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Gabrielly Santana Carvalho

Medicina Uniceplac - Turma XLI

Proliferação Celular - TBL 1

Melanoma e a estrutura do
código genético
1. Reconhecer a estrutura e função da molécula de ● Os nucleotídeos são compostos de uma base
DNA contendo nitrogênio e um açúcar com 5 carbonos,
Estrutura e função do DNA ao qual se ligam um ou mais grupos fosfatos;
● A informação genética consiste, principalmente, em ● Nucleotídeo = açúcar-fosfato + base
instruções para a produção de proteínas → as ● Nos casos dos nucleotídeos do DNA, o açúcar é
proteínas desempenham a maioria das funções uma desoxirribose e a base pode ser adenina (A),
celulares; citosina (C), guanina (G) ou timina (T);
○ Atuam como unidades básicas de construção ● Os nucleotídeos são unidos covalentemente em
para as estruturas celulares; formam enzimas uma cadeira por meio dos açúcares e fosfatos, os
que catalisam as reações químicas, regulam a quais formam uma cadeia principal com açúcares e
atividade dos genes e permitem que as células fosfatos alternados;
se movam e se comuniquem umas com as ● Cada fita polinucleotídica do DNA pode ser
outras; comparada com um colar: uma cadeia principal de
● Descobriu-se que o DNA é o portador dessa açúcar e fosfato, com 4 tipos de contas diferentes
informação genética; (as 4 bases A, C, G e T) → são somente as bases
● Antes de entender a estrutura do DNA, os biólogos que diferem nas 4 subunidades nucleotídicas;
perceberam que as características hereditárias e os
genes que as determinam estão associados aos
cromossomos;
● Os cromossomos foram descobertos no século XIX,
como estruturas em forma de cordão, no núcleo das
células eucarióticas, que se tornavam visíveis
quando as células começavam a se dividir;
● Descobriram que os cromossomos continham o
DNA e proteínas;
● O DNA foi examinado pela técnica de difração de
raios X → os resultados indicaram que o DNA é
composto por duas fitas enroladas em uma hélice;
○ DNA é de fita dupla;

