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Gildo chaur

Os desafios dos Recursos Financeiros da Administracao Autarquica nos momentos da


Pandemia de COVID-19: O caso do Municipio da cidaade de Nampula 2019-2020

up
Nampula
2015
Índice
CAPITULO I: Introdução.....................................................................................................4

1.1.Tema...............................................................................................................................5

1.2.Delimitação do tema e Justificativa................................................................................5

1.3.Problema de Pesquisa.....................................................................................................6

1.3.1.Questão de Partida.......................................................................................................7

1.4.Formulação dos Objectivos:...........................................................................................7

1.4.1.Gerais...........................................................................................................................7

1.4.2.Especificos...................................................................................................................7

2.5.Hipoteses.........................................................................................................................8

CAPITULO II: Quadro Teórico e Conceptual......................................................................9

2..Definição de conceitos......................................................................................................9

2.1.Descentralização.............................................................................................................9

2.2.Autarquias Locais...........................................................................................................9

2.3.Gestão.............................................................................................................................9

2.4.Gestão de recursos financeiros........................................................................................9

2.5.Recursos financeiros.....................................................................................................10

2.5.1.Município...................................................................................................................10

2.5.2.Autonomia Patrimonial Autonomia...........................................................................10

2.5.3.Descentralização fiscal...............................................................................................10

2.5.4.Autonomia financeira.................................................................................................10

2.5.5.Receita Pública...........................................................................................................10

2.5.6.Despesa Pública.........................................................................................................11

2.5.7.Autonomia Local.......................................................................................................11

2.6.Teoria Institucionalista..................................................................................................11

2.7. Perfil do Município da cidade de Nampula.................................................................11


2.8.Funcionamento dos Órgãos Municipais........................................................................12

2.9.Classificação das Receitas e Despesas das Autarquias Locais.....................................13

CAPITULO III: METODOLOGIA DE PESQUISA..........................................................14

3.1 Método de Pesquisa......................................................................................................14

3.1.1 Tipo de Pesquisa........................................................................................................15

3.2.Técnicas de Recolha de Dados.....................................................................................15

3.3. População ou Universo................................................................................................16

3.4. Revisão Bibliográfica...................................................................................................16

Cronograma............................................................................................................................16

Orçamento...........................................................................................................................17

Referências Bibliográficas..................................................................................................17

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CAPITULO I: Introdução
O presente trabalho procura analisar a questão da Gestão dos Recursos Financeiros na
Administração Autárquica. A relevância do tema em estudo consiste na necessidade de
perceber até que ponto a quantidade de recursos financeiros colectados quer através das
receitas locais, quer por meio dos fundos concedidos pelo Estado via transferências fiscais é
suficiente para o Município de Lichinga prover seus serviços e implementar projectos de
desenvolvimento local.

Com a realização das primeiras eleições presidenciais em 1994, o Governo de Moçambique


tem vindo a criar condições necessárias para a efectivação do processo da descentralização,
através de estabelecimento de órgãos (municípios), dotados de autonomia financeira,
administrativa e patrimonial. Estes órgãos revestem-se de responsabilidades e competências
próprias para a mobilização de recursos financeiros necessários á efectivação de serviços e
implementação de projectos de desenvolvimento local (MAE, 1999:14).

Neste âmbito, um dos grandes desafios para a efectivação da descentralização no país,


consiste da necessidade de atribuição e alocação aos governos locais de recursos que lhes
garantem desempenhar um papel efectivo no desenvolvimento das comunidades locais,
capacitando em termos de recursos humanos, materiais e financeiros, para a provisão de
bens e serviços de utilidade pública.

O exercício da municipalização em Moçambique surgiu logo após as eleições autárquicas


em 1998, que culminou com a criação de três órgãos principais: Assembleia Municipal
como órgão representativo, o Presidente do Conselho Municipal como órgão executivo
singular, e o Conselho Municipal como órgão executivo colegial.

Em relação a estrutura o trabalho encontra-se dividido da seguinte maneira:

A introdução, contextualização, problema de pesquisa, formulação dos objectivos,


delimitação e justificativa, questão de partida, hipóteses, metodologia de investigação, e o
quadro teórico conceptual constam na parte inicial do trabalho.

Em termos da metodologia de investigação, usei uma investigação bibliográfica, artigos e


internet onde retirei as informações dos autores que trata o tema com rigor, ainda por sua
vez, para facilitar o leitor usei uma linguagem clara e objectivo.

