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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

1. Legislação Tributária
a. Compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os
decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em
parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes;
2. Definição de Tributos
a. toda prestação pecuniária compulsória, em moeda, ou cujo valor
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada;
3. Espécies de Tributos
a. Impostos
i. Obrigação não vinculada a qualquer prestação de serviços ou
investimentos por parte do Estado;
b. Taxas
i. Obrigação oriunda da utilização de uma prestação de
serviços específico e divisível;
c. Contribuição de melhoria
i. Oriunda do benefício gerado pela realização de obras
públicas;
d. Contribuições especiais
e. Empréstimo compulsório
i. Atender despesas extraordinária, calamidade pública, guerra
e investimento urgente relevante;
4. Contribuições sociais
a. Objetivo de financiar a Seguridade Social;
b. Características de tributos;
c. Exemplos:
i. Contribuição Previdenciária;
ii. Contribuição para o PIS/PASEP;
iii. CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido;
iv. COFINS – Contribuição para o Fundo de Investimento
Social;
5. Impostos Federais
a. importação de produtos estrangeiros (II);
b. exportação de produtos nacionais ou nacionalizados (IE);
c. rendas e proventos de qualquer natureza (IRPJ e IRPF);
d. produtos industrializados (IPI);
e. operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativos a títulos ou
valores imobiliários (IOC e IOF);
f. propriedade territorial rural (ITR);
g. grandes fortunas;
6. Impostos Estaduais
a. transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens e direitos
(ITCMD);
b. propriedade de veículos automotores (IPVA);
c. operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações
de serviços de transporte (ICMS);
7. Impostos Municipais
a. serviços de qualquer natureza (ISSQN);
b. propriedade territorial urbana (IPTU);
c. transmissão inter vivos, por ato oneroso, de bens imóveis e de
direitos reais sobre imóveis (ITBI);
8. Princípios Constitucionais
a. Legalidade
i. é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o
estabeleça;
b. Isonomia Tributária
i. instituir tratamento desigual entre contribuintes que se
encontrem em situação equivalente, proibida qualquer
distinção em razão de ocupação profissional ou função por
eles exercida, independentemente da denominação jurídica
dos rendimentos, títulos ou direitos;
c. Irretroatividade
i. não é permitido cobrar tributos em relação a fatos geradores
ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver
instituído ou aumentado;
d. Anterioridade
i. não é devida a cobrança de tributos no mesmo exercício
financeiro em que haja sido publicada a lei que os institui ou
aumentou;
ii. não é permitido cobrar tributos antes de decorridos noventa
dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu
ou aumentou;
iii. alteração no prazo de recolhimento de obrigação tributária
não se sujeita ao princípio da anterioridade;
e. Competência
i. É vedado à União instituir isenções de tributos da
competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios;
f. Uniformidade Geográfica
i. É vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em
todo o território nacional ou que implique distinção ou
preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a
Município, em detrimento de outro;
g. Não-discriminação Geográfica
i. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de
qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino;
h. Capacidade Contributiva
i. Sempre que possível os impostos terão caráter pessoal e
serão graduados segundo a capacidade econômica do
contribuinte;
i. Autoridade Tributária
i. facultado à administração tributária, especialmente para
conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados
os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte;
9. Elementos Fundamentais do Tributo
a. Obrigação tributária
i. é a relação de Direito Público na qual o Estado (sujeito
ativo) pode exigir do contribuinte (sujeito passivo) uma
prestação (objeto) nos termos e nas condições descritos na
lei (fato gerador);
ii. Fato Gerador
1. Situação (fato) que gera a obrigação de pagar
determinado tributo;
2. a natureza jurídica do tributo é determinada pelo fato
gerador da respectiva obrigação;
b. Contribuinte (sujeito passivo)
i. Mantém relação direta e pessoal com a ocorrência do Fato
Gerador;
c. Responsável
i. Obrigado ao recolhimento do tributo por determinação legal;
d. Base de Cálculo
i. Valor utilizado para aplicação da alíquota (%) visando apurar
o tributo a ser recolhido;
e. Alíquota
i. Percentual incidente sobre a Base de Cálculo visando apurar
o tributo a ser recolhido pelo contribuinte ou responsável;
10.Imunidades Constitucionais
a. é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios instituir impostos sobre:
b. Imunidades genéricas, sendo elas:
i. patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
ii. templos de qualquer culto;
iii. patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos;
iv. livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua
impressão;
v. Fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no
Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores
brasileiros;
vi. São consideradas genéricas porque dirigem vedações às
pessoas políticas;
11. Isenção e Não Incidência Tributária
a. Concessão legal visando dispensar o cumprimento da obrigação de
pagamento de determinado tributo;