Características gerais e classificação das


micoses
● A molécula do ácido desoxirribonucleico (DNA)
consiste em 2 longas cadeias polinucleotídicas;
● Cada cadeia ou fita é composta de 4 tipos de
subunidades nucleotídicas → as duas fitas são
unidas por ligações de hidrogênio entre as bases
dos nucleotídeos;
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principais de açúcar-fosfato a uma distância igual
entre elas ao longo da molécula de DNA;
● Os membros de cada par de bases podem encaixar
perfeitamente na dupla hélice, porque as duas
hélices são antiparalelas, isto é, elas são orientadas
com polaridades opostas;
● As duas cadeias principais açúcar-fosfato
antiparalelas se torcem ao redor uma da outra para
formar uma dupla hélice contendo 10 bases por
volta;
● Essa torção também contribui para a conformação
energeticamente favorável da dupla-hélice de DNA;
● Uma consequência desses requisitos para o
pareamento das bases é que cada dupla-hélice de
DNA contém uma sequência de nucleotídeos que é
exatamente complementar à sequência nucleotídica
da fita antiparalela;
● Um A sempre pareia com um T na fita oposta, e um
C sempre pareia com um G na fita oposta;
● A forma pela qual as subunidades nucleotídicas são
● Essa complementaridade é de crucial importância
ligadas fornece à fita de DNA uma polaridade
para a cópia e o reparo do DNA;
química;
● São formadas 2 ligações de hidrogênio entre A e T
● É como se cada nucleotídeo possuísse uma
e 3 ligações entre C e G;
protuberância (o fosfato) e uma depressão → cada
fita completa formada pelo encaixe de
protuberâncias e depressões terá todas as suas
subunidades alinhadas e na mesma orientação;
● Além disso, as duas extremidades da fita são
facilmente distinguíveis, pois uma possui a
depressão (hidroxila 3’) e a outra, a protuberância
(fosfato 5’);
○ Essa polaridade da fita de DNA é indicada
como extremidade 3’ e extremidade 5’,
respectivamente;
● As duas fitas polinucleotídicas da dupla-hélice de
DNA são unidas por ligações de hidrogênio entre as
bases das diferentes fitas;
● Todas as bases estão, portanto, no interior da dupla
hélice, com a cadeia principal de açúcares e
fosfatos voltada para o exterior;
● Entretanto, as bases não pareiam ao acaso: A
sempre pareia com T, e C sempre pareia com G;
● Em cada caso, uma base maior formada por dois
anéis (uma purina) pareia com uma base de um
único anel (uma pirimidina);
● Esses pares de purina-pirimidina são denominadas
pares de bases, e essa complementaridade do Estrutura do DNA fornece um mecanismo para a
pareamento de bases permite que esses pares de hereditariedade
bases sejam compactados em um arranjo mais ● Como a informação para especificar um organismo
favorável energeticamente no interior da pode ser carreada sob a forma química, e como a
dupla-hélice; informação pode ser copiada com precisão?
○ Essa complementaridade do pareamento de ● A informação é codificada na ordem, ou sequência,
bases permite que esses pares de bases sejam dos nucleotídeos ao longo de cada fita de DNA;
compactados em um arranjo mais favorável ● Cada base, A, C, T ou G, pode ser considerada
energeticamente no interior da dupla-hélice; como uma letra em um alfabeto de 4 letras que é
● Nesse arranjo, cada par de bases possui uma usado para escrever mensagens biológicas;
largura semelhante, assim mantendo as cadeias
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● Os organismos diferem uns dos outros porque as ● A maioria das mutações não afeta o organismo de
suas respectivas moléculas de DNA possuem forma perceptível, mas algumas podem ter
diferentes sequências nucleotídicas e, consequências profundas;
consequentemente, diferentes mensagens ● Ocasionalmente, essas mudanças podem beneficiar
biológicas; o organismo → ex: mutações podem tornar as
● Os genes contêm as instruções para a produção de bactérias resistentes a um antibiótico;
proteínas. Assim, as mensagens do DNA devem ser ● Além disso, mudanças na sequência de DNA
capazes de codificar proteínas; podem gerar pequenas variações, que são a base
● A função de uma proteína é determinada por sua das diferenças entre indivíduos da mesma espécie;
estrutura tridimensional, e essa estrutura, por sua ● Quando acumuladas ao longo de milhões de anos,
vez, é determinada pela sequência de aminoácidos essas mudanças fornecem variedade no material
de sua cadeia polipeptídica; genético que torna cada espécie diferente das
● A sequência linear de aminoácidos em um gene outras;
deve, portanto, ser capaz de ditar a sequência de ● Entretanto, as mutações têm uma probabilidade
aminoácidos da proteína; muito maior de serem prejudiciais do que benéficas;
● A correspondência exata entre o alfabeto de 4 letras ○ Em humanos, elas são responsáveis por
de nucleotídeos do DNA e as 20 letras do alfabeto milhares de doenças genéticas, incluindo o
de aminoácidos das proteínas - código genético - câncer;
não é óbvia a partir da estrutura da molécula de ● Portanto, a sobrevivência de uma célula ou
DNA, e levou mais de uma década após a organismo, depende de se manter as mudanças no
descoberta da dupla-hélice para que ela fosse seu DNA em um mínimo;
estabelecida; ● Na ausência das máquinas proteicas que
● Expressão gênica: processo pelo qual a sequência continuamente monitoram e reparam danos no
de nucleotídeos de um gene é transcrita em uma DNA, é questionável se a vida poderia existir de
sequência de nucleotídeos de uma molécula de algum modo;
RNA, que, na maioria dos casos, é então traduzida
em uma sequência de aminoácidos de uma Replicação do DNA
proteína; ● A cada divisão celular, uma célula deve copiar seu
● A quantidade de informação no DNA de um genoma com extrema precisão;
organismo é surpreendente; ● Como cada fita de uma dupla-hélice de DNA
contém uma sequência de nucleotídeos que é
2. Identificar os diferentes componentes do exatamente complementar à sequência de
processo de replicação de DNA nucleotídeos da sua fita parceira;
3. Explicar a lógica da replicação do DNA com ● Cada fita, portanto, pode servir como um molde
base em sua estrutura para a síntese de uma nova fita complementar;
Replicação do DNA ○ Por exemplo, se designarmos as duas fitas de
● A capacidade de uma célula sobreviver e proliferar DNA como S e S’, a fita S pode servir como um
em um ambiente caótico depende da duplicação molde para fazer uma nova fita S’, enquanto a
precisa da vasta quantidade de informação genética fita S’ pode servir como um molde para fazer
transportada no seu DNA; uma nova fita S;
● Esse processo de duplicação, denominado ● Portanto, para que a informação genética do DNA
replicação do DNA, deve ocorrer antes que uma possa ser copiada com precisão a fita S deve se
célula possa se dividir para produzir duas separar da fita S’, e cada fita separada serve como
células-filhas geneticamente idênticas; um molde para a produção de uma nova fita
● Para manter a ordem em uma célula são também parceira complementar idêntica à sua parceira
necessários vigilância e reparo continuados da sua anterior;
informação genética, pois o DNA está sujeito a ● A capacidade de cada fita de agir como molde para
danos inevitáveis por agentes químicos e radiação produzir uma fita complementar possibilita à célula
do ambiente e por moléculas reativas que são copiar, ou replicar, seus genes antes de passá-los
geradas dentro da célula; para suas descendentes;
● Apesar da existência desses sistemas que ● O processo de cópia é realizado com precisão e
protegem o DNA celular de erros de cópia e danos velocidade incríveis, sendo que em cerca de 8
acidentais, mudanças permanentes (mutações) horas, uma célula animal em divisão irá copiar o
ocorrem algumas vezes; equivalente a 1000 e não produzirá mais do que
poucas letras erradas;
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● Essa tarefa impressionante é realizada por um ser separado, portanto, costumam ser encontrados
grupo de proteínas que em conjunto formam uma nas origens de replicação;
máquina de replicação → maquinaria de ● Em genoma bacteriano, há apenas uma única
replicação; origem de replicação;
● A replicação do DNA produz 2 duplas-hélices ● O genoma humano, que é muito maior, possui
completas a partir da molécula de DNA original, aproximadamente 10.000 dessas origens → uma
com cada uma das novas hélices de DNA sendo média de 220 origens por cromossomo;
idêntica em sequência nucleotídica (exceto pelos ● Ao iniciar a replicação do DNA em muitos pontos
raros erros de cópia) à dupla-hélice de DNA original; diferentes de uma só vez, o tempo que uma célula
● Portanto, diz-se que a replicação é necessita para copiar seu genoma inteiro é
semiconservativa, pois cada dupla-hélice de DNA, grandemente diminuído;
ao final, terá uma fita de DNA original (velha) e uma ● Uma vez que uma proteína iniciadora se ligue ao
fita completamente nova; DNA em uma origem de replicação e localmente
abra a dupla hélice, ela atrai um grupo de proteínas
que realizam a replicação do DNA;
● Essas proteínas formam uma máquina de
replicação, na qual cada proteína desempenha uma
função específica;

