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Kinesis. n. esp. 119-141/dez/1984.

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O M É T O D O E X POSITIVO

* M a r i a A u g u s t a S alin Gonç a l v e s

No proc e s s o e n s i n o - a p r e n d i z a g e m , o m é todo c onstitui u m dos


aspectos mais importantes.
Segundo NÉRICE, "os méto d o s e técnicas de ensino cons t i t u e m
p a rtes e s senciais d a m e t o d o l o g i a d i d á t i c a de que se vale o profes
sor, p a r a condu z i r o educa n d o a integrar, no seu comportamento,
conhecimentos, técnicas, habilidades, h á b i t o s e atit u d e s que hão
de enri q u e c e r a sua personal i d a d e " (1967, p. 141).
T U RRA et alii r e f erem-se aos m é t o d o s didá t i c o s como procedi
m e ntos de ensino que são "ações, proc e s s o s ou c o m p o r t a m e n t o s p l a ­
nejados pelo p r o f e s s o r p a r a c o l o c a r o aluno em c o n t a t o direto com
coisas, fatos ou fenômenos, que p o s s i b i l i t e m m o d i f i c a r sua c o n d u ­
ta em função dos o b j e t i v o s prev i s t o s " (1975, p. 126).
P a r a que o m é t o d o didát i c o c o n d u z a o aluno a u m a a p r e n d i z a ­
gem efetiva, -é n e c e s s á r i o que este seja adeq u a d o à sua estr u t u r a
p s i c o l o g i c a e à e s t r u t u r a l ó gica de um dete r m i n a d o conte ú d o pro-
gramatico. "Mediante o método, docente e m a t é r i a se a d e q u a m ao a-
luno" (T I T O N E , 1968, p. 466).
0 m e t o d o e x p o s i t i v o é u m a das formas de o r g a n i z a r a a t i vida
de docente de modo que a a p r e n d i z a g e m do aluno se efetive. Sua ca
r a c t e r i s t i c a esse n c i a l cons i s t e n a c o m u n i c a ç ã o v e rbal p o r parte
do p r o f e s s o r em f o r m a de n a r r a ç ã o ou de d e m o n s t r a ç ã o (STOCKER,
1973).
Este metodo, entretanto, não e n tra em conf l i t o com os prin-i
cipios da e s c o l a ativa, como pens o u - s e durante a l gum tempo, pois,
como e encarado atualmente, ele envolve também a p a r t i c i p a ç ã o do
aluno, através de perguntas, r e spostas e colocações.
Entre as dis c i p l i n a s do curr í c u l o de u m C urso de Educ a ç ã o
Fisica, encontram-se, além das d i s ciplinas práticas, d i s ciplinas
e m i n e n temente teóricas. M esmo nas dis c i p l i n a s práticas, u m grande
n u mero de aulas são teóricas. N e s t a s aulas, obse r v a - s e que a maio
~ í

* P r o f e s s o r a A s s i s t e n t e do Dep a r t a m e n t o de M é t o d o s e Técni c a s Des


p o r t i v a s /CEFD/UFSM. M e stre em Educação.
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120

ria dos professores u t i l i z a o m e t o d o expositivo. Sendo assim, o


objetivo deste trabalho é forn e c e r aos p r o f e s o r e s i n f o r m a ç õ e s ,que
lhes p o s s ibilitem u m m a i o r con h e c i m e n t o dos fun d a m e n t o s e a p l i c a ­
ção deste método.
0 prime i r o item deste trabalho consiste n u m a car a c t e r i z a ç ã o
do método expositivo, a ssim como das d i ferentes formas em que e s ­
te se apresenta.
P a r a u m a f u n d a m e n t a ç ã o deste método, julgou-se n e c e s s á r i a u
ma breve análise de algu n s aspectos da T e o r i a d a Comunicação, que
será a p r e s e n t a d a no segundo item.
Em terceiro lugar, serão abordadas as p o s s i b i l i d a d e s e limi
tações do m é t o d o expositivo. Como qual q u e r outro método, ele é
ma is adeq u a d o a dete r m i n a d o s c onteúdos e fases da aprendizagem
que o u t r o s ' m é t o d o s . Do m e s m o modo, a sua aplicação, em d e t e r m i n a ­
das s ituações de a p r e n d i z a g e m é limitada.
A seguir, proc u r a - s e a p r e s e n t a r um roteiro p a r a a prepara­
ção de u m a a u l a expositiva.
No últi m o item, abor d a m - s e as fases da aula expositiva, a
introdução, o d e s e n v o l v i m e n t o e a conclusão,- em suas funções e s p £
cíficas. Neste item, são for n e c e i d a s ao p r o f e s s o r as informações
necesárias, p a r a que c a d a fase a t i n j a os serus objetivos.

