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Resumo
Abstract: This scientific article addresses issues related to the reform of Private International
Law in the Mozambican Legal Order and the need for utopia. Private International Law was
consolidated in the 19th century with codification. In this context, Private International Law in
the Mozambican legal order began with the harmonization of the Civil Code regime, approved by
Decree-Law no. 47 344 of 25 November 1966, and put into force in Mozambique by ordinance
no. 22 869 of September 4, 1967. Therefore, the reform of private international law in
Mozambique is limited to Book I of the general part of the Civil Code. In view of the
consecration of some omitted cases that the doctrine discusses that our legislator did not enshrine
in the norms of Private International Law. For example, the problem with the previous question.
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Objectivos gerais:
Objectivos específicos:
Metodologia
Quanto a abordagem:
Pesquisa qualitativa.
Estrutura do trabalho:
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1. A NECESSIDADE DA REFORMA DO DIREITO INTERNACIONAL
Alguns autores, afirmam que o direito internacional privado não se reduz ao mero
problema de conflitos de leis, senão que compreende também a doutrina da nacionalidade e a da
condição dos estrangeiros, anexando ainda a da competência jurisdicional e a do reconhecimento
dos direitos adquiridos no estrangeiro e das sentenças sobre elas proferidas3.
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RAMOS, André de Carvalho, Evolução histórica do direito Internacional privado e consagração do
conflitualismo, Rev. secr. Trib. perm. revis. Ano 3, Nº 5; Março 2015, disponível no site DOI:
http://dx.doi.org/10.16890/rstpr.a3.n5.423 - acessado no dia 8 de Março de 2024.
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RAMOS, André de Carvalho, Evolução histórica do direito Internacional privado e consagração do
conflitualismo, Rev. secr. Trib. perm. revis. Ano 3, Nº 5; Março 2015, disponível no site DOI:
http://dx.doi.org/10.16890/rstpr.a3.n5.423 - acessado no dia 8 de Março de 2024.
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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Decreto-Lei n° 47 344, de 25 de Novembro de 1966, que aprova o novo
Código Civil, in Portaria n° 22 869, de 4 de Setembro de 1967.
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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Decreto-Lei n° 47 344, de 25 de Novembro de 1966, que aprova o novo
Código Civil, in Portaria n° 22 869, de 4 de Setembro de 1967.
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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Decreto-Lei n° 47 344, de 25 de Novembro de 1966, que aprova o novo
Código Civil, in Portaria n° 22 869, de 4 de Setembro de 1967.
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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Decreto-Lei n° 47 344, de 25 de Novembro de 1966, que aprova o novo
Código Civil, in Portaria n° 22 869, de 4 de Setembro de 1967.
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Por outro lado, a doutrina discute hoje várias questões relacionadas com o direito
internacional privado, um dos aspectos pertinente é o problema da questão prévia que é discutido
em torno de duas teorias, a teoria tradicional, que diz que o problema da questão prévia é um
problema de escolha de lei, ou seja, de escolha do sistema conflitual a que em certos casos deverá
pedir-se a resolução do conflito de leis14. E a teoria dominante, que estabelece se entre duas
questões jurídicas pende um nexo de prejudicialidade e a principal, está sujeita a um direito
estrangeiro, surge o problema de saber como conectar a questão prejudicial, se será de harmonia
com o sistema de conflitos do foro ou de acordo com o sistema de conflitos da lex cause. Este
problema trata-se de saber se devemos aplicar à questão preliminar do Direito Internacional
Privado do foro ou da lex cause15.
14
CORREIA, A. Ferrer, Lições de Direito Internacional Privado I, Almedina, 2000, pp. 320-321.
15
CORREIA, A. Ferrer, Lições de Direito Internacional Privado I, Almedina, 2000, pp. 321-322.
16
CORREIA, A. Ferrer, Lições de Direito Internacional Privado I, Almedina, 2000, pp. 327.
17
RIBEIRO, Manuel Almeida, Introdução ao Direito Internacional Privado, Almedina, 2009, P. 52.
18
Obra Cit, P. 327.
19
Idem, P. 52.