● A dupla-hélice de DNA é normalmente muito estável


→ as duas fitas de DNA são firmemente unidas por
ligações de hidrogênio entre as bases de ambas as
fitas;
● Em consequência, somente temperaturas próximas
à da água em ebulição fornecem energia térmica
suficiente para separar as duas fitas; ● As moléculas de DNA no processo de serem
● Entretanto, para ser usada como molde, as duas replicadas contêm junções na forma de Y →
fitas devem primeiramente serem separadas para forquilhas de replicação;
expor as bases não pareadas; ● 2 forquilhas de replicação são formadas em cada
● Dessa forma, o processo de síntese de DNA é origem de replicação;
iniciado por proteínas iniciadoras que se ligam a ● Em cada forquilha, uma máquina de replicação se
sequências de DNA específicas → origens de move ao longo do DNA, abrindo as duas fitas da
replicação; dupla hélice, usando cada uma como molde para
● Nelas, as proteínas iniciadoras afastam as duas produzir uma nova fita-filha;
fitas de DNA, quebrando as ligações de hidrogênio ● As duas forquilhas afastam-se da origem em
entre as bases; direções opostas, abrindo a dupla hélice e
● Apesar de as ligações de hidrogênio coletivamente replicando o DNA à medida que se movem →
tornarem a hélice de DNA muito estável, cada portanto, é denominada replicação bidirecional;
ligação de hidrogênio é individualmente fraca; ● As forquilhas se movem muito rapidamente → cerca
● Assim, a separação de uma pequena porção de de 1000 pares de nucleotídeos por segundo em
DNA de cada vez, de poucos pares de base, não bactérias e 100 pares de nucleotídeos por segundo
requer uma grande quantidade de energia, e as em humanos;
proteínas iniciadoras podem prontamente abrir a ○ É mais lento em humanos pela dificuldade para
dupla hélice a temperaturas normais; replicar o DNA ao longo da estrutura mais
● Em células simples, como bactérias e fungos, as complexa da cromatina dos cromossomos
origens de replicação compreendem eucarióticos;
aproximadamente 100 pares de nucleotídeos, e são
compostas de sequências de DNA que atraem
proteínas iniciadoras, além de serem especialmente
fáceis de serem abertas;
● Como um par de bases A-T é unido por um número
menor de ligações de hidrogênio, ele é mais fácil de
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as duas fitas na dupla-hélice são antiparalelas, ou
● O movimento da forquilha de replicação é seja, elas seguem em direções opostas;
impulsionado pela ação da máquina de replicação, ● Como consequência, em cada forquilha de
onde reside a enzima DNA-polimerase; replicação, uma nova fita de DNA está sendo
● A DNA-polimerase catalisa a adição de produzida sobre um molde que segue em uma
nucleotídeos à extremidade 3’ de uma fita de DNA direção (3’ para 5”), enquanto a outra nova fita está
em crescimento, usando uma das fitas de DNA sendo produzida em um molde que segue na
parentais como um molde; direção oposta (5’ para 3’);
● O pareamento de bases entre um nucleotídeo que ○ Portanto, a forquilha de replicação é
chega ao local de síntese e a fita molde determina assimétrica;
qual dos 4 nucleotídeos (A, G, T ou C) será ● Porém, todas as DNA-polimerases adicionam novas
selecionado; subunidades somente à extremidade 3’ de um fita
● O produto final é uma nova fita de DNA que é de DNA;
complementar em sequência nucleotídica ao molde; ● Consequentemente, uma nova cadeia de DNA pode
● A reação de polimerização envolve a formação de ser sintetizada somente na direção 5’-3’;
uma ligação fosfodiéster entre a extremidade 3’ de ● Dessa forma, a outra fita, formada na direção 3’-5’ é
uma cadeia de DNA crescente e o grupo 5’-fosfato produzida descontinuamente, em pequenas
do nucleotídeo a ser incorporado, que entra na porções, separadas e sucessivas, com a
reação como um trifosfato de DNA-polimerase movendo-se para trás com
desoxirribonucleosídeo; respeito à direção do movimento da forquilha de
● A energia para a polimerização é fornecida pelo replicação;
próprio trifosfato de desoxirribonucleotídeo: a ● As pequenas porções de DNA resultantes,
hidrólise de uma de suas ligações de fosfato de alta denominadas fragmentos de Okazaki, são
energia abastece a reação que acopla os posteriormente unidas para formar uma nova fita
monômeros de nucleotídeos à cadeia, liberando contínua;
pirofosfato; ● A fita de DNA produzida descontinuamente é
● O pirofosfato é, por sua vez, hidrolisado a fosfato chamada fita retardada (lagging) → há um
inorgânico (Pi), o que torna a reação de pequeno atraso na sua síntese;
polimerização efetivamente irreversível; ● A outra fita, sintetizada continuamente, é
● A DNA-polimerase não se dissocia do DNA a cada denominada fita líder (leading);
vez que adiciona um novo nucleotídeo à fita em
crescimento; em vez disso, ela permanece
associada com o DNA e se move ao longo da fita
molde de modo gradual por muitos ciclos de
polimerização;

