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Ela relaciona as
reações químicas entre as substâncias com as mudanças físicas que os
alimentos sofrem durante os preparos. O conhecimento básico sobre a
composição das substâncias e o comportamento das moléculas facilita a
compreensão de muitas reações que ocorrem enquanto os doces são
produzidos.
http://www2.iq.usp.br/docente/hvlinner/coloides.pdf
Emulsão
Fonte: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
14282015000700002&fbclid=IwAR0tiWrcFCIExCJ0dmvkNOFnab4Go9WwYhFr92dxz5
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O leite é um exemplo clássico de emulsão estável que se encontra homogênea
macroscopicamente por conta da presença de lecitina na gordura do leite, e
quando observada pelo microscópio notam-se diversas partículas dispersas
(lipídeos e caseínas que não possuem afinidade com as moléculas de água).
Assim como o leite e a manteiga que contém as mesmas substâncias em sua
composição com concentrações maiores de gordura e são produtos muito
usados no preparo de massas na confeitaria.
Gota de leite vista no microscópio com imagem ampliada até 50.000 vezes.
http://www.scielo.br/pdf/cr/v44n3/a8114cr2013-0070.pdf
Atuando como estabilizante de emulsão entre óleo e água, o que impede que
essas misturas de densidades tão diferentes se separem. Nos bolos
amanteigados a lecitina da gema ajuda a formar a emulsão da mistura da
manteiga com o líquido contido nos ingredientes.
Propriedades espumantes:
Espumas são sistemas onde os gases estão dispersos em numa fase líquida,
formando bolhas de ar. Sabemos que a clara possui uma capacidade de
formação de espuma muito maior do que a gema. Portanto as propriedades
espumantes das claras são muito exploradas na confeitaria; como no preparo
de bolos e merengues.
Desnaturação:
Coagulação ou gelificação:
A proteína no seu estado coloidal (aberta) passa para estado sólido (estrutura
de rede) após o aquecimento, perdendo a solubilidade.
As proteínas dos ovos puras (se não estiverem misturadas a outras
substâncias) coagulam a uma temperatura média de 62°C a 68°C (clara e gema
coagulam em temperaturas diferentes).
Açúcar
-sabor (adoçar)
-textura (na massa de bolo produz maciez e nas massas secas, produz
crocância)
-coloração (caramelização e reação de Maillard)
-conservação (diminui a atividade de água livre devido à capacidade
higroscópica do açúcar)
-umidade (o açúcar se dissolve nos líquidos , retendo a água e umedecendo o
produto)
Capacidade higroscópica: os cristais de açúcar atraem e absorvem água
facilmente, trazendo umidade e maciez para a massa dos bolos (massas que
contém muito líquido), já que prendem a água na massa.
Já nas massas secas o açúcar não encontra água em quantidade suficiente
para trazer umidade até porque o pouco que existe evapora na cocção, pelo
contrário, o açúcar derrete durante a cocção, forma um caramelo que endurece
depois de frio. Ajudando na textura crocante da massa.
-Reação de maillard
http://editorarealize.com.br/revistas/conapesc/trabalhos/TRABALHO_EV070_M
D1_SA2 0_ID340_12032017211336.pdf
Resumo da descrição da reação de maillard:
Fonte:
http://pronatec.ifpr.edu.br/wpcontent/uploads/2013/06/Quimica_de_Alimentos.p
df
Caramelização:
Principais funções:
-Hidratação
-Sabor
Farinha de trigo
http://pronatec.ifpr.edu.br/wp-
content/uploads/2013/06/Quimica_de_Alimentos.pdf
Figura: proteínas formadoras da rede de glúten presentes na farinha de trigo
O óleo vegetal é utilizado para massas de bolo produzidas pelo método direto
ou combinado (método simples de mistura manual dos ingredientes). Uma
característica especial de bolos produzidos com óleo é apresentarem umidade
independente da temperatura de serviço, devido ao fato do óleo se manter
líquido em qualquer temperatura. Porém o sabor neutro desse tipo de óleo não
agrega sabor à massa.
-Hidratação
-Textura
-Sabor
-Hidratação
-Textura
Fermento químico
Compreendendo as formulações
Ingredientes:
1-Bata o açúcar com a manteiga (com textura macia, porém ainda firme) até
formar uma mistura branca e aerada. (Método cremoso).
*Durante o batimento, açúcar se dissolve parcialmente na água da manteiga que
se torna mais leve e clara, aumentando de volume, retendo ar e ajudando na
leveza e expansão da massa.
Pão de ló
Ingredientes:
1-Bata os ovos com o açúcar na batedeira com batedor globo até triplicar de
volume.
* Os ovos atuam como agente expansor quando são batidos, processo no qual
as suas proteínas desnaturam, mudando de estado líquido para semissólido.
Ocorre a formação de bolhas de ar enquanto o açúcar se dissolve na água
contida no ovo fortalecendo a espuma formada e proporcionando maior
estabilidade.
