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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIRB – CAMPUS SALVADOR

CURSO DE BACHARELADO EM FONOAUDIOLOGIA


DISCIPLINA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM MOTRICIDADE
OROFACIAL
DOCENTE: CRISLAINE BERNARDINO
DISCENTE: SABRINA BRANDÃO SANTOS

ESTUDO DE CASO

CASO 1. Paciente sexo masculino, 65 anos, procura unidade de pronto


atendimento devido “dificuldades para deglutir”, refere “sensação de alimento
parado na garganta”, com piora gradual, sic. O mesmo refere que sintomas
surgiram aproximadamente 6 meses e inicialmente se alimentava de sólidos
com auxílio de água, entretanto nos últimos 2 meses cursa com piora do
quadro, apresentando queixa de tosse e engasgos associados a ingesta de
líquido, bem como perda ponderal de peso. Paciente nega comorbidades
prévias, porém refere contaminação pela doença de chagas concomitante ao
surgimento dos sintomas.

1. Qual diagnóstico mais provável?


Disfagia que é a dificuldade de deglutir alimentos e líquidos, o que dá a
percepção de alimento “preso” na garganta. Existem dois tipos: Disfagia
esofágica e Disfagia orofaríngea. A disfagia esofágica é a que causa a
sensação de alimento e líquido parado na garganta, causando dor, desconforto
e engasgos.
Em relação a contaminação pela doença de Chagas deve ser investigada pois
ela causa alterações no esôfago levando a disfagia e se agravando com o
passar dos anos.
2. Quais exames mais adequados para melhor investigação?
Exame de sangue para confirmar o diagnostico da doença de Chagas,
Avaliação clínica para diagnosticar alterações das fases oral e faríngea da
deglutição(anamnese)
3. Qual diagnóstico diferencial?
Os sintomas do paciente indicam alterações causadas pela doença de Chagas,
que é uma doença multissistêmica e que causa alterações cardíacas e
digestivas que envolvem o esôfago e cólon. O envolvimento com o esôfago
causa dificuldades na deglutição fazendo com que o paciente precise do auxílio
de líquidos para a ingestão de sólidos e de múltiplas deglutições para a
ingestão do bolo alimentar. Com o tempo progride lentamente até a ingestão de
líquidos. E para a precisão da disfagia é necessária uma avaliação
fonoaudiológica.
4. Qual conduta fonoaudiológica mais apropriada?
Aplicação do protocolo PARD (Protocolo Fonoaudiológico de Avaliação do
Risco para a Disfagia) que constituído por três partes: teste de deglutição da
água, teste de deglutição de alimentos pastosos, classificação do grau de
disfagia e condutas. Terapia fonoaudiológica a partir da classificação da
disfagia, podendo ser direta ou indireta. Alimentação assistida pelo
fonoaudiólogo para definir a consistência.

CASO 2. Paciente sexo feminino, 85 anos, deu entrada no Hospital Municipal


de Salvador com queixa de desvio de comissura labial, compreensão dos
comandos alteradas, apresentando alteração de fala e tosse sistemática a
ingesta de líquidos, com escape anterior de saliva. Com hipótese diagnóstica
de Acidente Vascular cerebral em região de Tronco encefálico.

1. Quais diagnósticos fonoaudiológicos?


Por consequência do AVC paciente está com uma possível paralisia facial no
lado contrário ao acidente nos três terços da face, tônus e força
comprometidos, assimetria facial, dificuldade de se comunicar, hiperacusia.
2. Descreva os sintomas que mais chamaram sua atenção, justifique.
A compreensão dos comandos alteradas, realizei uma pesquisa para saber
melhor a definição. A afasia é disfunção de linguagem que pode envolver
deficiência na compreensão ou expressão de palavras. O diagnóstico é clínico
incluindo geralmente testes neuropsicológicos com imagem do encéfalo.
Esse sintoma me chamou a atenção pelo fato de não conhecer esse sintoma
causado pelo AVC e por ver em pesquisa que o fonoaudiólogo pode promover
a recuperação do paciente.
3. Qual conduta fonoaudiológica mais apropriada?
Em terapia com objetivo de reabilitar o tônus muscular, mímicas faciais, terapia
passiva e ativa em casa, tátio térmica gustativa, uso de eletrodos e de knesio
tape, e estimulação pragmática.
REFERÊNCIAS:
Levy ds, cristovão pw, gabbi s. protocolo do estudo dinâmico da deglutição por
videofluoroscopia. in: jacobi js, levy ds, silva lmc. disfagia: avaliação e tratamento. rio
de janeiro: revinter; c2003. p. 134-52.
https://www.scielo.br/j/rsbf/a/ZrMvnV6WNcQMN5gzpQs6D9s/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/rsbf/a/sFTJfXjKkqrtYjSKzDzgyDd/?format=pdf&lang=pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-neurol
%C3%B3gicos/fun%C3%A7%C3%A3o-e-disfun%C3%A7%C3%A3o-dos-lobos-
cerebrais/afasia

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