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à Decisão
Prof. Jan Charles Gross
2010
Copyright © UNIASSELVI 2010
Elaboração:
Prof. Jan Charles Gross
658.5036
265. p.: il
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7830- 473-7
Impresso por:
Apresentação
Prezado acadêmico!
III
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o
assunto em questão.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Bons estudos!
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO PROCESSO DECISÓRIO....................................................1
VII
4.4 CRITÉRIO DE MÍNIMO ARREPENDIMENTO........................................................................42
5 DECISÕES SOB RISCO....................................................................................................................44
5.1 CRITÉRIO DE HURWICZ............................................................................................................44
RESUMO DO TÓPICO 2.....................................................................................................................46
AUTOATIVIDADE...............................................................................................................................47
VIII
8.2 SINAIS DE ALTA E BAIXA FREQUÊNCIA..............................................................................120
8.3 ACEITAÇÃO DA GESTÃO DE SINAIS DE BAIXA FREQUÊNCIA.....................................121
8.4 IDENTIFICAÇÃO DE SINAIS DE BAIXA FREQUÊNCIA.....................................................121
8.5 ESTIMATIVA DE IMPACTO........................................................................................................122
8.6 ESTRATÉGIAS ALTERNATIVAS DE RESPOSTA....................................................................123
8.7 RESPOSTAS FACTÍVEIS...............................................................................................................126
8.8 DINÂMICA DE RESPOSTA.........................................................................................................127
8.9 DIAGNÓSTICO DE PREPARAÇÃO..........................................................................................129
8.10 PERFIL DE OPORTUNIDADE-VULNERABILIDADE.........................................................131
8.11 OPÇÕES DE DECISÃO...............................................................................................................133
8.12 ESCOLHA DO TIPO DE RESPOSTA........................................................................................135
RESUMO DO TÓPICO 2.....................................................................................................................138
AUTOATIVIDADE...............................................................................................................................139
IX
6.1.5 Híbrida ................................................................................................................................. 172
6.1.6 Métodos em outras escolas..................................................................................................172
6.2 ALGORITMOS/MÉTODOS/METODOLOGIAS PUROS.........................................................172
6.3 USADOS PARA DECISÃO EM GRUPO/NEGOCIAÇÃO......................................................173
7 MODELAGEM DAS PREFERÊNCIAS..........................................................................................173
8 PRINCIPAIS ESTRUTURAS DE PREFERÊNCIAS.....................................................................175
8.1 PRÉ-ORDEM COMPLETA...........................................................................................................175
8.2 QUASE-ORDEM E ORDEM DE INTERVALO..........................................................................177
8.3 PRÉ-ORDEM PARCIAL................................................................................................................178
8.4 PSEUDO ORDEM..........................................................................................................................178
8.5 RELAÇÕES DE PREFERÊNCIA NEBULOSA...........................................................................180
9 MODELAGEM DAS CONSEQUÊNCIAS.....................................................................................180
9.1 EIXOS DE SIGNIFICÂNCIA E CRITÉRIO DE DECISÃO.......................................................181
9.2 VERDADEIRO-CRITÉRIO, QUASE-CRITÉRIO E PSEUDOCRITÉRIO...............................181
9.3 MATRIZ DE DECISÃO E VETOR DE CONSEQUÊNCIAS....................................................183
9.4 AVALIAÇÃO E NORMALIZAÇÃO DAS PERFORMANCES DAS ALTERNATIVAS.......183
10 PESOS E TAXAS DE SUBSTITUIÇÃO........................................................................................185
10.1 METODOLOGIAS DE ATRIBUIÇÃO DE PESOS...................................................................186
10.1.1 Smart.....................................................................................................................................188
10.1.2 Ordinal.................................................................................................................................188
10.1.3 AHP......................................................................................................................................189
10.1.4 Atribuição direta.................................................................................................................191
10.1.5 Swing weighting....................................................................................................................191
10.1.6 Trade-off weighting ............................................................................................................. 191
11 FAMÍLIA COERENTE DE CRITÉRIOS.......................................................................................192
11.1 AXIOMA DA EXAUSTIVIDADE........................................................................................192
11.2 AXIOMA DA COESÃO ...................................................................................................... 192
11.3 AXIOMA DA NÃO-REDUNDÂNCIA...............................................................................193
12 CONFLITO ENTRE CRITÉRIOS..................................................................................................195
13 ANÁLISE DE DOMINÂNCIA.......................................................................................................195
14 ANÁLISE DE CONCORDÂNCIA.................................................................................................196
15 ANÁLISE DE DISCORDÂNCIA...................................................................................................197
RESUMO DO TÓPICO 1.....................................................................................................................198
AUTOATIVIDADE...............................................................................................................................199
X
RESUMO DO TÓPICO 2.....................................................................................................................212
AUTOATIVIDADE...............................................................................................................................213
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................................263
XI
XII
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO AO
PROCESSO DECISÓRIO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. Ao final de cada um deles, você
encontrará atividades que auxiliarão na apropriação dos conhecimentos.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
CONCEITUAÇÃO BÁSICA
1 INTRODUÇÃO
Antes de iniciarmos nossos estudos em torno do assunto multicritério de
apoio à decisão, é necessário entendermos o que este termo significa, conhecendo
um pouco sobre a ciência de apoio à decisão.
3
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO PROCESSO DECISÓRIO
2 PESQUISA OPERACIONAL
A pesquisa operacional, de acordo com GEPAI (1999), surgiu e
desenvolveu-se durante a segunda guerra mundial. Apesar de o termo ter sido
empregado pela primeira vez em 1939, acredita-se que foi durante a primeira
revolução industrial que surgiram as situações-problemas que seriam tratadas no
futuro por essa nova ferramenta de apoio à tomada de decisão.
E
IMPORTANT
NOTA
4
TÓPICO 1 | CONCEITUAÇÃO BÁSICA
NOTA
5
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO PROCESSO DECISÓRIO
6
TÓPICO 1 | CONCEITUAÇÃO BÁSICA
3 CONCEITOS DE DECISÃO
De acordo com Gomes (2009), a palavra decisão é formada pelas palavras
de (que em latim significa parar, extrair, interromper) que se antepõe à palavra
caedere (que significa cindir, cortar). Tomada ao pé da letra, a palavra decisão
significa “parar de cortar” ou “deixar de fluir”.
Todavia, mesmo que ninguém queira tomar decisões ruins, é isso que
muitos de nós fazemos todos os dias, às vezes de maneira clamorosa. Aceitamos o
trabalho errado ou contratamos uma pessoa incompetente para um cargo crucial.
Erros espontâneos destroem vitórias em partidas de tênis e acabam com sonhos;
boas jogadas vencem jogos e constroem futuros. A questão é como prevenir, da
melhor maneira possível, os erros espontâneos e dar as tacadas certas.
7
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO PROCESSO DECISÓRIO
Conforme Gomes (2009), uma decisão precisa ser tomada sempre que
estamos diante de um problema que possui mais de uma alternativa para sua
solução. Mesmo quando, para solucionar um problema, possuímos uma única
ação a tomar, temos as alternativas de tomar ou não essa ação. Concentrar-se no
problema certo possibilita direcionar corretamente todo o processo.
Uma decisão, segundo Pidd (1998), deve ser tomada quando um indivíduo
ou um grupo enfrentam uma escolha que envolva mais de uma opção. A gama de
opções possíveis pode ser pequena, ou pode ser próxima ao infinito. As decisões
tendem a ser mais complicadas quando se tornam uma sequência de decisões,
cada uma das quais afeta as opções subsequentes.
• Decisões estruturadas:
• Decisões semiestruturadas:
8
TÓPICO 1 | CONCEITUAÇÃO BÁSICA
• Apenas parte do problema tem uma resposta clara e precisa, dada por um
procedimento aceito (LAUDON, 2006).
• Decisões não-estruturadas:
• São aquelas em que o responsável por elas deve usar seu bom senso, sua
capacidade de avaliação e sua perspicácia na definição do problema. Cada uma
dessas decisões é inusitada, importante e não-rotineira, e não há procedimentos
bem entendidos ou predefinidos para tomá-las (LAUDON, 2006).
Laudon (2006) cita que a tomada de decisões pode ser classificada por
nível organizacional, correspondendo aos níveis estratégico, gerencial, de
conhecimento e operacional. A tomada de decisões estratégicas determina os
objetivos, os recursos e as políticas da organização. A tomada de decisão para o
controle da gestão preocupa-se principalmente com o grau de eficiência e eficácia
com que os recursos são utilizados e com a qualidade do desempenho das
unidades de operação. O processo decisório operacional determina como realizar
as tarefas específicas apresentadas pelos tomadores de decisões das gerências
estratégica e média. Por fim, o processo decisório do nível do conhecimento trata
da avaliação de novas ideias para produtos e serviços, maneiras de comunicar
novos conhecimentos e modos de distribuir a informação por toda a organização.
• Simples ou complexas;
• Específicas ou estratégicas.
9
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO PROCESSO DECISÓRIO
dos quais a entidade opera. Ditam tanto os recursos aos quais o empreendimento
terá acesso para suas tarefas quanto os principais padrões nos quais esses recursos
serão alocados. E determinam a eficiência do empreendimento – se seus principais
esforços estão na direção dada pelo potencial de seus recursos – em contraposição
ao fato de as tarefas individuais serem ou não realizadas. O âmbito das operações é a
administração pela eficiência, juntamente com uma miríade de decisões necessárias
para manter a rotina diária e os serviços da empresa.
NOTA
10
TÓPICO 1 | CONCEITUAÇÃO BÁSICA
Há um problema? Inteligência
FONTE: Adaptado de: LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane P. Sistemas de informação
gerenciais: administrando a empresa digital. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
As pessoas “fazem a própria história”, observou Karl Marx, mas “elas não
a fazem sob circunstâncias escolhidas por elas mesmas, mas sob circunstâncias
diretamente encontradas, dadas ou transmitidas pelo passado”. Toda decisão
é, em maior ou menor grau, um produto de nossa história, da cultura na qual
existimos e de outras circunstâncias que não foram criadas por nós mesmos.
11
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO PROCESSO DECISÓRIO
Parece que estas decisões que emergem lentamente são mais fáceis
de tomar. Os resultados podem ser tão importantes quanto os das decisões
impulsionadas pelo relógio, mas a ação não é forçada pela pressão do momento:
há tempo para que todos os ângulos sejam analisados, para que todas as partes
interessadas sejam ouvidas. No entanto, o luxo da ponderação também pode se
tornar uma armadilha. Na ausência de gatilhos naturais, a situação que esperamos
resolver vai crescendo à nossa volta, até que algo – geralmente desagradável –
finalmente nos force a agir.
NOTA
Um bom livro sobre decisões, com o qual você pode aprender por meio de
histórias dramáticas como dominar a arte e a ciência da decisão, é A Hora da Verdade: A
Decisão Certa na Hora Certa, de Michael Useem. Se você quiser consultá-lo, procure a
referência completa no final deste caderno.
