Traduzido do Inglês para o Português - www.onlinedoctranslator.

com

PRÁTICA PAPEL CPD VERIFIÁVEL

O manejo restaurador da microdontia

DP Laverty*1e MBM Thomas2

EmEmbrbou sejaRfsim

Fornece uma compreensão da classificação da Discute a abordagem de tratamento multidisciplinar Destaca as opções de tratamento restaurador disponíveis
microdontia. para tratar microdontia

A microdontia é uma anomalia dentária que muitas vezes se apresenta ao dentista devido às preocupações estéticas do
paciente. O tratamento visa, portanto, abordar a questão estética do paciente e isso pode apresentar uma série de desafios
que podem exigir uma abordagem multidisciplinar no seu manejo. Este artigo apresenta o manejo restaurador da
microdontia localizada e generalizada.

Manejo da microdontia
Microdontia é uma condição na qual um ou mais
dentes parecem dimensionalmente menores fora dos
limites usuais de variação.1,2Isto pode representar
principalmente uma preocupação estética, com os
pacientes atendidos com queixas de dentes que
parecem menores em tamanho ou formato em
relação aos dentes adjacentes ou em comparação
com outros, e a presença de espaços entre os dentes.
Ocasionalmente, o paciente pode apresentar
dificuldades funcionais, como aprisionamento de
alimentos associado aos dentes microdontes, e
também pode apresentar queixas de más oclusões
associadas à microdontia, como caninos impactados.
A microdontia generalizada verdadeira é rara e foi
relatada em pacientes infantis que receberam
tratamento de radioterapia ou quimioterapia durante
o desenvolvimento dentário (Fig. 3),4nanismo
hipofisário3e anemia de Fanconi.5Também está
associada a uma variedade de síndromes, incluindo
síndrome de Gorlin-Chaudhry-Moss, síndrome de
Williams, síndrome de Ulrich-Turner, síndrome de
Rothmund-Thomson, síndrome de Hallermann-Streiff
e síndrome orofaciodigital (tipo 3) e uma variedade
de outras síndromes.6
Os dentes mais comumente afetados pela
microdontia são o incisivo lateral superior e o
terceiros molares, mas pode afetar qualquer um dos
dentes (Fig. 4). A prevalência geral de incisivos laterais
permanentes superiores em formato de pino é de
cerca de 1,8%.7Laterais maxilares em forma de cavilha
ocorrem com mais frequência em mulheres do que
em homens7e é mais comum em pacientes que
sofrem de síndrome de Down e pacientes com fissura
de lábio e/ou palato ocorrendo mais frequentemente
no lado fissurado.8A microdontia tem

A microdontia pode ser classificada em três tipos

de acordo com Shafere outros:3
1. Microdontia de um único dente – por exemplo,
lateral maxilar em formato de cavilha (Fig. 1) Fig. 3 Uma radiografia OPT mostrando a dentição de

2. Microdontia relativa generalizada – aparecimento um paciente de 16 anos após receber

quimiorradioterapia quando criança, quando a
de dentes pequenos em mandíbulas grandes (Fig.
dentição estava em desenvolvimento, o que resultou
2)
em microdontia, hipodontia e alteração no
3. Microdontia generalizada verdadeira – é quando todos
Fig. 1 Cavilha lateral 22 desenvolvimento radicular
os dentes são menores que o normal.

1 ACF/StR em Odontologia Restauradora, Birmingham Dental

Hospital, Pebble Mill Road, Birmingham, West Midlands, B5 7SA;2
Consultor em Odontologia Restauradora, Cardiff University Dental
Hospital, Heath Park, Cardiff, South Glamorgan, CF14 4XY

* Correspondência para: D. Laverty E-mail:

dominiclaverty560@hotmail.co.uk

Fig. 4 Fotografia intraoral mostrando paciente

Artigo referenciado. Aceito em 1º de julho de
com hipodontia e microdontia dos primeiros pré-
2016 DOI: 10.1038/sj.bdj.2016.595

© Jornal Odontológico Britânico 2016; 221: 160-166

Fig. 2 Microdontia generalizada relativa molares e dente do siso superior esquerdo

160 REVISTA DENTAL BRITÂNICA |VOLUME 221 NÃO. 4 | 26 DE AGOSTO DE 2016

©2016MacmillanPublishersLimited, parte daSpringerNature.Todos os direitos reservados.

