Você está na página 1de 10

78

Poliamida como material de engenharia


para aplicações avançadas

Joziel Aparecido da Cruz Gracielly Yukari Taniguchi Watanabe


Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR

Giovanna Mira Ananias Ícaro José de Araújo Silva


Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Maria Fernanda Crisostomo dos Santos Eduardo Fischer Kerche


Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Ana Maria Valério Lisboa


Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR

'10.37885/221211226
RESUMO

Poliamidas de alto peso molecular são comumente conhecidas como nylon. As poliamidas
são polímeros cristalinos tipicamente produzidos pela condensação de um diácido e uma
diamina. Estruturas químicas de monômeros e polímeros, fabricantes e nomes comerciais,
juntamente com os usos finais típicos dos plásticos, estão incluídos, além de extensas pro-
priedades tabulares e gráficas. Os polímeros incluem: Poliamida 6 (Nylon 6), Poliamida 11
(Nylon 11), Poliamida 12 (Nylon 12), Poliamida 66 (Nylon 66), Poliamida 610 (Nylon 610),
Poliamida 66/610 (Nylon 66/610), Poliamida 6/12 (Nylon 6/12), Poliamida 666 (Nylon 666 ou
6/66), Poliamida 6/69 (Nylon 6/6.9), Nylon 1010, Nylon 1012. Devido a grande versatilidade
e excelente propriedades tem sido muito aplicado em peças automotivas e componentes
técnicos, como material substituto de peças metálicas para fins de redução de peso sem
prejuízo (ou até melhora) das propriedades mecânicas.

Palavras-chave: Poliamida, Nylon, Plásticos, Aplicações, Propriedades.


INTRODUÇÃO

As poliamidas (PA), ou Nylons, como são usualmente conhecidas, são plásticos de


engenharia que apresentam propriedades termoplásticas, ou seja, fundem-se a altas tem-
peraturas e se solidificam em temperaturas baixas. Elas são compostas por segmentos de
polietileno (CH2) separados por unidades de grupos amida (NH2).
Tipicamente, as poliamidas são produzidas a partir da condensação de um diácido e
uma diamina, mas também podem ser sintetizadas a partir de um aminoácido ou de uma
lactama correspondente. Os Nylons se diferenciam pelo número de átomos de carbono de
seus originários, eles recebem nomes da forma “PAm,n” (tipo AABB), onde “m” representa o
número de átomos de carbono na diamina de origem e “n” representa o número de carbonos
no diácido de origem. O nome do tipo “PAn” mostra que a poliamida tem origem a partir de
um aminoácido ou de uma lactama (tipo AB), e “n” representa o número de carbonos no
composto de origem.
Os principais Nylons utilizados, por exemplo, são a PA6,6 e a PA6. A PA6,6 é produ-
zida a partir de uma diamina de 6 carbonos (o hexametilenodiamina) e de um diácido de
6 carbonos (o ácido adípico). Já a PA6 é sintetizada a partir da caprolactama, uma lacta-
ma de 6 carbonos.

Figura 1. Fórmula estrutural da PA 6 e PA 6,6.

Fonte: COLOMBI (2022).

A primeira poliamida foi sintetizada pelo químico norte-americano Wallace Hume


Carothers, enquanto trabalhava para a multinacional americana DuPont. O sucesso na
produção de uma fibra útil, por síntese química de compostos acessíveis, impulsionou a
pesquisa e manufatura de polímeros nas décadas seguintes.

OBTENÇÃO

Como dito anteriormente, poliamidas são obtidas através da reação de um diácido


com uma diamina, ou da polimerização de abertura de anel de lactamas cíclicas. No caso
do nylon 6,6, a reação se dá entre o ácido adípico (C12H22N2O2)n e o hexametilenodiamina
(C6H16N2)n. Já o nylon 6 é originário da caprolactama (C6H11NO)n .

Open Science Research VIII - ISBN 978-65-5360-234-2 - Volume 8 - Ano 2022 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.com.br
1055
O ácido adípico, oficialmente conhecido como ácido 1,6-hexanodióico, é obtido a partir
da oxidação do ciclohexanol ou ciclohexanona, originados do ciclohexano, com ácido nítrico,
na presença de catalisadores de cobre e/ou vanádio.
O hexadimetilenodiamina, oficialmente conhecido como 1,6-hexanodiamina, origina-se
do 1,3-butadieno por dupla adição de ácido clorídrico, passando por 1,4-diclorobutano e
posterior conversão do cianeto de sódio passando pela adiponitrila e completando a produ-
ção com sua hidrogenação.
A caprolactama é uma lactama de ácido 6-aminohexanóico proveniente da cicloexano-
na, mediante um processo de oximação, usando sulfato de hidroxilamônio seguido por um
rearranjo catalítico usando o passo de processo do rearranjo de Beckmann.
O processo de manufatura das poliamidas é simples, de forma resumida ele se dá em
poucas etapas. Primeiro há a adição dos reagentes em um reator, onde há a formação de um
sal de nylon e água. Esse sal é, então, purificado, passando por um evaporador onde há a
retirada da água. Após essa etapa tem-se a polimerização, onde os monômeros se juntarão
para formação do polímero. Com a poliamia já formada, o material passa por processos de
extrusões, lavagens, picagens, onde ele pode receber aditivos e é conformado de maneira
a formar o material final desejado.