12
TÓPICO 1 | CONCEITUAÇÃO BÁSICA
DICAS
13
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO PROCESSO DECISÓRIO
DICAS
5 AGENTES DA DECISÃO
Conforme Gomes (2009), com frequência, os termos decisor, facilitador e
analista são usados como sinônimos. Esse fato decorre frequentemente de ser o
mesmo indivíduo, ou grupo de indivíduos, encarregado(s) de executar(em) as
três funções.
14
TÓPICO 1 | CONCEITUAÇÃO BÁSICA
5.1 DECISOR
O decisor, segundo Gomes (2009), pode ser uma pessoa ou um grupo de
pessoas, em nome do(s) qual(ais) é tomada a decisão. O decisor nessa situação
não participa do processo de decisão, porém irá influenciá-lo se possuir o poder
de veto. Haverá um grupo que tomará a decisão e irá oficializá-la mediante a
“assinatura” do decisor.
NOTA
NOTA
15
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO PROCESSO DECISÓRIO
5.2 FACILITADOR
O facilitador, de acordo com Gomes (2009), é um ator particular, cujo grau
de ingerência na atividade de apoio à decisão deveria ser contínuo, adotando
uma postura empática. No entanto, o facilitador deve tentar abstrair-se de seu
sistema de valor, a fim de não vir a influenciar os demais intervenientes.
NOTA
5.3 ANALISTA
Analista(s), conforme Gomes (2009), é (são) o(s) que faz(em) a análise,
auxilia(m) o(s) facilitador(es) e o(s) decisor(es) na estruturação do(s) problema(s)
e identificação dos fatores do meio ambiente que influenciam na evolução, solução
e configuração do problema. A maior parte do trabalho do analista consiste na
formulação do problema, e em ajudar as pessoas a visualizá-lo.
16
TÓPICO 1 | CONCEITUAÇÃO BÁSICA
DICAS
17
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO PROCESSO DECISÓRIO
NOTA
7 CONCEITO DE SISTEMAS
Sistema, de acordo com Gomes (2009), pode ser conceituado como:
• qualquer unidade que processa certos insumos a fim de obter certos resultados;
18
TÓPICO 1 | CONCEITUAÇÃO BÁSICA
Sistema
Subsistema
Subsistema
Subsistema
Subsistema
Subsistema
FONTE: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões; ALMEIDA, Adiel
Teixeira de. tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 11.
7.1 PROBLEMAS
De acordo com Gomes (2009), para o correto entendimento de um
problema, é necessário decompor o mesmo em partes que facilitem a definição
de passos necessários para a solução (atacar as causas do problema).
Definir um problema talvez seja a fase mais crítica, segundo GEPAI (1999). É
preciso conhecer bem a situação em que se pretende atuar. É necessário ter bem claro
qual é realmente o problema, para que seja possível solucionar de forma correta o
problema certo. Um bom levantamento de dados é imprescindível. Uma boa análise
desses dados também é vital para determinar a verdadeira necessidade do usuário.
19
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO PROCESSO DECISÓRIO
No estudo dos problemas, deve-se ter cuidado com crenças que não geram
fatos, pois uma crença prova apenas a existência do “fenômeno da crença”, mas de
nenhuma forma, a realidade de seu conteúdo. O fato indiscutível de diariamente
observarmos o sol nascer no leste e se pôr no oeste não prova a teoria de que o sol
gira em torno da Terra.
20
TÓPICO 1 | CONCEITUAÇÃO BÁSICA
Meio Ambiente
Entrada Saída
Sistema
FONTE: Adaptado de: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões;
ALMEIDA, Adiel Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2009, p. 14.
21
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO PROCESSO DECISÓRIO
• sinergia;
Para Gomes (2009), modelar é arte e ciência. Não existe receita, porém
respeita princípios gerais e técnicas.
• a avaliação do modelo seja feita nos termos e nos aspectos do estudo a ser
realizado, pois um modelo só é válido para a finalidade para a qual foi construído.
22
TÓPICO 1 | CONCEITUAÇÃO BÁSICA
NOTA
• haja conscientização de que o modelo tem sua qualidade afetada pelo tempo
disponível para confecção, pelo pessoal envolvido e pelos recursos materiais.
23
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO PROCESSO DECISÓRIO
FONTE: Adaptado de: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões; ALMEIDA,
Adiel Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009, p. 19.
24
TÓPICO 1 | CONCEITUAÇÃO BÁSICA
NOTA
7.3 QUANTIFICAÇÃO
Segundo Gomes (2009), “Quando você pode medir aquilo sobre o que está
falando e expressá-lo em números, saberá algo a respeito do assunto; quando não
pode medi-lo, quando não pode expressá-lo em números, seu conhecimento é de
um tipo pobre e insuficiente; poderá ser o início do conhecimento, mas em seus
pensamentos você mal avançou para o estágio da ciência.”
Se um objetivo não for medido, seus resultados não podem ser conhecidos.
Se os resultados não são conhecidos, o objetivo não pode ser controlado, e o ato
de atingi-lo não pode ser avaliado.
NOTA
26
AUTOATIVIDADE
27
28
UNIDADE 1
TÓPICO 2
PROCESSO DECISÓRIO
1 INTRODUÇÃO
A teoria da decisão, segundo Gomes (2009), não é uma teoria descritiva ou
explicativa, já que não faz parte de seus objetivos descrever ou explicar como e/ou
por que as pessoas (ou instituições) agem de determinada forma ou tomam certas
decisões. Pelo contrário, trata-se de uma teoria ora prescritiva ora normativa, no
sentido de pretender ajudar as pessoas a tomarem decisões melhores, em face
de suas preferências básicas. A teoria da decisão parte do pressuposto de que os
indivíduos são capazes de expressar suas preferências básicas, e são racionais,
quando enfrentam situações de decisão simples. Com base nessa proposição,
a metodologia desenvolvida pela teoria da decisão permite a resolução de
problemas de decisão mais complexos. Salientamos que o ser humano tem uma
capacidade cognitiva limitada. Assim, tem limitação para compreender todos os
sistemas a seu redor e/ou processar todas as informações que recebe.
29
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO PROCESSO DECISÓRIO
• gerar alternativas;
• avaliar as alternativas;
• modelagem da situação/problema;
• solução computacional;
• implementação da solução;
• manutenção do modelo.
30
TÓPICO 2 | PROCESSO DECISÓRIO
• formulação do problema;
• análise do problema;
• busca de alternativas;
De acordo com Gomes (2009), existem seis elementos comuns a toda decisão:
• decisor;
• objetivo;
• preferências;
PRINCÍPIO FERRAMENTA
1. Esclareça o que sua decisão requer Peça esclarecimento das suposições subjacentes e do
antes de tentar tomá-la. propósito de uma decisão.
FONTE: Adaptado de: USEEM, Michael. A hora da verdade: a decisão certa na hora certa. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2007. p. 150-151.
31
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO PROCESSO DECISÓRIO
32
TÓPICO 2 | PROCESSO DECISÓRIO
NOTA
33
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO PROCESSO DECISÓRIO
• planejamento da ação;
Premissas:
• para haver decisão, são necessárias pelo menos duas alternativas, classificadas
em pelo menos dois critérios/atributos; pode haver conflito entre os critérios; e/
ou as alternativas podem não possuir crescimento monotônico simultâneo em
todos os critérios/atributos;
Dificuldades:
34
TÓPICO 2 | PROCESSO DECISÓRIO
Cuidados:
Elementos:
• atores da decisão;
• problema;
• objetivo;
• preferências;
• entradas ou insumos;
• alternativas;
• critérios e atributos;
• controle e realimentação.
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UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO PROCESSO DECISÓRIO
Etapas:
36
TÓPICO 2 | PROCESSO DECISÓRIO
XII– Implementação
XIII– Realimentação
Avaliar o desempenho.
37
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO PROCESSO DECISÓRIO
2.4.2 Generalização
Identificar o que aconteceria se o ato contido no seu processo decisório
viesse a se tornar uma norma para todos.
2.4.3 Reflexão
Verificar e refletir a respeito das influências culturais, observando o modo
como elas interferem nas escolhas e decidindo quais costumes devem ser seguidos.
2.4.6 Heranças
Fazer uso completo das heranças religiosas, artísticas, políticas etc. que
podem iluminar a compreensão de questões da vida e do processo decisório.
38
TÓPICO 2 | PROCESSO DECISÓRIO
• Problemas estruturados: são aqueles cuja solução pode ser alcançada seguindo
processos lógicos e muito bem definidos. Esses problemas são rotineiros e
repetitivos; por isso são programáveis em computador. Os sistemas de informação
tradicionais buscam resolver esses tipos de problemas. Nessa situação, a ação é
conhecida, e a decisão está sujeita a resultados conhecidos, ou seja, as consequências
são conhecidas. Esses problemas classificam-se como decisão em condições de certeza.
É possível ao decisor escolher a alternativa que possui a melhor relação ganho/
perda. A certeza é determinística. A esse tipo de problema também está associado
o conceito de Universo Certo, pois é a hipótese da informação perfeita; cada linha
de ação tem uma consequência definida (somente uma). Segundo Laudon (2006),
envolvem um procedimento predefinido, de modo que não precisam ser tratadas
a cada vez como se fossem novas.
39
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO PROCESSO DECISÓRIO
40
TÓPICO 2 | PROCESSO DECISÓRIO
A situação abordada por ele – uma empresa vende bem com calor (veja
no quadro a seguir):
FONTE: Adaptado de: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões;
ALMEIDA, Adiel Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2009. p. 40.
41
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO PROCESSO DECISÓRIO
FONTE: Adaptado de: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões;
ALMEIDA, Adiel Teixeira de. Tomada de Decisão Gerencial: Enfoque Multicritério. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2009, p. 41.
FONTE: Adaptado de GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões;
ALMEIDA, Adiel Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2009. p. 41.
42
TÓPICO 2 | PROCESSO DECISÓRIO
FONTE: Adaptado de: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões;
ALMEIDA, Adiel Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2009. p, 41.
Em cada coluna, será diminuído do valor de cada célula o maior valor que
seria obtido com o estado da natureza.
FONTE: Adaptado de: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões;
ALMEIDA, Adiel Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2009, p. 42.
VERÃO
VERÃO COM VERÃO PIOR
ALTERNATIVAS COM
DIAS DE CHUVA CHUVOSO ARREPENDIMENTO
MUITO SOL
a1 0 0 400 400
a2 1.000 1.100 100 1.100
a3 4.950 1.950 0 4.950
FONTE: Adaptado de: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões;
ALMEIDA, Adiel Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São
Paulo: Atlas. 2009, p. 42.
43
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO PROCESSO DECISÓRIO
Por mais que a tecnologia evolua, a decisão sempre será uma atividade
humana e baseada em um número maior de ciências, como Economia, Matemática,
Psicologia etc. Para diminuir o número de alternativas em um processo de decisão,
ou simplesmente agrupá-las para facilitar o processo, o decisor poderá utilizar-se
do conceito Disjuntivo e Conjuntivo. Esse processo permite separar alternativas
em aceitáveis e não aceitáveis.
44
TÓPICO 2 | PROCESSO DECISÓRIO
FONTE: Adaptado de GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões;
ALMEIDA, Adiel Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São
Paulo: Atlas. 2009, p. 42.