1 - C A R A C T E R I Z A Ç Ã O DO M É T O D O EXP O S I T I V O

"A aula e x p o s i t i v a consiste n u m a relação v e rbal utilizada


pelòs p r o f e s s o r e s com obje t i v o de t r ansmitir d e t e r m i n a d a s informa
ções a seus alunos" (Ronca e Escobar, 1980, p. 8 6 ) . ' Este méto d o
didático c a r a c t e r i z a - s e essenci a l m e n t e p e l a d o m i n â n c i a d a c o m u n i ­
cação verbal, em que a p a r t i c i p a ç ã o do p r o f e s s o r é marcante. Esta
part i c i p a ç ã o a p r e s e n t a - s e em d i f erentes graus e s t a n d o em dois e x ­
tremos, o que B a l z a m ( 1 9 7 7 ) c a r a c t e r i z o u como a e x p o s i ç ã o d o g m á t i ­
ca e a e x p o s i ç ã o dialogada.
Este m esmo a u t o r c a r a c t e r i z a a expo s i ç ã o d o g m á t i c a como a
"que se a poia no p r i n c í p i o de que aquilo que o p r o f e s s o r diz é
verdade, cabendo ao aluno a b scrvé-lo sem q u a l q u e r question a m e n t o "
(Ap. R o n c a e Escobar, 1980, p. 86).
A e xposição d i a l o g a d a caracter i z a - s e p e l a p a r t i c i p a ç ã o efe-
tiva dos alunos, que questionam, e x põem seus p o ntos de vista, exem
p l i f i c a m as c o l o c a ç õ e s do professor. É o que Nerici c h a m a de expo
sição aber t a "em que a m e n s a g e m do p r o f e s s o r é mais pret e x t o para
d e s e n c a d e a r a p a r t i c i p a ç ã o da classe, p o d endo h a v e r a ssim cont e s t a
ção, p e s q u i s a e discussão, sempre que opor t u n o e n e c e s s á r i o " (1970,
p. 64).
J u r a c y M a r q u e s (1977) c l a s s i f i c a os m é t odos de ensi n o em
duas grandes divisões: m é t o d o s c e n t r a lizados no p r o f e s s o r e méto­
dos c e n t r a lizados no aluno, conforme a m a i o r ou m e n o r e x i g ê n c i a de
a t ividade p o r parte do p r o f e s s o r ou do aluno.
0 m é t o d o e x p o s i t i v o e s t á incluído entre os m é t o d o s c e n t r a l i ­
zados no professor. 0 m é t o d o exp o s i t i v o puro é d e n o m i n a d o p o r M a r ­
ques de c o n f e r ê n c i a "na qual o p r o f e s s o r a p r e s e n t a u m c o rpo de
idéias de ãcordo c o m p r i n c í p i o s de o r g a n i z a ç ã o lógi c a do assunto
em exposição" (1977, p. 131)
Da c o m b i n a ç ã o do m é t o d o expo s i t i v o cora o.mé t o d o de l a b o r a t ó ­
rio orig i n a - s e a d emonstração. "Mos trar como se faz, p a rece ser um
m e t o d o insubstituível, em v á r i a s instâncias do d e s e n v o l v i m e n t o de
ha b i l i d a d e s e s p e c í f i c a s e de formação de atitudes", (ibid, 1977,
p. 134)
D a c o m binação do m é t o d o e x positivo com a disc u s s ã o o mesmo
autor dá como exemplo m é t o d o de sala de aula, "em que os p r o f e s s o ­
res falam u m pouco, c o n v e r s a m outro pouco, p r o c u r a n d o e s t a belecer
interações verb a i s com os alunos, p e r g u n t a m e p r opõe exercícios
(ibid, 1977, p. 132)".
A comb i n a ç ã o do m é todo expo s i t i v o com o m é todo da d e s c o D e r t a
o r i g i n a o m é t o d o do debate, que consiste n a "tát i c a do professor
de agui l h o a r a capa c i d a d e de arg u m e n t a ç ã o do aluno, c o n v i d a n d o - o a
reflexão de tal m o d o que ele d e s c u b r a conceitos, pri n c í p i o s e rela
ções significativas, (ibid, 1977, p. 132)".
A comb i n a ç ã o do m é t o d o expo s i t i v o com m é t o d o s tecnológicos
resu l t a o méto d o de multimeios, que consiste n a u t i l i z a ç ã o de
m eios aud i o v i s u a i s como r e t r o p r o j e t o r , filmes, etc.
T odas as formas de comb i n a ç ã o do m é t o d o e x p o s i t i v o com ou­
tros m é t o d o s são i ncluídas n a f o r m a de expo s i ç ã o d i a l o g a d a ou aber
ta, que deu, ao m é t o d o exp o s i t i v o puro tradicional, u m a n o v a "rou-l5»
pagem", conforme e x p r e s s a - s e V i l a r i n h o (1979). •
N e sta n o v a feição do método, o aluno não m a n t e m - s e n u m a a t i ­
tude puramente receptiva, mas q u e s t i o n a e participa. A l e m disso, a
utilização da m o d e r n a t e c n o l o g i a educacional p e r mite ao prof e s s o r
complementar as i n f o r m a ç õ e s e m a n t e r a atenção do aluno.

2 - F U N DAMENTOS DO M É T O D O E X P OSITIVO

S endo que o m é t o d o e x positivo car a c t e r i z a - s e essenci a l m e n t e


p e l a c o m u n i c a ç ã o verbal, e n volvendo u m p r o c e s s o no qual h a t r ans­
miss ã o e recepção de m e n s a g e m entre p r o f e s s o r e aluno, p a r a apro­
fundar as r e flexões sobre este método, tornou-se n e c e s s á r i o abor­
dar alguns aspectos da T e o r i a da Comunicação.

2.1-0 PROC E S S O DE C O M U N I C A Ç Ã O H U MANA

A com u n i c a ç ã o é o p r o c e s s o de tornar comuns aos indivíduos,


idéias, hábitos, regras, atitudes, per m i t i n d o a inte r a ç ã o entre os
ho mens como r e s p o s t a a u m impulso natural do h o m e m (Saldanha et
a l i i , 1975, p. 45).

A p r ó p r i a o r i g e m da p a l a v r a "por em comum", e x p r e s s a o seu


significado. No p r o c e s s o da comunicação, o h o m e m é capaz de c a ptar
o outro p a r a p a r a i n t e r a g i r com ele. S e g undo Azevedo, "a c o m u n i c a ­
ção e o meio pelo qual u m h o m e m i n f l u e n c i a outro e p o r seu turno
é p e l o outro i nfluenciado" (1970, p. 11)
A com u n i c a ç ã o h u m a n a é o " i n t e rcâmbio c o m p r e e n s i v o de s i g n i ­
fica ç õ e s atra v é s de símbolos" (Penteado, 1972, p. 2).

2.1.1 - E l e m e n t o s B á s i c o s do Proc e s s o da C o m u n i c a ç ã o :

De a c ordo com S a l d a n h a et alii (1975), todo o ato de c o m u n i ­


cação c ompõe-se dos segu i n t e s elementos:

- Fonte ou e m i s s o r : "alguém ou algo que p o s s u a a informação


e que d e s e j a t r a n s m i t í - l a i niciando o processo".
- M e n s a g e m : "as informações, idéias ou atit u d e s a serem
transmitidas".
- Receptor: "alg u e m que recebe a i n formação compreen d e n d o .
#3»
seu sentido".

Esquematizando:

FONTE OU SINAL
RECEP T O R
EM I SSOR MENS A G E M

A fonte tem u m objetivo: t r ansmitir a mensagem, que é expres


sa através de u m código. Para que esta a t i n j a o receptor, é n e c e s ­
sário que e l a seja d e c o d i f i c a d a pelo receptor. No p r o c e s s o de deco
dificação, o rece p t o r atribui s i g n i ficados aos sinais e s t r u t u r a d o s
n a m e n s a g e m do emissor.

2.2 - C O M U N I C A Ç Ã O E L I N G U A G E M

P o r seu c a r á t e r único, p o r sua v i r t u ­


de r e v e l a d o r a do "eu", do "tu" e do
"nós", por sua f o r ç a criadora, a lin­
g u a g e m se c onstitui no m a i s i m p o r t a n ­
te dos "sistemas de c o m u n i c a ç ã o que o
o h o m e m d e s e n v o l v e u p a r a inst a u r a r o
i n t ercâmbio social (Saldanha, 1975,
p. 38).

S e g undo a divisão dos signos em duas classes, digi t a i s e ana


logicos, a ling u a g e m verb a l e s t á incl u í d a entre os signos digitais
"que não tem n e n h u m a relação formal com que o r e p r e s e n t a m e são
port a n t o arbi t r á r i o s e con v e n c i o n a i s " (Cromberg, 1980, p. 41).
P a r a h a v e r comunicação, é nece s á r i o que os s i gnos sejam es­
t r uturados pelo e m i s s o r em f o r m a de m e n s a g e m e que o rece p t o r seja
capaz de a t r i b u i r u m s i g n i f i c a d o a estes signós.
P a r a Heidegger, o " s er-no-mundo" é e s s e n c i a l m e n t e u m "ser-
com" (Ap.Lima et alii, 1971, p. 52) e a l i n g u a g e m é o que permite
e s t a fusão com o outro, a c o m p r e e n s ã o de suas crenças, m o t i v o s e
valores.
Segundo C h e r r y (1971), além do seu papel i m portante n a c o m u ­
n i c a ç ã o humana, a l i n g u a g e m nos p o s s i b i l i t a o r g a n i z a r pensamentos,
classificando, c o m p a r a n d o e relacionando.
124

C omo extensão, m a n i f e s t a ç ã o ou exposição


de todos os n o ssos senti d o s a u m só tem­
po, a l inguagem sempre foi c o n s i d e r a d a a
m a i s rica f orma de arte humana, pois que
a d istingue da c ria ç ã o animal.
Se o ouvido h u m a n o pode ser c o m p a r a d o ao
r e c e p t o r de rádios, capaz de deco d i f i c a r
as ondas e l e t r o m a g n é t i c a s e recodificá-
las como som, a voz h u m a n a pode ser c ompa
rada ao tra n s m i s s o r de rádio, ao traduzir
o som em ondas e l e t r o m a g n é t i c a s (MCLuhan,
1969, p. 98).