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1.1.Tema
 Os desafios dos recursos financeiros da administracao Autarquica nos momento da
pandemia de COVID-19: O caso do Municipio da cidaade de Nampula 2019-2020

1.2.Delimitação do tema e Justificativa


O processo da descentralização em Moçambique impõe desafios no que concerne á captação
de recursos financeiros para fazer face as suas actividades no perido da pamdemia de
COVID-19. A fraca capacidade que o município da cidade de Nampula enfrenta na
arrecadação de receitas não permite que se obtenham recursos suficientes para satisfação das
necessidades dos munícipes em termos de provisão de bens e serviços, e realização das suas
despesas.

O interesse pelo tema ( Os desafios dos recursos financeiros da administracao Autarquica


nos momento da pandemia de COVID-19) decorre do facto deste se enquadrar no processo
da descentralização em Moçambique, concretamente nos aspectos político-administrativos,
visto que, quando se aborda a questão da gestão financeira municipal se refere a toda
actividade de tomada de decisão, aplicação e captação de recursos financeiros que visem a
prossecução de bens e serviços de utilidade para os munícipes.

Com este tema pretende-se perceber qual é a capacidade de arrecadação e gestão de receita
própria do Município da cidade de Nampula, de modo que possa realizar as actividades
planificadas e a execução das suas despesas, sem que para tal dependam em grande parte dos
recursos providos das transferências fiscais.

Assim, procura-se no presente trabalho verificar quais são os constrangimentos que o


CMCN enfrenta no processo de colecta e gestão das suas receitas no momento da pandemia
de COVID-19, uma vez que não faz sentido conceber plena autonomia financeira às
autarquias locais, se não houver uma capacidade de gestão dos seus recursos, tendo em conta
que este município apresenta uma baixa capacidade de colecta de receitas próprias.

Aliado a fraca capacidade que o município da cidade de Nampula enfrenta para a captação
de receitas e consequente efectivação das despesas, este socorre-se aos recursos financeiros
concedidos pelo Estado (FCA e FIIL), o que, de certa forma, inviabiliza a capacidade deste
município em dar respostas as demandas sociais.

A escolha do Município da Cidade de Nampula como objecto deste estudo resulta numa
curiosidade individual, por verificar que nesta autarquia nunca se fez estudo de género. A

5
escolha não só foi desencadeada pelo facto da cidade de Lichinga ser um município de
pequena dimensão em termos territoriais e sem muitas infra-estruturas, mas também pela
importância de analisar como o referido município esta a se beneficiar da autonomia que
dispõe para realizar com sucesso as suas actividades e implementação de projectos visando a
promoção de desenvolvimento local.

A outra razão da escolha do Município da cidade de Nampula, no período compreendido


entre 2019 a 2020, cinge-se pelo facto de se constatar que esta autarquia tem registado
piorias na prestação de serviços aos munícipes, o que pode provocar grade queda na boa
gestao Municipal.

Como resultado de mudança de Presidente do município, nos últimos tempos assiste-se um


deslecho significativos na boa producao e gestao, com uma tendência de pioria na prestação
de serviços aos cidadãos, na disponibilização de recursos financeiros, melhorias na
arrecadação e gestão dos recursos financeiros, criação de novas parcerias orientadas para a
mudança das condições dos munícipes.

1.3.Problema de Pesquisa
Segundo Chichava (2009), 1os problemas que as autarquias enfrentam para levar a cabo os
projectos de desenvolvimento local, estão associados a existência de fraca capacidade
técnica dos recursos humanos, escassez de recursos financeiros para a provisão de bens e
serviços públicos. Como tal, a sua dependência continua alta em relação ao Estado o que
limita a capacidade dos municípios na realização de seus serviços e implementação de
projectos de desenvolvimento local, bem como a sustentabilidade de suas despesas.

O artigo 7 da Lei 2/97 de 18 de Fevereiro define que as autarquias gozam de autonomia


financeira, patrimonial e administrativa. A Lei preconiza que a autonomia financeira garante
as instituições locais, democraticamente eleitas o direito de dispor de receitas próprias,
ordenar e processar despesas e arrecadar receitas que por lei forem destinadas às autarquias.
A autonomia patrimonial consiste em ter património próprio para a prossecução das
atribuições das autarquias locais.

