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REVISÃO

Oficina de Tecnologias
Contemporâneas e de
Comunicação
AVALIAÇÃO AB1
Aula 1: O meio é a mensagem
● “O meio é a mensagem”: significa que a forma como uma informação é entregue (o meio) tem
tanto ou mais impacto no receptor quanto o próprio conteúdo da mensagem. Marshall McLuhan
introduz a ideia de que a tecnologia e os meios de comunicação são extensões do corpo e da
mente humana. Cada meio, seja ele a palavra impressa, o rádio, a televisão ou outros, tem seu
próprio conjunto de características que influenciam a maneira como as informações são
percebidas e moldam a sociedade de acordo com as suas particularidades.
● McLuhan tem a compreensão de que os meios de comunicação moldam não apenas o conteúdo
específico transmitido, mas também as interações sociais, a cultura e a percepção coletiva. A
televisão, por exemplo, trouxe uma nova forma de experiência coletiva, moldando percepções e
interações sociais. Com a ascensão das redes sociais na era digital, a coletividade não é mais
restrita entre comunidades locais, mas pode se estender por fronteiras geográficas.
Aula 1: O meio é a mensagem
● “Liberação do pólo de emissão”, de acordo com André Lemos, significa que os conteúdos
passaram a ser produzidos por qualquer pessoa, ou seja, o pólo de emissão das informações
deixou de ser centralizado nos veículos tradicionais e passou a estar distribuído entre todos os
usuários. A partir dessa ideia, há a possibilidade de uma comunicação todos-todos numa lógica
de redes, em que emissor e receptor se fundem e passam a ser potencialmente cocriadores da
mensagem.
● Na era digital, a disputa por atenção tornou-se um desafio crucial para os veículos de
comunicação. A proliferação de informações online, o acesso instantâneo à internet e a
diversidade de plataformas de mídia criaram um ambiente altamente competitivo. Os veículos de
comunicação competem não apenas entre si, mas também com outras formas de
entretenimento e distração online. Isso exige estratégias eficazes para chamar a atenção do
público e retê-la, o que pode pôr em risco a qualidade do conteúdo noticiado.
Aula 2: As características da linguagem nos
meios digitais
Jornalismo digital em base de dados (4ª etapa do jornalismo digital):

● Refere-se a como as empresas de comunicação passaram a explorar cada vez mais os


dados de seus próprios portais online para otimizar a experiência e suas estratégias de
conteúdo. Ao apresentar conteúdo relevante, as empresas buscam aumentar o
engajamento do usuário e o tempo gasto no site, o que não apenas melhora a experiência
do usuário, mas traz métricas positivas na receita da empresa via publicidade.
● O uso da memória no jornalismo digital de 4ª geração refere-se à prática de aproveitar a
riqueza de conteúdo existente nos arquivos de uma organização de notícias para criar
narrativas mais completas, contextualizadas e envolventes. Essa prática envolve resgatar,
relacionar e apresentar informações anteriores de maneira significativa para os leitores. Isso
pode ocorrer por meio de hiperlinks e referências cruzadas, arquivos online (histórico de
notícias) e recomendações de conteúdo relacionado, por exemplo.
Aula 2: As características da linguagem nos
meios digitais
Continuum multimídia (5ª etapa do jornalismo digital):

● Compõe um dos traços característicos para o que se depreende como novo estágio de
evolução para o jornalismo em redes digitais, definindo uma nova etapa evolutiva do
jornalismo marcado pela horizontalidade nos fluxos de produção, edição e distribuição,
circulação e recirculação dos conteúdos.
● As mídias móveis se tornaram propulsoras de um novo ciclo de inovação e renovação para
os processos de produção de conteúdos, fazendo com que o jornalismo adaptasse
linguagem, formatos de apresentação, edição, circulação, etc.
● Aqui também entra a ideia da disputa por atenção de um público que está cada vez mais
disperso com o intenso fluxo de informações disseminadas no ambiente digital.
Aula 3: Transformações no jornalismo: da
convergência à plataformização
Convergência midiática:
● Henry Jenkins instituiu esse conceito considerando a integração de diferentes
plataformas de mídia na produção e distribuição de conteúdo, marcando uma colisão
entre as velhas e novas mídias (seja em forma de união ou de confronto).
● Envolve a combinação de diversos formatos de mídia em uma narrativa, como texto,
áudio, vídeo, gráficos interativos e redes sociais, em um esforço para criar uma
experiência de notícias que atende à diversidade de dispositivos e preferências de
consumo do público.
● Surgimento da ideia de um jornalista multifuncional, que vai dar conta de diversos tipos
de mídia.
Aula 3: Transformações no jornalismo: da
convergência à plataformização
Plataformização:
● Com a plataformização, há uma crescente dependência das empresas jornalísticas em
relação às plataformas digitais. Dessa forma, essas organizações perderam a autonomia
sobre seu público e sobre a entrega do próprio conteúdo.
● A visibilidade do conteúdo é influenciada pelos algoritmos das plataformas, o que pode
resultar em um ambiente em que a atenção é direcionada para histórias que geram
engajamento rápido. Para atender essa necessidade dos usuários, o jornalismo nas
plataformas acaba perdendo sua qualidade ao optar por estratégias que visam o
sensacionalismo.
● Muitas empresas jornalísticas dependem significativamente da publicidade digital, e a
plataformização pode afetar diretamente a receita dessas organizações, pois as
plataformas muitas vezes controlam a publicidade que é veiculada em seu ambiente.
Aula 4: Propaganda Computacional e
Desinformação
● O jornalismo profissional enfrenta diversos desafios diante da influência da propaganda
computacional, especialmente no contexto da disseminação de desinformação no ambiente
digital. Essa disseminação está cada vez mais eficiente, considerando que ela tem o potencial
de combinar ferramentas como bots, sites de junk news e disparos em massa em apps de
mensageria com o objetivo de manipular interações sociais.
● Com a proliferação da desinformação online, os jornalistas enfrentam o desafio de garantir a
credibilidade do jornalismo profissional, o que requer uma abordagem que envolva tanto
jornalistas quanto o público, além de parcerias com organizações, governos e plataformas
digitais.
● A promoção da transparência, ética e responsabilidade continua sendo fundamental para a
integridade do jornalismo profissional.
Aula 5: Jornalismo de dados
● O jornalismo de dados é uma prática que se concentra na coleta, análise e visualização de
dados para contar histórias dentro do universo jornalístico.
● Os jornalistas de dados coletam informações, o que pode envolver a obtenção de dados
governamentais, pesquisa em bancos de dados públicos, entrevistas, pesquisas e outras
fontes disponíveis.
● A visualização é uma parte fundamental do jornalismo de dados. Gráficos, mapas interativos,
infográficos e outras representações visuais.
Links das recomendações de leituras
Cultura da Convergência - Henry Jenkins (pdf) | Yngridy Pires - Academia.edu
O meio é a mensagem (McLuhan)
ART07_Mancini_Vasconcellos.indd (journalismcourses.org) .
http://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/viewFile/fem.2016.181.07/5300
Um mapeamento de características e tendências no jornalismo online brasileiro (ufba.br)
Poell_et_al._Plataformizac_a_o_2020_.pdf (uva.nl)

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