2.3-0 MÉTODO EXPOSITIVO E A COMUNICAÇÃO VERBAL

Todo o p r o c e s s o educ a t i v o envolve u m p r o c e s s o de comunica­


ção, pois a a p r e n d i z a g e m do aluno se r e a l i z a n u m a situ a ç ã o de inte
r ação social, em que o p r o f e s s o r o r g a n i z a as c o n d i ç õ e s exter n a s pa
ra que a comu n i c a ç ã o se verifique. Neste p r o c e s s o interativo, o
p r o f e s s o r é o c o d i f i c a d o r e o aluno é o r e c e p t o r e d e c o d i f i c a d o r .
"0 prof e s s o r o r g a n i z a suas m e n s a g e n s p a r a t r a n s m i t i r info r m a
ções aos alunos. 0 s i g n i f i c a d o de seu e n u n c i a d o é, pois, m o d i f i c a r
o e s tado atual do aluno p e l a n o v a informação" ( Saldanha et alii,
1975, p. 52).
0 m é t o d o e x p o s i t i v o car a c t e r i z a - s e e s s e n c i a l m e n t e p e l a trans
m i s s ã o de info r m a ç õ e s de f orma oral o A m e n s a g e m é e s t r u t u r a d a u t i ­
lizando signos digi t a i s ling ü í s t i c o s e e x p r e s s a atra v é s da fala.
A t r a v é s da e x p o s i ç ã o oral, o p r o f e s s o r e s t r u t u r a em f orma de
m e n s a g e m cont e ú d o s de sua v i d a mental: representações, conc e i t o s e
o per a ç õ e s do pensamento. P a r a que a c o m u n i c a ç ã o se verifique, é n £
c ess á r i o que o aluno a t r i b u a sig n i f i c a d o s aos c o n t e ú d o s expressos.
Ele i n t e r p r e t a a mensagem, t r a n s f o r m a - a em representações, c o n c e i ­
tos e o p e r a ç õ e s de pensamento, s e m e lhantes ás d a fonte. Segundo
S a l d a n h a et alii, as info r m a ç õ e s são inc o r p o r a d a s ao repe r t ó r i o do
receptor.

Q u ando o p r o f e s s o r e s t r u t u r a sua mensa­


gem, e s t a reflete não só o nível de c o n h £
cimen t o s do emis s o r como suas h a b i l i d a d e s w
comunicadoras. Se a fonte p r e o c u p a - s e ape
nas em d e m o n s t r a r que sabe, sem levar em
c o n t a o recep t o r e seu r e p e r t ó r i o pró­
prio, b e m como o c o n t e x t o sócio-cultiJEfè.1
125

em que este se encontra, cert a m e n t e a c o ­


m u n i c a ç ã o será prejudicada, e logo, a a-
p r e n d i z a g e m d e ficiente (1975, p. 51).

2.4-0 MET0 D 0 E X P O S I T I V O E A C O M U N I C A Ç Ã O N Ã O - V E R B A L

Quando o ser h u m a n o se comunica, u s a a ling u a g e m verbal como


meio de expressão de suas idéias, atit u d e s e valores.
Sendo o h o m e m u m ser que a t u a no m u n d o atra v é s de sua p r esen
ça corporal, todas as suas idéias, atitudes e v a l o r e s mani f e s t a m -
se em post u r a s c o r p o r a i s envo l v e n d o movimentos, gestos, tom de voz
e até funções como a respiração.
0 professor, ao c o m u n i c a r aos alunos um conteúdo, deve ter
prese n t e que, além deste, ele c o m u n i c a através de sua e xpressão
corporal, aspe c t o s a f e t i v o s tais como a sua s e g u r a n ç a n a m a t é r i a , o
seu e n t u s i a s m o pelo assunto, o seu interesse p e l a a p r e n d i z a g e m dos
alunos, a s sim como seus sent i m e n t o s em relação aos ouvintes.

0 falar, como m e i o de comunicação, não se


pode divo r c i a r a rigor, do restante da a-
tividade c o m u n i c a t i v a do Homem. As o p e r a ­
ções dos órgãos de form a ç ã o e do ouvido
c o n s t i t u e m parte integral do f u n c i o n a m e n ­
to de todo o orga n i s m o e do cerébro. Quan
do ouvimos u m a p e s s o a falar, v e m o - l a tam­
b é m u s u a l m e n t e e aos seus g e s t o s e expres
sões faciais: c o m u n i c a m o - n o s n u m complexo
m e i o ambiente físico c o n t r a u m plano de
f undo social e cultural d e t e r m i n a d o (Cher
ry, 1971, p. 136).

3 - P O S S I B I L I D A D E S E LIM I T A Ç Õ E S DO M É T O D O E X P O S I T I V O

0 m é t o d o expositivo, quan d o u sado adequadamente, é u m r e c u r ­


so váli d o de ensino.
Segun do R o n c a e E s c o b a r (1980),o u s o da a u l a e x p o s i t í v a é a-
dequado:

a) - Quan d o o o b j e t i v o b á s i c o é t r a n s m i t i r informações;

A t r a n smissão de info r m a ç õ e s é u m dos o b j e t i v o s prin c i p a i s


da Escola. As u n i d a d e s de informação, segundo Gagué (1980), p odem
c la s s i f i c a r - s e como "fatos", "nomes", p r i n c í p i o s e generalizaçdSfe.
126

Gage (1975) c o n s i d e r a não a d e q u a d a a u t i l i z a ç ã o do m é todo ex


positivo quando: os o b j e t i v o s a a t i ngir são o u tros que a a q uisição
de informações; a m e m ó r i a a longo p razo é solicitada; o mater i a l é
complexo ou abstrato; a p a r t i c i p a ç ã o do aprendiz é e ssencial para
o alcance dos objetivos; os obje t i v o s a a t i ngir são de alto nível
cognitivo como a análise, síntese ou integração, os estu d a n t e s e s ­
tão na m é d i a ou a b aixo da m é d i a em inte l i g ê n c i a ou e x p e r i ê n c i a edu
cacionai.
0 m é t o d o e x p o s i t i v o foi comp a r a d o através de estu d o s e m p í r i ­
cos com o u tros métodos, e s p e c i almente com o m é t o d o da discussão.
Gage (1975) a p r e s e n t a v a os resultados de p e s q u i s a s r e alizadas por
D u bim e Travegg.i( 1 9 6 8 ) c o m p a r a n d o :

a) - C m é t o d o exp o s i t i v o puro com o m é t o d o e x p o s i t i v o d i a l o ­


gado em 7 estudos;

b) - M é t o d o de disc u s s ã o e exp o s i t i v o d i a l o g a d o em 3 . e s t u ­
dos ;

c) - Méto d o e x p o s i t i v o puro e estudo inde p e n d e n t e em 14 estu


dos e ,

d) - Méto d o e x p o s i t i v o dial o g a d o e e s tudo i n d e p endente em 9


estudos.

