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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE DIREITO

PROGRAMA E PLANO TEMÁTICO (DIÚRNO E PÓS-LABORAL)

DISCIPLINA História do Direito Moçambicano


Ano lectivo 2017
Tipo de disciplina Semestral
Carga horária Total 56 horas
Aulas Teóricas 35 horas
Aulas práticas 21 horas

CURSO
Licenciatura em Direito

INTRODUÇÃO
O Plano Curricular do Curso de Licenciatura em Direito, ministrado na Faculdade de Direito da
Universidade Eduardo Mondlane, inclui a disciplina da História do Direito Moçambicano, que integra
o plano de estudos do I.º Semestre do 1.º Ano Lectivo do curso de Direito. A disciplina abarca duas
etapas, o período colonial e o período pós independência nacional, apresentados em quatro Módulos,
designadamente: Módulo I – O Direito antes da colonização portuguesa, no território que é hoje
Moçambique; Módulo II – O Direito durante o “ encontro colonial”; Módulo III – A independência
nacional e o direito: a construção do paradigma socialista de regulação social e Módulo IV – A
Hegemonia do neoliberalismo e ascensão do paradigma neoliberal do direito na II República.
O processo de ensino e aprendizagem visa capacitar o licenciando a compreender a história do Direito
moçambicano desde o período colonial até ao período contemporâneo por forma a fornecer-lhe os
instrumentos indispensáveis para compreender e melhor entender o passado e assim poder intervir no
presente para a solução dos problemas políticos, jurídicos, económicos, sociais e culturais que a
sociedade vive e estar em condições para evitar que os mesmos se repetem no futuro. O estudo da
História do Direito moçambicano habilita o licenciando a perceber a origem e evolução até à
actualidade da sociedade política e suas instituições e concorre ainda para capacitar o licenciando a
analisar e compreender os fundamentos teóricos e doutrinários da Constituição e das demais leis da
República, cujo domínio é necessários para a compreensão os regime jurídicos dos diferentes ramos
do Direito interno, tanto público como privado. Com efeito, A história do Direito moçambicano é a
fonte principal para a construção dos princípios fundamentais que enformam o ordenamento jurídico
estatal, dos quais se derivam os restantes ramos do Direito. Na perspectiva da prática, o processo de
ensino e aprendizagem da disciplina de História do Direito moçambicano habilita o licenciando a
analisar, compreender e resolver os problemas da actualidade de natureza jurídico-política, que
caracterizam o Estado social e democrático de Direito contemporâneo e prever o futuro, através de
métodos científicos adequados.

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OBJECTIVOS DA DISCIPLINA
SISTEMA DE AVALIAÇÃO
O principal objectivo da área temática desta disciplina é proporcionar ao estudante uma paisagem da
evolução do Direito moçambicano na perspectiva histórica, de modo a compreender os processos
sociais e políticos mais amplos que determinam, a cada momento histórico, à configuração de um
determinado paradigma do Direito

No final do processo de ensino e aprendizagem da disciplina o licenciando será capaz de:


 Perceber a história política do Estado moçambicano e a sua dimensão política, sociológica e
jurídica;
 Aplicar os conhecimentos históricos adquiridos na análise e resolução de questões políticas e
jurídicas inerentes ao Estado social e democrático de Direito contemporâneo, em particular o
Estado Moçambicano.

INDICAÇÕES METODOLÓGICAS
1. O processo de ensino e aprendizagem baseia-se na simbiose equilibrada de aulas teóricas e práticas,
ministradas de acordo com os seguintes métodos pedagógicos:
 Exposição oral das matérias efectuadas pelos docentes;
 Participativos de ensino/aprendizagem;
 Discussão de teorias e de resolução de casos na sala de aulas;
 Trabalho de pesquisa, individual e em grupos de trabalho pelos estudantes dentro e fora de
aula estruturados com base em métodos activos, designadamente trabalhos de grupo, estudos
de caso e debates sobre as pesquisas elaboradas individualmente.

Aos estudantes será solicitada, encorajada e estimulada a sua permanente participação nas
aulas, de modo a fomentar nestes aspectos como a motivação, a capacidade retórica, o poder
de argumentação, a criatividade, a interacção com o grupo, a responsabilidade e curiosidade
científica.