20
RIBEIRO, Manuel Almeida, Introdução ao Direito Internacional Privado, Almedina, 2009, P. 52.
21
Idem, P. 52.
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Outrossim, o legislador estabelece no n.º 1 do artigo 8 do Código Civil. Que o
tribunal não pode abster-se de julgar alegando dúvida insanável acerca dos factos do litígio22.
Portanto, está omissão do problema da questão prévia, que o legislador não prevê
no Livro I da parte geral do Código Civil23. faz com que haja uma necessidade da reforma do
Direito Internacional Privado na ordem jurídica Moçambicana. Na perspectiva do legislador ter
um posicionamento, ou seja, de consagrar uma base legal no Livro I da parte geral do Código
Civil que visa regular o problema da questão prévia.
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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Decreto-Lei n° 47 344, de 25 de Novembro de 1966, que aprova o novo
Código Civil, in Portaria n° 22 869, de 4 de Setembro de 1967.
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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Decreto-Lei n° 47 344, de 25 de Novembro de 1966, que aprova o novo
Código Civil, in Portaria n° 22 869, de 4 de Setembro de 1967.
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ORGANIZATION OF AMERICAN STATES, Convenção Interamericana sobre Normas Gerais de Direito
Internacional Privado (1979), http://www.oas.org/juridico/portuguese/treaties/b-45.htm acessado no dia 13 de
Março de 2024.
25
ORGANIZATION OF AMERICAN STATES, Convenção Interamericana sobre Normas Gerais de Direito
Internacional Privado (1979), http://www.oas.org/juridico/portuguese/treaties/b-45.htm acessado no dia 13 de
Março de 2024.
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RIBEIRO, Manuel Almeida, Introdução ao Direito Internacional Privado, Almedina, 2009, P. 52.
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do sistema conflitual a que em certos casos deverá pedir-se a resolução do conflito de leis27.
Enquanto a teoria dominante, estabelece se entre duas questões jurídicas pende um nexo de
prejudicialidade e a principal, está sujeita a um direito estrangeiro, surge o problema de saber
como conectar a questão prejudicial, se será de harmonia com o sistema de conflitos do foro ou
de acordo com o sistema de conflitos da lex cause. Este problema trata-se de saber se devemos
aplicar à questão preliminar do Direito Internacional Privado do foro ou da lex cause28.
Por outro lado, a doutrina trás duas correntes que visam resolver o problema da
questão prévia. A corrente da conexão autónoma que estabelece que o problema da questão
prévia deve decidir-se em conformidade com a lei que lhe for aplicável segundo o sistema de
conflitos do foro, como se o ponto surgisse a título incidental, mas principal29. Para a conexão
autónoma invoca-se o princípio da harmonia jurídica interna30. Enquanto a conexão subordinada,
a questão prévia consiste em respeitar as normas de conflitos do estatuto da questão principal 31. E
para a conexão subordinada argumenta-se com base o princípio da harmonia jurídica
internacional32.
27
CORREIA, A. Ferrer, Lições de Direito Internacional Privado I, Almedina, 2000, pp. 320-321.
28
CORREIA, A. Ferrer, Lições de Direito Internacional Privado I, Almedina, 2000, pp. 321-322.
29
CORREIA, A. Ferrer, Lições de Direito Internacional Privado I, Almedina, 2000, pp. 327.
30
RIBEIRO, Manuel Almeida, Introdução ao Direito Internacional Privado, Almedina, 2009, P. 52.
31
Obra Cit, P. 327.
32
RIBEIRO, Manuel Almeida, Introdução ao Direito Internacional Privado, Almedina, 2009, P. 52.
33
RIBEIRO, Manuel Almeida, Introdução ao Direito Internacional Privado, Almedina, 2009, P. 52.
34
CORREIA, A. Ferrer, Lições de Direito Internacional Privado I, Almedina, 2000, pp. 327.
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É preciso que o legislador Moçambicano possa regulamentar o problema da
questão prévia para que os poderes jurisdicionais tenham mais facilidade nas resoluções dos
litígios em matérias de problema da questão prévia em Direito Internacional Privado.