 PRÁTICA

Fig. 6 Modelo pré-operatório e modelo duplicado com enceramento diagnóstico

Fig. 5 Fotografia intra-oral mostrando

microdontia e espaçamento ântero-superior
localizado com ausência 24 e 25 e
posicionamento ectopicamente 23

também tem sido intimamente associado à

hipodonita (Fig. 5).9–11
A causa da microdonita está relacionada ao
distúrbio no processo de odontogênese. Este
processo complexo12se perturbado pode levar a
Fig. 7 Maquete intraoral para que o paciente possa visualizar o tratamento restaurador
anormalidades na morfologia, número e forma
proposto
dos dentes e com isso afetar a função, forma e
estética da dentição. Na maioria dos pacientes, a
microdontia está associada a uma base genética e
foi demonstrado que ocorre nas famílias.13
Também foi identificado em casos espontâneos
ou isolados, onde nenhuma causa pode ser
identificada.14
As opções de tratamento variam no manejo dos
dentes microdontes e dependem de uma série de
fatores, mas são fortemente influenciadas pela
gravidade da condição e pelos pacientes que
apresentam queixa. O paciente que apresenta
Fig. 8 22 pinos laterais com parede axial distal reta posicionada distalmente para acomodar o
conformidade, sempre que possível, precisa ser
tratamento restaurador14
abordado e uma apreciação das expectativas do
paciente precisa ser avaliada na fase de planejamento
do tratamento para determinar se o tratamento
atenderá às expectativas do paciente. Se o
tratamento não atender às expectativas então isso
precisa ser discutido e modificado para que os
pacientes possam compreender as limitações do
tratamento odontológico. Enceramentos diagnósticos
seguidos de maquetes na boca do paciente podem
ser uma ferramenta visual e de diagnóstico útil para o
paciente, médico e técnico e fazem parte do processo
Fig. 9 Pré-operatório e pós-operatório – colocação direta de compósito nos microdontes 11, 21 e 22
de consentimento informado (Figuras 6-8).
antes do tratamento ortodôntico para auxiliar na idealização da posição dentária

O tipo de tratamento deve ser selecionado

com base nos requisitos funcionais e estéticos
e é necessária uma avaliação dentária
completa, que muitas vezes inclui uma
avaliação ortodôntica.
As opções de tratamento para o manejo
abrangente da microdontia, que também pode
incluir hipodontia, variam, mas incluem
amplamente o seguinte:
1. Tratamento ortodôntico – para idealizar a posição
dentária do dente ou dentes microdontes
2. Tratamento restaurador – utilizando técnicas
diretas e indiretas no dente ou dentes
microdontes
3. Ortodontia articular e tratamento restaurador
4. Extração do dente ou dentes microdontes e
ortodontia e substituição dentária, se
necessário
5. Extração e substituição dentária
6. Nenhum tratamento – o que provavelmente não
será aceitável.
Ortodontia
Deve-se procurar uma opinião ortodôntica, que
pode ser o único tratamento no manejo da
microdontia ou ajudar a acomodar o tratamento
restaurador, idealizando a posição do dente.15
Incisivos laterais Microdont foram
associados a caninos superiores impactados16
então o tratamento ortodôntico pode ter sido
realizado na infância.

REVISTA DENTAL BRITÂNICA |VOLUME 221 NÃO. 4 | 26 DE AGOSTO DE 2016 161

©2016MacmillanPublishersLimited, parte daSpringerNature.Todos os direitos reservados.