Massas secas
Das massas do tipo sablée, embora cada uma tenha uma textura própria, as
diferenças estão principalmente nas proporções dos ingredientes (gordura,
farinha e açúcar), na presença ou não de ovo e açúcar e nos métodos de
preparo. O método arenoso para o preparo dessas massas pode ser feito
manualmente como descrito abaixo ou podem ser produzidas no processador
ou na batedeira utilizando o batedor raquete, apenas batendo todos os
ingredientes juntos até formar uma massa homogênea. As massas sablées
podem ser armazenadas na geladeira por até 5 dias ou no congelador por até
um mês; sempre bem embaladas para não desidratarem (ressecar).
Em tortas da confeitaria clássica esta massa costuma ser utilizada para ser
assada juntamente com um recheio, que pode ser um creme de amêndoas ou
frangipane ou um creme de confeiteiro (como no flan parisien), por exemplo.
Ou pode ser assada com um peso (como grãos de feijão) no espaço interno da
forma ou aro revestidos com a massa crua e congelada.
Como normalmente não contém açúcar nem ovo (se estiver presente, é
apenas uma quantidade muito pequena), sem um conteúdo no interior da torta,
as laterais podem desmoronar durante a cocção, considerando uma forma ou
aro forradas no fundo e laterais com a massa.
Lembrando dos ingredientes que possuem a função de estruturar a massa; o
açúcar caramelizaria no forno e as proteínas dos ovos gelatinizariam
proporcionando estrutura; como não estão presentes ou em pequena
quantidade, a estrutura é diferente, mais frágil e quebradiça.
Massa brisée
Ingredientes:
-Misture com a ponta dos dedos a farinha de trigo, o sal e o açúcar com toda a
manteiga em pedaços. Trabalhe até obter uma textura de “farofa” ou “areia”
(método sablage, arenoso em francês).
*O objetivo deste método de mistura é envolver os grãos de farinha com a
gordura da manteiga para que não sejam integralmente hidratados pelos
líquidos da receita (já que gordura e água não interagem facilmente) e assim,
desenvolva menos glúten, formando uma massa mais quebradiça depois de
assada.
-Corte a massa com cortadores, modele como desejar (em formas, aros ou
maneira livre) e disponha sobre uma assadeira forrada com papel manteiga ou
tapete de silicone. Leve a massa já modelada para o freezer, para congelar. E
asse em forno pré-aquecido com temperatura média para alta (forno elétrico
165°C e forno doméstico 180°C) entre 10 a 15 minutos. Esta massa não chega
a adquirir coloração dourada por conter pouco açúcar e não conter gema de
ovo. Existem receitas de massas brisées que contém gema, ficam um pouco
mais estruturadas e douradas.
*A massa não deve entrar no forno com uma temperatura acima de 16°C e o
forno não pode estar com uma temperatura baixa, estes cuidados são
necessários para que a manteiga não comece a derreter logo no início da
cocção. Se a massa não chegar congelada e/ou o forno estiver com temperatura
muito baixa, a manteiga logo derrete e a massa perde o formato modelado.
Durante o processo de cocção, o amido da farinha de trigo parcialmente
hidratado gelatiniza, as proteínas do glúten coagulam, e a maior parte da água
da massa evapora.
Importante saber que não se deve manipular a massa ainda quente quando sai
do forno, pois pode quebrar. À medida que esfria, mais água evapora, o (pouco)
açúcar caramelizado endurece e a manteiga se solidifica, ganhando estrutura.
Massa sablée
Ingredientes
-Misture com a ponta dos dedos a farinha de trigo, o sal e o açúcar com toda a
manteiga em pedaços. Trabalhe até obter uma textura de “farofa” ou “areia”
(método sablage, arenoso em francês).
*O objetivo deste método de mistura é envolver os grãos de farinha com a
gordura da manteiga para que não seja integralmente hidratada pelos líquidos
da receita (já que gordura e água não interagem facilmente) e assim, desenvolva
menos glúten, formando uma massa mais quebradiça depois de assada.
-Corte a massa com cortadores e modele como desejar (em formas, aros ou de
maneira livre) e disponha sobre uma assadeira forrada com papel manteiga ou tapete
de silicone. Leve a massa já modelada para o freezer para congelar. Se for modelada
em aros para tortas grandes ou tartelettes, fure um pouco a base com um garfo. E
asse em forno pré-aquecido com temperatura média para alta (forno elétrico 165°C e
forno doméstico 180°C) até dourar (normalmente não ultrapassa 15 minutos).
*A massa deve entrar no forno congelada e o forno não pode estar com uma
temperatura baixa, estes cuidados são necessários para que a manteiga não
comece a derreter na massa. Se a massa não estiver fria o suficiente e/ou o
forno estiver com temperatura muito baixa, a manteiga logo derrete no início da
cocção e a massa perde o formato modelado.
Durante o processo de cocção, o amido da farinha de trigo parcialmente
hidratado gelatiniza, as proteínas do glúten coagulam, assim como as proteínas
dos ovos e a maior parte da (pouca) água da massa evapora.
Importante saber que não se deve manipular a massa ainda quente quando sai
do forno, pois pode quebrar. A medida que esfria, o restante da água evapora, o
açúcar caramelizado endurece e a manteiga se solidifica, ganhando uma
estrutura firme.