O que na realidade acontece é que essa autonomia não se faz sentir, na medida em que o
município da cidade de Nampula não tem infra-estruturas, suficientemente capazes de gerar
receitas, muito menos património próprio, nem se quer uma base tributária sustentável.
1
CHICHAVA, A. Dependência financeira continua alta. In: municípios - administração local - Governo.
Artigo consultado na internet aos 25/10/2020.

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Importa referir que o problema de fraca capacidade de geração e gestão de recursos
financeiros é verificável no município da ciadade de Nampula, porque a deficiência na
administração autárquica não permite com que o município arrecade recursos necessários
para fazer face as despesas previstas, visto que este não tem capacidades para garantir o
desenvolvimento local porque as receitas, localmente arrecadadas são extremamente baixas
devido a pamdemia de COVID-19. Essa situação deixa esta autarquia, cada vez mas
dependente dos fundos concedidos pelo Estado via transferência fiscais para implementação
de seus projectos, e sem capacidades para a provisão de bens e serviços de utilidade pública.

É com este propósito que pretende-se, analisar se os recursos financeiros colectados a nível
local e os fundos concedidos pelo Estado via transferências fiscais é suficiente para o
município da cidade de Nampula prover seus serviços e implementar projectos de
desenvolvimento concebidos a nível local

1.3.1.Questão de Partida
O presente trabalho será orientado pela seguinte questão de partida: até que ponto a
dependência financeira do Município da ciadade de Nampula, em relação aos fundos
concedidos pelo Estado, aliado a sua frágil capacidade de arrecadação e gestão de receita
fiscal cria dificuldades para a efectivação de serviços e projectos de desenvolvimento
concebidos a nível local no periodo da pandemia de COVID-19?

1.4.Formulação dos Objectivos:


Assim sendo, o presente trabalho tem os seguintes objectivos:

1.4.1.Gerais
 Analisar até que ponto a quantidade de recursos financeiros colectados quer através
das receitas locais, quer por meio dos fundos concedidos pelo Estado via
transferências fiscais é suficiente para o Município da cidade de Nampula prover
serviços e implementar projectos de desenvolvimento local no momento da
pendemia de COVID-19.

1.4.2.Especificos
Constituem objectivos específicos desta monografia os seguintes:

1. Identificar se as principais fontes de arrecadação de receitas, que o município da


cidade de Nampula dispõe, são suficientes para fazer face á realização de suas
despesas, bem como implementação de projectos locais.

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2. Verificar se o grau de dependência financeira desta autarquia em relação ao Estado
pode levar a cabo os projectos e actividades de promoção do desenvolvimento local.
3. Identificar os principais constrangimentos que o município de Lichinga enfrenta na
colecta de receitas fiscais para a sua sustentabilidade e provisão de seus serviços.

2.5.Hipoteses
O presente trabalho levanta duas (2) principais hipóteses a saber:

1. A fraca capacidade de arrecadação de receitas por parte do Município da ciadde de


nampula no momento de COVID-19, e a dependência das transferências efectuadas
pelo Governo central, reduzem a sua capacidade de implementação e adopção de
projectos de desenvolvimento local, o que enfraquece a autoridade municipal em ter
de dar respostas as demandas sociais.
2. As receitas próprias do Município da cidade de Nampula provenientes da tributação
não são recursos suficientes para fazer face as despesas do município, daí a
dependência em relação aos recursos provenientes do Estado (FCA e FIIL).

CAPITULO II: Quadro Teórico e Conceptual

2..Definição de conceitos
Para a compreensão e discussão do problema arrolado neste trabalho, torna-se importante
rever alguns conceitos e teorias que são relevantes para a presente monografia. Neste
âmbito, os conceitos a serem abordados são: descentralização; autarquias locais; gestão,
receita pública, gestão de recursos financeiros, recursos financeiros, autonomia patrimonial,

8
município, descentralização fiscal, autonomia local, despesa pública. A teoria que vai
orientar este trabalho é essencialmente a institucionalista.

2.1.Descentralização
A descentralização é a organização das actividades da administração central, fora do
aparelho do governo central, através de medidas administrativas e fiscais que permitem a
transferência de responsabilidades e recursos para agentes criados pelos órgãos da
administração central e, medidas políticas que permitem á redistribuição pelo governo
central de poderes, responsabilidades e recursos específicos para as autoridades locais
(Faria; Chicava, 1999).