 PRÁTICA
Fig. 10 Técnica de estratificação pré e pós-operatória do compósito para uma cavidade no dente 12 com guia de silicone para auxiliar na colocação do
compósito. Reproduzido deAtualização Odontológica(ISSN 0305-5000), com permissão de George Warman Publications (UK) Ltd
Uma configuração de Kesling pode ser realizada
como parte da avaliação ortodôntica para determinar
os efeitos da abertura ou fechamento do espaço do
arco para o dente/dente microdonte na má oclusão
geral.14Também pode ajudar a visualizar o ponto final
ortodôntico e restaurador proposto17e a estética pode
ser visualizada e quaisquer possíveis
comprometimentos reconhecidos logo no início do
processo de planejamento do tratamento.
Os dentes Microdont podem ser modificados
restaurativamente antes, durante ou imediatamente após
o tratamento ortodôntico.18O tratamento restaurador
geralmente é deixado até a conclusão do tratamento
ortodôntico, no entanto, os dentes microdontes podem
ser construídos até um tamanho e formato mais desejável
com compósito antes do início do tratamento ortodôntico
– isso ajudará a facilitar a colocação do braquete e ajudará
o ortodontista a colocar o dente na posição exata para
facilitar o tratamento restaurador posteriormente (Fig. 9).
19
É vital, especialmente no final do tratamento
ortodôntico, que o dentista restaurador analise o
paciente20antes da descolagem para garantir o
posicionamento ortodôntico das coroas e raízes
dos dentes pode acomodar o tratamento
restaurador proposto. Se este não for o caso, será
necessário tratamento ortodôntico adicional ou o
plano de tratamento restaurador será reavaliado
para acomodar o posicionamento dentário
comprometido.
A ortodontia pode ajudar a acomodar o manejo
restaurador abrindo/fechando o espaçamento e
idealizando a posição do dente em uma posição
mésio-distal, vestíbulo-lingual e apical-coronal.
Posição mesio-distal
Na maioria dos casos, o dente é posicionado no
meio do espaço com espaçamento igual mesial e
distalmente e é particularmente verdadeiro em
dentes com paredes axiais paralelas. Onde uma
das paredes axiais se alarga, pode ser benéfico
posicionar ortodonticamente a parede axial mais
reta totalmente em contato com o dente
adjacente (ver Fig. 8).14Isso vai ajudar na estética
162
©2016MacmillanPublishersLimited, parte daSpringerNature.Todos os direitos reservados.
e facilitará a colocação da restauração.
Também reduzirá o acúmulo de placa,
minimizando a inclinação do perfil de
emergência na margem cervical do dente, que
pode atuar como um fator retentor de placa.
No entanto, é preciso ter cuidado ao aumentar
a largura mesio-distal de forma restauradora,
pois isso pode levar a um dente que parece largo
e curto e parece pouco estético – a restauração
pode precisar também aumentar o comprimento
do dente para otimizar a estética e ceras
diagnósticas podem ajudar nesse sentido. Por
outro lado, uma das desvantagens de posicionar
um microdonte centralmente no espaço pode ser
a necessidade de colocar uma restauração mesial
e distal para fechar o espaço. Isso duplicaria a
necessidade de manutenção restauradora.
Posição apical-coronal
O posicionamento apical-coronal ou “vertical” dos
dentes pode ditar a posição da margem gengival e os
materiais utilizados para restaurar os dentes. O
material utilizado para restaurar o dente ou dentes
microdontes precisa ser considerado, para que o
dente possa ser posicionado adequadamente para
acomodar a restauração sempre que possível. Ao
usar porcelana como uma faceta, a intrusão do dente
microdonte em 2 mm apicalmente criará espaço para
a faceta de porcelana com espessura adequada
incisalmente para garantir a integridade estrutural
sem a necessidade de preparar o dente. Se uma
restauração direta baseada em compósito estiver
sendo usada, então pode ser aconselhável posicionar
o dente microdont em contato oclusal para que haja
risco reduzido de fratura/lascamento da restauração
mais fraca baseada em compósito14se isso não for
possível, é aconselhável fornecer pelo menos 2 mm
para acomodar a restauração.
A posição da margem gengival deverá ser
considerada para que esteja em harmonia com os
dentes adjacentes, principalmente o dente
contralateral.14É necessário que haja um
equilíbrio entre a posição incisal ideal e a posição
desejada da margem gengival.14
REVISTA DENTAL BRITÂNICA |VOLUME 221 NÃO. 4 | 26 DE AGOSTO DE 2016
A posição apical-coronal também pode afetar a
oclusão e, sempre que possível, dentes únicos de
microdontes devem ter contato mínimo ou nenhum
contato em movimentos excursivos, pois esses
dentes geralmente têm raízes mais curtas e podem
estar menos adaptados à carga oclusal.
Posição labial-palatina
A posição lábio-palatina ditará a margem gengival
conforme discutido anteriormente, mas também pode
ajudar a fornecer espaço adequado para restaurar os
dentes microdontes. Ao colocar o dente ligeiramente
palatino, pode-se criar espaço vestibularmente para que
as restaurações possam ser colocadas com espessura
adequada, reduzindo a necessidade de preparação ou
restaurações com contorno excessivo/volumosas onde a
preparação é evitada.
Tratamento restaurador
As opções de tratamento restaurador para dentes
microdontes incluem:
1. Restauração direta
2. Restauração indireta
3. Extração e substituição dentária.
Restaurações diretas
As restaurações à base de compósito podem ser usadas
como um material reversível para construir e modificar a
morfologia do dente ou dentes microdontes.21
O compósito direto demonstrou ser estético,
não invasivo, bem tolerado pelo tecido pulpar,
minimamente abrasivo para os dentes opostos e
fácil de reparar e ajustar, no entanto, é propenso
a manchas/descoloração, taxa de desgaste
acelerada do material em comparação com
material à base de metal e cerâmica, fraturas em
massa, complexidade e aplicação desafiadora
com controle de umidade ideal necessário.22
Facetas compostas diretas podem fornecer
estética adequada e estudos demonstraram que
tanto a resina composta direta quanto a porcelana
podem ser igualmente estéticas.23
Ao colocar restaurações diretas de compósito,
recomenda-se que o contorno labial final seja melhor
colocado em um incremento para evitar vazios24