 O método expositivo será aplicado no contexto da introdução dos temas, bem como na síntese
final na sequência da resolução de cada estudo de caso. Deverá assim buscar-se uma
articulação óptima com os métodos activos, particularmente o estudo de caso.
2. Os temas para os trabalhos individuais e em grupos de investigação são os indicados previamente
pelos docentes da disciplina.

3. Serão utilizados os meios didácticos disponíveis, nomeadamente o quadro branco, data show,
manuais de Direito e os recomendados, textos de apoio, legislação e outra documentação de interesse
do tema e para a disciplina.

4. A presença do estudante nas aulas teóricas e práticas e em outras actividades curriculares


desta disciplina é obrigatória nos termos do disposto no n.˚ 1 do artigo 37 do Regulamento
Pedagógico, aprovado pela Deliberação n.˚ 10/CUN/2014.

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O sistema de avaliação assenta em vários pilares e destina-se a aferir as competências,
técnicas ou humanas, desenvolvidas ao longo do curso e compreende:
 Avaliação contínua que consiste no permanente acompanhamento pelos docentes da
progressão dos discentes na assimilação dos conhecimentos e na capacidade da sua aplicação
prática;
 Avaliaçãoperiódica:
 Apresentação oral e ou por escrito de resultados de pesquisa individual e em grupos de
trabalho sobre temas ou casos indicados pelos docentes, sendo pelo menos 2 (dois) trabalhos
que serão objecto de classificação quantitativa para o efeito do cálculo aritmético da média de
frequência do semestre, constituindo este o terceiro teste de frequência. As apresentações dos
trabalhos em grupo objecto de avaliação far-se-ão nos dias 27 e 29 de Março de 2017.
 Dois (2) testes escritos de frequência, individuais, presenciais e em princípio sem consulta a
bibliografia, excepto a de legislação indicada, mediante a indicação prévia no enunciado do
teste de avaliação ou por autorização expressa do docente que assistir à prova. O primeiro e
segundo testes escritos realizar-se-ão nos dias 24 de Abril e 07 de Junho de 2017,
respectivamente, precedidos de apresentações de trabalhos de elaboração em grupo.
 A falta de uma ou mais avaliações (individual ou de elaboração em grupo) coloca o
estudante na obrigatoriedade de se sujeitar a avaliação de reposição do elemento de
avaliação em falta, cuja participação fica condicionada ao despacho de autorização
prévia emitida pela Direcção pedagógica da faculdade, mediante a justificação feita pelo
estudante faltoso em requerimento que se remete no Registo Académico da Faculdade.
Exame final escrito (normal e/ou de recorrência) no termo do semestre curricular, conforme o
calendário dos exames a ser emitido pela Direcção Pedagógica.

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1. Programa e Plano Temático

HDM – História do Direito Moçambicano


Módulo I – O Direito antes da colonização portuguesa, no território que é hoje
Moçambique

1. A natureza social e cultural do Direito;


2. Conceito jurídico e conceito sociológico do Direito;
3. Tradição, Usos e Costumes e Direito positivo
4. As relações sociais de produção e o surgimento da autoridade/poder tradicional na
sociedade tradicional
4.1 Legitimidade e legitimação da autoridade/ poder tradicional
4.2 A organização da autoridade/poder tradicional
5. Características das unidades políticas na sociedade tradicional moçambicana
5.1 Linhagens
5.2 Trans-linhagens
5.3 Reinos ou chefias tradicionais
5.4 Estados tradicionais de grande dimensão
6. A Organização social, económica, político-administrativa e a ideologia da sociedade
tradicional
7. Organização Jurídica
7.1 A estrutura jurídica da sociedade tradicional
7.2 A pirâmide de resolução de conflitos
8. O Direito Tradicional
5.1 A hegemonia do paradigma tradicional de Direito na sociedade tradicional
As características estruturais do Direito tradicional
5.2 Mitologia, ordem social e Direito tradicional
5.3. Direito tradicional de família
5.4 Direito criminal e Direito civil tradicional

Módulo II – O Direito durante o “ encontro colonial”