A c onclusão geral foi que os m é t o d o s de ensi n o não apre s e n t a


ram dife r e n ç a s quanto a sua efetividade, d e t e r m i n a n d o os resulta­
dos no exame final.
Gage, todavia, q u e s t i o n a e s t a conclusão, pelo fato de que
não foi c o n t r o l a d a a p r e p a r a ç a o dos estu d a n t e s p a r a o exame atra­
vés de outr o s meios.

4 - PREPARAÇÃO DA AULA EXPOSITIVA

N este item, serão apr e s e n t a d a s sugestões, que p o d e r ã o ser


ú teis n a p r e p a r a ç ã o de u m a aula expositiva.

4.1 - D E F I N I Ç Ã O DOS OBJE T I V O S

Segundo B e a r d (1974), o prim e i r o p a s s o n a p r e p a r a ç ã o de uma


&
127

a u l a corn o m é todo e x p o s i t i v o é a d e t e r minação c l a r a e p r e c i s a de


seus objetivos. 0 p r o f e s s o r deve r á est a b e l e c e r com c l a r e z a o que
e s p e r a que os alunos aprendam, como resultado.
Ao formular e stes objetivos, Gomez (1975) a s s i n a l a que o pro
fessor deve ter presente os obje t i v o s gera i s de sua disciplina.
L aing (1968), segu i n d o o esqu e m a tax i o n o m i c o dos objetivos
e d u c a cionais de Bloom, sugere que, antes de c a d a aula, o prof e s s o r
d e v e r i a form u l a r as segu i n t e s questões:

- que c o n h e c i m e n t o s bási c o s terão de conhecer?


- que c o n h e c i m e n t o s metodoló g i c o s ?
- até que p o n t o espero que extr a p o l e m em seu pensamento, a
part i r do que hoje lhes direi, de modo a d e t e r m i n a r i mpli­
cações, conseqüências, c o rolários efeitos...?
- que atitudes e v a l o r e s quero indu z i r em meus alunos? (Ap.
G o m e z , 1975).

4.2 - SELEÇÃO DE C O N T E Ú D O S

D e f i n i d o s os objetivos, o p r o f e s s o r deve s e l e c i o n a r o con­


teúdo, a t endendo aos d i v e r s o s aspe c t o s rel a c i o n a d o s a seguir:

a) - A aula e x p o s i t i v a não deve ser dema s i a d o d e n s a de con­


teúdos, nem a p r e s e n t a r e x c e s s i v a prof u s s ã o de detalhes. E s t u d o s em
p i r icos em teoria de a p r e n d i z a g e m c o m p r o v a m que a a p r e s e n t a ç ã o e x ­
c e s s i v a de material p r o v o c a i n t e r f e r ê n c i a que a f e t a a memorização
(Beard, 1974).

b) - 0 conte ú d o de u m a aula não deve ser d e m a s i a d a m e n t e a b s ­


trato *

"Os p r i n c i p i a n t e s n e c e s s i t a m de u m a m a n e i r a especial, ilus­


trações e apli c a ç õ e s que rela c i o n e m a e x p e r i ê n c i a s prévias"(Beard,
1974, p. 119).

c) - Ao s e l e c i o n a r o conteúdo, o p r o f e s s o r deve ter em v i s t a


o nivel de c o n h e c i m e n t o dos alunos e o seu g r a u de d e s e n v o l v i m e n t o
mental. '»

"As oper a ç õ e s mentais, os aco n t e c i m e n t o s


tsf
128

e as seqüências que o aluno deve acom


p a n h a r não devem e x igir dele mais m o b i l i ­
dade mental do que é possível ac seu está
gio de d e senvolvimento". (Aebli, 1971, p.
37) .

4.3 - E S C O L H A DOS M EIOS AUX I L I A R E S

0 p r o f e s s o r p o d e r á u t i l i z a r m eios a u d i o v i s u a i s que comp l e t a


rão o assunto, faci l i t a n d o a comp r e e n s ã o da e x p o s i ç ã o verbal.
A a d e q u a d a u t i l i z a ç ã o dos m e i o s aud i o v i s u a i s vai depen d e r do
cont e ú d o dese n v o l v i d o n a a u l a expositiva.
Segundo Cromberg, se o assunto envolve u m a s e q ü ê n c i a de i-
déias enca d e a d a s e "não a p r e s e n t a aspectos que e x c e d a m a necessá­
ria comu n i c a ç ã o verbal, textos e p a l a v r a s expr e s s a s o ralmente são
s u f i cientes p a r a p r o v o c a r a a p r e n d izagem" (1980, p. 60).
0 m e s m o autor c l a s s i f i c a os cont e ú d o s de a p r e n d i z a g e m em con
eretos e a bstratos e a p r e s e n t a um quadro, em que ele i n dica quais
os m eios a u d i o v i s u a i s m a i s adeq u a d o s a c a d a tipo.

4.4 - ORG A N I Z A Ç Ã O DO C O N T E Ú D O

0 p l a n e j a m e n t o da aula e x p o s i t i v a requer u m a série de c u i d a ­


dos p o r parte do professor. Como p ó nto de partida, ele deve ter só
lidos conhecimentos, b a s e a d o s em revisão de literatura, sobre o as
sunto a ser desenvolvido.
Gage (1975) diz que o p r o f e s s o r pode o r g a n i z a r o mate r i a l em
u m esquema, e s c r e v e r sua a u l a p a l a v r a por p a l a v r a e p r e v e r a utilji
zação de m e i o s a u d i o v i s u a i s de v á r i o s tipos.
B e a r d (1974) a s s i n a l a que a f orma do p r o f e s s o r o r g a n i z a r os
seus a p o n t a m e n t o s é est r i t a m e n t e individual. Alguns prof e s s o r e s
p r e f e r e m fichas, o u tros folhas separadas, o u tros u t i l i z a m cadernos
Q u a l q u e r que s e j a a sua f o r m a individual de ação é i m p o r t a n ­
te que o professor, ao dar a sua aula, t e n h a à m ã o c o m p l e t a docu­
m e n t a ç ã o sobre o tema.
A a u l a expositiva, p a r a Gage (1975), deve p o s s u i r u m a e s t r u ­
tura adequada, isto é, deve ter u m a introdução, u m c orpo e uma
conclusão, tendo c a d a u m a d e stas part e s funções específicas. Ao
G>"
129

o r g a n i z a r os conteúdos, o p r o f e s s o r deve ter em m e n t e e s t a estr u t u


ra e d i s t r i b u i r os assu n t o s e meios, conforme as d i f e r e n t e s fases
d a aula.