Fig. 11 Pré-operatório e pós-operatório – faceta composta direta usando compósito de estratificação FILTEK™ Supreme PLUS da lateral de 22 pinos (nota –
RBBs substituindo os 45, 35)
Fig. 12 Pré e pós-operatório – faceta composta direta
usando compósito de estratificação FILTEK™
Supreme PLUS da lateral de 22 pinos
pois os vazios podem atrair manchas e prejudicar a
estética. Podem ser usados sistemas compósitos de
múltiplas camadas que vêm com uma variedade de
tonalidades, opacidades e translucidezes que podem
fornecer resultados muito estéticos; no entanto,
tornar-se proficiente no uso desses sistemas de
múltiplas camadas exige experiência e treinamento
adicional em cursos práticos específicos pode
recomendado para ajudar com isso (Figs. 10–13).
Sempre que possível, a cobertura máxima do
dente deve ser usada para aumentar a área de
superfície para colagem de resina e, sempre que
possível, não é recomendada nenhuma preparação
ou preparação mínima do dente para preservar o
tecido dentário e permitir uma ligação mais previsível
ao esmalte. O pré-tratamento do esmalte não
preparado com pedra-pomes removerá a película e
garantirá uma superfície limpa. Esta técnica é
particularmente útil em crianças e adultos jovens
onde o crescimento ainda não foi totalmente
concluído; a maturidade gengival não foi alcançada e
evita o risco de patologia pulpar em pacientes
REVISTA DENTAL BRITÂNICA |VOLUME 221 NÃO. 4 | 26 DE AGOSTO DE 2016
©2016MacmillanPublishersLimited, parte daSpringerNature.Todos os direitos reservados.
Fig. 13 Pré e pós-operatório – faceta composta direta usando compósito de estratificação
FILTEK™ Supreme PLUS do 13, 12, 11, 21, 22, 23, 43, 42, 41 e 31, 32, 33 com um paciente com
amelogênese imperfeita e microdontia
com polpas maiores. O compósito também pode ser
adicionado, pois o movimento apical da gengiva
ocorre durante a maturidade gengival. Esta
restauração pode ser usada como restauração
provisória ou definitiva e pode ser adicionada,
removida e modificada conforme necessário.
Restauração indireta
As facetas permitem uma boa estética ao mesmo tempo
que são relativamente conservadoras do tecido dentário
em comparação com as coroas (Fig. 14).25A remoção do
dente é muitas vezes necessária, o que pode ser
destrutivo do tecido dentário razoavelmente saudável,26no
entanto, com o microdont a preparação dos dentes pode
não ser necessária e, se for, esta é muitas vezes mínima –
a preparação dos dentes deve ser minimizada para
reduzir a perda de esmalte necessária para optimizar a
retenção das restaurações estéticas planeadas.27As
facetas podem ser compostas ou de porcelana, e ambas
têm se mostrado estéticas com alta satisfação do
paciente.28,29
PRÁTICA
As facetas cerâmicas são úteis com dentes que
têm muito caráter, cujo compósito pode ter
dificuldade em replicar.30No entanto, combinar a
estética pode ser difícil de conseguir.31
As vantagens das restaurações cerâmicas
adesivas incluem boa estética, boa resistência à
abrasão, menos suscetível a manchas (em
comparação com o compósito) e um maior nível
de tolerância gengival. As desvantagens incluem
um material frágil que é propenso a fraturar, a
menos que seja aplicado em massa,
potencialmente abrasivo para os dentes opostos,
difícil de reparar e ajustar e caro.22
Estima-se que as taxas de sobrevivência para
facetas de porcelana em períodos de até 16 anos
variem entre 64% a 100%.32com razões comuns
para falha de facetas, incluindo fraturas
cerâmicas e grandes defeitos marginais.33
As restaurações indiretas de resina composta oferecem
duas vantagens principais sobre as restaurações diretas,
que incluem um nível reduzido de
163
 PRÁTICA