1. A Ocupação do continente africano pelas potencias europeias;


2. Razões económicas, políticas, sociais e culturais;
3. Fragilidades dos povos e Governos Africanos;
4. A Conferência de Berlim e a partilha de África;
5. Dominação colonial do continente Africano;
6. O Direito colonial nos territórios africanos dominados e colonizados;
7. A ocupação e dominação colonial português do território moçambicano
7.1. A Constituição Portuguesa de 23 de Setembro de 1882;
7.2. As colónias portuguesas – O caso de Moçambique;
7.3. A Constituição Portuguesa de 11 de Abril de 1933;
7.4. O Estado Novo de Portugal;
7.5. A organização política e Administrativa Colonial;
7.6. O acto colonial;
7.7. O Estatuto dos Indígenas;
7.8. A organização judiciária;
7.9. As instituições judiciárias;
7.10. Os efeitos jurídicos, políticos, sociais, culturais e morais do acto colonial.
8. O poder colonial e o Direito costumeiro
9. O despertar da África negra – o nacionalismo e a consciência africana;
10. A NESAM
11. A Consciência nacionalista moçambicana e os movimentos políticos pela

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independência de Moçambique;
12. A reforma de 1960 - A extinção do estatuto do indígena
13. A formação e Constituição da Frente de libertação de Moçambique – FRELIMO;
14. A organização política e administrativa nas zonas libertadas durante a luta de
libertação;

Módulo III – A independência nacional e o direito: a construção do paradigma socialista


de regulação social
O Acordo de Lusaka entre o Governo Português e a Frente de Libertação de Moçambique;
1. A Constituição da República Popular de Moçambique de 1975;
2. O Direito revolucionário na I República de Moçambique
3. O princípio da supremacia do Direito político sobre o Direito estadual;
4. Relação do Direito estadual com o Direito costumeiro;
5. O conflito do Direito revolucionário com o Direito Colonial e com o Direito Costumeiro
6. O Decreto-lei n.º 4/75, de 16 de Agosto, encerra os escritórios dos Advogados
7. O encerramento da Faculdade de Direito;
8. A influência da organização política e administrativa nas zonas libertadas na organização
política do Estado moçambicano;
9. A organização política e administrativa do Estado moçambicano;
10. A herança colonial e a destruição do aparelho colonial português;
11. A questão da justiça tradicional e as suas formas de manifestação
12. A Resolução sobre a justiça de VIII Sessão do Comité Central;
13. A Organização Judiciária de 1978;
14. Lei n.º 10/92, de 6 de Maio, Lei orgânica dos tribunais judiciais

Módulo IV – A Hegemonia do neoliberalismoe ascensão do paradigma neoliberal do


direito na II República

1. A queda do muro de Berlim, hegemonia do neoliberalismo e o papel do Direito na nova


ordem mundial
2. Os antecedentes dos Programas de Ajustamento Estrutural de Moçambique;
3. O programa de reabilitação económica de Moçambique (PRE) e o Programa de
Reabilitação Económica e Social (PRES)
4. A revisão Constitucional – A nova organização do poder político;
5. A busca da paz;
6. A Constituição de 1990;
7. O Acordo de Nkomati, de Março de 1984;
8. O Acordo Geral de Paz de 4 de Outubro de 1992;
9. A Organização Judiciária – as leis n.º10/92, de 8 de Maio e 24/2007, de 20 de Agosto;
10. Os Tribunais Comunitários – Lei n.º 4/92, de 5 de Maio;
11. A Constituição da República de 2004;
12. A autoridade tradicional e as formas de articulação com as autoridades políticas e
administrativas do Estado moçambicano;
13. O poder local;
14. O Direito moçambicano perante os desafios da integração regional na SADC e na União
Africana e da globalização do Direito à luz do Direito Internacional público e dos sistemas
de justiça – Carta das Nações Unidas.