A forquilha de replicação é assimétrica A DNA-polimerase é autocorretiva


● A direção 5’-3’ da reação de polimerização do DNA ● A DNA-polimerase é tão precisa, que produz
cria um problema na forquilha de replicação; somente cerca de um erro a cada 10⁷ pares de
● A cadeia principal açúcar-fosfato de cada fita de nucleotídeos que ela copia;
uma dupla-hélice de DNA possui uma única direção ● Ainda que A-T e C-G sejam de longe os pares de
química, ou polaridade, determinada pelo modo de bases mais estáveis, outros pares de bases, menos
cada resíduo de açúcar ser acoplado ao seguinte, e estáveis, como G-T e C-A, também podem ser
formadas;
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● Tais pares de bases incorretos são formados de
modo muito menos frequente do que os corretos,
mas, se mantidos, resultariam em um acúmulo de
mutações;
● Esse desastre é evitado, porque a DNA-polimerase
possui 2 qualidades especiais que aumentam
amplamente a precisão da replicação do DNA:
○ A enzima monitora cuidadosamente o
pareamento de bases entre o nucleotídeo a ser
incorporado e a fita molde → somente quando
a correspondência for correta a
DNA-polimerase irá catalisar a reação de
adição do nucleotídeo;
○ Quando a DNA-polimerase comete um raro
engano e adiciona um nucleotídeo errado, ela
pode corrigir o erro por meio da autocorreção
(proofreading);
● A atividade de autocorreção ocorre durante a
síntese de DNA → antes que a enzima adicione o
nucleotídeo seguinte a uma fita de DNA em
crescimento, ela confere se o nucleotídeo
previamente adicionado pareia corretamente com a
fita molde;
● Caso isso ocorra, a polimerase adiciona o
nucleotídeo seguinte;
● Caso contrário, a polimerase remove o nucleotídeo
mal pareado e tenta novamente;
● Essa autocorreção é realizada por uma nuclease Pequenos trechos de RNA atuam como iniciadores
que cliva a cadeia principal de fosfodiéster; para a síntese de DNA
● A polimerização e a autocorreção são rigidamente ● Para que o processo de replicação seja iniciado, é
coordenadas, e as duas reações são necessário a ação de uma enzima diferente, que
desempenhadas por diferentes domínios catalíticos possa iniciar uma nova fita polinucleotídica
contidos na mesma molécula de polimerase; simplesmente unindo dois nucleotídeos, sem a
● Esse mecanismo de autocorreção explica por que exigência de uma extremidade com bases
as DNA-polimerases sintetizam DNA somente na pareadas;
direção 5’-3’; ● Essa enzima não sintetiza DNA, ela produz um
● Se a DNA-polimerase sintetizasse na direção 3’-5’, pequeno fragmento de RNA, usando a fita de DNA
ela não seria capaz de realizar a autocorreção, pois como molde;
se removesse um nucleotídeo pareado ● Esse pequeno fragmento de RNA, com cerca de 10
incorretamente, ela criaria um impasse químico, nucleotídeos, pareia com a fita molde e fornece uma
uma cadeia que não poderia mais ser alongada; extremidade 3’ pareada como um sítio de início para
● Portanto, para uma DNA-polimerase funcionar como a DNA-polimerase;
uma enzima autocorretiva que remove seus ● Desse modo, esse pequeno segmento de RNA atua
próprios erros de polimerização à medida que se como um iniciador (primer) para a síntese de DNA;
move ao longo do DNA, ela deve seguir somente na ● A enzima que sintetiza o iniciador de RNA é a
direção 5’-3’; primase;
● A primase é um exemplo de RNA-polimerase,
enzima que sintetiza RNA usando DNA como
molde;
● Uma fita de RNA é quimicamente muito similar a
uma fita de DNA, exceto que é constituída por
subunidades de ribonucleotídeos e por conter a
base uracila (U), no lugar da timina (T);
● Mas como U forma um apresamento com as bases
A, o iniciador de RNA é sintetizado na fita de DNA
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por pareamento de bases complementares,
exatamente do mesmo modo que no DNA;
● Para a fita líder, um iniciador de RNA é necessário
somente para iniciar a replicação na origem de
replicação, mas assim que a forquilha de replicação
é estabelecida, a DNA-polimerase é continuamente
apresentada a uma extremidade 3’ pareada, à
medida que ela se desloca ao longo da fita molde;
● Mas na fita retardada, na qual a síntese de DNA é
descontínua, novos iniciadores são necessários
para que a polimerização seja mantida;
● O movimento da forquilha de replicação
continuamente expõe bases não pareadas no molde
da fita retardada, e novos iniciadores de RNA são
adicionados, a intervalos, ao longo do segmento de
fita simples recém-exposto;
● Para produzir uma nova fita de DNA contínua, a
partir de vários fragmentos separados de ácidos
nucleicos produzidos na fita retardada, 3 enzimas
adicionais são necessárias;
● Essas enzimas atuam rapidamente para remover o
iniciador de RNA, substituí-lo por DNA, e unir os
fragmentos de DNA;
● Portanto, uma nuclease degrada o iniciador de
RNA, uma DNA-polimerase denominada
polimerase de reparo substitui esse RNA por DNA
→ usando a extremidade do fragmento de Okazaki
adjacente como um iniciador;
● A enzima DNA-ligase une a extremidade 5’-fosfato
de um fragmento de DNA à extremidade 3’-hidroxila
adjacente do seguinte;
● A primase pode iniciar novas cadeias
polinucleotídicas, mas essa atividade é possível
porque a enzima não realiza a autocorreção do seu
trabalho;
● Como consequência, frequentemente os iniciadores
contêm erros;
● No entanto, como estes iniciadores são feitos de
RNA, em vez de DNA, eles se destacam como
“cópias suspeitas”, para serem removidas
automaticamente e substituídas por DNA;
● As DNA-polimerases de reparo que sintetizam esse
DNA, assim como as polimerases replicativas,
realizam a autocorreção à medida que o sintetizam;
● Desse modo, a maquinaria de replicação celular é
capaz de iniciar novas cadeias de DNA e, ao
mesmo tempo, garantir que todo o DNA seja
copiado com fidelidade;