Fig. 14 Pré e pós-operatório – faceta labial totalmente cerâmica e.max da lateral de 22 pinos em paciente com fissura labial

contração de polimerização (pois é realizada investigações clínicas e radiográficas e até mesmo um

em laboratório) e capacidade de adição ao
folheado após a fase inicial de cura.22
As vantagens incluem; melhor controle em
comparação com o compósito direto, capacidade
de adicionar e reparar intra-oralmente, estética
razoável, menos abrasivo que as restaurações
cerâmicas indiretas, maior resistência e
resistência ao desgaste em comparação com o
compósito direto. As desvantagens incluem ajuste
marginal inferior em comparação com metal e
cerâmica, custo e a linha de cimentação pode
exigir mascaramento com materiais diretos.34Para
pacientes com biótipo de tecido fino e linha labial
elevada, as facetas correm risco de falha estética
devido à recessão gengival (Fig. 15).33
Extração, ortodontia e substituição
dentária
A extração do dente/dentes microdont é considerada
se houver necessidade de espaço ou se o prognóstico
a longo prazo do dente/dentes microdont for ruim, o
que inclui dentes com pequenas coroas malformadas
e falta de tecido dentário coronal para restaurar,
curto, fino raízes, dentes severamente girados e
dentes com anomalias dentárias associadas, como
amelogênese imperfeita ou dens in dente, onde os
dentes são considerados irrecuperáveis.
É necessária uma avaliação completa do
dente ou dentes microdontes, que inclui
conjunto Kessling ou enceramento diagnóstico para
visualizar o efeito da extração do dente ou dentes.
O manejo restaurador para o espaço residual
do dente/dentes do microdonte é semelhante ao
manejo se o dente/dentes estivessem faltando
devido à hipodontia.
Se o dente for extraído ou ausente, as
opções são:
1. Fechar ortodonticamente o espaço
2. Abrir ortodonticamente o espaço e
substituir o dente
3. Aceite espaçamento e substituição dentária
4. Deixe o espaço vazio.
A decisão de abrir ou fechar espaço depende
do número de dentes perdidos, do grau de
apinhamento e do tipo de má oclusão.35
Onde houver um espaçamento mínimo resultante
da extração do(s) dente(s), isso pode não ser uma
preocupação estética para os pacientes ou eles
podem não estar dispostos a aceitar os
procedimentos ortodônticos e restauradores
corretivos necessários e o espaçamento é deixado,36
no entanto, isso é muito incomum e muitas vezes o
dente é deixado em vez de extraído.
O fechamento de espaço ortodôntico tem a
grande vantagem de evitar uma restauração
definitiva para substituir o dente extraído e com
Fig. 15 Fotografia de sorriso extra-oral mostrando
facetas falhadas com recessão gengival associada
levando a comprometimento estético
esta é uma necessidade vitalícia de manutenção.35,36O
incisivo lateral superior é o microdonte mais comum
e a extração e fechamento do espaço para fechar o
espaço lateral superior e substituí-lo pelo canino e
disfarçá-lo como incisivo lateral é uma opção. No
entanto, a decisão de extrair este dente deve ser
tomada com cuidado, uma vez que muitas vezes é
possível melhorar restaurativamente a aparência
deste dente, quando posicionado de forma ideal,
conforme descrito anteriormente neste artigo.37
Substituir o canino pelo incisivo lateral é um desafio
restaurador e ortodôntico e a estética resultante varia
enormemente. Isso se deve ao fato de o canino ser
pontiagudo, mais largo, mais longo e mais escuro
que o incisivo lateral que ele substitui. Também em
geral possui uma margem gengival mais

164 REVISTA DENTAL BRITÂNICA |VOLUME 221 NÃO. 4 | 26 DE AGOSTO DE 2016

©2016MacmillanPublishersLimited, parte daSpringerNature.Todos os direitos reservados.

 PRÁTICA

as opções também serão ditadas pela quantidade de

espaço disponível para acomodar as opções de
substituição dentária, isto é particularmente
verdadeiro para restaurações baseadas em
implantes. Como existe uma ligação estreita entre
microdontia e hipodontia, este grupo de pacientes
pode apresentar falta de vários dentes da dentição
permanente e pode ter dentes decíduos perdidos ou
retidos que muitas vezes requerem substituição. O
manejo desses pacientes necessita de um
planejamento multidisciplinar cuidadoso e conjunto
Figura 16 Radiografia e TCFC do espaço 22, o 22 era um microdonte e foi extraído depois que os 21 e 23
com ortodontia, restauração e, em alguns casos,
não erupcionaram e foram expostos cirurgicamente e posicionados ortodonticamente. A radiografia e a
pediatria e especialidades bucomaxilofaciais.
TCFC revelaram um espaço mésio-distal reduzido para acomodar um implante e uma curvatura radicular
desfavorável
Prótese baseada em implantes

Deve ser realizada uma avaliação para verificar se

uma solução baseada em implantes é viável –
onde foram extraídos dentes microdontes, existe
o risco de falta de volume ósseo para acomodar
um implante e podem ser necessárias técnicas de
enxerto para acomodar isto. Além disso, aqueles
com hipodontia generalizada podem apresentar
falta de espaço mesiodistal entre coroas e raízes.
Um implante deve ser colocado a 1,5-2 mm dos