Figura 2. Esquematização da manufatura do nylon.

Fonte: COLOMBI (2022).

POLIMERIZAÇÃO

As poliamidas são obtidas a partir de uma reação de condensação, chamada de po-


licondensação, que acontece em etapas, onde não há distinção reacional entre o início da
formação do polímero e o crescimento macromolecular, ou a interrupção deste crescimento.
Em relação ao crescimento da macromolécula, a conversão de monômero em produtos
é alta, porém o crescimento da cadeia polimérica é vagaroso. O peso molecular resultan-
4
te é comumente da ordem1 de 10 . Ainda, na policondensação, as reações são, em geral,

Open Science Research VIII - ISBN 978-65-5360-234-2 - Volume 8 - Ano 2022 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.com.br
1056
reversíveis e o crescimento da cadeia depende da remoção dos subprodutos, que são mi-
cromoléculas, como H2O, HCI E NH3.

Polimerização da PA 6,6

A poliamida 6,6 é obtida através da policondensação do ácido adípico com o hexa-


metilenodiamina. Esta reação não necessita de catálise, todavia, ácidos podem atuar como
catalisadores. O primeiro passo dessa reação ocorre entre duas moléculas de ácido adípico,
onde uma molécula doa um próton ao oxigênio carbonílico da outra.

Figura 3. Primeira parte da polimerização da PA 6,6.

Fonte: COLOMBI (2022).

A protonação torna o oxigênio carbonílico mais eletrofílico, então ele “puxa”, numa
espécie de efeito indutivo, os elétrons da ligação carbono - oxigênio, deixando o carbono
carbonílico com falta de elétrons. Dessa forma, a amina ataca o carbono, formando um
intermediário de amônio, e o par de elétrons da ligação π C - O é transferido para o oxigê-
nio, deixando-o neutro. A carga positiva está, agora, no nitrogênio. Os elétrons da ligação
hidrogênio - oxigênio voltam ao oxigênio, liberando o próton e regenerando o catalisador
ácido. Em seguida, o oxigênio da carbonila compartilha seus elétrons recém-recuperados
com os átomos de carbono, regenerando a ligação dupla da carbonila.

Figura 4. Segunda parte da polimerização da PA 6,6.

Fonte: COLOMBI (2022).

O oxigênio do grupo hidroxila pega o par que compartilha com o carbono e os apropria
para si, cortando a ligação entre ele e o carbono. Em seguida, doa um par de elétrons para
um hidrogênio conectado ao nitrogênio, que quebra a ligação N - H, deixando o par de elé-
trons com o nitrogênio, neutralizando-o. Isso faz com que se libere uma molécula de água.

Open Science Research VIII - ISBN 978-65-5360-234-2 - Volume 8 - Ano 2022 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.com.br
1057
Figura 5. Terceira parte da polimerização da PA 6,6.

Fonte: COLOMBI (2022).

O dímero formado pode, então, reagir novamente com diácidos, diaminas ou outros
dímeros, essa reação em cadeia contínua até a molécula se tornar grande o suficiente para
ser chamada de polímero.
OBS: A polimerização da poliamida 6 é semelhante a reação da PD 6,6, entretanto,
na PA 6 há a abertura de um anel cíclico.

PROPRIEDADES FÍSICAS

Algumas das propriedades inerentes ao material, quando não aditivado de fibras e


reforços particulados, são descritas a seguir:

– Densidade: 1,13 a 1,14 g/m3.


– Temperatura de fusão: 220 °C.
– Temperatura de transição vítrea (Tg): 50 °C
– Temperatura de processamento: extrusão (230 °C a 290 °C), injeção (220 °C a 270
°C)
– Temperatura de uso contínuo: até 100 °C.
– Organização molecular: semicristalino.
– Cor usual marfim, mas pode acabar se descolorindo quanto exposto a temperaturas
acima de 130°C.