45
RESUMO DO TÓPICO 2
Caro acadêmico, neste tópico você conheceu que:
46
AUTOATIVIDADE
5 De acordo com Gomes (2009), qual será o método escolhido pelo decisor
otimista e qual será o método escolhido pelo decisor pessimista para a
tomada de decisões complexas?
47
48
UNIDADE 1
TÓPICO 3
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES
1 INTRODUÇÃO
Os SI são o requisito básico para a decisão automatizada. As informações
que a empresa possui devem estar, de preferência, totalmente integradas, e essa
integração deverá ser preferencialmente feita por computadores em rede, pois
isso permitirá a todos os seus membros o acesso aos dados mais recentes da
empresa a qualquer momento. Todos os sistemas, por melhores que sejam, estão
sujeitos a falhas, e devemos sempre tentar identificá-las e corrigi-las.
49
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO PROCESSO DECISÓRIO
• sistemas Especialistas;
50
TÓPICO 3 | SISTEMAS DE INFORMAÇÕES
DICAS
51
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO PROCESSO DECISÓRIO
• banco de Dados;
• banco de Modelos;
• comunicação ou Interfaces.
52
TÓPICO 3 | SISTEMAS DE INFORMAÇÕES
53
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO PROCESSO DECISÓRIO
4 SISTEMAS ESPECIALISTAS
De acordo com Gomes (2009), os SE, também chamados de Sistemas
Baseados em Conhecimentos (SBC), foram a abertura da Inteligência Artificial (IA).
Esses sistemas tentam reproduzir, com perfeição, os resultados que seriam obtidos
por especialistas humanos, pelo uso de um conjunto de regras para a decisão.
54
TÓPICO 3 | SISTEMAS DE INFORMAÇÕES
• Aumentar os lucros;
• devem facilitar a comunicação nas reuniões, por meio de interação direta com
um sistema, ou uma decisão grupal pode ser colocada no sistema por meio de
um interlocutor.
55
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO PROCESSO DECISÓRIO
• interface amigável;
• banco de modelos que permita ao usuário utilizar o modelo que mais o agrade;
56
TÓPICO 3 | SISTEMAS DE INFORMAÇÕES
LEITURA COMPLEMENTAR
57
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO PROCESSO DECISÓRIO
Como exemplos de decisões que via de regra são tomadas no nível estratégico
de planejamento por parte das organizações, podemos elencar os seguintes:
58
TÓPICO 3 | SISTEMAS DE INFORMAÇÕES
59
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO PROCESSO DECISÓRIO
60
TÓPICO 3 | SISTEMAS DE INFORMAÇÕES
Pode-se dizer que o grupo atingiu consenso quando finalmente concorda com
uma única alternativa e cada membro pode dizer honestamente ao outro 3 coisas:
3. Quer eu prefira ou não esta decisão, eu a apoiarei, porque ela foi alcançada de
um modo aberto e justo.
61
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO PROCESSO DECISÓRIO
“Quando está para ser tomada uma grande decisão, uma proposta escrita
coloca em discussão uma alternativa melhor. A tarefa de redigir a resposta vai para
o membro mais jovem e mais novo do departamento envolvido. Naturalmente,
o presidente, ou o vice-presidente, conhece as alternativas aceitáveis, e o jovem
tenta ao máximo calcular quais são elas. Conversa com todos, solicitando opiniões,
dando atenção especial aos que conhecem melhor o homem da cúpula. Ao fazer
isso, ele está buscando um terreno comum.
Por fim, é redigida uma proposta formal que depois circula desde a base da
organização até o topo. Em cada estágio, o administrador em apreço manifesta sua
concordância fixando seu carimbo no documento. No final deste processo “ringi”
a proposta está literalmente coberta de carimbos de aprovação de 60 e 80 pessoas.
“Se você vai ao Japão efetuar uma venda ou fechar um negócio e pensa que isso
levará 2 dias, é melhor pensar em 2 semanas e, se você tiver sorte, conseguirá um talvez”.
Os japoneses levam a vida inteira para tomar uma decisão. É verdade, mas
os empresários japoneses que têm experiência em lidar com os Estados Unidos,
frequentemente dirão:
62
TÓPICO 3 | SISTEMAS DE INFORMAÇÕES
63
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO PROCESSO DECISÓRIO
Por outro lado, em uma empresa japonesa, Mitsuo, Yoshito e Nori formarão
uma equipe coletivamente responsável pela aquisição de material de escritório.
Cada um participa em todas as decisões significativas na compra de quaisquer
desses bens ou serviços. Se Nori estiver impedida de trabalhar, é perfeitamente
natural que Mitsuo e Yoshito fiquem com sua carga de trabalho. Quando Nori
voltar a trabalhar, ele pode imediatamente começar a fazer a sua parte. Isto não
significa que provavelmente Mitsuo e Yoshito terão de trabalhar mais do que o
habitual, talvez durante um semestre ou um ano; e também poderão recorrer
a Massao, que trabalhava em compras, mas agora foi transferido para seção
de computador. Este fluxo de pessoas somente pode ser realizado se Mitsuo e
Yoshito confiarem em que a organização tem uma memória e se souberem que
seus esforços extras feitos agora serão recompensados mais tarde. No final haverá
injustiça e igualdade.
FONTE: VIEIRA, Paulo Roberto. Peculiaridades do processo decisório. Disponível em: <http://www.
sato.adm.br/artigos/espaco_rh_pec_proc_decisorio.htm>. Acesso em: 2 fev. 2010.
64
RESUMO DO TÓPICO 3
Caro acadêmico, neste terceiro tópico você estudou os seguintes conceitos:
• Sistemas de apoio à decisão são usados para resolver problemas mais complexos
e menos estruturados, tentando combinar modelos e/ou técnicas analíticas.
Objetivam a melhoria da eficácia e produtividade de gerentes e profissionais,
sendo sistemas interativos utilizados por indivíduos com pouca experiência
em computação e métodos analíticos.
• Sistemas de informação para executivos são usados pela alta gerência sem
ajuda de intermediários, e proporcionam acesso on-line direto às informações
atuais da empresa, auxiliando o executivo a atingir os objetivos e mensurar o
progresso, verificando se as metas foram atingidas.
65
AUTOATIVIDADE
66
UNIDADE 2
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Nesta unidade vamos:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. Ao final de cada um deles, você
encontrará atividades que o auxiliarão na apropriação dos conhecimentos.
67
68
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
O termo “sistema” é de uso comum. Raramente pensamos profundamente
a respeito de termos tais como sistema digestivo ou sistema nervoso, quando
falamos a respeito do nosso corpo. De modo similar, falamos de sistemas de
transportes, sistemas econômicos e sistemas do governo. Também podemos falar
de sistema solar, sistemas mecânicos e sistemas de computador. De fato, em
alguns casos, a palavra sistema quase perdeu seu significado desde que se tornou
tão corriqueira. Geralmente usamos o termo para descrever algo no qual temos
interesse e cujo comportamento desejamos estudar. Parece que as ideias que
usualmente se incluem sob a bandeira das “abordagens sistêmicas” originaram-
se nos estudos de sistemas biológicos e mecânicos. Mais tarde, foram aplicadas à
administração, mas isto exigiu algumas modificações significativas.
69
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
• sistemas têm fronteiras, isto é, eles são todos. Algumas coisas estão dentro do
sistema, outras não e estas que não estão constituem o ambiente do sistema.
Em um sistema aberto, a fronteira é permeável em ambas as direções e há
comunicação e interação ao longo da fronteira. A maneira pela qual o sistema
interage com seu ambiente constitui as relações externas do sistema. Como
mencionado acima, usualmente definimos as fronteiras pensando a respeito
dos relacionamentos entre os componentes em consideração no conjunto do
sistema. O sistema de controle da produção, mencionado acima, pode estar
localizado em uma organização que vende produtos a consumidores e que
compra materiais de fornecedores. Assim, espera-se que o sistema de controle
da produção comunique-se com outros sistemas dentro da organização. Além
disso, ao estudar as relações internas de um sistema, devemos também levar
em conta suas relações externas;
70
TÓPICO 1 | METODOLOGIAS DE APOIO À DECISÃO
NOTA
• sistemas desse tipo existem somente durante um intervalo de tempo finito, não
são eternos e continuam a existir em virtude das suas regras internas. Portanto,
uma característica dos sistemas abertos será o processo de regulação, controle
e governo que o mantém ao longo do tempo. Estes sistemas podem estar em
equilíbrio, mas esta estabilidade não é a mesma coisa que estase. Um sistema
estável pode persistir, mas também está sujeito a mudanças tanto nas suas
relações internas quanto externas. Consequentemente, o sistema de controle
da produção se sustentará por um fluxo constante de entrada de informações e
será operado de acordo com certas regras que mudam ao longo do tempo. Um
sistema estático não está sujeito a mudanças e não responde a mudanças em
seu ambiente. Em algum momento, no entanto, qualquer sistema humano tem
sua experiência interrompida.
3 SISTEMAS HUMANOS
Na medida em que tais sistemas são considerados como de interesse,
existem mais duas considerações que devemos observar. Em primeiro lugar, a
diferença entre sistemas humanos e não-humanos (por exemplo, biológicos ou
elétricos) é obvia – sistemas de atividades humanas envolvem ações de pessoas.
São as implicações desta observação banal que interessam, porque isto é que os
distingue de sistemas que são meramente biológicos ou construídos pelo homem.
Segundo Pidd (1998), eles diferem dos sistemas biológicos porque foram, de certa
forma, criados e projetados por pessoas. Qualquer estabilidade que exista é uma
consequência do seu projeto, assim como seu comportamento. Por outro lado,
sistemas ecológicos ou biológicos vêm à existência como resultado de um feliz
71
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
72
TÓPICO 1 | METODOLOGIAS DE APOIO À DECISÃO
obter aquele pedido especial para um cliente importante como prometido. De modo
similar, um sistema de informações corporativo pode ser visto como um grande
benefício para as pessoas no centro da organização, mas para aqueles que estão
mais em contato com o meio externo pode parecer mais uma maldição. Esta é uma
das razões pelas quais, embora eles estejam aninhados, não devamos considerar
sistemas de atividades humanas como hierarquicamente organizados.
• eles são deliberadamente projetados por seres humanos com algum propósito
em mente;
73
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
FONTE: PIDD, Michael. Modelagem empresarial: ferramentas para tomada de decisão. Porto
Alegre: Bookman, 1998. p. 124.
74
TÓPICO 1 | METODOLOGIAS DE APOIO À DECISÃO
75
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
FONTE: PIDD, Michael. Modelagem empresarial: ferramentas para tomada de decisão. Porto
Alegre: Bookman, 1998. p. 125.
• a análise dos papéis que as pessoas estão assumindo ou que se espera que elas
assumam. Isto é uma tentativa de pensar a respeito da intervenção na qual o
analista e outros estão comprometidos. Haverá pelo menos três papéis – o cliente,
o resolvedor indicado do problema e o dono do problema. Estes papéis podem
coincidir e é claramente importante identificar as pessoas que os estão assumindo;
76
TÓPICO 1 | METODOLOGIAS DE APOIO À DECISÃO
77
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
FONTE: PIDD, Michael. Modelagem empresarial: ferramentas para tomada de decisão. Porto
Alegre: Bookman, 1998. p. 127.