● A replicação do DNA requer a cooperação de um


grande número de proteínas que atuam em
conjunto para abrir a dupla-hélice e sintetizar DNA
novo
● Essas proteínas fazem parte de uma máquina de
replicação notavelmente complexa;
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● O primeiro problema enfrentado pela máquina de ○ A seguir, refazem essas ligações antes de se
replicação está em acessar os nucleotídeos que se desligar do DNA;
encontram no centro da hélice; ● Uma proteína de replicação adiciona, o grampo
● Para que a replicação do DNA possa ocorrer, a deslizante (sliding clamp), mantém a
dupla hélice deve ser aberta à frente da forquilha de DNA-polimerase firmemente presa ao molde
replicação, de tal modo que os nucleosídeos enquanto ela sintetiza novas fitas de DNA;
trifosfatados que chegam possam parear com cada ○ Deixadas por si só, a maioria das
uma das fitas molde; DNA-polimerases iria sintetizar apenas uma
● Dois tipos de proteínas de replicação cooperam pequena sequência de nucleotídeos antes de
para executar essa tarefa → DNA-helicases e se desligar da fita molde de DNA;
proteínas ligadoras de DNA de fita simples; ● O grampo deslizante forma um anel ao redor da
● A helicase acomoda-se bem na frente da máquina dupla hélice de DNA recém-formada e, ao prender
de replicação, onde usa a energia da hidrólise de firmemente a polimerase, possibilita que a enzima
ATP para se autopropelir, separando as duas fitas se mova ao longo da fita molde sem se desprender
da dupla-hélice à medida que se desloca ao longo da mesma, à medida que sintetiza uma nova fita de
do DNA → desenrola as fitas de dupla-hélice; DNA;
● Proteínas ligadoras de DNA de fita simples se ● A montagem do grampo ao redor do DNA requer a
unem ao DNA de fita simples exposto pela helicase, atividade de outra proteína, o carregador do
impedindo transitoriamente que as fitas tornem a grampo (clamp loader) → essa proteína hidrolisa
formar os pares de bases e mantendo-as em uma ATP a cada vez que ele prende um grampo
forma alongada, de tal modo que possam servir deslizante ao redor de uma dupla hélice de DNA
como moldes eficientes → mantém as fitas de DNA recém-formada;
afastadas para fornecer acesso para a primase e a ● A maioria das proteínas envolvidas na replicação do
polimerase; DNA é mantida unida em um grande complexo
multienzimático que se move como uma unidade ao
longo da dupla hélice de DNA, permitindo que o
DNA seja sintetizado em ambas as fitas de modo
coordenado;

