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Você quer aprender tudo sobre as modalidades de licitações? Entre neste artigo completo sobre o
assunto.
Oi! Carol Alvarenga, aqui, para falar sobre modalidades de licitações. Hoje, vou diferenciar três
modalidades de licitações que confundem muito o candidato na hora da prova: a concorrência, a
tomada de preços e o convite. Este é um tema campeão de provas em concursos públicos! Aliás,
Licitações e Contratos é matéria obrigatória para a grande maioria dos concurseiros.
Veja, a seguir, todos os detalhes que podem cair em sua prova. Não se esqueça de adicionar este post
ao seu material de estudos e voltar a ele, quando precisar fazer uma revisão, combinado? A revisão
pode ser feita, também, com a releitura espaçada no tempo dos mapas mentais deste post,
disponibilizados para download, lá embaixo. Qualquer dúvida, é só comentar que eu respondo.
As modalidades de licitações da Lei 8.666/1993 são tratadas, principalmente, em seus arts. 22 e 23. É
muito importante acompanhar os normativos sempre que eu fizer alguma alusão a eles.
Além disso, a leitura deste artigo exige conhecimento prévio dos seguintes conceitos:
Ou seja, a lei não permite que sejam criadas novas modalidades de licitações, a não ser as que já
existem na própria 8.666/1993. Ela também não permite que sejam combinadas essas modalidades,
isto é, eu não posso pegar características de duas ou mais modalidades para realizar uma licitação.
Eu tenho que explicar essa parte: outras leis de âmbito federal podem, sim, criar novas modalidades
de licitações, desde que sejam leis gerais (nacionais). Só não podem ser criadas novas modalidades
dentro da Lei 8.666/1993, que possui uma lista exaustiva, nesse tema. Tranquilo, né?
1. Concorrência;
2. Tomada de Preços;
3. Convite;
4. Concurso;
5. Leilão.
Uma medida provisória foi criada para disciplinar outra modalidade de licitações, o nosso queridinho
PREGÃO. Depois, essa MP foi regulamentada, transformando-se na Lei 10.520/2002 (a Lei do
Pregão). Então, até agora, nós temos seis modalidades de licitação, tá beleza?
Acontece que a Lei 9.472/1997 (mais conhecida como a lei que criou a Anatel) fez a previsão de
uma outra modalidade de licitações, a CONSULTA. Mais abaixo, vou falar mais de todas as
modalidades, “tim tim por tim tim”, mas, por enquanto, você tem que saber o seguinte: os detalhes
desta modalidade caem apenas em concursos de agências reguladoras. Para os demais concursos,
basta dizer que esta modalidade é esquecida, e que é considerada, pela doutrina, como
inconstitucional. Na verdade, mesmo em concursos de agências reguladoras, se esta modalidade não
for citada expressamente, esqueçam dela. Daqui a pouco veremos por quê!
Mapa mental 1: as 7 modalidades de licitações.
Agora, vou te mostrar os detalhes das três modalidades que quero te ensinar (ou te fazer relembrar):
Concorrência, Tomada de Preços e Convite.
Se o seu edital cobrar também o tema “consórcios públicos”, aí vai a dica (art. 23, § 8º da Lei
8.666/1993):
Multiplicam-se os valores acima por 2 para consórcios formados por até 3 entes da federação;
Multiplicam-se os valores acima por 3 para consórcios formados por MAIS DE 3 entes da
federação.
§ 4º Nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços e, em
qualquer caso, a concorrência.
Faz sentido, né? Isso significa que se pode ser utilizada a modalidade convite, pode ser utilizada a
tomada de preços e a concorrência, porque elas cobrem o valor máximo do convite. Da mesma
forma, se pode ser utilizada a tomada de preços, pode ser utilizada a concorrência. Só para o caso de
concorrência que não pode ser utilizada nenhuma das outras duas.
Mapa mental 3: se pode fazer convite, pode fazer tomada de preços e concorrência. Se pode fazer
tomada de preços, pode fazer concorrência. Perceba que existe uma hierarquia entre as três
modalidades de licitações.