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Bibliografia de Consulta

1. Joseph Ki-Zerbo – História da África Negra, Volume I, Edição revista e


actualizada pelo autor, 2.ª edição, publicações Europa-América;
2. Joseph Ki-Zerbo – História da África Negra, Volume II, Edição revista e
actualizada pelo autor, 2.ª edição, publicações Europa-América;
3. Kwame Nkrumah – A África deve Unir-se, 3.º Mundo e Revolução, série Dois
n.º 1;
4. Samira Youssef Campedelli, Coordenação Editorial - História Geral da África,
Volume II, A África sob dominação colonial, 1880 – 1935; Ática/UNESCO,
Editora Ática S.A. 1991;
5. Guy de Bosschere – Para entender o Terceiro Mundo, Moraes, Editores, 1977;

6. Amaral, Manual Gama – O Povo Yao. Ministério do Planeamento e


Administração do Território. Lisboa. 1990
7. Carlos Serra (organizador), História de Moçambique - Volume I. Livraria
Universitária. Maputo. 1998
8. Hedges, David – História de Moçambique Vol. II. Livraria Universitária, 1999.

9. História de Moçambique, Moçambique no auge do colonialismo, 1930 – 1961,


Vol. 2, Livraria Universitária Eduardo Mondlane, 1999;

10. Cota, Gonçalves – Mitologia e Direito Consuetudinário – Biblioteca do Arquivo


Histórico de Moçambique. Cota C511j
11. Junod, Henry – Usos e Costumes dos Bantu. Arquivo Histórico de Moçambique.
Maputo 1996
12. Lundin, Irae Baptista; Machava, Francisco (editores) - Autoridade e Poder
Tradicional Vol. II. Ministério da Administração Estatal – 1998
13. Lundin, Iraê Baptista; Machava, Francisco (editores) - Autoridade e Poder
Tradicional Vol. I. Ministério da administração Estatal – 1995
14. Nhacale, Orlando – Normas, regras e justiça tradicional: como evitar e
resolver conflitos. Ministério da Administração Estatal. 1996
15. Serra, Carlos Manuel - Estado, Pluralismo Jurídico e Recursos Naturais –
Avanços e recuos na construção do direito moçambicano. Lisboa, Escolar
Editora, 2014.
16. Kyed Helene Maria, e tal – O reconhecimento pelo Estado das Autoridades
Locais e da Participação Pública – Experiências, Obstáculos e Possibilidades
em Moçambique. Centro de Formação Jurídica e Judiciária. 2007
17. MIRANDA, Jorge, Manual de Direito Constitucional, Tomo I, 7.a ed., Coimbra
Editora, 2003

6
18. MOREIRA, Adriano, Ciência Política, 7.a Reimp., Almedina, Coimbra, 2003.
19. SOUSA, Marcelo Rebelo de, Os Partidos Políticos no Direito Português,
Livraria Cruz, Braga, 1983.
20. WEBER, Max Economia e Sociedade: Fundamentos da Sociologia
Compreensiva, Vol. 2, Trad. Regis Barbosa e Karen Barbosa, Editora
Universidade de Brasília, S. Paulo, 2004.
21. FUKUYAMA, Francis, O Fim da História e o Último Homem, 2ª ed., Gravida,
Lisboa, 1999.
22. FUKUYAMA, Francis, A Grande Ruptura, A Natureza Humana e a
Reconstituição da Ordem Social, Quetzal Editores, Lisboa, 2000.
23. FUKUYAMA, Francis, A Construção de Estados: Governação e Ordem
Mundial no Século XXI, Gravida, Lisboa, 2006.
24. GOUVEIA, Jorge Bacelar de, Direito Constitucional de Moçambique – {arte
Geral e parte especial, Lisboa/Maputo, 2015;
25. Eduardo Mondlane, Lutar por Moçambique, Terceiro Mundo, Livraria Sá da
Costa Editora, 2.ͣ Edição, 1976;
26. Renato Matusse, Guebuza A Paíxão pela Pátria, Macmillan Moçambique, Lda,
2004;
27. I Congresso da FRELIMO, Discursos, Resoluções, Estatutos e Programa,
Nachingwea Editores, 2012;
28. Ministério dos Combatentes, Centro de Pesquisa da História da Luta de
Libertação Nacional, Colecção Memórias do Combatente, 50 Anos, Simpósio
50 anos da FRELIMO (1962 – 2012);
29. Joel das Neves Tembe (Coordenador) Ministério dos Combatentes, Direcção
Nacional de História, História da Luta de Libertação Nacional, Vol. I, 2014;
30. Estudos Coloniais Portugueses. Exploração Portuguesa em Moçambique 1500-

Legislação Relevante:

Compilações da legislação

1. Constituição da República de Moçambique e Legislação Constitucional, de


Luis Barbosa Rodrigues, Silvia Alves e João Nguenha, Alemdina, 2006.
2. Colectânea de Legislação Constitucional, de José Norberto Carrilho, Ministério
da Justiça, Centro de Formação Jurídica e Judiciária, Maputo, 2009.