2.2.Autarquias Locais
Segundo Jorge Gouveia, citado por Aguiar Mazula (1998), Autarquias Locais são pessoas
colectivas públicas dotadas de órgãos representativos próprios que visam a prossecução dos
interesses das populações respectivas, sem prejuízo dos interesses nacionais e da
participação do Estado, e são órgãos representativos que facultam as respectivas populações
influenciar de um modo imediato as decisões que lhes dizem respeito.

2.3.Gestão
Segundo o dicionário das Ciências Humanas (1972), Gestão é um conjunto de tarefas que
procuram garantir a afectação eficaz de todos os recursos disponibilizados pela organização
a fim de serem atingidos os objectivos pré-determinados.

2.4.Gestão de recursos financeiros


Gestão de recursos financeiros é o conjunto de actividades de âmbito financeiro que
procuram assegurar a rentabilidade (relação entre os capitais investidos e os resultados por
eles gerados) e a solidez financeira quer a curto quer, a longo prazo, bem como o
financiamento da actividade e dos investimentos e a aplicação de fundos excedentários
(Pereira, 2005).

2.5.Recursos financeiros
Recursos financeiros, pode ser entendido como uma forma de investimentos, empréstimos
entre outros, mas sempre visionando a viabilidade dos negócios, que proporcionem não
somente o crescimento, mas também o desenvolvimento e estabilização (idem).

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2.5.1.Município
Município é uma entidade autónoma porque não está sujeita aos órgãos do Estado, pode
tomar decisões independentes, tem património seu que não pertence ao Estado, faz o seu
próprio orçamento e cobra as suas receitas, seus órgãos são pessoas eleitas pelos cidadãos do
local (Aguiar Mazula, 1998).

2.5.2.Autonomia Patrimonial Autonomia


Patrimonial das autarquias é o poder de ter o património próprio (bens, móveis e imóveis,
direitos e acções que a qualquer titulo lhe pertençam ou venham a pertencer), para a
prossecução das atribuições das autoridades locais, gerir e tomar decisões relativas ao
património público, o que permitira com que as autarquias locais exerçam plenamente as
suas atribuições (Cistac, 2001).

2.5.3.Descentralização fiscal
A descentralização fiscal são as transferências fiscais decrescentes, das quais escalões mais
altos cedem influência a escalões inferiores em termos de decisões financeiras, ou seja,
aquelas decisões que dizem respeito a modalidade de aquisição, de receitas e despesas a
realizar, bem como, dá aos governos locais alguma autonomia para tomar decisões
financeiras fiscais independentes (Manor, 1998).

2.5.4.Autonomia financeira
Autonomia financeira é o poder das Autarquias locais disporem de receitas próprias, ordenar
e processar as despesas e arrecadar receitas que por lei lhes forem destinadas, recorrer a
empréstimos nos termos da legislação em vigor, elaborar, aprovar, alterar e executar o
orçamento de acordo os planos de actividades (MAE, 1998:25).

2.5.5.Receita Pública
Receita pública é qualquer recurso obtido durante um dado período financeiro, mediante o
qual o sujeito público pode satisfazer as despesas públicas que estão ao seu cargo (Franco,
1996:299).

2.5.6.Despesa Pública
Define se Despesa Publica como o conjunto de dispêndios do Estado ou de outra pessoa de
direito público, para o funcionamento dos serviços públicos. Neste sentido, despesa vai ser a
parte do orçamento, ou seja, aquela em que se encontram classificadas todas as autorizações
para gastos com várias atribuições e funções governamentais.

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2.5.7.Autonomia Local
Autonomia local é a capacidade que os Governos locais têm para tomar decisões em relação
aos serviços que por eles são oferecidos, sem a interferência do centro, e também é a
capacidade que os Governos locais têm para influenciar políticas nacionais que possam
afectar os seus interesses (Page citado por Souza, 1998).

Autonomia Local é o direito e a capacidade efectiva de as autarquias locais regulamentarem


e gerirem, nos termos da lei, sob sua responsabilidade e no interesse das respectivas
populações, uma parte importante dos assuntos públicos.

2.6.Teoria Institucionalista
Antes de mais, é importante enfatizar que a teoria institucionalista é aquela que traz
fundamentos que melhor se enquadram nas abordagens desenvolvidas ao longo desta
monografia.

De acordo com Moreira (1992), o institucionalismo é uma teoria na qual enfatiza que a
dinâmica do processo de desenvolvimento é determinada, a partir de um leque de
procedimentos, normas, convenções oficiais, inerentes as mesmas instituições, afectando a
conduta dos diversos actores sociais envolvidos no mesmo processo.