A Concorrência é aquela modalidade que serve para contratações de qualquer valor. Por isso, nos
procedimentos licitatórios, ela deve ser muito bem elaborada e deve ser tratada com bastante cautela.
Lembrando que para as contratações acima de R$ 1,5 milhão (obras e serviços de engenharia) e de
R$ 650 mil (demais casos), é obrigatório o uso desta modalidade, como você viu acima.
Via de regra, a Concorrência é utilizada nas seguintes situações (qualquer que seja o valor do
contrato):
compra de imóveis;
alienação de imóveis públicos;
concessão de direito real de uso;
licitações internacionais;
celebração de contratos de concessão de serviços públicos;
celebração de contrados de parcerias público-privadas (PPP).
A fase de habilitação dos interessados, na concorrência, é preliminar. Bem, essa é a regra. Entretanto,
existem algumas exceções:
Considerando tudo isso, fica fácil entender o conceito de Concorrência, decorrente da Lei
8.666/1993, art. 22, § 1º:
Art. 42. Nas concorrências de âmbito internacional, o edital deverá ajustar-se às diretrizes da política
monetária e do comércio exterior e atender às exigências dos órgãos competentes.
Art. 114. O sistema instituído nesta Lei não impede a pré-qualificação de licitantes nas
concorrências, a ser procedida sempre que o objeto da licitação recomende análise mais detida da
qualificação técnica dos interessados.
Quanto à pré-qualificação: mesmo que haja essa pré-qualificação técnica, não significa que não tenha
de haver a habilitação preliminar dos interessados. São dois conceitos distintos!
Disso tudo, quais assuntos mais caem em prova, sobre a modalidade de licitações
CONCORRÊNCIA?
Como sabemos, a Tomada de Preços fica naquela situação intermediária, servindo para contratos de
até R$ 1.5 milhão (obras e serviços de engenharia) e até R$ 650 mil (demais casos).
Mas existem outras particularidades, é claro. Para começar, as provas adoram cobrar o conceito
exato de Tomada de Preços dado pela Lei 8.666/1993 (art. 22, § 2º):
Ou seja, Tomada de Preços (TP) é modalidade para quem já esteja cadastrado. Isso é muito
importante. Também podem participar de uma TP quem atenda a todas as condições exigidas para
cadastramento até o terceiro dia antes de as propostas serem recebidas.
Mapa mental 8: conceito de Tomada de Preços (assunto campeão em provas de concursos públicos).
Lá em cima, eu disse o seguinte: “em regra, licitações internacionais são feitas pela modalidade
CONCORRÊNCIA”. Pois bem. Pode haver licitação internacional realizada por Tomada de
Preços, também. É o caso do art. 23, § 3º da Lei 8.666/1993:
§ 3º A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto,
tanto na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, como nas concessões
de direito real de uso e nas licitações internacionais, admitindo-se neste último caso, observados os
limites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro
internacional de fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no
País.
Percebe? A Concorrência é a regra para licitações internacionais. Para que seja realizada a Tomada
de Preços, o órgão ou entitdade (que realizará a licitação) deve dispor de cadastro internacional de
fornecedores. E, obviamente, os limites máximos de valores da Tomada de Preços devem ser
observados.
4.3 Convite
Você já sabe que o convite é uma modalidade de licitação para contratos de menor valor (até R$
150.000,00 para obras e serviços de engenharia e até R$ 80.000,00 para os demais casos de
contratação).
O conceito desta modalidade é o mais abrangente da Lei 8.666/1993. Ele estão no art. 22, § 3º:
Como você pode ver, é um conceito enorme. Então vamos vê-lo por partes:
Ou seja, não é preciso cadastro prévio no órgão para participar de licitações cuja modalidade é o
convite.
Os cadastrados são:
Sendo assim, a unidade administrativa responsável pela licitação do órgão em questão deve convidar,
no mínimo, três interessados. Podem ser mais convidados, desde que haja o mínimo de três.
