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Nampula
2015
Índice
CAPITULO I: Introdução.....................................................................................................4
1.1.Tema...............................................................................................................................5
1.3.Problema de Pesquisa.....................................................................................................6
1.3.1.Questão de Partida.......................................................................................................7
1.4.1.Gerais...........................................................................................................................7
1.4.2.Especificos...................................................................................................................7
2.5.Hipoteses.........................................................................................................................8
2..Definição de conceitos......................................................................................................9
2.1.Descentralização.............................................................................................................9
2.2.Autarquias Locais...........................................................................................................9
2.3.Gestão.............................................................................................................................9
2.5.Recursos financeiros.....................................................................................................10
2.5.1.Município...................................................................................................................10
2.5.3.Descentralização fiscal...............................................................................................10
2.5.4.Autonomia financeira.................................................................................................10
2.5.5.Receita Pública...........................................................................................................10
2.5.6.Despesa Pública.........................................................................................................11
2.5.7.Autonomia Local.......................................................................................................11
2.6.Teoria Institucionalista..................................................................................................11
Cronograma............................................................................................................................16
Orçamento...........................................................................................................................17
Referências Bibliográficas..................................................................................................17
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CAPITULO I: Introdução
O presente trabalho procura analisar a questão da Gestão dos Recursos Financeiros na
Administração Autárquica. A relevância do tema em estudo consiste na necessidade de
perceber até que ponto a quantidade de recursos financeiros colectados quer através das
receitas locais, quer por meio dos fundos concedidos pelo Estado via transferências fiscais é
suficiente para o Município de Lichinga prover seus serviços e implementar projectos de
desenvolvimento local.
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1.1.Tema
Os desafios dos recursos financeiros da administracao Autarquica nos momento da
pandemia de COVID-19: O caso do Municipio da cidaade de Nampula 2019-2020
Com este tema pretende-se perceber qual é a capacidade de arrecadação e gestão de receita
própria do Município da cidade de Nampula, de modo que possa realizar as actividades
planificadas e a execução das suas despesas, sem que para tal dependam em grande parte dos
recursos providos das transferências fiscais.
Aliado a fraca capacidade que o município da cidade de Nampula enfrenta para a captação
de receitas e consequente efectivação das despesas, este socorre-se aos recursos financeiros
concedidos pelo Estado (FCA e FIIL), o que, de certa forma, inviabiliza a capacidade deste
município em dar respostas as demandas sociais.
A escolha do Município da Cidade de Nampula como objecto deste estudo resulta numa
curiosidade individual, por verificar que nesta autarquia nunca se fez estudo de género. A
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escolha não só foi desencadeada pelo facto da cidade de Lichinga ser um município de
pequena dimensão em termos territoriais e sem muitas infra-estruturas, mas também pela
importância de analisar como o referido município esta a se beneficiar da autonomia que
dispõe para realizar com sucesso as suas actividades e implementação de projectos visando a
promoção de desenvolvimento local.
1.3.Problema de Pesquisa
Segundo Chichava (2009), 1os problemas que as autarquias enfrentam para levar a cabo os
projectos de desenvolvimento local, estão associados a existência de fraca capacidade
técnica dos recursos humanos, escassez de recursos financeiros para a provisão de bens e
serviços públicos. Como tal, a sua dependência continua alta em relação ao Estado o que
limita a capacidade dos municípios na realização de seus serviços e implementação de
projectos de desenvolvimento local, bem como a sustentabilidade de suas despesas.
O que na realidade acontece é que essa autonomia não se faz sentir, na medida em que o
município da cidade de Nampula não tem infra-estruturas, suficientemente capazes de gerar
receitas, muito menos património próprio, nem se quer uma base tributária sustentável.
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CHICHAVA, A. Dependência financeira continua alta. In: municípios - administração local - Governo.
Artigo consultado na internet aos 25/10/2020.
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Importa referir que o problema de fraca capacidade de geração e gestão de recursos
financeiros é verificável no município da ciadade de Nampula, porque a deficiência na
administração autárquica não permite com que o município arrecade recursos necessários
para fazer face as despesas previstas, visto que este não tem capacidades para garantir o
desenvolvimento local porque as receitas, localmente arrecadadas são extremamente baixas
devido a pamdemia de COVID-19. Essa situação deixa esta autarquia, cada vez mas
dependente dos fundos concedidos pelo Estado via transferência fiscais para implementação
de seus projectos, e sem capacidades para a provisão de bens e serviços de utilidade pública.