2.7. Perfil do Município da cidade de Nampula


A cidade de Nampula ee constituido na sua maioria por povo Macua, pois sua vez constitui
como ligua Emacua, Kothi e portugues. Devido esta divercidade de cultura, o municipio de
Nampula goza diversas linguas. Aseguir apresentarei bem sobre o prefil.

2.8.Funcionamento dos Órgãos Municipais


Funcionam nesta autarquia dois (2) órgãos municipais, nomeadamente:

 Conselho Municipal;
 Assembleia Municipal.

Conselho Municipal

De um modo geral, o Conselho Municipal entende-se como sendo um órgão executivo


colegial do próprio município que tende a exercer os seus poderes a margem de
determinadas Leis estabelecidas, de acordo com a Lei 8/97 de 31 de Maio, a Lei 2/97, de 18
de Fevereiro, a própria Constituição da República e finalmente a Lei 1/2008 de 16 de
Janeiro, que são instrumentos legais que orientam o funcionamento deste órgão.

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As secções ordinárias do CMCL realizam-se uma vez por semana (todas as quartas-feiras), e
reúnem-se, extraordinariamente, quando as necessidades exigirem. Existem, também
reuniões de colectivo que são efectuadas de 15 em 15 dias, isto é, duas vezes por mês.

O município da cidadade de Nampula funciona com oito (8) vereações distribuídas nas
seguintes áreas:

a) Assistência as Unidades Administrativas e cooperação intermunicipal;


b) Urbanização e Infra-estruturas;
c) Planificação e Finanças;
d) Saneamento, salubridade e Meio Ambiente;
e) Abastecimento, Mercados, Feiras e Zonas Verdes;
f) Transportes e Comunicações;
g) Educação, Cultura, Juventude e Desportos;
h) Saúde, Mulher e Assistência Social.

Assembleia Municipal

A Assembleia Municipal é órgão representativo do município dotado de poderes


deliberativos. É constituída por membros eleitos por sufrágio universal, directo, igual,
secreto, pessoal e periódico dos cidadãos eleitores residentes no respectivo círculo eleitoral.

Este órgão funciona em sessões bimensais, num total de cinco secções ordinárias anuais e
pode se reunir em sessões extraordinárias quando existir um imperativo pontual. Quanto a
composição é constituída por três (3) membros, sendo um Presidente, um vice-presidente e
um Secretário

2.9.Classificação das Receitas e Despesas das Autarquias Locais


O Conselho municipal da cidade de Nampula para realização das despesas e implementação
de projectos de desenvolvimento local deve ter a capacidade de captação de receitas em
todas as fontes disponíveis. Assim, quando a tributação não garante receitas suficientes, não
será possível realizar as despesas e efectivação dos serviços públicos.

O sistema de impostos e taxas das autarquias locais, de acordo com o Artigo 51 da Lei
1/2008 compreende:

a) Imposto Pessoal Autárquico;


b) Imposto Predial Autárquico;

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c) Imposto Autárquico de Veículos;
d) Imposto Autárquico do Sisa;
e) Taxas por licenças concedidas e por actividades económicas;
f) Tarifas e taxas pela prestação de serviços;

De acordo com J.M. Marques e Vasco Valdez Matias (1990:197), as Receitas e as Despesas
das autarquias locais encontram-se repartidas por dois grandes agrupamentos, a saber:

 Receitas Correntes,
 Receitas de Capital,
 Despesas Correntes,
 Despesas de Capital.

As Receitas Correntes são as que aumentam o activo financeiro ou diminuem o património


constituído por bens que não são considerados de investimento.

São exemplo deste tipo de receitas: as taxas, as multas, a venda de serviços, transferências
correntes, rendimento de propriedades, venda de bens duradouros e outras receitas correntes.

As Receitas de Capital são as que aumentam o activo e o passivo financeiro, ou reduzem o


património duradouro.

Por sua vez, na óptica de J.M. Marques e Vasco Valdez Matias (1990:200), as Despesas
Correntes são as que afectam o património não duradouro, implicando uma diminuição do
activo líquido. São essencialmente as despesas com o funcionamento dos serviços, isto é,
traduzem operações de consumo

Estas despesas podem ser as remunerações do pessoal, aquisição de artigos de expediente,


encargo com instalações, bens duradouros, transferências correntes, aquisição de serviços, e
outras despesas correntes.

