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ponto de vista histórico e racial, and racial point of view, which

que inviabiliza mulheres negras makes black women unfeasible

como indivíduos ativos nos espa- as active individuals in affective

ços afetivos. spaces.

Palavras-chave: Afetividade; Keywords: Affectivity; Black

mulheres negras e condiciona- women and conditioning.


1 Graduanda em Licenciatura em Geografia pelo Instituto Fede-
ral de Educação,
ão, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA)
ISSN: 2675-7451

Vol. 02 - n 02 - ano 2021

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teriam serventia para esse papel,
INTRODUÇÃO repercute nos enlaces afetivos

atualmente.
A origem deste trabalho

advém do estudo do livro: Kired, “Para justificar a ex-


ploração masculina
Laços de sangue, de Octavia E.
branca e o estupro
Butler, que se propõe a anali- das negras durante
sar Dana, protagonista do livro, a escravidão, a cul-
tura branca teve que
como sujeito em detrimento do
produzir uma icono-
coletivo, o que alicerça diversas grafia de corpos de
discussões acerca do papel da negras que insistia
em representá- las
mulher negra na sociedade, en-
como altamente do-
quanto indivíduo, que se estabe- tadas de sexo, a per-
lece afetivamente. Determinando feita encarnação de
um erotismo primi-
um recorte relacionado a afetivi-
tivo e desenfreado.”
dade, problematizaremos como a
(HOOKS, 1995, p.
escravização dos corpos dessas
469)
mulheres negras, anteriormente
87
colocadas na sociedade escravis-
A ideia de uma mulher
ta como incubadoras de novos
negra “forte”, contribui para a
escravos, que as dotaram o lugar
solidão dessas mulheres e esses
de mulheres desregradas, dialo-
encargos se refletem nos mais
ga com a introdução da ideia da
variados espaços sociais. Se-
adoção de um padrão de mulhe-
gundo o Instituto Brasileiro de
res que seriam associadas ao lar e
Geografia e Estatística (IBGE),
ao cuidado familiar, e as que não
o casamento de pessoas entre a
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mesma raça é maior entre bran- -raciais no Brasil foram e são for-

cos (74,5%), pardos (68,5%) e ín- temente estimuladas, entre tanto,

dios (65%), o que aponta que os a hipersexualização da mulher

negros, no Brasil, continuam, em negra proveniente da cultura es-

sua maioria, a preferir se relacio- tabelecida no período escravista

nar com alguém de outra raça, a coloca como um “objeto” de

podemos interligar esses dados consumo sexual e não como um

as políticas de fortalecimento da ideal afetivo, inviabilizando um

mestiçagem, anteriormente ne- olhar romantizado direcionado

gadas por Nina Rodrigues, por a essas mulheres. Em contra-

considerar que cada raça estava partida, a categoria da hiperse-

em um determinado nível de de- xualização do homem negro e o

senvolvimento e evolução, pré- machismo contribuem para que

-datando um atributo intelectual a solidão afetiva que os afligem

a cada uma, ou seja, existiam ra- ocorra em menor grau, o estudo

ças superiores e inferiores. Sílvio do IBGE indica que há (7%) de

Romero, por outro lado, defendia probabilidade de uma mulher ne-

a miscigenação, porém contendo gra permanecer solteira, criando


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a predominância cultural branca, uma espécie de celibato definiti-

para que no fim obtivermos uma vo, o que nos faz questionar a se-

nação homogênea e integrada, letividade que perpassa entre as

estimulando então o melhora- relações amorosas em nosso país.

mento das raças. A miscigenação

é colocada por muitas vezes para SOCIEDADE E O DESAFETO

atestar a democracia racial brasi- COM MULHERES NEGRAS

leira, com isso as relações inter-


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Partindo dos pressu- ruas, contribuindo para que as

postos que permeiam os desen- carceragens se tornassem lugar

rolares históricos que margina- comum para os mesmos, seja o

lizaram a população negra em fortalecimento governamental da

múltiplos níveis, é importante vinda dos imigrantes com o in-

salientar alguns eventos onde os tuito de ocupar o mercado de tra-

transmites do governo brasilei- balho brasileiro e embranquecer

ro possibilitou que a segregação a população e seus futuros des-

desse povo, mesmo que não tão cendentes, no mais, a aplicação

explicitamente, tal qual ocorreu jurídica mais nociva corresponde

nos Estados Unidos, sucedesse a lei da abolição da escravatura

de maneira pontual e cirúrgica. (lei Áurea, 1888), que incutiu um

A lei de terras (1850), se traduz falso ideal de liberdade, quando

como um exemplo disso, lei essa na verdade, uma população que

que impediu que a ocupação es- foi sequestrada, agredida, estu-

pacial e territorial da população prada e explorada fora jogada

negra fosse digna e saudável, a mercê, sem nenhum tipo de

subjugando esse povo a ocupar compensação, a exemplo da que


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majoritariamente as zonas peri- os judeus obtiveram, ao término