É com este propósito que pretende-se, analisar se os recursos financeiros colectados a nível
local e os fundos concedidos pelo Estado via transferências fiscais é suficiente para o
município da cidade de Nampula prover seus serviços e implementar projectos de
desenvolvimento concebidos a nível local
1.3.1.Questão de Partida
O presente trabalho será orientado pela seguinte questão de partida: até que ponto a
dependência financeira do Município da ciadade de Nampula, em relação aos fundos
concedidos pelo Estado, aliado a sua frágil capacidade de arrecadação e gestão de receita
fiscal cria dificuldades para a efectivação de serviços e projectos de desenvolvimento
concebidos a nível local no periodo da pandemia de COVID-19?
1.4.1.Gerais
Analisar até que ponto a quantidade de recursos financeiros colectados quer através
das receitas locais, quer por meio dos fundos concedidos pelo Estado via
transferências fiscais é suficiente para o Município da cidade de Nampula prover
serviços e implementar projectos de desenvolvimento local no momento da
pendemia de COVID-19.
1.4.2.Especificos
Constituem objectivos específicos desta monografia os seguintes:
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2. Verificar se o grau de dependência financeira desta autarquia em relação ao Estado
pode levar a cabo os projectos e actividades de promoção do desenvolvimento local.
3. Identificar os principais constrangimentos que o município de Lichinga enfrenta na
colecta de receitas fiscais para a sua sustentabilidade e provisão de seus serviços.
2.5.Hipoteses
O presente trabalho levanta duas (2) principais hipóteses a saber:
2..Definição de conceitos
Para a compreensão e discussão do problema arrolado neste trabalho, torna-se importante
rever alguns conceitos e teorias que são relevantes para a presente monografia. Neste
âmbito, os conceitos a serem abordados são: descentralização; autarquias locais; gestão,
receita pública, gestão de recursos financeiros, recursos financeiros, autonomia patrimonial,
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município, descentralização fiscal, autonomia local, despesa pública. A teoria que vai
orientar este trabalho é essencialmente a institucionalista.
2.1.Descentralização
A descentralização é a organização das actividades da administração central, fora do
aparelho do governo central, através de medidas administrativas e fiscais que permitem a
transferência de responsabilidades e recursos para agentes criados pelos órgãos da
administração central e, medidas políticas que permitem á redistribuição pelo governo
central de poderes, responsabilidades e recursos específicos para as autoridades locais
(Faria; Chicava, 1999).
2.2.Autarquias Locais
Segundo Jorge Gouveia, citado por Aguiar Mazula (1998), Autarquias Locais são pessoas
colectivas públicas dotadas de órgãos representativos próprios que visam a prossecução dos
interesses das populações respectivas, sem prejuízo dos interesses nacionais e da
participação do Estado, e são órgãos representativos que facultam as respectivas populações
influenciar de um modo imediato as decisões que lhes dizem respeito.
2.3.Gestão
Segundo o dicionário das Ciências Humanas (1972), Gestão é um conjunto de tarefas que
procuram garantir a afectação eficaz de todos os recursos disponibilizados pela organização
a fim de serem atingidos os objectivos pré-determinados.
2.5.Recursos financeiros
Recursos financeiros, pode ser entendido como uma forma de investimentos, empréstimos
entre outros, mas sempre visionando a viabilidade dos negócios, que proporcionem não
somente o crescimento, mas também o desenvolvimento e estabilização (idem).
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2.5.1.Município
Município é uma entidade autónoma porque não está sujeita aos órgãos do Estado, pode
tomar decisões independentes, tem património seu que não pertence ao Estado, faz o seu
próprio orçamento e cobra as suas receitas, seus órgãos são pessoas eleitas pelos cidadãos do
local (Aguiar Mazula, 1998).