Legislação avulsa

Plano Constitucional:

1. Constituição da República Portuguesa de 11 de Abril de 1933;


2. Acto Colonial, publicado no Diário do Governo de 11 de Abril de 1933, nos
termos do Decreto-Lei n.º 22465, de 11 de Abril de 1933;

7
3. Constituição da República Popular de Moçambique de 1975;
4. Constituição da República de Moçambique de 1990;
5. Constituição da República de Moçambique de 2004

Instrumentos internacionais

6. Carta das Nações Unidas de 1945;


7. Declaração Universal dos Direitos do Homem de 10 de Dezembro de 1948;
8. Resolução n.º 1514 (XV) da Assembleia Geral das Nações Unidas, reunida
na sua 947.ª Sessão Ordinária de 14 de Dezembro de 1960 – atinente a
Declaração sobre a concessão da independência dos países e povos
colonizados.
9. Pactos Internacionais sobre os Direitos Civis e Políticos e sobre os Direitos
Económicos, ambos de 1966;

Legislação colonial ordinária relevante

10. Decreto–Lei n.º 23:228, 15 de Novembro de 1933, Promulga a Carta


Orgânica do Império Colonial Português, publicado no Suplemento da I
série do Diário do Governo n.º 261, de 15 de Novembro de 1933;
11. Decreto n.º 32.539, - Regimento do Conselho do Império Colonial,
publicado no Diário do Governo de 18 de Dezembro de 1942;
12. Decreto n.º 16.199, - Código do Trabalho dos Indígenas nas Colónias
Portuguesas de África;
13. Lei n.º 2066, de 27 de Junho de 1953, Promulga a Lei orgânica do
Ultramar Português, publicado na I série do Diário do Governo n.º 135, de
27 de Junho de 1953;
14. Decreto n.º16.474, de 6 de Fevereiro de 1929, estabelece as relações de
Direito Privado entre indígenas e não indígenas.
15. Decreto-Lei n.º 39:666 – Promulga o Estatuto dos Indígenas Portugueses
das Províncias da Guiné, Angola e Moçambique, publicado no Boletim
Oficial de 31 de Maio de 1954, n.º 22, Supl.;
16. Decreto-Lei n.º 43893, de 6 de Setembro de 1961 – Revoga o Decreto-Lei
n.º 39:666 que promulga o Estatuto dos Indígenas Portugueses das
Províncias da Guiné, Angola e Moçambique, publicado na I Série do
Diário do Governo n.º 207, de 6 de Setembro de 1961;
17. Lei n.º 2119, de 24 de Junho de 1963, Promulga as alterações à Lei
orgânica do Ultramar Português, publicado na I série do Diário do
Governo n.º 147, de 24 de Junho de 1963;
18. Portaria n.º 19.921, de 27 de Junho de 1963, determina a edição oficial da
Lei orgânica do Ultramar Português, com as alterações efectuadas pela
Lei n.º 2119, de 24 de Junho de 1963, publicada na I série do Diário do
Governo n.º 150, de 247de Junho de 1963;
19. Lei n.º 5/72, de 23 de Junho, Promulga as bases sobre a revisão da Lei
orgânica do Ultramar, publicado na I série do Diário do Governo;