féricas, a lei da vadiagem (1941), do nocivo processo que envolveu

no entanto, se estabeleceu como a escravização na América, nes-

um dos principais responsáveis se contexto, as mulheres negras,

pela notória ocupação preta das além de lidarem com as adver-

prisões, já que a pois a abolição sidades impostas pelas questões

os anteriormente escravizados de gênero, que as impediam de

foram deixados a Deus dará nas estarem ativas no mercado de


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trabalho digna e amplamente e mente direcionados a abdicarem

com os seus direitos garantidos, das relações que envolvam amor,

ainda permanecia a necessidade cuidado, afeto e prazer para si

de se articularem numa estrutu- mesmas, mas que se estabeleçam

ra de uma sociedade machista e como sujeitos que detêm a obri-

racista, Yzalú, em sua música, gatoriedade de fornecer subsídio

mulheres negras, nos conduz a emocional e prazer aos demais,

reverberar sobre atual condição ideia essa transmitida historica-

social dessas mulheres devido ao mente pelas amas de leite, que

período escravista: cuidavam e amamentavam os fi-

lhos das sinhás e as escravizadas


“Enquanto mulheres que tinham relações consensuais
convencionais lutam
ou não para gerar mão de obra
contra o machismo,
as negras duelam pra escravizada. Gilberto Freyre, na
vencer o machismo, sua obra, Casa-grande & senza-
o preconceito, o ra-
la, minimiza os estupros sofridos
cismo, lutam pra
reverter o proces- pelas escravizadas, romantizan-
so de aniquilação do as relações sexuais forçadas
que encarcera afro- 90
com os senhores de engenho,
descendentes em
cubículos na prisão.” argumentando que essas mulhe-
(YZALÚ, 2012). res estavam encarregadas de for-

necer “acalento” e prazer sexual


O parecer prescrito em aos seus senhores, para além
torno das mulheres negras, como disso, a violência obstétrica pai-
submissas as transformam em in- ra sobre a vida maternal dessas
divíduos sociais que são forçada- mulheres, um estudo desenvolvi-
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do em relação as desigualdades Como se eu estivesse
arranhando o braço.
raciais na saúde pública apontou
Será que achavam
que as mulheres negras demora- que eu não sabia que
vam mais para serem atendidas o havia perdido?”
(Kired Laços sangue,
com a finalidade de darem en-
2017, p.17).
trada no procedimento do parto

e recebiam 50% menos anestesia


Esse diálogo nos permi-
que as mulheres brancas. No li-
te analisar que há uma latente ne-
vro Kired, laços de sangue, uma
gligência e falta de empatia para
passagem nas páginas iniciais do
com a personagem. No mais é re-
mesmo fornece um relato que de-
levante evidenciar que os espaços
mostra a negligência e a falta de
ocupados nos dias atuais tanto
afeto direcionado a Dana, mulher
no mercado de trabalho, quanto
negra, protagonista do livro.
nas relações afetivas estão dire-

tamente ligados ao contexto his-


“Os policiais eram
sombras que apa- tórico dessas mulheres, os vín-
reciam intermiten- culos trabalhistas ocupados por
temente ao lado de
mulheres negras são majorita-
minha cama para 91
fazer perguntas que riamente os cargos de limpeza, a
eu precisava me es- sua ocupação nas universidades é
forçar para entender.
inferior as mulheres brancas, aos
— Como machucou
seu braço? – Per- homens negros e brancos, ape-
guntavam — Quem nas (10, 4%) das mulheres negras
machucou você? —
concluem o ensino superior, ain-
Eu prestei atenção
à palavra que eles da segundo o IBGE, as mulheres
usaram: machucar.
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negras ganham (57%) do salário utilizamos outros parâmetros

de um homem branco no Brasil, norteadores complementares que

o papel majoritário de mulheres tangem a discursão em torno da

negras nos relacionamentos estão solidão da mulher negra, o sofri-

ligados a erotização dos seus cor- mento que envolve essa dissocia-

pos, visto que apenas (7%) des- ção do afeto direcionado a essas

sas mulheres se casam, e elas são mulheres, presente no artigo da

maioria como mães solo no Bra- Isabela Alves: A solidão tem cor:

sil, o condicionamento á solidão O sofrimento da mulher negra

é gritante, visto que a raça é um no Brasil, Ainda proveniente do

fator predominante para a esco- artigo: Engravidei, pari cavalos

lha dos parceiros. e aprendi a voar sem asas: Refle-

xões acerca da afetividade e soli-

BREVE FUNDAMENTAÇÃO dão da mulher negra, de Lorena

TEÓRICA Ribeiro, que nos convida a rever-

berar sobre as relações afetivas

Com a finalidade da ple- e sexuais das mulheres negras,

na compreensão do artigo, além ainda recorrendo a bell Hooks


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de usufruir do livro Kired, Laços como pressuposto teórico: Mu-

de sangue, de Octavia E. Butler, lheres negras: moldando a teoria

recorri aos métodos de análises feminista, texto que traduz uma

presentes nas obras de bell Hooks: reflexão do visceral e silencioso

Vivendo de amor, que carrega em sofrimento vivenciado, mais do

si uma percepção sobre a quase que diário por essas mulheres e

ou total falta de amor na vida por último, o livro: Mulher ne-

das mulheres negras, ademais gra: afetividade e solidão, de


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Ana Cláudia Lemos Pacheco que escolha dos parceiros conjugais,

traz a percepção no que diz res- além disso esse questionário foi

peito aos papéis direcionados as projetado com o propósito de

mulheres no âmbito racial, a mu- analisar o favoritismo racial e o

lher branca como a tradução do motivo que tange os mesmos, no

matrimônio e da cultura do que que diz respeito as possíveis rela-

deve ser considerado afetivo e a ções sexuais, amorosas e matri-

mulher negra no lugar da erotiza- moniais, no mais observamos as

ção e do mercado sexual. impressões acerca das propagan-

das presentes na mídia quando se

METODOLOGIA trata de matrimonio, quem são as

mulheres que “vendem” o sonho

Para que houvesse uma do casamento?

maior clareza e domínio sobre o

tema pesquisado, foi concebido APRESENTAÇÃO E DISCUS-

um formulário online direciona- SÃO DOS RESULTADOS

do ao público masculino e a mu-

lheres lésbicas, com o intuito de


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analisar se a suposta “preferên- Quando se trata de dis-

cia” por mulheres brancas está cutir as opressões que englobam

vinculado com um processo só- as vidas de mulheres negras, a

cio histórico, que condiciona os pioneira a se apresentar para nós

indivíduos acerca dos seus dese- é o racismo, trabalhando a pers-

jos amorosos ou é algo que já se pectiva da Interseccionalidade

foi superado no século XXI, e se que apresenta os múltiplos siste-

a raça é um fator importante na mas de opressão, raça, gênero e


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classe, os resultados transmitem tratava de um fator importante

um maior esclarecimento das na escolha do parceiro, (81,5%)

opressões que regem a vivencia afirmaram que não, porém quan-

das mulheres negras. Obtiver- do perguntado se haveria um

mos a participação de 28 pessoas tipo especifico de parceiro para

no estudo, dessas 20 são homens se relacionar (78,6%) responde-

heterossexuais e 8 mulheres ho- ram que sim, no âmbito do abor-

mossexuais (lésbicas ou bissexu- to paterno (ocorre quando o pai

ais), quando questionado sobre o abandona a criação desde o prin-

papel da mídia na venda do ideal cípio dos filhos, sem dar qual-

matrimonial (96,4%) das pes- quer outro tipo de explicação,

soas afirmaram que na maioria uso essa expressão procurando

dos anúncios de casamento de- diferir na que se refere ao aban-

tectaram a presença majoritária dono paterno por entender que é

das mulheres brancas na grande necessário participar em algum

maioria anúncios. A pergunta momento da formação da criança

posterior se tratava da longevi- para abandonar), foi perguntado

dade dos relacionamentos que qual o perfil geral das mães solo
94
teriam a intenção de gerar ma- brasileiras, (99%) responderam

trimonio, (50%) disseram que que acreditam que o perfil dessas

nos relacionamentos que tinham mulheres é majoritariamente de

a intenção de casar-se eram com negras e que tenham baixa es-

mulheres brancas, (29,2%) com colaridade. Buscando incorporar

mulheres pardas e (20,8%) com as questões afetivas e socioeco-

mulheres negras. Foi questiona- nômicas, questionamos o con-

do também se a cor da pele se sentimento dos participantes em


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relação as disparidades sociais brar dos grilhões numa sociedade

das mulheres negras, entre elas a desigual economicamente e até

sua ocupação nas universidades, afetivamente para essas mulhe-

(85,7%) responderam que as mu- res, o amor cura, e é por ele que

lheres brancas são maioria nas elas precisam ser acolhidas, bell

universidades, já no panorama Hooks em vivendo de amor, nos

salarial, (100%) dos participan- relembra que somos um povo fe-

tes responderam acreditar que rido, e com isso a complexidade

as mulheres negras são as que em torno da afetividade expande

recebem os menores salários no e nos inquieta.