PROPRIEDADES MECÂNICAS

– Alta resistência à tração: atribuída às ligações de hidrogênio, formadas entre a car-


bonila (C=O) de uma cadeia e o hidrogênio da ligação amida (N-H) de outra cadeia.
– Estabilidade dimensional: elevada tenacidade e possui recuperação elástica.
– Higroscopia: capacidade de absorver umidade que reage como plastificante e aca-
ba alterando as propriedades, como a redução da resistência à tração e rigidez.
– Resistência à abrasão e ao desgaste.
– Isolamento elétrico: alta rigidez dielétrica (14 x 10^6 V/m)

Open Science Research VIII - ISBN 978-65-5360-234-2 - Volume 8 - Ano 2022 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.com.br
1058
– Capacidade de um material em suportar um campo elétrico sem se tornar um con-
dutor.
– Boa compatibilidade com fibras, usadas como reforço em compósitos feitos a partir
de poliamida.
– Material termoplástico: sólidos em temperatura ambiente, mas quando submetido a
altas temperaturas e pressões amolecem e fluem podendo ser moldados (processo
reversível).
– Fiação: orientação das cadeias dos cristais feita de modo forçado ocorre aumento
na resistência mecânica. Tornando possível usar esse material em forma de fios
finos.

APLICAÇÕES

Esse material é amplamente utilizado em diversas indústrias como a automotiva, elétrica


e mecânica. Normalmente usados como plásticos de engenharia, filamentos e como filmes.
Indústria elétrica: amplamente usados em aplicações tais como interruptores, soquetes
de lâmpadas, plugues de energia, cabeamento elétrico e quadros de circuito. Devido a sua
propriedade de isolamento elétrico e elevada rigidez dielétrica.

Figura 6. Plugue de energia industrial feito de nylon.

Fonte: SOARES (2022).

Indústria automotiva: substituição cada vez maior de peças convencionalmente feitas


de metal por peças feitas de poliamida e outras aplicações, como exemplo: tampões da
roda, airbag, tacos de prensa, engrenagens, proteção do motor, tensores de corrente, su-
portes de espelho.

Figura 7. Proteção do motor feita de poliamida.

Fonte: SOARES (2022).

Open Science Research VIII - ISBN 978-65-5360-234-2 - Volume 8 - Ano 2022 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.com.br
1059
Algumas outras aplicações fora das indústrias e mais voltadas ao dia a dia: linhas de
pescaria, roupas, tecidos, cordas de instrumentos musicais, tubulações, buchas, invólucros
para medicamentos e alimentos, paraquedas, barracas, guarda-chuvas e muitos outros
utensílios usados diariamente.

MERCADO

A poliamida é, sem dúvida, um dos polímeros mais utilizados no nosso dia a dia. Por ser
ter propriedades termoplásticas e também capacidade elástica, é muito utilizado na indústria
têxtil. Principalmente quando falamos na produção de roupas esportivas como camisas de
corrida, tops, leggings e roupas próprias para as mais variadas modalidades esportivas. Isso
se deve ao fato dela ser uma fibra com capacidade de fazer tecidos duradouros e confortáveis
que se adaptam bem ao corpo. Indo nessa mesma lógica, esse material também é presente
em muitas roupas íntimas como cuecas, calcinhas e sutiãs ou ainda em produtos e roupas
eróticas como lingeries, e artigos dos mais variados desse mercado.
Esse polímero também é presente em muitos outros mercados: equipamentos de se-
gurança, como por exemplo, cintos de automóveis, equipamentos de trabalho; indústria de
brinquedos e artigos infantis, indústria de instrumentos musicais para confecção de cordas
e muitas outras peças de instrumentos. Também é presente em equipamentos de pesca,
como redes e linhas; pode ser usado em carpetes, embalagens etc.
Como se pode ver, é impossível nomear todos os mercados e indústrias em que a PA é
presente. Este polímero é utilizado na fabricação de uma vasta e inimaginável gama de
produtos para as mais variadas utilidades.

IDENTIFICAÇÃO

Existem muitos métodos de identificação de polímeros, mas o método mais relevante,


por questões de praticidade, baixo custo e eficácia, é o teste de chamas.
A poliamida é um material inflamável e esse polímero quando queimado deve apre-
sentar uma chama de coloração principal azul e vértice (ou contorno) na coloração ama-
rela. Além disso, deve também apresentar centelhas difíceis de serem queimadas. Outra
característica é que o plástico derretido se acumula na extremidade e acaba gotejando em
borbulhas. É possível identificar bem essa característica na queima de fios em que se for-
mam “bolas” na ponta. A poliamida também queima em fios. O odor da fumaça gerada pela
queima da poliamida é semelhante ao de pena, ou cabelo queimado.