Fig. 17 Colocação do implante 12 e 22 com ortodontia pré-operatória para idealizar o espaçamento e a posição dentes adjacentes, pois a colocação muito
dos dentes e raízes adjacentes para acomodar a colocação do implante. (Observe que a distância entre raízes próxima do dente adjacente pode causar
está nos limites para colocação de implantes de diâmetro estreito) reabsorção da crista alveolar interproximal.41e
com isso leva à falta de suporte para a papila
interdental42levando a um mau resultado estético.
Isto também deve ser considerado ao avaliar a
posição das raízes dos dentes adjacentes e
quando existe falta de espaço, ou é necessária
uma intervenção ortodôntica para criar o espaço
ou uma solução baseada em implantes não é
viável (Figs. 16 e 17).
As vantagens do uso de implantes são evitar o
uso de dentes como pilares de pontes; eles
também são úteis em pacientes com dentição
18 Durante o tratamento e pós-operatório com RBBs em balanço do 13 e 23. O 12 era
espaçada, onde podem ficar sozinhos com
microdonte e o 22 estava faltando, o 12 foi extraído durante a exposição e colagem do 13 não
espaçamento sem o comprometimento estético
irrompido e a ortodontia realizada idealizou o posicionamento do dente antes da
de fechar a lacuna ou criar contato com os dentes
substituição do dente
pilares ao usar pontes. Eles também são úteis
onde os dentes pilares são desfavoráveis.35
posicionado apicalmente. Através do lixamento seletivo da • Ponte ligada com resina
ponta da cúspide e possível redução interproximal, • Prótese parcial Próteses parciais removíveis (RPDs)
clareamento e utilização de material compósito direto • Prótese retida por implante Próteses parciais removíveis podem ser usadas onde há um

pode-se obter um resultado satisfatório.38–40 • Prótese fixa convencional. grande número de dentes perdidos; no entanto, para um único

A abertura do espaço é a opção preferida quando dente ou um pequeno número de dentes que precisam ser

há pouco ou nenhum apinhamento, principalmente O espaçamento precisa de uma consideração substituídos, uma prótese parcial não é considerada a opção de

onde o tratamento ortodôntico não necessita de cuidadosa para alcançar um resultado estético, a substituição dentária de primeira linha. É frequentemente

aproveitamento do espaço e as tentativas podem quantidade de espaçamento é ditada pela estética e usado como uma opção de substituição temporária de dentes

levar a resultados estéticos e ortodônticos também pelas opções de substituição dentária que ou mantenedor de espaço. Os RPDs são frequentemente

indesejáveis. No entanto, compromete o paciente estão sendo consideradas. Do ponto de vista estético, volumosos, com potencial movimento e são funcional e

com os cuidados e manutenção de longo prazo o espaço criado é ditado pelas dimensões do dente socialmente inaceitáveis para muitos pacientes como uma

associados à substituição dentária restauradora.35 contralateral para que a estética simétrica seja restauração definitiva, assim como o seu potencial para

As opções de substituição dentária, caso o espaço alcançada ao substituir o dente microdonte extraído. danificar os dentes remanescentes e os tecidos periodontais.35

seja restaurado protéticamente, são: A substituição do dente particularmente em pacientes jovens.

REVISTA DENTAL BRITÂNICA |VOLUME 221 NÃO. 4 | 26 DE AGOSTO DE 2016 165

©2016MacmillanPublishersLimited, parte daSpringerNature.Todos os direitos reservados.