Classificação dos Tributos

1. Diretos
a. numa só pessoa reúnem-se as condições de contribuinte
i. responsável pelo cumprimento de todas as obrigações
tributárias previstas na legislação;
b. não se ressarce cobrando de terceiros
2. Indiretos
a. na relação jurídico-tributária que se estabelece entre o Estado e o
sujeito passivo, este paga o tributo correspondente e se ressarce
cobrando de terceiro através da inclusão do imposto no preço
3. Reais
a. não levam em consideração as condições do contribuinte,
indicando igualmente a todas as pessoas;
b. Exemplo: IPTU
4. Pessoais
a. que estabelecem diferenças tributárias em função das condições
próprias do contribuinte;
b. Exemplo: Imposto de Renda das Pessoas Físicas e Pessoas
Jurídicas
5. Proporcionais
a. estabelecidos em percentagem única incidente sobre o valor da
matéria tributável;
b. Exemplo: ITBI
6. Progressivos
a. alíquotas são fixadas em percentagens variáveis e crescentes;
b. Exemplo: Imposto de Renda - Pessoa Física
7. Fixos
a. o valor do imposto é determinado em garantia certa, independendo
de cálculo;
b. Exemplo: ISS - enquadramento por estimativa anual
8. Fiscais
a. criado para arrecadar recursos a pessoa jurídica de direito público
interno, para que possa cobrir seus gastos;
9. Parafiscais
a. cobrada por autarquia, órgãos paraestatias, profissionais ou sociais,
para custear seu financiamento autônomo;
b. Exemplo: taxa anual do CRC, CREA
10. Extrafiscais
a. não visa só a arrecadação, mas também, corrigir anomalias;
b. Exemplo: Imposto de Exportação

Imposto

1. Por fora
a. não faz parte da sua própria base de cálculo e é adicionado(a) ao
preço da mercadoria ou serviço
b. calcula-se: Valor do imposto = (Preço de custo+lucro desejável) x
Alíquota → Preço final = Preço de custo + lucro desejável + valor
do imposto
2. Por dentro
a. faz parte da sua própria base de cálculo e está incluído(a) no preço
da mercadoria ou serviço
b. calcula-se: Valor 1 = (preço de custo + lucro desejável) x alíquota
→ Valor 1 x Alíquota = valor do imposto → Gera-se um lucro
menor do que o desejado
3. Não cumulatividade
a. permite ao contribuinte, fornecedor de mercadorias ou serviços,
descontar do tributo apurado (débito) o valor do tributo pago
(crédito) quando da aquisição das mercadorias para revenda ou de
insumos para o processo de produção ou custeio dos serviços
prestados

Imposto sobre produtos industrializados

1. Competência da União
2. INDIRETO e POR FORA
3. Regido pelos princípios da Não-cumulatividade e Seletividade
4. Campo de incidência
a. produtos industrializados constantes na Tabela de Incidência do IPI
5. Fato gerador
a. Saídas de produtos industrializados de estabelecimentos industriais
ou equiparados
b. Desembaraço Aduaneiro de produtos importados
6. Contribuintes
a. Estabelecimento que executa a industrialização
b. Importadores, exceto varejistas
c. Filiais de indústrias quando da venda dos produtos
d. Comerciantes equiparados
7. Não se considera industrialização
a. Preparo de alimentos para venda direta ao consumidor
b. Preparo de refrigerantes em bares e restaurantes
c. Confecção de artesanato
d. Manipulação de medicamentos
e. Confecção de roupas sob encomenda
f. Montagem de óculos
8. Imunidade e isenções (RIPI)
a. Livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão
b. Produtos destinados ao exterior
c. Ouro como ativo financeiro
d. Derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País
e. Amostras grátis
f. Aeronaves de uso militar e suas peças vendidas à União
g. Caixões funerários
9. Base de cálculo
a. Produto nacional
i. Valor da operação na saída do estabelecimento
b. Produto importado
i. Base de cálculo dos tributos de importação acrescida dos
tributos e encargos pagos pelo importador
10. Alíquotas
a. Diversificadas e variáveis de acordo com a essencialidade do
produto
b. Discriminadas na TIPI
c. Princípio da Anterioridade não se aplica ao IPI
11. Apuração mensal
12. Recolhimento até o 25º dia do mês subsequente

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