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TUDO SOBRE INTERDIÇÃO DE ÉBRIOS HABITUAIS E VICIADOS EM

TÓXICOS

A interdição de ébrios habituais e viciados em tóxicos é prevista na legislação


brasileira, no artigo 1.767 do Código Civil Brasileiro. Assim se expressa a lei:

Estão sujeitos a curatela:

I – aqueles que, por causa transitória ou


permanente, não puderem exprimir sua vontade;
[…]

III – os ébrios habituais e os viciados em tóxico; […]

V – os pródigos.

É importante notar que, embora figurem no mesmo inciso, a lei apresenta


distinção clara entre o ébrio habitual e o viciado em tóxicos. Este é um artigo
que se dedica a tratar dessas duas situações, em específico. Se você buscar
conteúdos sobre as interdições em geral, ou sobre as demais modalidades de
interdição, pode acessar clicando aqui, e conferir o conteúdo produzido por
nossa equipe!

Quais os critérios que permitem a interdição de ébrios habituais e viciados


em tóxicos?
Para que a interdição de ébrios habituais e viciados em tóxicos seja possível, é
necessário observar mais do que o mero consumo regular destes itens. Este
consumo deve apresentar impacto na capacidade de tomar decisões,
sobretudo de natureza financeira, prejudicando a qualidade de vida do
interditado.
Em outras palavras, o fato de alguém ser ébrio eventual – popularmente
chamado de alcoólatra – não é suficiente para que se designe um curador que
cuide de suas finanças. O mesmo pode ser dito a respeito do viciado em outros
tóxicos (caso contrário, toda pessoa viciada em nicotina estaria sob a
possibilidade de interdição, mesmo que isso não afete sua cognição).
É necessário o elemento de descontrole, de dano patrimonial, para que se
possa evidenciar a necessidade de interdição da pessoa.
Também é relevante considerar que, neste caso, não se confunde a interdição
com a internação. Às duas modalidades apresentam objetivos e bens jurídicos
diferentes a serem resguardados.

Quanto tempo dura a interdição de ébrios habituais e viciados em tóxicos?


A interdição de ébrios habituais e viciados em tóxicos só dura enquanto a
própria condição durar. Isso significa que se o indivíduo se curar do vício, não
há motivo para a manutenção da curatela sobre si.
Por outro lado, isso não quer dizer que alguns dias sem o consumo de álcool ou
drogas sejam suficientes para restaurar a plena capacidade da pessoa
interditada: é necessária regularidade e permanência fora dessas condições –
muitas vezes, medicamente atestadas – para reverter a situação.

Quem é o curador?
Curador é a pessoa responsável pela tomada das decisões que a condição
vivida pela pessoa impede que ela tome por si só. Normalmente, são
apontados familiares próximos: cônjuges, descendentes, ascendentes e irmãos
para a atividade.
São estas mesmas pessoas as legitimadas para solicitar a interdição. O curador
sempre é determinado pela Justiça, e pode ser, em alguns casos, terceiro
designado, sem relação pessoal com o curatelado.

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