 PRÁTICA
Ponte ligada por resina (RBBs)
As pontes coladas com resina são uma opção de
substituição protética fixa minimamente invasiva e
são muito úteis para a substituição de um único
dente anterior, especialmente em pacientes jovens.
Eles são particularmente úteis se o espaçamento for
desfavorável para implantes dentários. Um dos
desafios dos RBBs alados metálicos é o efeito
acinzentado ou brilho através do esmalte translúcido
do incisivo central. Usar os caninos como dentes
pilares pode ajudar a evitar isso devido à redução na
translucidez desse dente ou ao usar um RBB
totalmente cerâmico (Fig. 18).35
Pontes convencionais
O uso de pontes convencionais é geralmente limitado
a pacientes idosos, com dentes pilares fortemente
restaurados. No paciente mais jovem, a quantidade
de preparo dentário e a polpa grande levam a um
alto risco de exposição pulpar e subsequente
patologia periapical. A sobrevivência relatada de
pontes convencionais é melhor do que a de pontes
ligadas com resina.43A falha ocorrerá comumente
como resultado de cáries recorrentes e necrose
pulpar e pode levar à perda catastrófica dos dentes
pilares, levando a uma maior perda dentária,44e,
portanto, não pode ser tolerada num paciente jovem
com uma dentição não restaurada.
Conclusão
Este artigo mostrou que o manejo restaurador de
pacientes com microdontia pode ser desafiador.
Enfatizou a importância da ortodontia e da
abordagem da equipe multidisciplinar no tratamento
desses pacientes para garantir um resultado ideal. O
uso de ceras de diagnóstico/configuração Kesling
permite que médicos, pacientes e equipe técnica
visualizem o ponto final proposto do tratamento e
permite que possíveis compilações ou problemas
sejam antecipados antes de iniciar o tratamento.
Sempre que possível, especialmente em pacientes
jovens, recomenda-se um tratamento conservador
menos invasivo e quando o tratamento restaurador é
utilizado, o paciente compreende a necessidade de
cuidados e manutenção ao longo da vida deste
tratamento restaurador.
166
©2016MacmillanPublishersLimited, parte daSpringerNature.Todos os direitos reservados.
1. Boyle PE.Histopatologia dos dentes de Kronfeld e suas
estruturas circundantes. 1ª edição. pp 14. Filadélfia: Lea &
Febiger, 1955.
2. Van Beek GC.Morfologia dentária. Um guia ilustrado. 2ª
edição. pp 127. Woburn, MA: Butterworth-Heinemann,
1983.
3. Shafer WG, Hine MK, Levy B M.Um livro didático de
patologia oral. 1ª edição. pp 26. Filadélfia: W B.
Saunders Co, 1958.
4. Van der waal I, Van der kwast WAM. Patologia oral.
Anomalias de desenvolvimento e distúrbios de erupção e
alguns distúrbios dentários adquiridos. 1ª edição. pp 114.
Chicago: Quintessence Publishing Co. Inc, 1988.
5. Opinya GN, Kaimenyi JT, Meme J S. Achados orais na anemia de
Fanconi: um relato de caso.J Periodontologia1988;59: 461–463.
6. Bargale SD, Kiran SD. Ocorrência não sindrômica de microdontia
generalizada verdadeira com mesiodente mandibular - um
caso raro.Cabeça Face Med2011;7:19.
7. Hua F, He H, Ngan P, Bouzid W. Prevalência de incisivos laterais
permanentes em forma de pino: uma meta-análise.Am J Orthod
Ortopedia Dentofacial2013;144:97-109.
8. Burke FJT, Shaw WC C. Modificações estéticas dentárias para
pacientes com fissura labiopalatina.Br J Ortod1992;19:
311–317.
9. Hobkirk JA, Goodman JR, Jones S P. Apresentando queixas e
descobertas em um grupo de pacientes atendidos em uma
clínica de hipodontia.Br Dent J1994;177:337-339.
10. Ribeiro AH. Uma explicação etiológica unificadora para
anomalias no número e tamanho dos dentes humanos.Arco
Oral Biol1984;29:373-378.
11. Ribeiro AH. Variáveis e critérios em estudos de prevalência de
anomalias dentárias de número, forma e tamanho.
Comunidade Dent Oral Epidemiol1975;3:288-293.
12. Thesleff I. Base genética do desenvolvimento dentário e defeitos
dentários.Acta Odontol Scand2000;58:191-194.
13. Arte S, Nieminen P, Apajalahti S, Haavikko K, Thesleff I,
Pirinen S. Características da hipodontia incisivo-pré-
molar em famílias.J Dent Res2001;80:1445–1450.
14. Khan S, Gill D, Bassi S. Manejo de incisivos laterais superiores
microdontes.Atualização de dentes2014;41:867–874.
15. Bello A, Jarvis RH. Uma revisão de alternativas estéticas
para restauração de dentes anteriores.J Prótese Dent
1997; 78:437–440.
16. Brin I, Becker A, Shalhav M. Posição do canino permanente