78
TÓPICO 1 | METODOLOGIAS DE APOIO À DECISÃO
NOTA
79
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
• dono – Indivíduo ou grupo responsável pelo sistema proposto, uma vez que ele
tem o poder para modificá-lo ou mesmo para acabar com ele. Pode sobrepor-se
a outros atores do sistema;
FONTE: PIDD, Michael. Modelagem empresarial: Ferramentas para Tomada de Decisão. Porto
Alegre: Bookman, 1998. p. 129.
80
TÓPICO 1 | METODOLOGIAS DE APOIO À DECISÃO
81
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
• conduzindo uma discussão geral acerca das características de alto nível do modelo
conceitual vis-à-vis sua comparação com a situação real. Isto requer que o
analista dispenda tempo com os atores principais, explicando-lhes os modelos
e discutindo as diferenças e semelhanças. Diferentemente do ponto 1 (anterior),
neste caso, os atores principais devem conscientizar-se do modelo conceitual.
Como sempre, isto requer algum tato;
82
TÓPICO 1 | METODOLOGIAS DE APOIO À DECISÃO
83
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
FONTE: PIDD, Michael. Modelagem Empresarial: Ferramentas para Tomada de Decisão. 1. ed.
Porto Alegre: Bookman, 1998, p. 136.
84
TÓPICO 1 | METODOLOGIAS DE APOIO À DECISÃO
85
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
orgânica é no fundo a de uma máquina com foco soft. O que ele quer dizer com
isto é que ambas as metáforas, quando usadas, prestam pouca atenção à natureza
do mundo social. Ambas tendem a assumir isto de maneira tácita e consideram
que ele pode ser tratado em termos intelectuais ou lógicos. Esta é uma das críticas
dirigidas, de maneira junta ou não, à abordagem da SSM.
Por outro lado, a terceira metáfora, também de uso comum, é que uma
organização é uma expressão de uma cultura que é compartilhada por seus
membros. Esta cultura pode ser cooperativa, orientada para a ação, baseada em
pesquisa ou o que quer que seja. O uso da ideia de cultura organizacional implica
que as mudanças somente serão realizadas se puderem ser acomodadas dentro
da cultura – à parte de esforços deliberados para mudar a cultura (PIDD, 1998).
Como isto se relaciona com a SSM? Talvez seja melhor considerar a SSM
como uma maneira de pensar sistematicamente ou através de uma abordagem
orgânica, adaptando-a para se ajustar à ideia de cultura organizacional. Por isso a
ênfase de engajar-se com a cultura da organização. De acordo com Pidd (1998), a
SSM provê uma abordagem formalizada para obter entendimento dentro de uma
organização, prestando a devida atenção às questões culturais.
86
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você viu que:
• Sistemas abertos são aqueles que realizam alguma troca com seu ambiente.
Possuem mais do que um único componente e são organizados de alguma
forma. Têm fronteiras permeáveis em ambas as direções e há comunicação e
interação ao longo da fronteira. A maneira como os sistemas abertos interagem
com seu ambiente constituem as relações externas do sistema.
• Devem ser efetuadas pelo menos três análises sobre a metodologia de sistemas
soft: A primeira abordando a análise dos papéis que as pessoas estão assumindo,
a análise do sistema social em termos de papéis, normas e valores evidentes, e
a análise do sistema político, tentando compreender como interesses diferentes
encontram o equilíbrio.
87
AUTOATIVIDADE
2 Quais são os pontos do ciclo propostos para a abordagem SSM que tratam
da análise cultural, do mundo real?
4 Quais análises devem ser efetuadas em paralelo para que a abordagem SSM
seja multidimensional ao longo de sua aplicação?
88
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
A maior parte do tempo dos administradores de empresas é gasto lidando
com incertezas criadas pelo ambiente: manobras dos concorrentes, flutuações
econômicas, disponibilidade de matéria-prima, reivindicações trabalhistas etc. A
maioria dos administradores concordaria com a afirmação de que a mudança tem
sido sua principal preocupação até onde remonta sua lembrança e que a gestão
de mudanças é a razão de ser da administração.
2 MODELO BÁSICO
Se, por qualquer motivo, a empresa deixar de responder a uma ameaça,
as perdas por ela causadas continuarão a se acumular da maneira indicada pela
curva de “perda não controlada” na figura a seguir. Mas, cedo ou tarde, a maioria
das empresas toma alguma providência para resolver o problema. Na figura,
isso ocorre no momento TD. Se for impossível de substituir as vendas perdidas, a
solução será parar a linha de produção e eliminar custos de atividades que não
geram mais receita. Se houver alternativas mais positivas, a solução consistirá em
89
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
90
TÓPICO 2 | RESPOSTA ESTRATÉGICA EM TEMPO REAL
91
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
Em tais casos, o início da resposta ocorre muito depois do ponto racional TD,
passando-se mais um período, Td, como ilustrado na figura anterior. Segundo Ansoff
e McDonnell (1993), podemos identificar quatro fatores que contribuem para isso:
• uma demora política também poderá existir se certos administradores, cujas áreas
contribuem para as crises, acreditarem que o reconhecimento de uma crise afete a
sua reputação ou faça com que percam poder. Muito embora estejam convencidos
de que a ameaça é real, eles desejarão retardar quaisquer providências para evitar
se transformarem em bodes expiatórios, bem como ganhar espaço de manobra e
preparar uma linha de defesa, ou organizar uma linha de retirada.
92
TÓPICO 2 | RESPOSTA ESTRATÉGICA EM TEMPO REAL
• uma demora de rejeição por falta de familiaridade também poderia contribuir para as
outras três se, como é típico na cultura gerencial ocidental, os administradores
tiverem sido preparados para confiar em experiências prévias e conhecidas e rejeitar
experiências pouco conhecidas como sendo pouco prováveis ou não válidas.
4 ADMINISTRAÇÃO PLANEJADA
Tanto o comportamento decidido quanto o comportamento reativo ocorrem
após o advento do fato: a resposta é iniciada após a ameaça ter imposto pesadas
perdas à empresa. Tal comportamento não é surpreendente em empresas nas quais
a informação internamente disponível se restringe a eventos passados. Como grande
proporção das empresas ainda usa sistemas de informações gerenciais baseados em
dados passados, tanto o comportamento decidido quanto o comportamento reativo são
amplamente observados na prática. Nas empresas que se dedicam à previsão, dever-
se-ia esperar ver que a antecipação de ameaças e oportunidades fosse acompanhada
por uma resposta de caráter antecipatório. Mas tanto a observação quanto alguns
estudos recentes de respostas à crise do petróleo mostram que muitas empresas que
fazem previsão apresentam o mesmo comportamento de procrastinação que se nota
nas empresas reativas. (ANSOFF; MCDONNELL, 1993).
93
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
94
TÓPICO 2 | RESPOSTA ESTRATÉGICA EM TEMPO REAL
95
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
96
TÓPICO 2 | RESPOSTA ESTRATÉGICA EM TEMPO REAL
97
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
sim
Considerar não
medidas Ameaça
Previsão
estratégicas sustada?
extrapolativa
Nível de gestão
sim
98
TÓPICO 2 | RESPOSTA ESTRATÉGICA EM TEMPO REAL
Nível de gestão
Nível de ação
logística
Desempenho
Executar
passado
Previsão não
extrapolativa
Nível de gestão
Nível de ação
logística Executar
Desempenho medidas
passado estratégicas
Executar
medidas
operacionais
99
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
100
TÓPICO 2 | RESPOSTA ESTRATÉGICA EM TEMPO REAL
101
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
102
TÓPICO 2 | RESPOSTA ESTRATÉGICA EM TEMPO REAL
103
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
104
TÓPICO 2 | RESPOSTA ESTRATÉGICA EM TEMPO REAL
"Assessoria"
Identificação
Impacto/urgência
Avisos e alarmes
"Sala de operações"
Controle operacional
Painel da
Questões "sala de
operações"
Administração geral
Feedback de
desempenho Atribuição de prioridades
Estratégias
Controle estratégico
Feedback
estratégico
Projetos, unidades
operacionais
Resolução de questões
105
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
Tendências
Tendências de
ambientais desempenho Tendências
internas
Objetivos
Hiato de
objetivos
Acompanhar
Impacto/urgência
Urgente Adiável
106
TÓPICO 2 | RESPOSTA ESTRATÉGICA EM TEMPO REAL
Para Ansoff e McDonnell (1993), todas as organizações, com fins lucrativos ou não,
que se encontram num ambiente complexo e em rápida transformação, devem
identificar as tendências externas importantes e as possíveis descontinuidades
futuras significativas (como os saltos tecnológicos) e que parece exercer um
impacto forte sobre a organização (ANSOFF; MCDONNELL, 1993).
107
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
108
TÓPICO 2 | RESPOSTA ESTRATÉGICA EM TEMPO REAL
QUADRO 11 – OBJETIVOS
109
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
Prazo
Prazo até o Alocação da
Tendências Impacto necessário de Urgência
impacto questão
resposta
110
TÓPICO 2 | RESPOSTA ESTRATÉGICA EM TEMPO REAL
Como é mostrado nesse formato, a estimativa seguinte a ser feita para cada
tendência ou evento é da sua urgência. Isto é conseguido comparando o momento
provável da ocorrência do impacto do evento com o tempo necessário para que
a empresa responda adequadamente. Uma escala de três pontos é útil para uma
classificação em termos de urgência, segundo Ansoff e McDonnel (1993):
Impacto
Fraco Forte
Urgência
111
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
NOTA
112
TÓPICO 2 | RESPOSTA ESTRATÉGICA EM TEMPO REAL
Oportunidades Ameaças
O 1 O2 O3 O4 T1 T2 T3 T4
S1
Pontos fortes S2 Resposta de prioridade elevada Resposta de prioridade elevada
S3
W1
Converter pontos fracos em pontos
Pontos fracos W2 Não responder
fortes
W3
• as ameaças que podem ser evitadas com os pontos fortes da empresa são
combatidas com vigor;
113
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
Oportunidades Ameaças
1 2 3 4 1 2 3 4 5
1 (a) Prioridade máxima a (a) Reduzir prioridade da ameaça
Pontos fortes 2 oportunidades
(b) Manter prioridade de reforço do
3 (b) Elevar prioridade ao
ponto
4 reforço do ponto forte forte
1 (a) Dar prioridade elevada (a) Dar prioridade elevada a
a
Pontos fracos 2 oportunidades
oportunidades
3 (b) Fortalecer ponto fraco (b) Fortalecer ponto fraco
114
TÓPICO 2 | RESPOSTA ESTRATÉGICA EM TEMPO REAL
Oportunidades Ameaças
1 2 3 4 5 1 2 3 4
(a) Elevar prioridades a
1 (a) Prioridade baixa a oportunidades ameaças
(b) Prioridade baixa a
Pontos fortes 2 (b) Prioridade baixa a pontos fortes pontos fortes
3
(a) Prioridade baixa a (a) Elevar prioridades a
1 oportunidades ameaças
(b) Prioridade à eliminação de pontos (b) Prioridade à eliminação
Pontos fracos 2 fracos de
Relevantes pontos fracos relevantes
(a) Prioridade elevada a
Novas 1 (a) Atribuir prioridade elevada ao novos
desenvolvimento de novos pontos
potencialidades 2 fortes pontos fortes
115
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
Uma empresa que é bem coordenada (ou é pequena demais para ter
problemas de coordenação) e possui orientações estratégicas bem desenvolvidas
e promissoras talvez necessite apenas de um sistema periódico simples como o
controle financeiro ou o planejamento a longo prazo. Se, porém, os ambientes
externo e/ou interno forem turbulentos, recomenda-se o uso da AQE (ANSOFF;
MCDONNELL, 1993).