8
20. Decreto n.º 545/72, de 22 de Dezembro, Aprova o Estatuto político-
administrativo da província de Moçambique, publicado na I série do
Boletim Oficial de Moçambique, de 30 de Dezembro de 1972;
21. Lei n.º 3/74, de 14 de Maio, Define a estrutura constitucional transitória
que regerá a organização política do País até à entrada em vigor da
nova Constituição Política da República Portuguesa;
22. Lei n.º 6/74, de 24 de Julho, Estabelece um regime transitório de
Governo para os Estados de Angola e de Moçambique, publicado no
suplemento da I série do Diário do Governo, n.º 171, de 24 de Julho de
1974;
23. Lei n.º 7/74, de 27 de Julho, Esclarece o alcance do n.º 8 do capítulo B do
Programa do Movimento das Forças Armadas Portuguesas, publicado
no Suplemento da I série do Diário do Governo n.º 174, de 27 de Julho de
1974;
24. "Acordos entre o Estado Português e a Frente de Libertação de
Moçambique"1 Celebrados na cidade de Lusaka em 7 de Setembro de 1974;
25. Lei n.º 8/74, de 9 de Setembro, cria do Governo de transição no Estado
Moçambicano, publicado no Suplemento da I série do Diário do Governo
n.º 174, de 9 de Setembro de 1974;

Legislação Revolucionária ordinária relevante no período pós-independência

1. Decreto n.° 2/75, de 17 de Maio, cria o Banco de Moçambique e aprova a


sua Lei orgânica – extingue o departamento de Moçambique do Banco
Nacional Ultramarino Português e no seu lugar foi criado o Banco Central
de Moçambique denominado “Banco de Moçambique”;
2. Decisões do Conselho de Ministros, publicadas na I série do Bolteim da
República, n.º 15, de 29 de Julho de 1975;
3. Decreto n.º 1/75, de 27 de Julho, Define as tarefas e funções que cabem a
cada Ministério, publicado na I série do Bolteim da República, n.º 15, de
29 de Julho de 1975;
4. Decreto-Lei n.º 4/75, de 16 de Agosto, Proibe o exercício da advocacia ou
de funções de consulta jurídica e cria o Serviço Nacional de Consulta e
Assistencia Juridica a funcionar na Procuradoria-Geral da República,
publicado na I série do Bolteim da República, n.º 23, de 16 de Agosto de
1975;
5. Decreto-Lei n.º 5/75, de 19 de Agosto, Determina que todas as actividades
em matéria de prevenção e tratamento da doença assim como a preparação
de quadros técnicos de saúde, são exclusivos do Estado, publicado no
Boletim da República n.º 24 de 19 de Agosto de 1975;
6. Decreto n.º 12/75, de 6 de Setembro, - Proibe em Moçambique a título
privado o exercício de actividades de ensino, que são exclusivo do Estado,
publicado no Boletim da República n.º 32 de 6 de Setembro de 1975;
7. Decreto n.º 13/75, de 6 de Setembro, - Cria a central de Medicamentos e
rtigos médicos, publicado no Boletim da República n.º 32 de 16 de
Setembro de 1975;

1
Publicado no Boletim Oficial n.º 117, de 10 de Outubro de 1974, I Série.

9
8. Decreto n.º 14/75, de 11 de Setembro, publicado no Boletim da República
n.º 34 de 11 de Setembro de 1975;
9. Decreto-Lei n.º 16/75, de 13 de Fevereiro, adopta várias providências
tendentes a garantir a paz social e o progresso económico de Moçambique;
10. Decreto n.º 35/75, de 4 de Dezembro – Determina que os estabelecimentos
industriais instalados sem previamente ter sido obtida autorização nos
termos da lei em vigor passem a propriedade do Estado por simples
despacho do Ministro da Indústria e Comércio;
11. Decreto-Lei n.º 5/76, de 5 de Fevereiro – Regulamenta a nacionalização dos
prédios de rendimentos e fixa normas para o pagamento das rendas pelos
inquilinos;
12. Decreto n.º 24/76, de 17 de Junho, Cria a Empresa das Lojas do Povo e
aprovados os seus estatutos.
13. Decreto-Lei n.º 18/77, de 28 de Abril – Determina que as empresas com
comissões administrativas nomeadas ao abrigo do Decreto-Lei n.º 16/75, de
13 de Fevereiro, possam ser transformadas em empresas estatais e disciplina
a actividade do sector privado;
14. Decreto-Lei n.° 17/77, de 28 de Abril – Aprova o Estatuto tipo das
Empresas Estatais;
15. 2.ª Sessão do Comité Central da FRELIMO, realizada de 28 a 29 de Agosto
de 1977, altera o artigo 38 da Constituição da República, conforme consta
do Suplemento ao BR n.˚ 100, de 30 de Agosto de 1977;
16. Lei n.˚ 10/78, de 9 de Maio, cria a Comissão de revisão da Constituição da
República presidida pelo Marcelino dos Santos, tendo como Secretário José
Óscar Monteiro e, Relator, Rui Baltazar dos Santos Alves, Publicada no
Suplemento do BR n.˚ 55, de 9 de Maio.