superior em relação aos incisivos laterais anômalos ou
ausentes: um estudo populacional.Eur J Orto1986; 8:
12-16.
17. Campos HW. Tratamento ortodôntico-restaurador para problemas de
excesso de tamanho dentário relativo anterior mandibular.Sou J
Orthod1981;79:176-183.
18. Harrison JE, Bowden DE. A interfase Ortodôntica/Restauradora.
Procedimentos restauradores para auxiliar o tratamento
ortodôntico.Br J Ortod1992;19:143–152.
19. Durey K, Cook P, Chan M. O tratamento da hipodontia
grave. Parte 1: Considerações e opções restaurativas
convencionais.Br Dent J2014;216:25–9.
20. Kulshrestha R. Abordagem interdisciplinar no tratamento
de incisivos laterais peg.J Orthod Endod2016;2:1.
21. Asher C, Lewis D H. A integração de procedimentos
ortodônticos e restauradores em casos com falta de incisivos
superiores.Br Dent J1986;160:241–245.
22. Mehta S, Banerji S, Millar B, Suarez-Feito J. Conceitos atuais sobre
o manejo do desgaste dentário: Parte 4. Uma visão geral das
técnicas restaurativas e materiais dentários comumente
aplicados para o manejo do desgaste dentário.Br Dent J2012;
212:169–171.
REVISTA DENTAL BRITÂNICA |VOLUME 221 NÃO. 4 | 26 DE AGOSTO DE 2016
23. Nalbandian S, Millar B J. O efeito dos folheados na
melhoria cosmética.Br Dent J2009; 207:E3; discussão
72-73.
24. Robinson S, Nixon PJ, Gahan MJ, Chan M F. Técnicas para
restaurar dentes anteriores desgastados com resina composta
direta.Atualização de dentes2008;35:551-558.
25. Patel M, McDonnell ST, Iram S, Chan MF. Amelogênese imperfeita
- manejo ao longo da vida. Manejo restaurador do paciente
adulto.Br Dent J2013;215:449–57.
26. Nathwani NS, Kelleher M. Tratamento minimamente
destrutivo da amelogênese imperfeita e hipodontia
com clareamento e colagem.Atualização de dentes
2010;37: 170–172: 175–176: 179.
27. Ferrari M, Patroni S, Balleri P. Medição da espessura do
esmalte em relação à redução para facetas laminadas
condicionadas.Int J Periodontia Dente Restaurador1992;12:
407–413.
28. Nalbandian S, Millar B J. O efeito dos folheados na
melhoria cosmética.Br Dent J2009;25:207. (2): E3;
discussão 72–3.
29. Meijering AC, Creugers NH, Roeters FJ, Mulder J. Sobrevivência
de três tipos de restaurações folheadas em um ensaio
clínico: uma avaliação provisória de 2,5 anos.J Dente1998;26:
563–568.
30. Barbeiro AJ, King PA. Manejo do dente único descolorido.
Parte 2: Opções restaurativas.Atualização de dentes
2014;41:194–6:198–200:202–4.
31. Christensen GJ. Restaurar um único dente anterior – Soluções
para um dilema dentário.Associação J Am Dent2004;135:
1725–1727.
32. Burke FJ. Taxas de sobrevivência de facetas laminadas de porcelana com
referência especial ao efeito do preparo em dentina: uma revisão da
literatura.J Esthet Restaurador Dent2012;24: 257–265.
33. Peumans M, De Munck J, Fieuws S, Lambrechts P, Vanherle G, Van
Meerbeek B. Um ensaio clínico prospectivo de dez anos de
facetas de porcelana.J Ades Dent2004;6:65-76.
34. Kilpatrick N, Mahoney E. Erosão dentária: parte 2. O manejo da
erosão dentária.Nova Zelândia Dent J2004;100: 42–47.
35. Carter NE, Gillgrass TJ, Hobson RSe outros.O manejo
interdisciplinar da hipodontia: ortodontia.Br Dent J
2003;12:361–366.
36. Jepson NJ, Nohl FS, Carter NEe outros.O manejo
interdisciplinar da hipodontia: odontologia restauradora.
Br Dent J2003;22:299–304.
37. Carter NE, Gillgrass TJ, Hobson RS, Jepson N, Meechan
JG, Nohl FS, Nunn J H. O manejo interdisciplinar da
hipodontia: ortodontia.Br Dent J2003;194: 361-366.
38. Thordarson A, Zachrisson BU, Mjor I A. Remodelação de
caninos no formato de incisivos laterais por retificação:
Uma avaliação de longo prazo.Am J Orthod Ortopedia
Dentofacial 1991;100:123–132.
39. Millar BJ, Taylor N G. Pensamento lateral: o manejo da falta
de incisivos laterais.Br Dent J1995;178:99–106.
40. Sabri R. Manejo de incisivos laterais ausentes.J Sou
Dente Bunda1999;130:80–84.
41. Thilander B, Odman J, Jemt T. Implantes unitários na região dos
incisivos superiores e sua relação com os dentes adjacentes.
Um estudo de acompanhamento de 8 anos.Clin Oral Implants
1999;10:346–355.
42. Jivraj S, Chee W. Planejamento de tratamento de
implantes na zona estética.Br Dent J2006;22:201: 77–89.
43. Scurria MS, Bader JD, Shugars DA. Meta-análise da sobrevivência
de próteses parciais fixas: Próteses e pilares.
J Prótese Dent1998;79:459–464.