• é sensível à mudança;
116
TÓPICO 2 | RESPOSTA ESTRATÉGICA EM TEMPO REAL
117
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
118
TÓPICO 2 | RESPOSTA ESTRATÉGICA EM TEMPO REAL
Estados de conhecimento
(1) (2) (3) (4) (5)
Noção de Fonte de Ameaça ou Resposta Resultado
ameaça/ ameaça/ oportunidade concreta
oportunidade oportunidade concreta
Conteúdo informacional
Certeza de que há
descontinuidades sim sim sim sim sim
Iminentes.
É identificada a área ou
organização da qual sim sim sim sim sim
provém a descontinuidade.
Características da ameaça,
natureza do impacto, sim sim sim sim sim
quando poderá ocorrer.
Identificada a resposta:
Programação, roteiros de sim sim sim sim sim
ação, orçamentos.
Impacto em termos de lucro
e consequências da sim sim sim sim sim
resposta são computáveis.
119
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
Vamos nos referir ao caso no qual o tempo restante no nível 5 é suficiente para
uma resposta refletida, como um problema de sinais de alta frequência, e chamaremos
o caso no qual o tempo é insuficiente de problema de sinais de baixa frequência.
120
TÓPICO 2 | RESPOSTA ESTRATÉGICA EM TEMPO REAL
121
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
122
TÓPICO 2 | RESPOSTA ESTRATÉGICA EM TEMPO REAL
% do
AEN
lucro
↓
↓
AEN1 Ameaça
50 1 - 3 anos
0,15 - 0,40
AEN2 Ameaça/
30 oportunidade
10 - 15 anos
+ 0,3 a - 0,3
AEN3 Oportunidade
15 1 - 2 anos
0,25 - 0,30
AEN4 Oportunidade
5 3 - 7 anos
0,008 - 0,18
123
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
124
TÓPICO 2 | RESPOSTA ESTRATÉGICA EM TEMPO REAL
125
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
126
TÓPICO 2 | RESPOSTA ESTRATÉGICA EM TEMPO REAL
127
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
Tempo
para
completar
resposta
Resposta normal
128
TÓPICO 2 | RESPOSTA ESTRATÉGICA EM TEMPO REAL
129
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
130
TÓPICO 2 | RESPOSTA ESTRATÉGICA EM TEMPO REAL
131
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
132
TÓPICO 2 | RESPOSTA ESTRATÉGICA EM TEMPO REAL
• nenhuma ação;
• monitoramento permanente;
133
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
Questões
Pequeno
Impacto?
Grande
Intensidade
do sinal?
Baixa Elevada
Urgência? Urgência?
Urgente
Adiável
Adiável
Urgente
Transferível
Transferível
134
TÓPICO 2 | RESPOSTA ESTRATÉGICA EM TEMPO REAL
135
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
A figura indica que a curva mais lenta (A) atinge o nível 5 a tempo de
permitir resposta normal. Neste caso, não há necessidade de um sistema de gestão
de questões e a ameaça ou oportunidade pode ser enfrentada com o uso do sistema
periódico de planejamento e implantação (ANSOFF; MCDONNELL, 1993).
136
TÓPICO 2 | RESPOSTA ESTRATÉGICA EM TEMPO REAL
137
RESUMO DO TÓPICO 2
Caro acadêmico, neste tópico você conheceu:
• Caso uma empresa deixe de responder a uma ameaça, as perdas por ela
causadas continuarão a se acumular. A melhor alternativa sempre é converter
a ameaça em uma oportunidade, contudo isto nem sempre é possível.
• Quando a ameaça finalmente for extinta, a empresa terá acumulado duas séries
de custos: perda com operações não rentáveis (perda operacional) e o custo de
liquidação dessas operações. O problema de resposta estratégica é minimizar a
perda e, se possível, convertê-la em lucro.
138
AUTOATIVIDADE
2 Quais são os fatores que contribuem para a demora do início de uma resposta
às ameaças, retardando a resposta além do ponto racional e aumentando
significativamente o custo total para a empresa?
139
140
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, neste tópico, estudaremos algumas técnicas qualitativas de
apoio à decisão. Entre eles, veremos o que é o brainstorming, a matriz de prioridade,
o diagrama de Ishikawa, a árvore de decisão, os mapas cognitivos, a técnica P-N-I,
a análise do campo de forças, grupo nominal, DELPHI e técnicas de grupo.
2 BRAINSTORMING
De acordo com Gomes (2009), é a técnica usada para auxiliar um grupo
a imaginar/criar tantas ideias quanto possível em torno de um assunto ou
problema, de forma criativa. Deve ser usada quando for necessário conhecer
melhor o universo de uma situação, colher informações, opiniões e sugestões
dos participantes, identificando problemas existentes e encontrando soluções
criativas para os problemas identificados.
Para Luecke (2009), o brainstorming é uma fonte eficaz de gerar várias ideias e
rumos de ação.
Segundo Pidd (1998), quanto mais ideias são produzidas maior é a chance
de que haverá algo útil. Com isso, evidencia-se que o brainstorming é efetivo, tanto
para indivíduos quanto para grupos.
NOTA
141
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
O brainstorm pode ser utilizado de duas formas, de acordo com Gomes (2009):
• Estruturado: todas as pessoas do grupo devem dar uma ideia a cada rodada,
ou “passar” até que chegue sua próxima vez; isto propicia aos mais tímidos a
participação no grupo, podendo criar, contudo, certa “pressão” sobre a pessoa
tímida.
Etapas:
• geração de ideias: nessa fase, não devem ocorrer críticas ou elogios às ideias;
• aperfeiçoamento de ideias;
Desvantagens
Vantagens
142
TÓPICO 3 | TÉCNICAS QUALITATIVAS DE APOIO À DECISÃO
3 MATRIZ DE PRIORIDADE
De acordo com Gomes (2009), é uma técnica que prioriza alternativas com
base em determinados critérios e deve ser usada quando queremos estabelecer
uma entre diversas alternativas por meio de análise mais criteriosa. Como ela é
constituída por um somatório de matrizes, existe certa necessidade de as pessoas
que vão aplicá-la terem maior conhecimento do problema. Essa técnica também é
denominada matriz de impacto.
Etapas:
• definição do tema;
• conclusões;
• encerramento.
Desvantagens
Vantagens
São elas:
143
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
4 DIAGRAMA DE ISHIKAWA
Segundo Gomes (2009), é a técnica que permite visualizar melhor o
universo em que o problema está inserido. Isto é feito por meio da construção
de um diagrama em que as causas vão sendo cada vez mais discriminadas até
chegar à sua origem. Essa técnica foi desenvolvida pelo Prof. Kaoru Ishikawa.
Ela deve ser aplicada a um problema que apresenta causas decorrentes de
causas anteriores, ou quando queremos esmiuçar as causas de um problema,
ou visualizá-las de forma mais clara e agrupada por fatores-chaves. Essa técnica
permite a observação de um efeito e as possibilidades de “causa” que podem
contribuir para esse efeito. É aplicada no estudo de problemas que apresentam
causas decorrentes de causas anteriores. Essa técnica também é denominada de
diagrama de influência, diagrama dos 4P e diagrama de causa e efeito.
Etapas:
• definição do tema;
• sessão de brainstorming;
• definição do diagrama;
• listagem das causas; para cada causa devem ser questionados: o que, onde,
quando (ou quem), por que e como isto acontece;
• encerramento da sessão.
Desvantagens
144
TÓPICO 3 | TÉCNICAS QUALITATIVAS DE APOIO À DECISÃO
Vantagens
5 ÁRVORE DE DECISÃO
Uma árvore de decisão, para Luecke (2009), é uma ferramenta útil de análise.
É uma representação visual dos rumos alternativos e de seus prováveis resultados.
As árvores de decisão são úteis para representar graficamente alternativas e suas
prováveis consequências, estimadas pela equipe de decisão e pelos analistas.
Etapas:
• definição do tema;
• encerramento.
Desvantagens
São elas:
• este método não deve ser usado por pessoas leigas no problema em estudo.
Vantagens
São elas:
145
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
6 MAPAS COGNITIVOS
De acordo com Gomes (2009), é a técnica que permite retratar ideias,
sentimentos, valores e atitudes e seus inter-relacionamentos, de forma que torne
possível um estudo e uma análise posterior, utilizando para tal uma representação
gráfica. A construção desses mapas originou-se na Psicologia. O procedimento para
a construção de mapas cognitivos é iniciado com uma entrevista do analista e/ou
facilitador com o decisor. É uma técnica de modelagem bastante apropriada para
situações problemáticas que são predominantemente descritas por noções qualitativas.
• Como as teclas se ligam? Como uma informação passa de um local para outro?
146
TÓPICO 3 | TÉCNICAS QUALITATIVAS DE APOIO À DECISÃO
Etapas:
• definição dos elementos primários de avaliação (EPA) por meio de uma sessão
de brainstorm;
• encerramento.
Desvantagens
Vantagens
São elas:
7 P-N-I
A técnica “P-N-I”, de acordo com Gomes (2009), tem como objetivo auxiliar
o grupo a avaliar e aperfeiçoar uma ideia ou proposta com base na identificação
e análise de seus pontos positivos, negativos e interessantes. Deve ser usada para
uma análise de uma ideia ou proposta de modo a conhecer seus pontos favoráveis
e desfavoráveis; serve também para orientar a discussão do grupo quando este se
depara com uma ideia ampla e incerta e também para colher contribuições a fim
de promover melhorias em propostas ou projetos.
147
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
Etapas:
• definição da mudança;
• convite aos participantes;
• preparação do local;
• abertura da sessão;
• exposição da problemática e mudança a ser implementada;
• listagem das forças atuantes;
• avaliação da intensidade das forças;
• construção do diagrama;
• interpretação do diagrama;
• apresentação de sugestões;
• encerramento da sessão;
• divulgação dos resultados.
9 GRUPO NOMINAL
A Técnica Nominal de Grupo ou Técnica de Grupo Nominal, de acordo
com Gomes (2009), tem como objetivo abranger todo o processo de tomada de
decisão, desde a definição do problema até a seleção de alternativas. Deve ser
usada quando é necessário definir e priorizar causas e/ou soluções de determinado
problema e quando deseja discutir um problema do início até o fim. Essa técnica
permite reduzir o número de opções.
Etapas:
• definição do tema;
• brainstorm estruturado;
• redução no número de ideias pela retirada de ideias duplicadas. Posteriormente,
combinará propostas idênticas e/ou parecidas;
• numeração das propostas;
• atribuição de notas às ideias; deve-se estabelecer uma escala de pontuação e
cada participante atribui uma nota às ideias. A critério do grupo, as menos
pontuadas serão excluídas;
• revisão da votação (se necessário).