17. Lei n.11/78, de 15 Agosto, procede a alteração da Constituição da


República Popular, Publicada no BR n. 97, de 15 de Agosto de 1978;
18. Diploma Ministerial n.° 41/79, de 31 de Março – Cria o Gabinete de
Organização e Desenvolvimento das Cooperativas Agrícolas e define as
suas competências;
19. Diploma Ministerial n.º 71/80, de 30 de Julho – Aprova o Regulamento da
lei n.º 8/79, de 3 de Julho que estabelece o regime jurídico do arrendamento
dos imóveis para habitação, indústria, comércio e serviços;
20. Lei n.º 7/79, de 3 de Julho, Cria a base legal para o licenciamento e
funcionamento do sector comercial privado na República Popular de
Moçambique;

21. Lei n.º 2/79, de 1 de Março, Define e estabelece as puni,coes dos crimes
contra a segurança do povo e do Estado Popular de Moçambique;
22. Lei n.° 2/81, de 10 de Setembro – Define as regras de organização e
funcionamento por que se regem as Empresas Estatais. Revoga o Estatuto-
Tipo das Empresas Estatais aprovado pelo Decreto-Lei n.° 17/77, de 28 de
Abril;
23. Diploma Ministerial n.° 74/83, de 21 de Setembro – Estabelece normas
pertinentes à transferência de lucros das empresas estatais de âmbito
nacional e local para o orçamento do Estado;

10
24. Lei n.º 5/82, de 9 de Junho – a lei de defesa da economia;
25. Decreto n.° 7/82, de 28 de Abril - Aprova o Estatuto-Tipo das Cooperativas
de Consumo;
26. Lei n.º 1/83, de 16 de Março, Introduz algumas alterações à Lei n.º 2/79, de
1 de Março, lei dos crimes contra a segurança do Povo e do Estado Popular
27. Lei n.˚ 1/84, de 27 de Abril, Publicada na I Série do Suplemento do BR n.˚
17, de 1 de Abril;
28. 8.ª Reunião do Comité Central da FRELIMO, altera o artigo 57, conforme
Publicada na I Série do Boletim da República n. 42, de 10 de Abril de
1976;
29. Lei n. 4/86, de 25 de Julho, Publicada no BR n. 30, 2.˚ Suplemento, de 26
de Julho de 1986. É a consequênciadirecta e imediata das apreciações
efectuadas em 1986 na 5.ͣ Sessão do Comité Central da FRELIMO, sobre a
desacumulação de funções ao nível da Chefia do Estado e do Governo.
30. Lei n.° 17/87, de 21 de Dezembro, que aprova a lei dos crimes militares ou
em processos crimes em virtude de terem cometido crimes contra as
pessoas, cujo procedimento criminal não tenha sido instaurado até ao dia 1
de Julho de 1987;
31. Resolução n.º 9/88, de 25 de Agosto, Ratifica a Carta Africana dos Direitos
Humanos e dos Povos, publicado no BR n.º 34, II Supl. de 25 de Agosto de
1988;
32. Lei n.° 7/91, de 23 de Janeiro, publicada no dia 23 de Janeiro de 1991, I
Série, BR n.º 4, Suplemento., estabelece o quadro jurídico para a formação
dos partidos políticos, regulamentado pelo Diploma Ministerial n.˚ 11/91, de
13 de Fevereiro, do Minstério da Justiça;
33. Lei n.° 19/91, de 16 de Agosto, aprova a lei contra a segurança do Estado,
Reduz as penas aplicáveis aos crimes contra a segurança do Estado;
34. Lei n.° 8/91, de 18 de Julho, regula o direito a associação. Publicada no dia
18 de Julho de 1991, I Série, BR n.º 29.
35. Lei n.˚ 9/91, de 18 de Julho2, - Exercício da liberdade de reunião e de
manifestação, Publicada no dia 18 de Julho de 1991, I Série, BR n.º 29.
36. Lei n.o 18/91, de 10 de Agosto - Lei da Liberdade de Imprensa, publicada no
3.˚ Suplemento da I Série do Boletim da República, n.˚ 32, de 10 de Agosto
de 1991;
37. Lei n.° 14/92, de 14 de Outubro, Publicada no dia 14 de Outubro de 1992, I
Série, BR n.º 42, Suplemento, altera os artigos 1, 5, 6, 11, 14, 16 e 23 todos
da Lei n.˚ 7/91, de 23 de Janeiro, Lei-quadro dos partidos políticos em
Moçambique;
38. Lei n.º 13/92, de 14 de Outubro, publicada no dia 14 de Outubro de 1992, I
Série, BR n.º 42, Suplemento. Aprova o Acordo Geral de Paz, entre o
Governo da República de Moçambique e a Renamo (Movimento de
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Publicado no Suplemento da I Série, do Boletim da República, n.˚ 29, de 18 de Julho de 1991;