Entretanto, se houver 300 interessados cadastrados, o órgão não é obrigado a enviar o convite a todo
mundo. A obrigação, vou repetir, é de ter no mínimo 3 convidados, sejam eles cadastrados ou não.
§ 7o Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for impossível a
obtenção do número mínimo de licitantes exigidos no § 3o deste artigo, essas circunstâncias deverão
ser devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do convite.
Sendo assim, caso seja impossível obter o número mínimo de interessados, pelas razões acima
expostas, é possível enviar menos convites do que os três exigidos pelo § 3º do art. 22.
O instrumento convocatório enviado a cada convidado é a “carta convite”. Ou seja, enquanto todas
as outras modalidades utilizam o edital, como instrumento convocatório, o convite usa a carta
convite.
Agora, imagine que o órgão tenha feito uma licitação para a compra de um determinado objeto
utilizando a modalidade Convite quatro anos atrás, convidado três interessados, na época. Este ano, o
órgão vê a necessidade de realização de licitação na mesma modalidade (Convite), para o mesmo
tipo de objeto, sendo que há 10 cadastrados possivelmente interessados em participar da licitação. O
órgão pode enviar convite para as mesmas três entidades de quatro anos atrás?
Isso significa que pelo menos mais um interessado deve ser diferente dos que foram convidados 4
anos atrás, no exemplo que mostrei acima. Por isso a Lei diz que a cada novo convite realizado para
objeto idêntico ou assemelhado é obrigatório convidar, no mínimo, mais um interessado, se ainda
houver cadastrados não convidados nas últimas licitações.
A unidade administrativa:
Esta parte do conceito serve para assegurar o princípio da publicidade nas licitações públicas. Apesar
de não ser obrigatório publicar a carta convite no respectivo diário oficial, é obrigatório fixá-la em
local apropriado. Este local apropriado pode ser um mural físico dentro do órgão público, por
exemplo.
Os interessados em participar da licitação que não forem convidados podem manifestar o interesse de
participação até 24h antes de começar a apresentação das propostas. Este prazo é válido apenas para
interessados que sejam cadastrados.
Este enorme conceito de convite pode ser expressado nos dois mapas mentais a seguir:
Mapa mental 9: conceito de Convite.
Mapa mental 10: detalhes sobre o instrumento convocatório do Convite (a carta convite).
Licitações internacionais
Mais uma vez, vale lembrar que, via de regra, as licitações internacionais são feitas pela modalidade
Concorrência. Mas também pode haver licitação internacional realizada por Tomada de Preços.
Vamos rever o art. 23, § 3º da Lei 8.666/1993:
§ 3º A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto,
tanto na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, como nas concessões
de direito real de uso e nas licitações internacionais, admitindo-se neste último caso, observados os
limites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro
internacional de fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no
País.
As regras valem do mesmo jeito: a Comissão deve ser formada por três pessoas, sendo, pelo menos
duas delas, pertencentes ao quadro permanente do órgão. Só que há uma pequena exceção. Você
deve ter percebido que o Convite é uma modalidade de licitação para situações com objetos mais
baratos, que necessitam de menos burocracia para serem comprados. Órgãos menores utilizam muito
esta modalidade. Muitas vezes, são órgãos sem condições de ter pessoal próprio para formação de
uma comissão de licitação. Para estes pequenos órgãos, há a possibilidade de trocar a usual comissão
de licitação por apenas um servidor designado por autoridade competente (art. 51, § 1º da Lei
8.666/1993). Veja diretamente na lei:
Perceba que é uma exceção dada pela Lei Geral de Licitações e Contratos.
Mapa mental 12: comissão do convite (regra e exceção).
Disso tudo, quais assuntos mais caem em prova, sobre a modalidade de licitações CONVITE?
O convite serve para valores estimados de contratação de até R$ 150.000,00 (obras e serviços
de engenharia) e R$ 80.000, (demais casos).
O instrumento convocatório do Convite é a carta convite.
Devem ser enviadas cartas convite para, no mínimo, 3 possivelmente interessados, a não ser
que seja impossível chegar a esse número.