Open Science Research VIII - ISBN 978-65-5360-234-2 - Volume 8 - Ano 2022 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.com.br
1060
DESTINO FINAL

A poliamida é um dos materiais mais presentes na poluição hídrica e do solo, contudo


este termoplástico tem um grande potencial de reciclabilidade.
Pode ser feita a reciclagem mecânica, onde esse polímero passa por fragmentação,
lavagem e extrusão. Também pode passar por reciclagem química, onde a poliamida é
despolimerizada, ocorrendo a quebra de suas cadeias dividindo-a em outras moléculas.
Após esse processo, a polimerização pode ser feita novamente para que a poliamida re-
torne ao mercado.
A reciclagem química tem um maior reaproveitamento do material, já reciclagem me-
cânica torna o material cada vez mais impuro e degradado, porém tem um custo menor.

REFERÊNCIAS
1. COLOMBI, Bruna Lyra. Polimerização da Poliamida 6,6: Uma Breve Revisão. Revis-
ta Eletrônica de Materiais e Processos, Florianópolis, v. 11, n. 3, p. 121-129, mar.
2016. Disponível em: http://www2.ufcg.edu.br/revista-remap/index.php/REMAP/article/
view/580/402. Acesso em: 19 mar. 2022.

2. CONHEÇA tudo sobre o Nylon e as poliamidas. 2020. Disponível em: https://materiaisjr.


com.br/conheca-tudo-sobre-o-nylon-e-as-poliamidas/. Acesso em: 20 mar. 2021.

3. GONELLA, Laura Berasain. Compatibilização de blendas de polipropileno/nylon.


2001. 83 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia Química, Universidade Fede-
ral do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2001. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/
bitstream/handle/10183/3179/000333392.pdf?sequence=1. Acesso em: 21 mar. 2022.

4. HELERBOCK, Rafael. Rigidez dielétrica. Disponível em: https://mundoeducacao.


uol.com.br/fisica/a-rigidez-dieletrica.htm#:~:text=Rigidez%20diel%C3%A9trica%20
%C3%A9%20o%20limite,suportar%20sem%20tornar%2Dse%20condutor. Acesso
em: 20 mar. 2022.

5. MAKING nylon 6. Disponível em: https://pslc.ws/macrog/nysix.htm. Acesso em: 26


mar. 2022.

6. MAKING nylon 6,6. Disponível em: https://pslc.ws/macrog/nysyn.htm. Acesso em: 26


mar. 2022.

7. MANO, Eloisa Biasotto; MENDES, Luís Cláudio. Introdução a polímeros. 2. ed. São
Paulo: Edgar Blücher, 1999.

8. MARK, Herman F.. Encyclopedia of polymer science and technology. 3. ed.

9. NYLON - Manufacturing Process and Properties. Disponível em: https://www.brainkart.


com/article/Nylon---Manufacturing-Process-and-Properties_1769/. Acesso em: 21 mar.
2022.

Open Science Research VIII - ISBN 978-65-5360-234-2 - Volume 8 - Ano 2022 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.com.br
1061
10. NYLON 6.0. Disponível em: https://isolaplast.com.br/produto/nylon-6/. Acesso em: 21
mar. 2022.

11. PLÁSTICOS eletricamente isolantes. Disponível em: https://www.ensingerplastics.com/


pt-br/semiacabados/selecao-de-material-plastico/isolamento-eletrico. Acesso em: 21
mar. 2022.

12. POLIAMIDA sem fibra (PA 6). 2021. Disponível em: https://gedelplasticos.com.br/arti-
gos/poliamida-sem-fibra-pa-6/. Acesso em: 20 mar. 2022.

13. POLIAMIDA (PA). Disponível em: https://www.plastfera.com/produtos/materia-prima/po-


liamida-pa-/#:~:text=CARACTER%C3%8DSTICAS%20GERAIS%3A,redu%C3%A7%-
C3%A3o%20um%20pouco%20mais%20acentuada. Acesso em: 19 mar. 2022.

14. SOARES, Elias Augusto. Poliamida 6 (PA 6). 2021. Disponível em: https://www.aran-
danet.com.br/revista/pi/noticia/278-Poliamida-6-(PA-6).html#:~:text=A%20poliamida%20
%C3%A9%20um%20dos,boa%20compatibilidade%20com%20fibras%2C%20o. Acesso
em: 23 mar. 2022.

15. TECAMID 6 natural. Disponível em: https://www.ensingerplastics.com/pt-br/semiaca-


bados/produtos/pa6-tecamid-6-natural. Acesso em: 26 mar. 2022.

Open Science Research VIII - ISBN 978-65-5360-234-2 - Volume 8 - Ano 2022 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.com.br
1062

Você também pode gostar