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Resistência Nacional de Moçambique), celebrado em Roma, a 4 de Outubro
de 1992;
39. Lei n.˚15/92, de 14 de Outubro, que aministia os crimes cometidos contra a
segurança do Povo e do Estado Popular, previstos na lei n.˚ 2/79, de 1 de
Março e na Lei n.˚ 1/83, de 16 de Março, os crimes contra a segurança do
Estado, previstos na lei n.˚ 19/91, de 16 de Agosto e os crimes militares
previstos na lei n.˚ 17/87, de 21 de Dezembro e ainda aqueles cujos
procedimentos criminais não tenha sido instaurados até 1 de Julho de 1988;
40. Lei n.˚ 19/92, de 31 de Dezembro3, - Lei da Polícia da República de
Moçambique
41. Lei n.º 13/92, de 14 de Outubro, publicada no dia 14 de Outubro de 1992, I
Série, BR n.º 42, Suplemento. Aprova o Acordo Geral de Paz, entre o
Governo da República de Moçambique e a Renamo (Movimento de
Resistência Nacional de Moçambique), celebrado em Roma, a 4 de Outubro
de 1992;
42. Lei n.º 11/92, de 8 de Outubro, acresce ao artigo 204 da Constituição da
República de Moçambique o n.˚ 3, que decorre da aplicação do Acordo
Geral de Paz, de 4 de Outubro de 1992 que veio acrescentar ao artigo 212 na
Constituição da República Publicado no Suplemento da I série do Boletim
da República, n.˚ 41, de 8 de Outubro de 1992;
43. Lei n.˚ 12/92, de 9 de Outubro, altera os artigos 30, 107, 113, 134 e 202
todos da Constituição da República, publicada no 2.˚ Suplemento da I série
do Boletim da República, n.˚ 41, de 9 de Outubro de 1992;
44. Lei n.º 4/93, de 28 de Dezembro, Publicada na I série do Boletim da
República n.˚ 2, de 12 de Janeiro de 1994;
45. Lei n.˚ 9/96, de 22 de Novembro, Publicada no suplemento da I Série do
Boletim da República n.˚ 47, de 22 de Novembro, Introduz princípios sobre
o Poder Local no Texto da Lei Fundamental.
46. Lei n.˚ 9/98, de 14 de Dezembro, publicada no suplemento da I Série do
Boletim da República n.˚ 49, de 14 de Dezembro, altera os artigos 107 e 181
da Constituição da República;
47. Lei n.˚ 7/2001, de 7 de Julho, actualiza o regime sobre o exercício da
liberdade de reunião e de manifestação instituído pela Lei n.° 9/91, de 18 de
Julho publicada no dia 7 de Julho de 2001, I Série, BR n.º 27, Suplemento;

Fevereiro de 2017
O Regente

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Doutor António Salomão Chipanga

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Publicado no 3.˚ Suplemento da I Série, do Boletim da República, n.˚ 53, de 31 de Dezembro de 1992;

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