Brasil.
“A vontade de amar
Os dados acima nos aju-
tem representado
dam a consolidar a nossa argu- um ato de resistência
mentação em torno dos elemen- para os Afro-Ameri-
canos. Mas ao fazer
tos que compõem a solidão das
essa escolha, muitos
mulheres negras e as suas assi- de nós descobrimos
metrias socioeconômicas. nossa incapacida-
de de dar e receber
amor.” (HOOKS, 95
CONSIDERAÇÕES FINAIS 1994).

A inegável dissociação O que transparece são


de amor e afetividade em vínculo os reflexos históricos que interfe-
com mulheres negras atribui res- rem nas relações afetivas da po-
ponsabilidade as mais variadas pulação negra atualmente, já que
adversidades vivenciadas pelas as mulheres negras são as prin-
mesmas, é imprescindível a que- p vítimas de feminicídio, en-
cipais
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quanto o homicídio de mulheres época da escravidão.
Seguindo o mesmo
brancas diminuiu de (3,6%) por
modelo hierárquico,
100 mil em 2003 para (3,2%) em criaram espaços do-
2013, uma redução de (11,9%), o mésticos onde confli-
tos de poder levavam
de mulheres negras aumentou de
os homens a espanca-
(4,5%) para (5,4%) por 100 mil no rem as mulheres e os
mesmo período, um crescimento adultos a baterem nas
crianças como que
de (19,5%). Os companheiros ou
para provar seu con-
ex-companheiros foram respon- trole e dominação.”
sáveis por (33,2%) dessas mortes, (HOOKS, 1995)

ou seja, 4 mortes ao dia, ainda

quando se trata de raça, em 2013 No mais, podemos justi-

(66,7%) de mulheres negras fo- ficar as prerrogativas estabeleci-

ram assassinadas a mais do que das em torno da mulher negra no

mulheres brancas, em relação Brasil ao seu processo histórico

ao perfil dos agressores, (73,3%) colonial escravista e de formação,

eram pardos ou negros, bell que subjuga o indivíduo de acor-

Hooks em vivendo de amor nos do com as suas particularidades


96
atenta a pensar numa justificativa que se opõem ao sistema patriar-

a esses índices: cal e branco dominante, logo as

mulheres negras precisam trans-


“Essa talvez seja gredir em ambas as estruturas
a razão pela qual
dominantes para se desvencilhar
muitos negros esta-
beleceram relações das amarras do sistema. Em en-
familiares espelha- sinando a transgredir, bell Hooks
das na brutalidade
explicita o papel da transgressão
ue conheceram na
que
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como arma de desmonte do sis- -mulheres-negras-no-brasil/.

tema: Acesso em: 23, maio de 2021.

“Temos a oportu- BUTLER, OCTAVIA. KIRED:


nidade de trabalhar
Laços de sangue. São Paulo:
pela liberdade, exi-
gir de nós e de nos- Morro Branco; 2017.
sos camaradas uma
abertura da mente e
COSTA, ROSELY GOMES
do coração que nos
permite encarar a Mestiçagem, racialização
realidade ao mes- e gênero. Scielo, 20 09.
mo tempo em que,
Disponível em https://www.
coletivamente, ima-
ginemos esquemas scielo.br/scielo.php?pid=S1517-
para cruzar frontei- 45222009000100006&script=s-
ras, para transgre-
ci_abstract&tlng=pt. Acesso em:
dir.” (HOOKS, 1994,
p.273). 23, maio de 2021.

FREYRE, GILBERTO Casa-

REFERÊNCIAS -grande & Senzala. São Paulo.


97
Global; 1933.

ALVES, ISABELA A solidão

tem cor: O sofrimento das mu- HOOKS, bell Tudo sobre o amor.

lheres negras no Brasil. Obser- Hopkinsville. Elefante; 1994.

vatório do terceiro setor, 2018.

Disponível em https://observato- HOOKS, bell Ensinando a trans-

rio3setor.org.br/carrossel/a- soli- gredir a educação como práti-

dao-tem-cor-o-sofrimento-das- ca da liberdade. Hopkinsville..


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WMF Martins Fontes; 1994.

RIBEIRO, LORENA Engravidei,

pari cavalos e aprendi a voar sem

asas: Reflexões acerca da afetivi-

dade e solidão da mulher negra.

Periódicos UFJF, 2019. Dispo-

nível em: https://periodicos.ufjf.

br/index.php/darandina/article/

view/28063. Acesso em: 23, maio

de 2021

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