As Despesas de Capital são as que provocam alterações no património duradouro da


autarquia, traduzem-se assim no enriquecimento deste e contribuem para a formação do
capital fixo. Os bens de capital fixo são bens que permanecem imutáveis durante o processo
produtivo.

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São exemplos de despesas de capital: investimentos, transferências de capital, activos e
passivos financeiros, aquisição de edifícios, construção de estradas, aquisição de viaturas, e
de maquinarias, etc.

CAPITULO III: METODOLOGIA DE PESQUISA

3.1 Método de Pesquisa

O método, segundo GARCIA (1998, p.44), representa um procedimento racional e ordenado


(forma de pensar), constituído por instrumentos básicos, que implica utilizar a reflexão e a
experimentação, para proceder ao longo do caminho (significado etimológico de método) e
alcançar os objectivos preestabelecidos no planeamento da pesquisa (projecto). Segundo
LAKATOS e MARCONI (1995, p. 106), os métodos podem ser subdivididos em métodos
de abordagem e métodos de procedimentos.

Para o mesmo autor ainda (2003 p.82) método é o conjunto das actividades sistemáticas e
racionais que, com maior segurança e economia permite, alcançar objectivos, conhecimento
valido e verdadeiro, traçado o caminho ao ser seguido, detectando erros e auxilio as decisões
do cientista.

Método

Metodologia aplicada no presente projecto será o Estudo de Caso em conjunto com o Grupo
Focal. Como diz Yin (2010, p.24), afirma que para melhor compreender os fenómenos
sociais complexos, de tal modo que se permita que retenhamos as características holísticas e
significativas dos eventos do comportamento dos pequenos grupos, a técnica do Estudo de
Caso é bastante indicada.

3.1.1 Tipo de Pesquisa


O projecto será desenvolvido efectivamente através duma pesquisa com abordagem de
natureza básica. De acordo com Gil (1999, p. 42) este tipo de pesquisa “procura desenvolver
os conhecimentos científicos sem a preocupação directa com suas aplicações e
consequências práticas.” E quanto ao local da pesquisa será estudo de caso, com a técnica
de grupo focal

Optamos por utilizar o método qualitativo e duas metodologias de investigação:

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1. A do Estudo de Caso, por entendermos que se faz necessário ambientalizar e
contextualizar a empresa, além de acreditarmos de se tratar procedimento adequado
para uma situação real,
2. A técnica do Grupo Focal, por se tratar de uma estratégia realizada em momento
bastante descontraído, que aqui chamaremos de informal, em que um grupo de
pessoas, que no momento compartilham objectivos, participam de conversas e
diálogos, de acordo com uma proposta inicial, e a partir disso possam estabelecer
vínculos e consequentemente desenvolver percepções dos participantes sobre temas
colocados em discussão pela pesquisadora. PEREIRA, GODOY E TERÇARIOL
(2009, p. 423)

3.1.1.1.Quanto a Natureza

Partindo dos objectivos traçados, procuram aprofundar os conhecimentos teóricos para


aplicar na realidade, com vista a resolver certos problemas que englobam a realidade e os
interesses locais, então, quanto a sua natureza, a pesquisa é a estudo de caso.

3.1.2.Quanto a abordagem

Quanto a abordagem a pesquisa équanti-qualitativaporque se preocupa, portanto, com


aspectos da realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e
explicação da dinâmica do facto na sociedade.

Segundo Gerhardt (2008), as características da pesquisa quanti-qualitativa são:


objectivação do fenómeno; hierarquização das acções, descrever, compreender, explicar;
precisão das relações entre o global e o local em determinado fenómeno; observância das
diferenças entre o mundo social e o mundo natural; respeito ao carácter interactivo entre os
objectivos buscados pelos investigadores, suas orientações teóricas e seus dados empíricos;

3.1.3.Quanto aos objectivos

Em função dos objectivos, esta pesquisa será descritiva exploratório, visto que sua
preocupação central estende-se analisar até que ponto a quantidade de recursos financeiros
colectados quer através das receitas locais, quer por meio dos fundos concedidos pelo Estado
via transferências fiscais é suficiente para o Município da cidade de Nampula prover
serviços e implementar projectos de desenvolvimento local no momento da pendemia de
COVID-19..