Portanto, está omissão do problema da questão prévia e outras situações que será
necessário ser revista, a parte geral do Código Civil. Faz com que haja uma necessidade da
reforma do Direito Internacional Privado na ordem jurídica Moçambicana. Na perspectiva do
legislador ter um posicionamento, ou seja, de consagrar uma base legal na parte geral do Código
Civil que visa regular o problema da questão prévia.
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RAMOS, André de Carvalho, Evolução histórica do direito Internacional privado e consagração do conflitualismo,
Rev. secr. Trib. perm. revis. Ano 3, Nº 5; Março 2015, disponível no site DOI:
http://dx.doi.org/10.16890/rstpr.a3.n5.423 - acessado no dia 8 de Março de 2024.
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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Decreto-Lei n° 47 344, de 25 de Novembro de 1966, que aprova o novo
Código Civil, in Portaria n° 22 869, de 4 de Setembro de 1967.
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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Decreto-Lei n° 47 344, de 25 de Novembro de 1966, que aprova o novo
Código Civil, in Portaria n° 22 869, de 4 de Setembro de 1967.
38
RIBEIRO, Manuel Almeida, Introdução ao Direito Internacional Privado, Almedina, 2009, P. 52.
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Por outro lado, o legislador ao fazer a revisão do Livro I da parte geral do Código
Civil será necessário rever alguns artigos que a nossa lei regula, mas ao mesmo tempo viola um
princípio geral do Direito. Como por exemplo: as relações entre cônjuges consagrado nos termos
do artigo 52 do Código Civil. O legislador já estabelece que salvo o disposto no artigo seguinte,
as relações entre os cônjuges são reguladas pela lei nacional comum. Todavia, não tendo os
cônjuges a mesma nacionalidade é aplicável a lei da residência habitual comum e, na falta da
residência habitual comum aplica-se a lei pessoal do marido39. Portanto, ao aplicar-se a lei
pessoal do marido estaríamos a violar o princípio da igualdade que o legislador tutela nos termos
do artigo 35 da CRM40. Visto que, os cônjuges têm os mesmos direitos e deveres segundo o
legislador no n.º 2 à ultima parte do artigo 3 da Lei da Família41.
Por outro lado, Governos dos Estados Membros da Organização dos Estados
Americanos, criaram uma convenção Interamericana sobre Normas Gerais de Direito
Internacional Privado42. Está convenção consagra certas matérias que o nosso legislador não faz
menção. Como por exemplo: o legislador Moçambicano não consagrou na sua legislação o
problema da questão prévia.
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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Decreto-Lei n° 47 344, de 25 de Novembro de 1966, que aprova o novo
Código Civil, in Portaria n° 22 869, de 4 de Setembro de 1967.
40
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Constituição da República (2004), in Boletim da República, 1ª série, nº51 de
22 de Dezembro.
41
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Lei n.º 22/2019 de 11 de Dezembro, Lei da Família, in Boletim da
República, I Série n.º 239.
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ORGANIZATION OF AMERICAN STATES, Convenção Interamericana sobre Normas Gerais de Direito
Internacional Privado (1979), http://www.oas.org/juridico/portuguese/treaties/b-45.htm acessado no dia 13 de
Março de 2024.
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prévias, preliminares ou incidentes que surjam em decorrência de uma questão principal não
devem necessariamente ser resolvidas de acordo com a lei que regula esta ultima43.
CONCLUSÃO
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ORGANIZATION OF AMERICAN STATES, Convenção Interamericana sobre Normas Gerais de Direito
Internacional Privado (1979), http://www.oas.org/juridico/portuguese/treaties/b-45.htm acessado no dia 13 de
Março de 2024.
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A lei moçambicana seja omissa em relação a esta matéria, a doutrina e a
jurisprudência têm entendido dever aplicar-se a conexão subordinada. Por outro lado, é preciso
que o legislador Moçambicano possa regulamentar o problema da questão prévia para que os
órgãos jurisdicionais tenham mais facilidade nas resoluções dos litígios em matérias de problema
da questão prévia em Direito Internacional Privado.
SUGESTÕES
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
Legislações:
Internet:
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