5 - APRESENTAÇÃO DA AULA EXPOSITIVA

Neri c i a p r e s e n t a o seguinte e s q u e m a p a r a a a p r e s e n t a ç ã o da
a u l a expositiva:

- I n trodução motivadora;
- D e s e n v o l v i m e n t o l ógico.do tema repa r t i d o em t ó p icos s i g n i ­
ficativos ;
- Rea l i z a ç ã o de exercícios, i n t e r r o g a t ó r i o s e p e q u e n a s dis­
cussões, i n t e r c a l a d a m e n t e , sempre que oportuno;
- E f e t i v a ç ã o de u m a síntese i n t e g r a d o r a de todos os itens a-
p r e s e n t a d o s e, sempre que possível, com a c o o p e r a ç ã o dos
educandos;
- Conclusões, quan d o for o caso, tiradas sempre com a p a r t i ­
ci p ação da clas s e (1970, p. 70).

E s t a s cinco f ases p o d e m ser r esumidas em três que são: a in­


trodução, o d e s e n v o l v i m e n t o ou corpo da e x p o s i ç ã o e a conclusão,
tendo c a d a u m a delas u m a v a r i e d a d e de funções que s erão a n a lisadas
a s e guir (Gage, 1975).

5.1 - A INTR O D U Ç Ã O

A i n trodução tem os segu i n t e s objetivos: e s t a b e l e c e r u m rela


cion a m e n t o entre p r o f e s s o r e aluno, o bter a aten ç ã o dos alunos, ex
por o conte ú d o essencial, d e s p e r t a r a c o n s c i ê n c i a de con h e c i m e n t o s
e e x p e r i ê n c i a s relevantes.

5.1.1 - E s t a b e l e c i m e n t o de R e l a ç õ e s entre P r o f e s s o r e A l u n o s

E s t a função da i n t r o d u ç ã o refer-se à n e c e s s i d a d e d a criação


de um c l i m a de r e l a c i o n a m e n t o amis t o s o entre o p r o f e s s o r e os alu-
v
nos. 0 p r o f e s s o r pode p e r g u n t a r o nome dos alunos, f azer comenta
*3 *
rios sobre o tempo, ou sobre qual q u e r o u tro assunto, enfim, e s t a b £ m
&
lecer inicialmente, u m c o n t a t o informal com a classe.

5.1.2 - Obte n ç ã o d a A t e n g ã o dos Alun o s

P a r a a t i n g i r este objetivo, Gage (1975) prop õ e duas e s t r a t é ­


gias:

a) - m o s t r a r aos e s t u d a n t e s como a aula pode ser importante


para o alcance de seus objetivos, despertando, assim, o seu inte­
resse .

"A m o t i v a ç ã o pode ser e s t a b e l e c i d a atra v é s do d e s e n v o l v i m e n ­


to, no estudante, de u m proce s s o d e nominado expectativa, que é u m a
a nte c i p a ç ã o d a " r e c o m p e n s a que ele o b t e r á quando a t i n g i r a l guma
m e t a (Gagné, 1980, p. 30).

b) - a p r e s e n t a r "dicas" que m o t i v e m os alunos.

0 p r o f e s s o r p o d e r á a l e r t a r os alunos que o a s s u n t o a ser tra


tado será difícil, mas possível de ser compreendido, que a b i b l i o ­
g r a f i a a respeito é deficiente, ou r e l a c i o n a r o assu n t o da aula
com outros p o ntos já tratados, que inte r e s s a m os alunos. Outr a s in
d ica ç õ e s como e stas p o d e r ã o ser u s adas no sentido de m o t i v a r os a-
lunos.

5.1.3 - E x p o s i ç ã o do Cont e ú d o Essencial

E s t a função da i n trodução envolve a a p r e s e n t a ç ã o dos tópicos


e sse n c i a i s que serão tratados n a aula e x p o s i t i v a e d e f i n i ç ã o dos
termos r e l a c i o n a d o s com este tópico.
N e s t a fase, são apcn t a d o s as idéias mais g e rais e inclusivas
que p o s s i b i l i t a r ã o a comp r e e n s ã o das idéias e s s e n c i a i s m a i s especí
ficas, que v i r ã o no d e c o r r e r da exposição.
E stes c o n c e i t o s f oram deno m i n a d o s p o r A u s ubel de "advance or
ganizers", trad u z i d o p o r R o n c a e E s c o b a r (1980) p o r "or g a n i z a d o r e s
p révios" e p o r A r a ú j o e O l i v e i r a (1978) p o r " o r g a n i z a d o r e s a v a n ç a ­
dos" .
Segurdo Ausubel, " cada unid a d e ou lição deve ser precedida
p e l a apr e s e n t a ç ã o ao apre n d i z de um o r g a n i z a d o r p r é v i o - u m a idéia
que fornece ao apre n d i z a f e r r a m e n t a conceituai, n a qual ele pode
ancorar o novo mate r i a l " (Ap. Joyce & Weil, 1972, p. 172). Este au
tor define os o r g a n i z a d o r e s prév i o s como

"material i n t r odutório em nível mais alto


de abstração, g e n e r a l i z a ç ã o e i n c l u s i v i ­
dade que o p r ó p r i o c o n t e ú d o d a a p r e n d i z a
gem. U m a v isão geral, como a s u m á r i a a-
p r e s e n t a ç ã o das idéias p r i n c i p a i s em um
livro, não é n e c e s s á r i a m e n t e e s c r i t a em
u m nível m a i s alto de abstração, g e n e r a ­
lização e inclusividade, mas s i m p l e s m e n ­
te omite deta l h e s específicos, (1978, p.
252) .

Os o r g a n i z a d o r e s p r é v i o s diferem p o r t a n t o de sumá r i o ou vi­