2.5.3.Descentralização fiscal
A descentralização fiscal são as transferências fiscais decrescentes, das quais escalões mais
altos cedem influência a escalões inferiores em termos de decisões financeiras, ou seja,
aquelas decisões que dizem respeito a modalidade de aquisição, de receitas e despesas a
realizar, bem como, dá aos governos locais alguma autonomia para tomar decisões
financeiras fiscais independentes (Manor, 1998).
2.5.4.Autonomia financeira
Autonomia financeira é o poder das Autarquias locais disporem de receitas próprias, ordenar
e processar as despesas e arrecadar receitas que por lei lhes forem destinadas, recorrer a
empréstimos nos termos da legislação em vigor, elaborar, aprovar, alterar e executar o
orçamento de acordo os planos de actividades (MAE, 1998:25).
2.5.5.Receita Pública
Receita pública é qualquer recurso obtido durante um dado período financeiro, mediante o
qual o sujeito público pode satisfazer as despesas públicas que estão ao seu cargo (Franco,
1996:299).
2.5.6.Despesa Pública
Define se Despesa Publica como o conjunto de dispêndios do Estado ou de outra pessoa de
direito público, para o funcionamento dos serviços públicos. Neste sentido, despesa vai ser a
parte do orçamento, ou seja, aquela em que se encontram classificadas todas as autorizações
para gastos com várias atribuições e funções governamentais.
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2.5.7.Autonomia Local
Autonomia local é a capacidade que os Governos locais têm para tomar decisões em relação
aos serviços que por eles são oferecidos, sem a interferência do centro, e também é a
capacidade que os Governos locais têm para influenciar políticas nacionais que possam
afectar os seus interesses (Page citado por Souza, 1998).
2.6.Teoria Institucionalista
Antes de mais, é importante enfatizar que a teoria institucionalista é aquela que traz
fundamentos que melhor se enquadram nas abordagens desenvolvidas ao longo desta
monografia.
De acordo com Moreira (1992), o institucionalismo é uma teoria na qual enfatiza que a
dinâmica do processo de desenvolvimento é determinada, a partir de um leque de
procedimentos, normas, convenções oficiais, inerentes as mesmas instituições, afectando a
conduta dos diversos actores sociais envolvidos no mesmo processo.
Conselho Municipal;
Assembleia Municipal.
Conselho Municipal
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As secções ordinárias do CMCL realizam-se uma vez por semana (todas as quartas-feiras), e
reúnem-se, extraordinariamente, quando as necessidades exigirem. Existem, também
reuniões de colectivo que são efectuadas de 15 em 15 dias, isto é, duas vezes por mês.
O município da cidadade de Nampula funciona com oito (8) vereações distribuídas nas
seguintes áreas:
Assembleia Municipal
Este órgão funciona em sessões bimensais, num total de cinco secções ordinárias anuais e
pode se reunir em sessões extraordinárias quando existir um imperativo pontual. Quanto a
composição é constituída por três (3) membros, sendo um Presidente, um vice-presidente e
um Secretário
O sistema de impostos e taxas das autarquias locais, de acordo com o Artigo 51 da Lei
1/2008 compreende:
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c) Imposto Autárquico de Veículos;
d) Imposto Autárquico do Sisa;
e) Taxas por licenças concedidas e por actividades económicas;
f) Tarifas e taxas pela prestação de serviços;
De acordo com J.M. Marques e Vasco Valdez Matias (1990:197), as Receitas e as Despesas
das autarquias locais encontram-se repartidas por dois grandes agrupamentos, a saber:
Receitas Correntes,
Receitas de Capital,
Despesas Correntes,
Despesas de Capital.
São exemplo deste tipo de receitas: as taxas, as multas, a venda de serviços, transferências
correntes, rendimento de propriedades, venda de bens duradouros e outras receitas correntes.
Por sua vez, na óptica de J.M. Marques e Vasco Valdez Matias (1990:200), as Despesas
Correntes são as que afectam o património não duradouro, implicando uma diminuição do
activo líquido. São essencialmente as despesas com o funcionamento dos serviços, isto é,
traduzem operações de consumo
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São exemplos de despesas de capital: investimentos, transferências de capital, activos e
passivos financeiros, aquisição de edifícios, construção de estradas, aquisição de viaturas, e
de maquinarias, etc.