15
De acordo com Marconi e Lakatos (2003, p. 188) são estudos que tem por objectivo
descrever completamente determinado fenómeno, como, por exemplo, o estudo de um caso
para o qual são realizadas análises empíricas e teóricas. Podem ser encontradas tanto
descrições quantitativas e/ou qualitativas quanto acumulação de informações detalhadas
obtidas por intermédio de observação participante

3.1.4.Quanto aos seus procedimentos técnicos

Quanto os procedimentos será estudo de caso, porque, por meio de um Estudo de


Caso, pode-se conhecer as concepções e as práticas diárias dos sujeitos envolvidos na
pesquisa. Esse método pode ser caracterizado como um estudo de uma entidade bem
definida como um programa, uma pessoa, ou uma unidade social. Visa conhecer em
profundidade o como e o porquê de uma determinada situação que se supõe ser única em
muitos aspectos, procurando descobrir o que há nela de mais essencial e característico. O
pesquisador não pretende intervir sobre o objecto a ser estudado, mas revelá-lo tal como ele
o percebe, FONSECA (2002).

3.2.Técnicas de Recolha de Dados


3.2.1.Observação

As observaçõesque serãorealizadas possibilitaram tanto um contacto com os sujeitos


pesquisados, como a descoberta de aspectos importantes referentes ao problema investigado.
Cuidara-se, entretanto, para que esse envolvimento não interferisse nos resultados mantendo
uma visão imparcial e impessoal do fenómeno estudado.

3.2.2.Questionário

O questionário se constituiu num recurso interessante que envolveu dois momentos.


De uma forma geral o questionário será direccionado aos todos funcionarios do Municipio
de Nampula

3.3. População ou Universo


A população atingida pela pesquisa será todos funcionarios do Municipio da cidade de
Nampula

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Estudo de campo
Uma vez que a pesquisadora busca compreender as características, estruturas ou modelos
que estão por trás dos fragmentos de mensagens tornados em consideração. O esforço do
analista é, então, duplo: entender o sentido da comunicação, como se fosse o receptor
normal, e, principalmente, desviar o olhar, buscando outra significação, outra mensagem,
passível de se enxergar por meio ou ao lado da primeira.

O objectivo em desenvolver este trabalho de campo é apresentado, em primeiro lugar, pelo


potencial que essas micro-organizações desempenham na economia do país. Em seguida,
pela oportunidade da geração de empregos, contribuindo para a qualidade de vida, resgate da
cidadania e para o aumento da auto-estima, além de proporcionar acesso a bens e serviços
assim como conhecimentos sobre direitos sociais voltado também para as possibilidades na
disseminação de melhores oportunidades profissionais.

3.3.1.Amostra

Quanto à selecção e caracterização da amostra, a técnica de amostragem considerada será à


teoria da probabilidade,no qual envolvera os funcionarios em geral numa medida de 30
homens e 30 mulheres. Inicialmente, por meio de observação, entrevistas e um questionário,
buscara-se a analisar até que ponto a quantidade de recursos financeiros colectados quer
através das receitas locais, quer por meio dos fundos concedidos pelo Estado via
transferências fiscais é suficiente para o município da cidade de Nampula prover serviços e
implementar projectos de desenvolvimento local no momento da pendemia de COVID-19

3.4. Revisão Bibliográfica


Para a análise documental, por sua vez, revelara como fonte imprescindível de reflexão e
análise, no que se refere à fundamentação deste trabalho. No âmbito da pesquisa teórica,
recorra-se a produções bibliográficas na área da saúde, a artigos e teses, publicados nas
últimas décadas, além de consultas a sites da Internet.

Cronograma
Ord. Etapas das actividades Período de 2019-2020

Out No Dez Jan Fev Mar Abr


v

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1º Elaboração do projecto
2º Revisão bibliográfica
3º Elaboração dos instrumentos de
colecta de dados
4º Recolha de dados no terreno
5º Organização e análise e discussão de
dados
6º Redacção de relatório final da
pesquisa
7º Apresentação do relatório
Fonte: autora
Orçamento

Descrição dos itens Quantidade Unidade de Valor unitário Valor total


medida (Mt) (Mt)

Canetas 1 Dúzia 285,00 285,00

Papel de A4 1 Resma 250,00 250,00

Impressão 16 Impressão 2,00 32,00

Encadernação 1 Encadernação 20,00 20,00

Transporte 6 Viagens 20,00 120,00

Computador 1 Material 10,000,00 10,000,00

Revisão linguística 1 Revisão 500,00 500,00

Total 11.207,00

Fonte: autora

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