● Esse desenrolamento localizado da dupla hélice de


DNA representa, por si só, um problema;
● À medida que a helicase separa o DNA dentro da
forquilha de replicação, o DNA no outro lado da
forquilha fica mais firmemente enrolado, criando
uma tensão;
● Se essa tensão aumentar, o desenrolamento da
dupla hélice se torna cada vez mais difícil e impede
o movimento para frente da maquinaria de ● Surge um sério problema quando a forquilha de
replicação; replicação se aproxima da extremidade de um
● As células usam proteínas denominadas cromossomo;
DNA-topoisomerases para aliviar essa tensão; ● A fita líder é replicada ao longo de toda sua
● As DNA-topoisomerases produzem quebras de extensão até a extremidade do cromossomo, mas a
cadeia simples transitórias no DNA, que liberam fita retardada não;
temporariamente a tensão; ● Quando o último iniciador de RNA na fita retardada
é removido, não há como substituí-lo;
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● Sem um mecanismo especial, a fita retardada se ● Tumores mais comuns em homens: próstata,
tornaria mais curta em cada ciclo de replicação do pulmões e cólon/reto;
DNA → os cromossomos iriam encolher e ● Tumores mais comuns em mulheres: câncer de
informações genéticas valiosas seriam perdidas; mama, de pulmão e de cólon/reto;
● Porém, nos telômeros, tem-se a enzima telomerase; ● Nos últimos 50 anos do século 20, a taxa de
● A telomerase usa um molde de RNA que é parte da mortalidade por câncer ajustada por idade
própria enzima e estende as extremidades da fita aumentou significativamente tanto em homens
retardada que está sendo replicada, adicionando quanto em mulheres;
múltiplas cópias da mesma sequência de DNA curta ● Entretanto, desde 1995, a taxa de incidência de
à fita molde; câncer em homens permaneceu estável e a taxa de
● Assim, esse molde estendido possibilita que a morte por câncer diminuiu em cerca de 20%;
replicação da fita retardada seja completada pela ● De modo semelhante, a taxa de incidência de
replicação de DNA convencional; câncer também se estabilizou em nas mulheres e a
● Além de permitirem a replicação das extremidades taxa de morte por câncer caiu em cerca de 10%;
dos cromossomos, os telômeros formam estruturas ● A redução do uso de produtos que contêm tabaco é
que marcam as verdadeiras extremidades de um responsável pela diminuição no número de mortes
cromossomo; por câncer de pulmão;
● Isso possibilita que a célula possa distinguir, sem ● Os avanços na detecção e no tratamento são
equívocos, entre as extremidades naturais dos responsáveis por uma diminuição das taxas de
cromossomos e as quebras em fitas duplas de DNA mortalidade por câncer colorretal, de mama em
que às vezes ocorrem acidentalmente no meio dos mulheres e de próstata;
cromossomos; ● Também houve um acentuado declínio no número
de mortes causadas pelo câncer do colo do útero;
○ Redução atribuída, em grande parte, ao exame
de esfregaço de Papanicolau, que possibilita a
detecção de “lesões precursoras” e de
cânceres iniciais passíveis de cura;
● Embora os carcinomas de mama ocorram com
maior frequência do que os de pulmão em
mulheres, o câncer de pulmão é responsável agora
por mais mortes em mulheres;
● A raça não é uma variável biológica distinta, mas
pode definir grupos de risco para determinados
tipos de câncer;
● A disparidade nas taxas de mortalidade por câncer
entre norte-americanos brancos ou de ascendência
africana persiste, porém os afro-americanos
apresentaram o maior declínio na taxa de
mortalidade por câncer durante a última década;
● Os indivíduos que se identificam como hispânicos
apresentam menor frequência dos cânceres mais
comuns que afetam a população branca não
hispânica e, por outro lado, maior incidência de
4. Analisar a importância global do câncer e seus
cânceres de estômago, fígado, colo do útero e
fatores de risco
vesícula, bem como de certas leucemias.
Epidemiologia do Câncer
Impacto global
● As estimativas em 2018 foram de mais de 9,5
milhões de mortes causadas por câncer em todo o
mundo;
● Além disso, devido ao tamanho e à idade
crescentes da população, projeta-se que o número
de casos de câncer e o número de mortes
relacionadas ao câncer em todo o mundo
aumentem para 21,4 milhões e 13,2 milhões,
respectivamente, em 2030;
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○ Agentes infecciosos: aproximadamente 15% de
todos os tipos de câncer no mundo são
causados, direta ou indiretamente, por agentes
infecciosos;
■ Por exemplo, o papilomavírus humano (HPV),
um agente transmitido por contato sexual,
desempenha um papel etiológico na maioria
dos carcinomas do colo do útero e em uma
fração crescente de câncer de cabeça e
pescoço;
○ Tabagismo: constitui o fator ambiental isolado
mais importante que contribui para a morte
prematura;
■ O fumo, sobretudo de cigarros, está implicado
no câncer de boca, faringe, laringe, esôfago,
pâncreas, bexiga e, de maneira significativa,
em cerca de 90% dos cânceres de pulmão;
○ Consumo de álcool: o uso abusivo de álcool
aumenta o risco de carcinoma de orofaringe
(excluindo lábios), laringe e esôfago e, quando
há desenvolvimento de cirrose alcoólica,
também o risco de carcinoma hepatocelular;
■ O risco de cânceres das vias respiratórias
superiores e do trato digestório imposto pelo
álcool aumenta de modo sinérgico quando
combinado com o uso de tabaco;
○ Dieta: a ampla variação geográfica na
incidência de carcinoma colorretal, carcinoma
de próstata e carcinoma de mama tem sido
atribuída a diferenças na dieta;
○ Obesidade: os indivíduos com maior
sobrepeso na população norte-americana
Fatores de risco
apresentam um aumento de 52% (homens) a
Fatores ambientais
62% (mulheres) nas taxas de mortalidade por
● Apesar da contribuição dos fatores genéticos e
câncer;
ambientais para o desenvolvimento de câncer, as
○ Histórico reprodutivo: a exposição cumulativa
influências ambientais constituem os fatores de
ao longo da vida à estimulação estrogênica,
risco dominantes na maioria dos tipos de câncer;
sobretudo sem a oposição da progesterona,
● Uma das evidências incluem o rastreamento da
aumenta o risco de câncer de mama e de
incidência do câncer de pulmão de acordo com as