148
TÓPICO 3 | TÉCNICAS QUALITATIVAS DE APOIO À DECISÃO
10 DELPHI
Segundo Gomes (2009), o princípio do método Delphi é intuitivo e
interativo. Implica a constituição de um grupo de especialistas em determinada
área do conhecimento que responde a uma série de questões.
• anonimato;
149
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
Vantagens
São elas:
11 TÉCNICAS DE GRUPO
De acordo com Gomes (2009), são oito os tipos de técnicas em grupo:
150
TÓPICO 3 | TÉCNICAS QUALITATIVAS DE APOIO À DECISÃO
151
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
LEITURA COMPLEMENTAR
152
TÓPICO 3 | TÉCNICAS QUALITATIVAS DE APOIO À DECISÃO
153
UNIDADE 2 | ANÁLISES NO PROCESSO DECISÓRIO
154
RESUMO DO TÓPICO 3
Caro acadêmico, neste terceiro tópico você estudou os seguintes conceitos:
• A técnica P-N-I, segundo Gomes (2009), tem como objetivo auxiliar o grupo a
avaliar e aperfeiçoar uma ideia ou proposta com base na identificação e análise
de seus pontos positivos, negativos e interessantes.
• Por fim, você leu sobre as oito técnicas de grupo de Gomes (2009), cada uma
com seu propósito e objetivo.
155
AUTOATIVIDADE
3 Qual é a técnica que pode ser utilizada quando se planeja implementar uma
mudança, para identificar se as forças ativas e favoráveis à mudança preponderam
e para direcionar estratégias voltadas a anular ou minimizar resistências?
156
UNIDADE 3
ENFOQUE MULTICRITÉRIO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. Ao final de cada um deles, você
encontrará atividades que auxiliarão na apropriação dos conhecimentos.
157
158
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Deparamos frequentemente, tanto em nossa vida profissional como na
privada, com problemas cuja resolução implica o que consideramos uma tomada de
decisão complexa. De modo geral, tais problemas possuem, pelo menos, algumas das
seguintes características:
• a solução do problema depende de um conjunto de pessoas, cada uma das quais tem
seu próprio ponto de vista, muitas vezes conflitantes com os demais;
• as restrições do problema não são bem definidas, podendo mesmo haver alguma
dúvida a respeito do que é critério e do que é restrição;
• alguns critérios são quantificáveis, ao passo que outros só o são por meio de
julgamentos de valor efetuados sobre uma escala;
• a escala para dado critério pode ser cardinal, verbal ou ordinal, dependendo dos
dados disponíveis e da própria natureza dos critérios;
• várias outras complicações podem surgir num problema real de tomada de decisão,
mas esses sete aspectos anteriores caracterizam a complexidade de tal problema.
159
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
NOTA
160
TÓPICO 1 | MÉTODOS MULTICRITÉRIOS DE APOIO À DECISÃO
• objetivo;
• decisor(es);
• conjunto de alternativas;
NOTA
• tem como pressuposto que o problema não está claramente definido nem bem
estruturado.
162
TÓPICO 1 | MÉTODOS MULTICRITÉRIOS DE APOIO À DECISÃO
NOTA
163
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
3 DECISÃO EM GRUPO
Segundo Gomes (2009), nas decisões em grupo, o processo é normativo e
as preferências individuais podem ser combinadas para resultar em uma decisão
grupal. As variáveis de decisão são ações detalhadas e devem ser comunicadas e
tomadas. E, quando um compromisso é obtido, elas são acordadas.
164
TÓPICO 1 | MÉTODOS MULTICRITÉRIOS DE APOIO À DECISÃO
O jogo das concessões, segundo Gomes (2009), combinado com uma nitidez
maior dos critérios e o peso delas, combinado com as vantagens e desvantagens
de cada uma das alternativas-solução, e a pesquisa para o completo conhecimento
do problema a decidir por todos os indivíduos do grupo (as críticas e reflexões
devem apontar só o que é realmente objeto de decisão) constituem os parâmetros
de um modelo de decisão em grupo.
4 FUNDAMENTAÇÃO ANALÍTICA
Um problema de decisão caracteriza-se pela disposição de um agente de
decisão em exercer livremente uma escolha entre diversas possibilidades de ação,
denominadas de alternativas, de forma que aquela considerada a mais satisfatória
seja selecionada. A expressão agente de decisão simboliza um indivíduo ou um
grupo de indivíduos, a quem cabe a responsabilidade da decisão, isto é, a tarefa
de escolher a alternativa que deverá ser implementada (GOMES, 2009).
165
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
• Até que ponto tais consequências são discriminantes para esclarecer a decisão,
levando-se em conta, notadamente, os fatores de imprecisão, de incerteza e de
indeterminação?
166
TÓPICO 1 | MÉTODOS MULTICRITÉRIOS DE APOIO À DECISÃO
167
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
Uma ação dita potencial é uma ação real ou fictícia julgada provisoriamente
(ou inicialmente) realista por pelo menos um ator de decisão, ou acreditada como
tal pelo analista de decisões.
• problemática P.β – tem como objetivo esclarecer a decisão por uma triagem resultante
da alocação de cada ação a uma categoria (ou classe). As diferentes categorias são
definidas a priori com base em normas aplicáveis ao conjunto de ações. O resultado
pretendido é, portanto, uma triagem ou um procedimento de classificação;
168
TÓPICO 1 | MÉTODOS MULTICRITÉRIOS DE APOIO À DECISÃO
• problemática P.δ – tem como objetivo esclarecer a decisão por uma descrição,
em linguagem apropriada, das ações e de suas consequências. O resultado
pretendido é, portanto, uma descrição ou um procedimento cognitivo.
169
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
• possibilita definir uma medida de mérito (valor) global para cada alternativa,
indicadora de sua posição relativa numa ordenação final; no entanto, é
necessário dispor de informação completa (cardinal) sobre as preferências
intracritério dos decisores, o que, na maioria dos casos práticos, é muito difícil,
ou mesmo impossível de se obter, segundo Gomes (2009);
170
TÓPICO 1 | MÉTODOS MULTICRITÉRIOS DE APOIO À DECISÃO
NOTA
Gomes (2009) afirma que a Escola Francesa tende seu foco de estudo para
metodologias em que as preferências pessoais dos decisores tenham menor influência
na alternativa escolhida; em contrapartida, a Escola Americana buscaria métodos para
melhor explicitar essa preferência, que teria grande influência na escolha final. Uma boa
decisão só será possível se as duas influências forem equilibradas.
A Modelagem de Preferências:
• convicção do construtivismo;
171
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
NOTA
6.1.5 Híbrida
É atribuída a métodos que utilizam conceitos de duas ou mais das escolas
anteriores.
172
TÓPICO 1 | MÉTODOS MULTICRITÉRIOS DE APOIO À DECISÃO
NOTA
173
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
• preferência estrita – quando existem razões claras e positivas que justificam uma
preferência significativa em favor de uma (bem identificada) das duas ações;
• preferência fraca – quando existem razões claras e positivas que não implicam uma
preferência estrita em favor de uma (bem identificada) das duas ações, mas essas
razões são insuficientes para deduzirmos seja uma preferência estrita em favor
da outra, seja uma indiferença entre essas duas ações (essas razões não permitem
isolar uma das duas situações precedentes como sendo a única apropriada);
• preferência (no sentido amplo) – existem razões claras e positivas que justificam
uma preferência estrita ou fraca em favor de uma (bem identificada) das duas ações;
174
TÓPICO 1 | MÉTODOS MULTICRITÉRIOS DE APOIO À DECISÃO
NOTA
• V é assimétrica e transitiva;
• T é simétrica e transitiva.
175
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
∀ a,b ∈ A
b T a ⇔ g(b) = g(a)
b V a ⇔ g(b) > g(a)
FONTE: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões; ALMEIDA, Adiel
Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 94.
• Ausência de incomparabilidade;
176
TÓPICO 1 | MÉTODOS MULTICRITÉRIOS DE APOIO À DECISÃO
• T é simétrica;
• V é assimétrica;
• ∀ a,b,c,d ∈ A [a V b, b T c, c V d] ⇒ a V d.
b T a ⇔ -q ≤ g(b) – g(a) ≤ q
b V a ⇔ g(b) > g(a) + q
177
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
• W é simétrica e irreflexiva;
• T é simétrica e reflexiva;
• V é assimétrica;
• (T ∪ V) é transitiva.
b T a ⇒ g(b) = g(a)
b V a ⇒ g(b) > g(a)
• T é simétrica e reflexiva;
• V é assimétrica;
• W é assimétrica;
178
TÓPICO 1 | MÉTODOS MULTICRITÉRIOS DE APOIO À DECISÃO
• V ● T ● W ⊂ V;
• W ● T ● V ⊂ V;
• T ● W ● V ⊂ V;
• V ● W ● T ⊂ V.
NOTA
p(g(a)) ≥ q(g(a)) ≥ 0
g(b) > g(a) ⇒ g(b) + q(g(b)) ≥ g(a) + q(g(a)) e g(b) + p(g(b)) ≥ g(a) + p(g(a))
179
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
• a cada dimensão i associa-se uma escala de preferência Ei, tal que as leituras
nessa escala refletem uma ordem completa compartilhada por todos os atores
do processo decisório;
• cada dimensão i tem a ela associado um indicador de estado γi. Esse indicador,
por sua vez, associa a cada ação a ∈ A um subconjunto γi(a) da escala de
preferência Ei relacionada. Esse subconjunto contém alguma (ou algumas) das
leituras de Ei que se materializará(ão), no caso de a ação ser escolhida;
180
TÓPICO 1 | MÉTODOS MULTICRITÉRIOS DE APOIO À DECISÃO
181
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
182
TÓPICO 1 | MÉTODOS MULTICRITÉRIOS DE APOIO À DECISÃO
Seja F = {g1, g2,...., gj, ..... gn} um conjunto de critérios, denominado família
de critérios, e Ai ∈ A. O vetor de consequências da ação Ai é definido como o
elemento V ∈ Rn tal que:
FONTE: Adaptado de GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões;
ALMEIDA, Adiel Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2009. p. 103.
183
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
184
TÓPICO 1 | MÉTODOS MULTICRITÉRIOS DE APOIO À DECISÃO
NOTA
FONTE: Adaptado de: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões;
ALMEIDA, Adiel Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2009. p. 105.
185
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
• Taxação simples – o agente de decisão deve valorar cada peso, utilizando uma
escala de medida previamente escolhida (0 a 5, 0 a 10, 0 a 100, por exemplo).
Posteriormente, os valores devem ser normalizados.
Hipótese
Pelo menos a realidade física é consistente e pode ser utilizada para levar a
resultados similares, por meio de tentativas sob condições controladas (simulação).
Requisito:
• usar matemática para construir o tipo de teoria mais adequada para produzir
escalas de julgamento e outras medidas comparativas;
186
TÓPICO 1 | MÉTODOS MULTICRITÉRIOS DE APOIO À DECISÃO
Dificuldades:
Diretiva:
• bem-estar geral;
187
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
• senso crítico;
10.1.1 Smart
A sigla SMART, em inglês, quer dizer: Simple Multi Attribute Rating
Technique. Segundo esse método, a atribuição de pesos é feita em duas etapas:
II. O decisor avalia a importância relativa de cada critério, iniciando pelo critério
de menor importância para o de maior importância.