são geral-, pois, p a r a s erem eficazes, d evem ser a p r e s e n t a d o s em um
nível super i o r de abstração, g e n e r a l i z a ç ã o e inclusividade.
P a r a que h a j a a p r e n d i z a g e m s i g n i f i c a t i v a é n e c e s s á r i o que o
novo material seja i n c o r p o r a d o ao conju n t o de c o n h e c i m e n t o s que o
indivíduo possui, isto é, rel a c i o n a d o aos c o n h e c i m e n t o s já existen
tes em s u a e s t r u t u r a cognitiva. A função dos o r g a n i z a d o r e s prévios
é "de e s t a b e l e c e r u m a ponte entre o que o apre n d i z já conhece e o
que ele p r e c i s a c o n h e c e r antes de a p r e n d e r n o v o s c o n t e ú d o s (Araújo
e Oliveira, 1978, p. 25).
S e g undo R o n c a e Escobar, "os o r g a n i z a d o r e s p r é v i o s cons i s t e m
em i n f ormações a m plas e g e n é r i c a s que servirão como p onto de a n c o ­
ragem p a r a idéias m a i s e s p e c íficas" (1980, p. 92).
P a r a L a w t o n e W a n s k a (1977), m u i t a s das a p a r e n t e s contradi­
ções nos resu l t a d o s de p e s q u i s a são c o n s i s t e n t e s com o p onto de
v i s t a de que, toda a a p r e n d i z a g e m s i g n i f i c a t i v a o c orre seja como
u m r esultado de s u b s u n ç o r e s cons t r u í d o s e s p o n t a n e a m e n t e ou adqui­
rindo rele v a n t e s s u b s u n ç o r e s da a p r e n d i z a g e m de u m o r g a n i z a d o r pré
vio.
G agné a f i r m a que a a p r e s e n t a ç ã o dos o r g a n i z a d o r e s prévios
c ons t i t u i um dos m e i o s e s p e c í f i c o s v á l i d o s p a r a p r o v e r ao aluno a
c odificação, sendo e s t a " i n t e n s i f i c a d a quan d o a p r e s e n t a d a dentro
de u m conte x t o s i g n i f i c a t i v o relacionado". (1980, p. 73)
Sendo assim, n u m a aula e x p o s i t i v a parece v á l i d a a a p r e s e n t a ­
ção inicial de c o n c e i t o s b á s i c o s e p r i n c í p i o s gerais, que o r g a n i z a V
rão a n o v a i n formação m a i s específica, p o s s i b i l i t a n d o a sua inte-4?^
gr ação com os c o n h e c i m e n t o s p r é -existentes. ,
A p r e n d e r é, em grande parte c a ptar m e n s a ­
gens, enr i q u e c e r o cabedal de c o n h e c i m e n ­
tos e de informações, o qual s e r v i r á de
base p a r a a formação de n o vas atitudes e
p a r a a estr u t u r a ç ã o de n o v a s m a n e i r a s de
agir (Mello Carvalho, 1976, p. 136).

A informação pode ser o b t i d a através de outros m eios tais co


mo a leitura, rádio e televisão. A aula expositiva, todavia, possi^
b i l i t a a disseminação de i n f o rmações no m o m e n t o adeq u a d o como e c o ­
n o m i a de tempo.

b) - Quando o a s s unto p r e c i s a ser apre s e n t a d o a u m grupo e s ­


p ecífico de f o rma particular;

c) - P a r a d e s p e r t a r o interesse em relação ao assunto;

A t r avés de u m a v i s ã o geral de um d e t e r m i n a d o assunto, o p r o ­


fessor pode m o t i v a r o aluno, ou o grupo à real i z a ç ã o de estudos
m a i s aprofundados.

d) - P a r a intr o d u z i r os alunos em tarefas de apre n d i z a g e m


que serão c o m p l e m e n t a d a s com outros méto d o s de ensino;

N u m a fase inicial da aprendizagem, segundo V i l l a r i n h ó ( 1979),


a e xposição d i d a t i c a s eria util para: a defi n i ç ã o dos o b j e t i v o s , i n
t rodução do tema, v i s ã o global do assunto e a p r e s e n t a ç ã o de concei^
tos bási c o s que serão trab a l h a d o s no deco r r e r d a unidade.

e) - P a r a s i n t e t i z a r ou c o n c l u i r o d e s e n v o l v i m e n t o de u m a u-
nidade ou curso;

N a fase final, é de suma impo r t â n c i a que o p r o f e s s o r apresen


te u m a síntese em que os dive r s o s aspectos do tema a p r e s e ntam-se
integrados em um todo.

Eventualmente, quando o tempo e escasso,


ou quando h á d i f i culdade de obter-se m a t £
rial de estudo apropriado, p o d e-se r e cor­
rer à e x p o s i ç ã o ,não só p a r a i n t r o d u z i r ,in
c e n t i v a r e situar assu n t o novo, como tam­
b é m p a r a d e s e n v o l v ê - l o em seus aspectos
básicos. N e s t a ú l t i m a hipótese, trata-se
de solução precária, s u b s t i t u t i v a de m e ­
lhores p r o c e d i m e i t o s d i d á t i c o s (Carvalho,
1976, p. 136).
133

5.1.4 - D e s p e r t a r a C o n s c i ê n c i a de C o n h e c i m e n t o s e Expe r i ê n c i a s
Rele v a n t e s

A i n t rodução tem também a função de r e l a c i o n a r os conh e c i m e n


tos a n t e r i o r e s dos alunos aos tópicos a s e rem d e s e n v o l v i d o s n a li­
ção. P a r a a t i n g i r este objetivo, o p r o f e s s o r p o d e r á u t i l i z a r as s£
g u i n t e s estratégias:

- formular q u e s t õ e s sobre o con h e c i m e n t o ou expe r i ê n c i a s


dos e s t u d a n t e s rela c i o n a d o s ao cont e ú d o a ser apresentado;
- dar ou p e d i r exemplos;
- r e lembrar c o n h e c i m e n t o s ante r i o r e s dos estudantes;
- exp l i c i t a m e n t e r e l a c i o n a r o conh e c i m e n t o a n t e r i o r do e s t u ­
dante aos tópi c o s a serem apre s e n t a d o s (Ronca e Escobar,
1980).

5 . 2 - 0 CORPO DA EXPOSIÇÃO

N e s t a parte da aula expositiva, o p r o f e s s o r deve apre s e n t a r


o cont e ú d o dentro de u m a o r g a n i z a ç ã o lógica. De acordo com B u xton
(1956), "o obje t i v o da a u l a e x p o s i t i v a é sobr e t u d o c o m u n i c a ç ã o e
esta é mais e f e t i v a se h á u m a o r d e m ou seqüência". (Ap. Gage,1980,
p. 500).

5.2.1 - Formas de O r g a n i z a ç ã o da A u l a E x p o s i t i v a

Gage (1975) a p r e s e n t a as s eguintes formas do p r o f e s s o r o r g a ­


nizar a exposição, a l g u m a s delas, desc r i t a s p o r G o y e r (1966),q u a n ­
do c riou o teste de h a b i l i d a d e p a r a o r g a n i z a r idéias:

- Rela ç õ e s das p a r t e s com o todo;


- Rela ç õ e s seqüênciais;
- Encadeamento;
- R e l a ç õ e s transitivas.

a) - R e l a ç õ e s das p a r t e s com o todo;

Este tipo de o r g a n i z a ç a o e deno m i n a d o c l a s s i f i c a ç ã o hierár­


q uica (Gage, 1975). V á r i o s itens (fatos, conceitos, princípios f * r
são agru p a d o s sob um c o n c e i t o c o mum unificador. N e s t a form a g f o ex-
positor deve m o s t r a r como u m a ideia mais a m p l a c o n t é m diversas
mais específicas. U m a vez que os estu d a n t e s p e r c e b a m e s t a relação,
e mais facil p a r a eles c o m p r e e n d e r a i d éia mais geral e recordar
as mais específicas, n e l a contidas.
Segundo R onca e E s c o b a r (1980), a a r t i c u l a ç ã o das p a rtes com
o todo e das partes entre si deve ser d e s t a c a d a de m a n e i r a nítida
pelo expositor.