endométrio (tecidos responsivos a esses
mudanças nos hábitos de fumar com o decorrer do
hormônios);
tempo;
○ Carcinógenos ambientais: podem ser
○ A acentuada queda na incidência de câncer de
gerados pelo meio ambiente, local de trabalho,
estômago no séc. 20, que se acredita seja
alimentos e práticas pessoais;
devido a uma redução da exposição a
■ Os indivíduos podem ser expostos a
carcinógenos ambientais desconhecidos;
fatores carcinogênicos quando estão em
○ E o recente aumento na incidência do câncer
ambientes externos (raios UV, poluição do
de fígado, que resulta provavelmente de uma
ar), água de poço (ex: arsênio), certos
taxa crescente de infecção crônica pelos vírus
medicamentos (ex: metotrexato), trabalho
das hepatites B (HBV) e C (HCV) e da
(ex: asbesto) ou ficar em casa (ex: carne
obesidade;
grelhada, dieta rica em gordura, álcool);
● Embora a predisposição racial possa constituir um
fator envolvido, acredita-se que as influências
Idade
ambientais estejam na base da maior parte dessas
● A idade exerce influência significativa sobre o risco
diferenças observadas na incidência de câncer;
de câncer;
● Entre os fatores ambientais mais bem estabelecidos
● A maior parte dos carcinomas ocorre em adultos
que afetam o risco de câncer:
com mais de 55 anos;
Gabrielly Santana Carvalho
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● O câncer constitui a principal causa de morte entre incluem o mesotelioma e vários tipos de
mulheres de 40 a 79 anos e entre homens de 60 a linfoma;
79 anos; ○ Esses distúrbios são acompnhados de uma
● O declínio nas mortes por câncer depois dos 80 proliferação compensatória de células, cuja
anos deve-se ao menor número de indivíduos que finalidade é reparar os danos;
alcançam essa idade; ○ Em alguns casos, a inflamação crônica pode
● incidência crescente do câncer com a idade é aumentar o reservatório de células-tronco
provavelmente explicada pelo acúmulo de mutações teciduais, que podem ser particularmente
somáticas que acompanha o envelhecimento das suscetíveis à transformação;
células; ○ Além disso, células imunes ativadas produzem
● O declínio da imunocompetência nos indivíduos espécies reativas de oxigênio que podem
idosos também pode constituir um fator relacionado; causar dano ao DNA, bem como mediadores
● As crianças não são poupadas → nos EUA, o inflamatórios, que podem promover a sobrevida
câncer é responsável por cerca de 10% de todas as das células, mesmo na presença de dano
mortes em crianças com menos de 15 anos; genômico;
● Os tipos de câncer predominantes em crianças são ● Lesões precursoras: definidas por alterações
diferentes dos observados em adultos; morfológicas localizadas, que identificam um campo
● Isso é explicado em parte, pelo fato de que os de epitélio com risco aumentado de transformação
cânceres pediátricos têm mais tendência a ser maligna → podem assumir forma de hiperplasia,
causados por mutações herdadas e muito menos metaplasia ou displasia;
probabilidade de se originar da exposição a ○ As lesões precursoras que consistem em
carcinógenos ambientais; hiperplasia frequentemente surgem em
● Essa diferença explica por que os carcinomas, que consequência de exposição crônica a fatores
frequentemente são causados por carcinógenos e tróficos;
constituem o tipo geral mais comum de tumores em ○ Uma das lesões precursoras mais comuns
adultos, são muito raros em crianças; desse tipo é a hiperplasia endometrial, que é
● Por outro lado, a leucemia aguda e neoplasias causada pela estimulação estrogênica
específicas do sistema nervoso central causam sustentada do endométrio;
aproximadamente 60% das mortes por câncer na ○ Outras lesões “de risco” consistem em
infância; neoplasias benignas → ex: adenoma viloso do
● Neoplasias comuns na lactância e infância: tumores cólon, que, se não tratado, evolui para o câncer
de células pequenas redondas e azuis, como o em cerca de 50% dos casos;
neuroblastoma, tumor de Wilms, retinoblastoma, ○ Entretanto, deve-se ressaltar que a maioria dos
leucemia linfoblástica aguda e rabdomiossarcoma; tumores benignos raramente sofre
transformação (p. ex., leiomiomas uterinos,
Condições predisponentes adquiridas adenoma pleomórfico), enquanto outros de
● As condições adquiridas que predispõem ao câncer modo algum (p. ex., lipomas);
podem ser divididas em distúrbios inflamatórias ● Imunodeficiência e câncer: pacientes com
crônicos, lesões precursoras e estados de imunodeficiência, em particular os que apresentam
imunodeficiência; déficits da imunidade de células T, correm risco
● Os distúrbios inflamatórios crônicos e as lesões aumentado de câncer, principalmente de tipos de
precursoras abrangem um conjunto diverso de câncer causados por vírus oncogênicos, visto que,
condições, que estão associadas a um aumento da presumivelmente, esses indivíduos têm uma
replicação celular, e que parece criar um solo “fértil” incidência maior do que o normal de infecção
para o desenvolvimento de tumores malignos; crônica por vírus;
● Com efeito, podem ser necessários ciclos repetidos ○ Esses tumores associados a vírus incluem linfomas,
de divisão celular para que ocorra transformação certos carcinomas e alguns sarcomas e
neoplásica, visto que as células em proliferação proliferações semelhantes ao sarcoma;
correm maior risco de sofrer mutações somáticas,
levando à carcinogênese;
● Os estados de imunodeficiência predispõem a
cânceres induzidos por vírus;
● Inflamação crônica: o risco de câncer é maior em
indivíduos afetados por doenças inflamatórias
crônicas, infecciosas ou não infecciosas;
○ Os tumores que surgem nesse contexto são,
em sua maior parte, carcinomas, mas também
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● Por outro lado, os fatores genéticos podem alterar a
probabilidade de desenvolvimento de cânceres que
são principalmente induzidos por carcinógenos
ambientais;
● Isso se deve ao fato de que a variação genética
(polimorfismos) em certas enzimas, como o sistema
do citocromo P-450, influencia a conversão de
pró-carcinógenos em carcinógenos ativos;
● Um exemplo fundamental, é um polimorfismo em
um dos genes P-450, que confere suscetibilidade ao
câncer de pulmão induzido por tabagismo;