OBS: Para fazer essa massa sabor chocolate substitua 17% da farinha de trigo
da receita por cacau em pó 100%. Exemplo: nesta receita você vai utilizar 83g de
farinha de trigo e 17g de cacau em pó.
Para enriquecer o sabor da massa com farinha de amêndoas, substitua 17% da
farinha de trigo da receita por farinha de amêndoas. Exemplo: nesta receita
você vai utilizar 83g de farinha de trigo e 17g farinha de amêndoas.
A palavra “choux” significa repolho em francês e foi dada a essa massa por
causa da forma irregular que apresentava depois de assada (antigamente).
Hoje em dia, conhecemos uma melhor forma de assar (temperatura mais baixa
do forno) e /ou assar a massa gelada para que ela cresça gradualmente e o
formato seja definido de maneira mais regular possível, preservando as
caraterísticas da estrutura da massa assada: dourada, seca e oca por dentro.
Esta massa é cozida em dois estágios: na panela antes de acrescentar os
ovos, e depois de pronta quando assada no forno. Ela é usada em inúmeras
preparações clássicas da confeitaria, como o paris brest, o saint honoré,
carolinas e éclairs, por exemplo.
Ingredientes:
1-Em uma panela coloque o leite, a água, a manteiga, o açúcar e o sal. Aqueça
até começar a ferver. Retire do fogo, acrescente toda a farinha de uma vez
(previamente peneirada) enquanto misture vigorosamente até formar uma
massa homogênea, volte para o fogo (baixo) e misture por aproximadamente 2
minutos.
*Importante esperar o início da fervura dos líquidos para que atinjam uma
temperatura alta o suficiente para (pré) cozinhar rapidamente do amido da
farinha de trigo. Não se deve deixar o líquido ferver por um tempo antes de
colocar a farinha para que não evapore muita água. Neste momento, quando se
adiciona a farinha de trigo no líquido quente e cozinha-se rapidamente, o amido
da farinha de trigo é hidratado e parcialmente gelatinizado e parte da água da
massa evapora (desidratação parcial da massa).
Dicas: para a superfície da massa não rachar no forno pode-se usar o vapor
do forno o início da cocção ou passar óleo de coco ou azeite na superfície para
hidratar.
Usar o recurso de colocar finas plaquinhas de massa craquelin (receita abaixo)
no topo, ajuda a manter o formato da choux mais regular enquanto cresce no
forno.
Para um crescimento mais controlado e regular, alguns chefs assam a choux
gelada ou até congelada e com óleo na superfície. Porém dessa forma é
necessário aumentar a temperatura do forno (acima de 165ºC, deve-se fazer
um teste no forno que for utilizado).
Ingredientes
Método de preparo:
OBS: Para fazer a massa com cor marrom, substituir o açúcar refinado por
açúcar mascavo.
Para fazer de chocolate, substituir 15% da farinha de trigo da receita por cacau
em pó.
Para fazer essa massinha colorida, misturar corante lipossolúvel em pó
peneirado na manteiga em ponto pomada, levar para gelar até firmar e utilizar
no preparo da massa.
Massa folhada
Pontos de controle
(Todas as condições que influenciam no resultado)
-Temperatura ambiente (20ºC). Se estiver menos fria pode fazer com que a
manteiga amoleça e inviabilize a laminação.
-Temperatura da massa base (5ºC). Se estiver menos fria pode não segurar a
temperatura da manteiga. Assim que estiver pronta, a massa base deve
descansar na geladeira por no mínimo 2 horas sendo 12 horas o ideal (para
hidratar a farinha de trigo e relaxar o glúten).
- Manter a massa sempre gelada e com a textura correta (14ºC) para que as
camadas fiquem bem definidas durante a abertura das dobras. O processo
clássico de abertura da massa, dobra e resfriamento se repete por 3 vezes,
sendo feitas duas dobras por vez. Totalizando 6 dobras no total.
obs: caso utilize manteiga com sal, deve-se acrescentar 2% de sal na massa
base (4g de sal refinado para esta receita)
Método de preparo :
3- Iniciando a laminação:
- Coloque forminhas em volta (aprox. 3cm) para criar uma barreira para o
peso que irá ser utilizado sobre a massa.
Possíveis alterações:
2- Pode testar assar a massa sem nenhum peso sobreposto como alguns chefs
fazem. O resultado será uma massa muito alta, porém com a laminação mais
irregular, pois o ar entra em maior quantidade em partes diferentes (como se
fossem bolhas de ar por dentro). Para utilizar a massa folhada assada desta
forma, pode-se destacar camadas com as mãos e montar um mil folhas rústico
ou outro doce que desejar.
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Referências
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2676985/mod_resource/content/4/24%
2003%202017%20FUN%C3%87%C3%83O%20DOS%20ALIMENTOS.pdf
https://revista-fi.com.br/artigos/ingredientes-funcionais/funcionalidade-do-
acucar-em-bolos
http://pronatec.ifpr.edu.br/wp-
content/uploads/2013/06/Quimica_de_Alimentos.pdf