E s t a preo c u p a ç ã o de r e l a c i o n a r as partes
com aspe c t o s mais a m plos e g e rais permite
tanto ao e x p o s i t o r q u anto ao ouvinte si­
tuar, em qual q u e r m o m e n t o d a exposição,
dentro do todo, o p onto em que se e n c o n ­
tram e r eduzindo p r o v a v e l m e n t e m a i s a o-
c o r r e n c i a daqu e l a situa ç ã o de desamparo
diante de u m aglo m e r a d o d e s o r d e n a d o de fa
tos e minú c i a s que a linguagem, do aluno
a c e r t a damente c h a m a de "est a r p o r fora"
(1980, p. 98).

b) - R e l a ç õ e s Seqüenciais

E s t a forma de o r g a n i z a r a expo s i ç ã o é a p r e s e n t à d a p o r G o yer


(1966) e B l i g h (1972) e consiste no exame inicial de fatos que orjl
ginam ques t õ e s ou p r o b l e m a s e, como segundo passo, n a defi n i ç ã o do
problema. A seguir, são c o n s i d e r a d o s os crit é r i o s p a r a a a valiação
das soluções. Como q u a r t o passo, são a p r e s e n t a d a s as p o s s í v e i s so­
luções que são a v a l i a d a s segundo os c r itérios propostos. No final,
h á u m a tomada de d e c isão p o r u m a das soluções.
Este tipo de o r g a n i z a ç ã o da aula e x p o s i t i v a é c h a m a d a por
Bligh (1972) de " c e n t r a d a no p roblema" e, em geral, é a ltamente mo
tivadora (Gage, 1980).

c) - E n c a d e a m e n t o

E s t a f orma de o r g a n i z a r a aula e x p o s i t i v a "consiste n a iden­


tificação de u m a i d é i a central e u n i f i c a d o r a p a r a a exposição, e x ­
cluindo as idéias i n c o n s i s t e n t e s e aquelas de m e n o r importância"
(Ronca e Escobar, 1980, p. 97).
Segundo Gage, "o e x p o s i t o r i n dica o c r i t é r i o que determina
se certas idéias ou coisas p o d e m ou não ser e x c l u í d a s como parte
135

de ura argumento" (1975, p. 505). Ele deve m o s t r a r como, com a apli^


cação deste critério, a l g umas idéias são incluídas, e n q u a n t o ou­
tras são excluídas.
Os e v e ntos d e v e m ser a p r e s e n t a d o s em u m a s e q ü ê n c i a l ó gica de
c au s a - e f e i t o ou n u m a o r d e m cronológica.
As cone x õ e s entre as idéias d e vem ser clar a m e n t e demonstra
das pelo expositor.
S egu n d o Gage (1975), em m o m e n t o de lapsos de aten ç ã o de um
certo n ú m e r o de estudantes, o expo s i t o r pode f a z e r u m a r e c a p i t u l a ­
ção das idéias principais.

d) - Rela ç õ e s Tra n s i t i v a s

As relações t r a n s i t i v a s são m o t i v a d a s pelo e x p o s i t o r através


do uso de p a l a v r a s e f r ases rel a c i o n a i s c o n s t r u í d a s sob u m m o delo
de comunicação.

0 e x p o s i t o r u s a estas p a l a v r a s ou frases
p a r a p ô r a desc o b e r t o a e s t r u t u r a d a sua
orga n i z a ç ã o e l evar os e s t u d a n t e s a torna
rem-se ple n a m e n t e c o n s c i e n t e s dela. As­
sim, a r epetição de c e r t a s fras e s instrui
o e s tudante sobre as p a r t e s c o m ponentes
de u m a série. U m a frase final indi c a que
o sumário e s t á sendo dado (Gage, 1975, p.
506).

Gage (1980) i l u s t r a com o seguinte exemplo:

"0 p r o c e s s o de e n s i n a r pode ser anal i s a d o de d i f e r e n t e s f o r ­


mas. Ele pode ser a n a l i s a d o de acordo com os c o m p o n e n t e s do proces
so de aprendizagem... Ele pode ser anal i s a d o tendo em v i s t a o p l a ­
nejamento... Ele pode ser a n a l i s a d o ......
A e s c o l h a d e stas d i f e r e n t e s formas de o r g a n i z a r o conteúdo
de u m a a u l a e x p o s i t i v a vai depender, princip a l m e n t e , d a natureza
do conteúdo.

5.2.2 - R e c u r s o s p a r a M a n t e r a Aten ç ã o

A a u l a expositiva, e m b o r a b e m o r g a n i z a d a em seu conteúdo,


não a t i n g i r á os seus o b j e t i v o s se a atenção do a luno não for manti
ef
Gage (1975) sugere algumas técnicas p a r a a u x i l i a r o profes­
sor neste sentido:

a) - V a r i a r os e s tímulos

A v a riedade dos e s t í m u l o s tem e f eito m o t i v a c i o n a l . E s t a va


riação envolve aspec t o s tais como: m ú d a n ç a s no tom de voz, nos m o ­
vimentos, n a e s t r u t u r a g r amatical das frases.

b) - M u d a r os c a n a i s de c o m u nicação

U m a f o r m a de v a r i a ç ã o de estímulo a d e q u a d a a aulas expositi-


vas é o uso de- slides, gráfico, quadros, quadro-negro, retroproje-
tor e outros m e i o s a u d i o v i s u a i s p a r a c o m p l e m e n t a r a sua a p r e s e n t a ­
ção .

c) - D e m o n s t r a r entu s i a s m o

E s t u d o s e x p e r i m e n t a i s c o m p r o v a r a m claramente, que os estudan


tes apre n d e m mais em aula expositivas, q u ando a a p r e s e n t a ç ã o é di­
n â m i c a e é d e m o n s t r a d o entu s i a s m o p o r parte do professor.
N este e s t udos apre s e n t a d o s p o r Gage (1975), u m a expo s i ç ã o di^
n â m i c a foi d e f i n i d a em função de i n d icadoreç tais como inflexão de
voz, g e s t o s ,cont a t o v i sual com os alunos e anim a ç ã o p o r p arte do
expositor.
Este a utor r e l a t a um estudo de Ware (1974), em que este apre
s enta as c a r a c t e r í s t i c a s de u m expo s i t o r que d e m o n s t r a alto grau
de entusiasmo:

- e n f a t i z a o c o n t e ú d o que ele c o n s i d e r a importante, m o s t r a n ­


do a s ssim interesse em que os alunos o compreendam;

- sente-se r e s ponsável p e l a a p r e n d i z a g e m dos alunos;

- sente que é s u a atri b u i ç ã o m a n t e r a aten ç ã o dos alunos;

- e s t á i n t e r e s s a d o nos o u tros efeitos que a s u a a t e nção p o s ­


sa ter sobre os estudantes;

- e x p r e s s a h u m o r e t e n t a sempre m a n t e r a a t e nção dos alunos


através de exemplos;
n
- vê nas aulas u m a opor t u n i d a d e de e s t i m u l a r o i nteresse dos
alunos em sua d i s c i p l i n a e levá-los a b u s c a r u m a p r o f u n d a m e n t o nes
ta.