Para o mesmo autor ainda (2003 p.82) método é o conjunto das actividades sistemáticas e
racionais que, com maior segurança e economia permite, alcançar objectivos, conhecimento
valido e verdadeiro, traçado o caminho ao ser seguido, detectando erros e auxilio as decisões
do cientista.
Método
Metodologia aplicada no presente projecto será o Estudo de Caso em conjunto com o Grupo
Focal. Como diz Yin (2010, p.24), afirma que para melhor compreender os fenómenos
sociais complexos, de tal modo que se permita que retenhamos as características holísticas e
significativas dos eventos do comportamento dos pequenos grupos, a técnica do Estudo de
Caso é bastante indicada.
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1. A do Estudo de Caso, por entendermos que se faz necessário ambientalizar e
contextualizar a empresa, além de acreditarmos de se tratar procedimento adequado
para uma situação real,
2. A técnica do Grupo Focal, por se tratar de uma estratégia realizada em momento
bastante descontraído, que aqui chamaremos de informal, em que um grupo de
pessoas, que no momento compartilham objectivos, participam de conversas e
diálogos, de acordo com uma proposta inicial, e a partir disso possam estabelecer
vínculos e consequentemente desenvolver percepções dos participantes sobre temas
colocados em discussão pela pesquisadora. PEREIRA, GODOY E TERÇARIOL
(2009, p. 423)
3.1.1.1.Quanto a Natureza
3.1.2.Quanto a abordagem
Em função dos objectivos, esta pesquisa será descritiva exploratório, visto que sua
preocupação central estende-se analisar até que ponto a quantidade de recursos financeiros
colectados quer através das receitas locais, quer por meio dos fundos concedidos pelo Estado
via transferências fiscais é suficiente para o Município da cidade de Nampula prover
serviços e implementar projectos de desenvolvimento local no momento da pendemia de
COVID-19..
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De acordo com Marconi e Lakatos (2003, p. 188) são estudos que tem por objectivo
descrever completamente determinado fenómeno, como, por exemplo, o estudo de um caso
para o qual são realizadas análises empíricas e teóricas. Podem ser encontradas tanto
descrições quantitativas e/ou qualitativas quanto acumulação de informações detalhadas
obtidas por intermédio de observação participante
3.2.2.Questionário
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Estudo de campo
Uma vez que a pesquisadora busca compreender as características, estruturas ou modelos
que estão por trás dos fragmentos de mensagens tornados em consideração. O esforço do
analista é, então, duplo: entender o sentido da comunicação, como se fosse o receptor
normal, e, principalmente, desviar o olhar, buscando outra significação, outra mensagem,
passível de se enxergar por meio ou ao lado da primeira.
3.3.1.Amostra
Cronograma
Ord. Etapas das actividades Período de 2019-2020
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1º Elaboração do projecto
2º Revisão bibliográfica
3º Elaboração dos instrumentos de
colecta de dados
4º Recolha de dados no terreno
5º Organização e análise e discussão de
dados
6º Redacção de relatório final da
pesquisa
7º Apresentação do relatório
Fonte: autora
Orçamento
Total 11.207,00
Fonte: autora
Referências Bibliográficas
ABRAHAMSSON, H, NILSSON, A . Moçambique em Transição, um estudo histórico
durante o período de 1974-1992. CEGRAF, CEEI-ISRI. Maputo: 1998
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ARRETECHE, Marta. Mitos da Descentralização: mais Democracia e Eficiência nas
Politicas Publicas. Revista Brasileira de Ciências Sociais, ano 11, n˚31, São Paulo: 1996
GUAMBE, José, e WEIMER, Bernard. Programa de Reforma dos órgãos Locais (PROL).
Maputo: 1998
Lei 9/96, de 22 de Novembro, introduz princípios e disposições sobre o poder local no Texto
da lei fundamental. B.R, I SÉRIE – Número 47, Suplemento, Imprensa Nacional de
Moçambique. Maputo: 1996.
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Lei 1/2008 de 16 de Janeiro, Lei que define o regime financeiro, orçamental e patrimonial
das Autarquias locais e o sistema tributário autárquico. Imprensa Nacional de Moçambique,
Maputo: 2008.
GIL, A.C. Como elaborar projectos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2007.
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