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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI

PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO -PROGRAD

CENTRO DE EDUCAÇÃO -DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LETRAS -VII SEMESTRE - PROFª ANA CLAUDIA DE SOUSA LIRA

DISCIPLINA: POLITICA EDUCACIONAL

ALUNO((A): Adriana Maria dos Santos Silva

A educação está perdendo a sua identidade que é primordialmente promover a


aquisição de conhecimento, formar pessoas para o convívio em sociedade, desenvolvendo suas
habilidades críticas, para que possa estar aptas para o convívio em sociedade, sendo capazes
em atuar nas mais diversas camadas da sociedade de forma individual e independente, mas as
nossas escolas estão mudando as abordagens, pois as novas estratégias do banco mundial
para a educação estão subordinadas ao mercado de trabalho, estão mais preocupadas em
formar novos colaboradores e integra-los ao mercado de trabalho, segundo uma visão
distorcida de soluções para as desigualdades sociais e raciais, deixando uma lacuna na
educação em relação ao conhecimento básico fundamental.

Atualmente, a política educacional brasileira está fundamentadas nas orientações de


organismos internacionais patrocinadas pela Unesco e banco mundial, que estão direcionadas
para as necessidades econômicas voltados para os países emergentes e em desenvolvimento
que é o caso do Brasil, visando atenuar a pobreza e as desigualdades sociais, são inseridos
neste contexto no âmbitos das políticas educacionais, as reformas na educação, que desde sua
implantação no sistema educacional, vem sofrendo duras críticas as propostas dos itinerários
formativos, segundo as entidades especializadas em educação as propostas impostas na
educação estão ampliando a exclusão social a partir das propostas educacionais, isso ocorre
porque caberá ao sistema de ensino definir o que será aplicado ou não em termos de
itinerários informativos, significa que as cidades periféricas, consideradas mais pobres, não terá
a acesso a uma educação de qualidade e ao itinerário mínimo obrigatório. O estado era
obrigado a oferecer todos os componentes curriculares obrigatórios, agora isso não se aplica
mais, as deficiências que ocorrerem dentro do espaço escolar, por falta de funcionário
“professor” de determinada disciplinada, a instituição irá substituir por um do itinerário que
estiver disponível, e essa flexibilização do ensino é uma falha pois priva o discente de um
conhecimento básico, presente no ensino que antecede a reforma, priva o aluno dos
referenciais de conteúdo cientifico, pois a critério dos discentes escolher além do itinerário
básico obrigatório, optar por quais disciplinas deseja ter sua formação. Atrelada as novas
políticas a escola perde a sua identidade primordial, que é a aquisição de conhecimento e
desenvolvimento de suas capacidades intelectuais para atuar na sociedade de forma plena e
crítica, está se reduzindo a transmitir conteúdos mínimo de aprendizagem, para resultados
rápidos, para atender as demandas do mercado de trabalho, “o que desconfigura a escola
como espaço de formação cultural e cientifica, em consequência, ocorre a desvalorização do
conhecimento escola significativo.” Com a reforma e a integralização do ensino as instituições
de ensino também passam a assumir novas funções que outrora, não era papel das escolas
como educadora e protetora, “A escola passou a se configura apenas como um espaço de
acolhimento e integralização social, moderadora de conflitos, com migalhas de conhecimentos
e habilidades para a sobrevivência social dos pobres(...) “A elevação intelectual, moral e política
dos dominados”. E uma escola que nega a validade ao conhecimento universal, perdendo o
rumo da sua principal missão social, a missão pedagógica, ficando em segundo plano os
objetivos do ensino, os conteúdos significativos, o desenvolvimento das capacidades mentais e
a ajuda aos alunos no desenvolvimento do pensamento crítico. Inserido nestas politicas
reformistas está presente a desvalorização do processos de ensino dos conteúdos científicos,
pedagógicos-didáticos pelos quais se desenvolve os capacidades intelectuais, levando a
exclusão social dentro da própria escola, o que se contrapõe aos objetivos enunciados nas
políticas educativas, no momento as instituições de ensino estão condicionadas apenas ao um
espaço físico para servir aos propósitos governamentais, que ficam incubidas de colocar em
práticas todos os projetos e ações socioeducativos para o público de baixa renda, com isso o
papel da escola fica diluído e distante da sua principal função que é promover o conhecimento
e habilidades por meio do ensino aprendizagem. A escola de qualidade é aquela que acima de
tudo prioriza o conhecimento e propicia o desenvolvimento cognitivo, e emancipação discente
para o convívio em sociedade e pensar criticamente.

O que sabemos é que há uma inconformidade com as atuais políticas adotadas, pelos
profissionais da educação e por especialistas da área, e até mesmo por alunos, pois remove
do itinerário básico o que é, e sempre foi essencial para o desenvolvimento cognitivo dos
discentes e desconfigura as escolas como espaço de ensino aprendizagem, dos saber, pois o
que se valoriza mais nessas reformas são os ensinos extra curriculares, intitulados de”
profissionalizantes” para resultados imediatos que visem adentrar no mercado de trabalho,
visando equivocadamente resultados no alivio da pobreza, mas que a longo prazo acarreta
prejuízos na formação deste, pois a falta de acessos ao itinerário básico de ensino no velho
modo de ensinar, acaba por gerar exclusão, pois um adolescente do ensino médio não tem
maturidade suficiente para compreender e definir o que é mais importante para ele hoje,
quanto mais definir escolhas que decidirá o seu futuro.
Referencias:

LIBANEO, José Carlos. Políticas Educacionais no Brasil: Desfiguramento da escola e do


conhecimento escolar. Caderno de pesquisa, V.46 n.159,p.38-62,jan/março. 2016.

https://revistagalileu.globo.com/sociedade/educacao/noticia/2023/04/novo-ensino-medio-
entenda-as-3-principais-criticas-ao-modelo.ghtml. Acesso em 06/11/2023

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