5.2.3 - F o r m u l a ç ã o de Ques t õ e s

■P a r a que as q u e s t õ e s form u l a d a s pelo e x p o s i t o r p r o m o v a m aten


ção e a p r e n d i z a g e m do aluno, estas d evem tentar o bter do a luno rejs
p o s t a s de alto nível.
B e r l i n e r (1968) f o r m u l o u as s eguintes funç õ e s das perg u n t a s
em u m a aula expositiva:

a) - Ê n fase em p a r t e s do cont e ú d o que r e q u e r e m a t e nção e s p e ­


cial .

b) - P r á t i c a - a r e s p o s t a a u m a q u e s t ã o p e r m i t e p ô r em práti_
ca os c o n h e c i m e n t o s r e c e n t e m e n t e adquiridos.

c) - A u t o - c o n s c i ê n c i a - as quest õ e s p o s s i b i l i t a m ao a luno to
m a r c o n s c i ê n c i a de p a r t e s da lição que não f oram c o mpreendidas. 0
c o n h e c i m e n t o de r e s p o s t a c o r r e t a pode serv i r de reforço, e s t i m u l a n
do o i n teresse dos alunos.

d) - A t e n ç ã o - a f o r m u l a ç ã o de questões, leva o aluno a um


m a i o r n ível de a t e n ç ã o dura n t e a exposição.

e) - D i v e r s ã o - as q u e s t õ e s p odem ser u m a f o r m a de variação


de estímulos.

f) - R e v i s ã o - as q u e s t õ e s p e r m i t e m u m a revi s ã o dos conteú


dos da lição ou dos p r é -requisitos.

g) - P a r t i c i p a ç ã o - as ques t õ e s e s t i m u l a m a p a r t i c i p a ç ã o dos
alunos (Ap. Gage, 1975).

5.3 - A C O N C L U S Ã O

A c o n c l u s ã o tem o obje t i v o de dar u m f e c h a m e n t o à expo s i ç ã o


p o d e n d o o professor:

a) - r e f o r ç a r o c o n t a t o social com os alunos, exp r e s s a n d o


p o r exem p l o o p r a z e r de ter e s tado com eles e desejando-lt^es boa
138

sorte;

b) - f o r m u l a r p e r g u n t a s aos estu d a n t e s p a r a r e v i s a r conteú­


dos ou solicita r - l h e s exemplos;

c) - resp o n d e r a p e r g u n t a s dos estudantes;

d) - e s t a b e l e c e r u m a rela ç ã o entre o c o n t e ú d o que a c a b o u de


ser exposto e idéias que já f oram a p r e s e n t a d a s a n t e r i o r m e n t e e tam
b é m com idéias que a i n d a serão apre s e n t a d a s (Ronca e Escobar,
1980).

CONCLUSÃO

0 método expositivo caracteriza-se essencialmente pela comu­


nicação verbal m a r c a n t e d a parte do p r o f e s s o r , n ã o e x c l u i n d o , n o e n ­
tanto, a p a r t i c i p a ç ã o dos alunos. E s t a apre s e n t a - s e em d i f erentes
graus, que v a r i a m desde a e x p o s i ç ã o d o g m á t i c a em que o a luno não é
chamado a participar, até a e x p o s i ç ã o dialogada, em que o aluno
questiona, é soli c i t a d o a r e s p o n d e r q u e s t õ e s e f o r m u l a suas pró
p r ias conclusões.
É u m m é t o d o adeq u a d o sobr e t u d o se o obje t i v o é t r a n s m i t i r in
formações. A l é m disso, a expo s i ç ã o d i d á t i c a é útil n a fase inicial
da aprendizagem, p a r a i n t r o d u z i r os alunos em u m n o v o tema, defi­
n i r os o b j e t i v o s e dar u m a v i s ã o global dos c o n t e ú d o s a s erem a-
prendidos. S u a v a l i d a d e é t a mbém indiscutível n a c o n c l u s ã o de uma
u n i dade ou curso, p a r a inte g r a r os d i f e r e n t e s a s p e c t o s do t e m a em
u m todo estruturado.
A p r e p a r a ç ã o de u m a a u l a e x p o s i t i v a requ e r c u i d a d o s espe­
c iais por parte do professor. Este deve d e f i n i r c l a r a m e n t e os obje
tivos e, em funç ã o destes, s e l e c i o n a r o conteúdo, leva n d o em c onta
o nível de c o n h e c i m e n t o e o g r a u de d e s e n v o l v i m e n t o m e n t a l dos alu
nos.
N a p r e p a r a ç ã o d a a u l a expositiva, o p r o f e s s o r d e v e r á tomar
d ecisões p r é v i a s a resp e i t o da u t i l i z a ç ã o dos m e i o s audiovisuais
que c o m p l e m e n t a r ã o a exposição.
0 conte ú d o d e v e r á ser p r e p a r a d o d e ntro de o r g a n i z a ç ã o lógi­
ca, aten d e n d o às f u n ções de c a d a u m a das f ases d a a u l a expositiva:

ef
139
introdução, corpo e conclusão.
P a r a m a n t e r a a t e n ç ã o durante a aula expositiva, o p r o f e s s o r
pode r a v a r i a r os estímulos, m u d a r os c a nais de c o m u n i c a ç ã o e inse­
rir questões, que servirão, também, p a r a v e r i f i c a r se a a p r e n d i z a ­
gem e s t á se realizando.
0 sucesso de u m a a u l a e x p o s i t i v a e s t á em e s t r e i t a relação
com a p e r s o n a l i d a d e do p r o f e s s o r e com q u a l i d a d e s tais como: tom
de voz, fluência, estilo, tranqüilidade, capa c i d a d e de o r g a n i z a r e
r e l a c i o n a r idéias.
0 m e t o d o e x p o s i t i v o envolve s obretudo u m p r o c e s s o de c o m u n i ­
cação, n ã o so de informações, mas tamb é m de atit u d e s e v a l o r e s em
relação a estas i n f o r m a ç õ e s e aos ouvintes. A t r a v é s da comu n i c a ç ã o
verb a l e não-verbal, o p r o f e s s o r e x p r e s s a m a i s do que cont e ú d o s
cognitivos, e x p r e s s a sentimentos, estados de e s p í r i t o e valores.
E s tes são c o m p r e e n d i d o s inc o n s c i e n t e m e n t e p e l o s ouvintes, s u rgin­
do entre o p r o f e s s o r e alunos, o que se d e n o m i n a empatia.
0 que p o d e r á o p r o f e s s o r f azer p a r a a t i n g i r este n ível de co
m u n i c a ç ã o c o m os alun o s ? P a r e c e não h a v e r recei t a s p a r a tal. No en
tanto, parece v á l i d a a a f i r m a ç ã o de que c o m u n i c a r é s o b r e t u d o ques
tão de ser: c a d a u m c o m u n i c a o que é. Se o p r o f e s s o r for seguro
quan t o ao c o n t e ú d o c o g n i t i v o de sua aula, t iver i n teresse e entu­
siasmo pelo assunto, r e s p e i t a r a ind i v i d u a l i d a d e dos seus alunos e
d ese j a r que eles a p r e n d a m realmente, sabendo situ a r - s e em seus
p o n t o s de vista, ele será u m legítimo c o m u n i c a d o r e proporcionará
0 c r e s c i m e n t o de seus alunos.

R E F E R Ê N CIAS B I B L I O G R Á F I C A S

1 AEBLI, Hans. P r á t i c a de E n s i n o . PetrópoliSi Vozes, 1970.

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