10.1.2 Ordinal
Existem fórmulas consagradas para atribuição de pesos a alternativas e/
ou critérios em um processo de decisão. Alguns exemplos são (usando o conceito
de escala ordinal):
NOTA
188
TÓPICO 1 | MÉTODOS MULTICRITÉRIOS DE APOIO À DECISÃO
NOTA
Wc1 = {1 ÷ 3} x {1 ÷ 1 + 1 ÷ 2 + 1 ÷ 3} = 0,61
Wc2 = {1 ÷ 3} x {1 ÷ 2 + 1 ÷ 3} = 0,28
Wc3 = {1 ÷ 3} x {1 ÷ 3} = 0,11
10.1.3 AHP
A atribuição de pesos aos critérios no método AHP (Analytic Hierarchy
Process), criado por Thomas L. Saaty, é baseada na comparação paritária dos
critérios considerados. Isso é feito por meio das perguntas: Qual destes critérios é o
mais importante? Quanto este critério é mais importante que o outro?
189
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
C1 C2 C3
C1 W1 ÷ W1 W1 ÷ W2 W1 ÷ W3
C2 W2 ÷ W1 W2 ÷ W2 W2 ÷ W3
C3 W3 ÷ W1 W3 ÷ W2 W3 ÷ W3
C1 C2 C3 W
C1 1 2÷1 4÷1 [1 x (2÷1) x (4÷1)] = 8
C2 1/2 1 2÷1 [(1÷2) x 1 x (2÷1)] = 1
C3 1÷4 1÷2 1 [(1÷4) x (1÷2) x 1] = 0,125
FONTE: Adaptado de: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões;
ALMEIDA, Adiel Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2009. p. 111.
190
TÓPICO 1 | MÉTODOS MULTICRITÉRIOS DE APOIO À DECISÃO
NOTA
191
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
c H b ⇒ c H a, ∀ H ∈ {I, P, Q, R, ~, >, S}
b H’c ⇒ a H’c, ∀ H’ ∈ {I, P, Q, R, ~, >, S}
192
TÓPICO 1 | MÉTODOS MULTICRITÉRIOS DE APOIO À DECISÃO
Caso a resposta ao teste seja positiva, o axioma da coesão não estará sendo
respeitado pela família F. Nessa situação, as definições dos critérios têm que ser
revistas (GOMES, 2009).
Existe um critério k cuja retirada define uma família que não passa nos
testes de exaustividade e de coesão?
Definição
gj(a) = gj(b), ∀ j ∈ M’
gj(c) = gj(d), ∀ j ∈ M’
gj(a) = gj(c), ∀ j ∈ M
gj(b) = gj(d), ∀ j ∈ M
temos que:
aPb⇔cPd
em que P é a relação de preferência global que leva em conta todos os critérios.
194
TÓPICO 1 | MÉTODOS MULTICRITÉRIOS DE APOIO À DECISÃO
a Sj b (ou b Sj a), ∀ j ∈ F
Caso os critérios não sejam unânimes para declarar que a supera b, ou que
b supera a, dizemos que os critérios de F estão em conflito no tocante à comparação
entre a e b. Nessa situação, existe ao menos um par de critérios j e k, tal que:
não (a Sj b) e não (b Sk a)
13 ANÁLISE DE DOMINÂNCIA
Na comparação entre duas ações a e b, dizemos que a domina b (a ∆F b), se:
gj(a) ≥ gj(b), ∀ j ∈ F
195
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
14 ANÁLISE DE CONCORDÂNCIA
Suponha que buscássemos comparar duas ações a e b, com base em suas
performances avaliadas segundo nove diferentes critérios, como mostra o quadro
a seguir. Para todos os critérios, temos qj = 7 e pj = 15.
g1 g2 g3 g4 G5 g6 g7 g8 g9
A 90 85 82 75 70 65 70 60 50
B 20 30 40 50 60 70 80 90 100
FONTE: Adaptado de: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões;
ALMEIDA, Adiel Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2009. p. 118.
Verificamos, no exemplo do quadro anterior, que os critérios g1, g2, g3, g4, g5 e
g6 são concordantes com a proposição a S b (a inferioridade aparente de a com relação
ao critério 6 não é considerada significativa, já que g6(b) – g6(a) = 70 – 65 = 5 < 7).
w(C) = ∑ wj, ∀ j ∈ C
196
TÓPICO 1 | MÉTODOS MULTICRITÉRIOS DE APOIO À DECISÃO
15 ANÁLISE DE DISCORDÂNCIA
Na verificação de uma proposição do tipo a S b, podemos ter critérios
em favor de b que traduzam uma preferência tal de b sobre a que coloca em
dúvida a afirmativa anterior. Nesse caso, justificamos a definição de um índice de
discordância d(a, b). Esse índice varia também entre 0 e 1, e é tão maior quanto
maior for a preferência de b sobre a, segundo ao menos um critério. Por definição,
o critério j está em discordância com a proposição a S b se e somente se b Pj a. Para
o modelo de pseudocritério, temos:
197
RESUMO DO TÓPICO 1
Caro acadêmico!
Neste tópico, você conheceu importantes conceitos.
198
AUTOATIVIDADE
4 De acordo com Gomes (2009), a AMD propõe-se a ter duas visões distintas.
Quais são elas e quais suas principais características?
199
200
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Apresentaremos alguns conceitos importantes que são empregados na
comparação de ações avaliadas segundo uma família de critérios F. A utilização
prática desses conceitos conduz aos denominados Procedimentos de Agregação
Multicritério (PAMC).
Um PAMC é uma regra que permite estabelecer, com base em uma matriz
de performances (matriz de decisão) e de informações intercritérios, um ou mais
sistemas relacionais de preferência sobre um conjunto A de ações potenciais.
Os sistemas relacionais mencionados podem ser do tipo (I, P), (I, Q, P), (I, P,
R), (S, R) etc. Quando o sistema relacional de preferência estabelecido exclui toda a
relação de incomparabilidade (R) e satisfaz a propriedade transitiva, dizemos que o
PAMC visa à construção de um critério único de síntese. Os PAMC, assim definidos,
dão origem aos métodos que constituem a Escola Americana do Apoio Multicritério.
201
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
202
TÓPICO 2 | PROCEDIMENTOS DE AGREGAÇÃO MULTICRITÉRIO – PAMC
• da forma da função V;
203
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
Outros modelos que podem ser utilizados são os não lineares, como os
multiplicativos e exponenciais. Esses modelos apresentam como inconveniente
a dificuldade de construção da função de utilidade. Além disso, os elementos de
incerteza vão se compondo progressivamente ao longo dos cálculos.
204
TÓPICO 2 | PROCEDIMENTOS DE AGREGAÇÃO MULTICRITÉRIO – PAMC
a S b ⇒ (a P b ou a Q b ou a I b)
A relação a S b tem o conteúdo semântico “a é pelo menos tão boa quanto b”.
205
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
Por outro lado, entre os critérios em favor de b, pode existir pelo menos
um para o qual a preferência de b sobre a é tal que coloca em dúvida a afirmativa
a S b. Esse fato leva à introdução de um índice de discordância definido por:
onde:
max [gj(b) – gj(a)] representa a maior diferença intracritério entre a e b,
considerando os critérios que estão em desacordo com a proposição a S b;
206
TÓPICO 2 | PROCEDIMENTOS DE AGREGAÇÃO MULTICRITÉRIO – PAMC
∀ b ∈ A\N, ∃ a ∈ N / a S b
∀ a, c ∈ N, a R c
FONTE: Adaptado de: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões;
ALMEIDA, Adiel Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2009. p. 130.
207
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
208
TÓPICO 2 | PROCEDIMENTOS DE AGREGAÇÃO MULTICRITÉRIO – PAMC
Escola
americana
Agregação multiatributo
de decisões (métodos discretos)
Escola francesa/
Agregação sem Métodos de
critério único superação (ou de
de síntese sobreclassificação)
Agregação multicritério Decisão
(priorização, seleção, multicritério
classificação)
Otimização multicritério
(programação matemática
multiobjetiva)
209
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
FONTE: Adaptado de: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões;
ALMEIDA, Adiel Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2009. p. 132-133.
210
TÓPICO 2 | PROCEDIMENTOS DE AGREGAÇÃO MULTICRITÉRIO – PAMC
211
RESUMO DO TÓPICO 2
212
AUTOATIVIDADE
Olá, acadêmico!
213
214
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
A teoria da utilidade multiatributo, referida frequentemente por MAUT
(Multi-Attribute Utility Theory), derivou da teoria da utilidade. MAUT incorpora
à teoria da utilidade a questão do tratamento de problemas com múltiplos
objetivos. Esses objetivos são representados pelo que é denominado nesta teoria
de atributos (GOMES, 2009).
215
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
216
TÓPICO 3 | TEORIA DA UTILIDADE MULTIATRIBUTO
2.2 LOTERIAS
[A, p; C, 1 – p] representa uma loteria entre as consequências A e C, onde
p é a probabilidade de obter a consequência A e 1 – p é a probabilidade de obter a
consequência C. Pode também ser representada, conforme segue:
1-p
C
FONTE: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões; ALMEIDA, Adiel
Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 182.
2.3 DOMINÂNCIA
Suponha que as alternativas a e b tenham como consequências
x’ = (x’1, ..., x’i, ..., x’n) e x” = (x”1, ..., x”i, ..., x”n)
onde Xi(a) ≡ xi’ e Xi(b) ≡ xi”, para i = 1, ..., n.
x’ ~ x” ⇔ u(x’) = u(x”), e
x’ > x” ⇔ u(x’) > u(x”)
3 ESTRUTURA AXIOMÁTICA
Nesse tipo de análise, são feitas várias hipóteses em relação às preferências
do tomador de decisões. Essas hipóteses são os axiomas da teoria. Representam
um conjunto de postulados que podem ser considerados como razoáveis. Se
o tomador de decisões aceita esses axiomas e se ele é racional (isto é, se ele se
comporta de forma consistente em relação aos axiomas), então ele aceitará as
ordenações de preferência resultantes da teoria.
• Axioma da continuidade: se A > B > C, então existe p, 0 < p < 1, tal que B ~ [A, p;
C, 1 – p];
218
TÓPICO 3 | TEORIA DA UTILIDADE MULTIATRIBUTO
Assim, para cada indiferença do tipo xi ~ < xn, πi; x1, 1 – πi >, obteremos
uma probabilidade πi, que representa a probabilidade de indiferença do decisor
para diferentes quantidades da consequência xi. Considerando que o decisor
seja consistente (em conformidade com a teoria da utilidade, que não admite
incomparabilidade), é de esperar que obtenhamos πn = 1 e π1 = 0. As probabilidades
πi obtidas estarão relacionadas da seguinte forma:
Sabemos pela teoria das probabilidades que ∑pi = 1 e que ∑bi = 1, dado que
só existem esses eventos no espaço considerado. Observe-se que há potencialmente
um número infinito de possíveis combinações de probabilidades sobre o número
finito de consequências (GOMES, 2009).
219
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
4.1 MONOTONICIDADE
Suponha que em um problema tenhamos duas consequências monetárias
x1 e x2 onde x1 > x2. Nesse caso, a preferência dos decisores é feita pela consequência
que apresenta o maior valor monetário, que é também a de maior valor de
utilidade. Portanto, quando a preferência em utilidade por uma consequência
aumenta à medida que seu valor aumenta, podemos dizer que a função utilidade
é monotonicamente crescente.
220
TÓPICO 3 | TEORIA DA UTILIDADE MULTIATRIBUTO
n
ā =E(ã) = ∑p a
i i
i=1
n
E[u(ã)] = ∑ p u(a )
i i
I=1
ā = E(ã) = ∫af(a)da
221
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
a = a1 ½ + a3 ½
a = (a1 + a2)½ ⇒ conseqüência esperada
• ā, ou
Se o decisor escolhe a opção “a”, ele prefere evitar o risco associado à loteria.
Essa atitude é conhecida como Aversão ao Risco. Dessa forma, podemos concluir que
um decisor é avesso ao risco se ele prefere o valor esperado da loteria à loteria.
Como resultado, temos que u[E(ã)] > E[u(ã)]. Isso implica que, para o
decisor avesso ao risco, a utilidade do valor esperado é maior do que a utilidade
do equivalente certo.
222
TÓPICO 3 | TEORIA DA UTILIDADE MULTIATRIBUTO
ā = a1 ½ + a3 ½
ā = (a1 + a3)½
223
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
• avaliação direta;
u(x*) = 1 e u(x0) = 0
224
TÓPICO 3 | TEORIA DA UTILIDADE MULTIATRIBUTO
x1, ..., xn
FONTE: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões; ALMEIDA, Adiel
Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 192.
Nesse caso, alguns problemas são tratados sob a óptica dos ingredientes
básicos em teoria da decisão, de acordo com Gomes (2009): estado da natureza
(θ), ações que o decisor pode adotar (a) e consequências (P). O comportamento
do estado da natureza é avaliado com base na análise estatística dos dados do
sistema, incorporando também o conhecimento a priori dos especialistas por meio
de distribuição de probabilidade a priori.
225
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
u(x1, x2, ..., xn) ≥ u(x’1, x’2, ..., x’n) ⇔ (x1, x2, ..., xn) ≥ (x’1, x’2, ..., x’n)
n
u(a) = ∑k u (a)
j j
j=1
226
TÓPICO 3 | TEORIA DA UTILIDADE MULTIATRIBUTO
227
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
FONTE: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões; ALMEIDA, Adiel
Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 195.
228
TÓPICO 3 | TEORIA DA UTILIDADE MULTIATRIBUTO
y0 ≤ y ≤ y* e z0 ≤ z ≤ z*
FONTE: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões; ALMEIDA, Adiel
Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 197.
229
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
FONTE: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões; ALMEIDA, Adiel
Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 197.
u = au’ + b
230
TÓPICO 3 | TEORIA DA UTILIDADE MULTIATRIBUTO
FONTE: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões; ALMEIDA, Adiel
Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 199.
231
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
FONTE: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões; ALMEIDA, Adiel
Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 200.
232
TÓPICO 3 | TEORIA DA UTILIDADE MULTIATRIBUTO
FONTE: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões; ALMEIDA, Adiel
Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 201.
233
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
FONTE: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões; ALMEIDA, Adiel Teixeira
de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 201.
234
TÓPICO 3 | TEORIA DA UTILIDADE MULTIATRIBUTO
FONTE: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões; ALMEIDA, Adiel
Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 202.
235
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
FONTE: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões; ALMEIDA, Adiel
Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 203.
236
TÓPICO 3 | TEORIA DA UTILIDADE MULTIATRIBUTO
FONTE: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões; ALMEIDA, Adiel
Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 203.
onde:
Ky = u(y1, z0)
Kz = u(y0, z1)
237
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
FONTE: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões; ALMEIDA, Adiel
Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 204.
238
TÓPICO 3 | TEORIA DA UTILIDADE MULTIATRIBUTO
FONTE: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões; ALMEIDA, Adiel
Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 206.
239
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
240
TÓPICO 3 | TEORIA DA UTILIDADE MULTIATRIBUTO
FONTE: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões; ALMEIDA, Adiel
Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 208.
241
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
Analisando o caso “I”, observamos que k > 0 e que a loteria < A, C > é
preferível à loteria < B, D >. Nesse caso, as consequências C e A representam,
respectivamente, preferências de altas quantidades dos atributos Y e Z ou de
baixas quantidades desses dois atributos. Isso implica que o decisor prefere uma
loteria em que tenha a chance de obter altas quantidades ou baixas quantidades
dos dois atributos. A interação de preferência entre os dois atributos mostra que
estes são simultaneamente importantes para o decisor. Nesse caso, os atributos
são ditos complementares.
No caso “II”, observamos que a loteria < B, D > é preferível à loteria < A, C
> e k < 0; isso significa que as consequências B e D representam, respectivamente,
alta quantidade do atributo Z e baixa quantidade do atributo Y, ou ainda alta
quantidade do atributo Y e baixa quantidade do atributo Z. Os atributos Y e Z,
nesse caso, são ditos substitutos. A interação de preferências entre esses dois
atributos mostra que é importante obter altas quantidades em pelo menos um
dos atributos.
O caso “III” representa a situação em que as loterias < A, C > e < B, D > são
indiferentes ao decisor. Nessa situação, não existe interação de preferências entre
os atributos Y e Z, portanto k = 0.
242
TÓPICO 3 | TEORIA DA UTILIDADE MULTIATRIBUTO
243
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
n
u(xi) = ∑
kiui(xi)
i=1
n n n
u(x) = ∑ k u (x ) + k ∑ k k u (x )u (x ) + k ∑ k k k u (x )u (x )u (x ) + ...
i i i i j i i j j
2
i j l i i j j l l
i = 1 i = 1 i=1
j > i j>i
l > j
FONTE: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões; ALMEIDA, Adiel
Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 212.
244
TÓPICO 3 | TEORIA DA UTILIDADE MULTIATRIBUTO
• identificação de independência;
• check de consistência.
245
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
FONTE: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões; ALMEIDA, Adiel
Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 214.
246
TÓPICO 3 | TEORIA DA UTILIDADE MULTIATRIBUTO
FONTE: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões; ALMEIDA, Adiel
Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 215.
247
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
FONTE: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões; ALMEIDA, Adiel
Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 216.
FONTE: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões; ALMEIDA, Adiel
Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 216.
248
TÓPICO 3 | TEORIA DA UTILIDADE MULTIATRIBUTO
FONTE: Adaptado de: GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões;
ALMEIDA, Adiel Teixeira de. Tomada de decisão gerencial: enfoque multicritério. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2009. p. 217.
249
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
podemos dizer que < (y*, z), (y0, z) > é indiferente a (y1, z) para todo z?
Caso o decisor confirme que a loteria (y*, z), (y0, z) > é indiferente para
todo z, temos uma evidência clara de que Y é independente em utilidade de Z.
250
TÓPICO 3 | TEORIA DA UTILIDADE MULTIATRIBUTO
Uma primeira equação pode ser formulada com base nos procedimentos de
avaliação que permitem, por exemplo, identificar duas consequências (y1, z1) e (y2,
z2) indiferentes. Podemos igualar as utilidades dessas duas consequências com o
auxílio da equação (8).
251
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
ky + kz + kyz = 1 (11)
Como exemplo, poderíamos supor que ky > kz, o que implicaria determinar
uma quantidade y1 tal que o decisor ficasse indiferente entre as consequências (y1,
z0) e (y0, z*). A determinação de y1 envolve um processo interativo em que o decisor
deve pronunciar a sua escolha até que a consequência (y, z0) possa convergir para
(y1, z0). Determinando a utilidade dessas consequências, temos:
252
TÓPICO 3 | TEORIA DA UTILIDADE MULTIATRIBUTO
kz = kyuy(y1) (12)
temos:
u(y*, z) = u(y*, z*) πy + u(y0, z0) (1 – πy)
como u(y*, z0) = ky, u(y*, z*) = 1 e u(y0, z0) = 0
ky = πy (13)
253
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
254
TÓPICO 3 | TEORIA DA UTILIDADE MULTIATRIBUTO
LEITURA COMPLEMENTAR
Objetivos
Estratégias
Plano
de Ação
255
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
ARTICULANDO AS ESTRATÉGIAS
AJUSTE = FR+O
MANUTENÇÃO = FO+A
SOBREVIVÊNCIA = F+A
256
TÓPICO 3 | TEORIA DA UTILIDADE MULTIATRIBUTO
Selecionar as forças da empresa nem sempre é uma tarefa fácil. Para que
represente uma “força real”, ou seja, que poderá ser utilizada de forma eficaz
no ato da execução de uma estratégia, é preciso que “este grupo de forças”
selecionadas atenda alguns pré-requisitos que põem a prova seu real valor.
• VALOR REAL: O valor relacionado a esta força deve fazer a diferença na hora
da competição para valer. Não apenas um ajuste de processos específicos que
tornaram a empresa mais organizada. Menos ainda, um acerto semântico de
algo que visivelmente não funciona.
AGRUPANDO AS ESTRATÉGIAS
1) Agressiva: Se a empresa tem uma força inegável que atenda aos pré requisitos
descritos anteriormente e ao mesmo tempo observa uma oportunidade de
mercado, é hora de ser agressivo!
257
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
• específico;
• mensurável;
• factível (Achiveable);
• realístico;
• tempo definido para execução.
NA PRÁTICA ...
I. DEFININDO OBJETIVOS
Exemplos de objetivos:
258
TÓPICO 3 | TEORIA DA UTILIDADE MULTIATRIBUTO
Para cada objetivo existem estratégias respectivas que refinam ainda mais o
foco. Devem também observar os mesmos critérios usados para o desenvolvimento
dos objetivos, ou seja, serem curtas, claras etc, etc., porém, diferentemente dos
objetivos, as estratégias possuem duas características importantes:
259
UNIDADE 3 | ENFOQUE MULTICRITÉRIO
FONTE: LUCIO JR., Nori. Sua Empresa é Orientada a Resultados? Disponível em: <http://www.
portaldomarketing.com.br/Artigos/Sua_empresa_e_orientada_a_resultados.htm>. Acesso em: 11 mar. 2010.
260
RESUMO DO TÓPICO 3
• Para determinar a função utilidade, o decisor deve ser coerente com suas
preferências e obedecer aos axiomas da ordenabilidade, da transitividade, da
continuidade, da substitutabilidade, da redutibilidade e da monotonicidade,
para que sua função utilidade possa ser perfeitamente definida.
261
AUTOATIVIDADE
3 De acordo com Gomes (2009), alguns problemas são tratados sob a ótica dos
ingredientes básicos em teoria da decisão. Quais são esses ingredientes?
262
REFERÊNCIAS
ANSOFF, H. Igor; McDONNELL, Edward J. Implantando a administração
estratégica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1993.
Dicionário Escolar da Língua Portuguesa. 11. ed. Rio de Janeiro: FENAME, 1976.
263
264
ANOTAÇÕES
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