5. Resumir as principais características de células


cancerígenas
Células cancerígenas
Base molecular do câncer: papel das alterações
genéticas e epigenéticas
● Tem sido possível estudar melhor o câncer, em
virtude dos avanços tecnológicos no
sequenciamento do DNA e em outros métodos que
possibilitam a análise genômica ampla das células
cancerosas;
● O dano genético não letal encontra-se no cerne
da carcinogênese: o dano inicial (ou mutação)
pode ser causado por exposições ambientais, pode
ser herdado na linhagem germinativa ou pode ser
espontâneo ou aleatório (má sorte);
○ Exposição ambiental: qualquer mutação
adquirida causada por agentes exógenos,
como vírus ou substâncias químicas
ambientais, ou por produtos endógenos do
metabolismo celular que têm o potencial de
causar dano ao DNA ou de alterar a expressão
gênica por meio de mecanismos epigenéticos;
● Os tumores são formados pela expansão clonal
Predisposição genética e interações entre fatores
de uma única célula precursora que sofreu dano
ambientais e hereditários
genético (os tumores são clonais): alterações no
● Em algumas famílias, o câncer é um traço
DNA são hereditárias, transmitidas para as
hereditário, normalmente devido a mutações de
células-filhas, de modo que todas as células dentro
linhagem germinativa em um gene supressor de
de um tumor individual compartilham o mesmo
tumor;
conjunto de mutações que estavam presentes no
● Enquanto as evidências sugerem que os cânceres
momento da transformação;
são, em grande parte, atribuídos a fatores
○ Essas mutações específicas do tumor são
ambientais ou a condições predisponentes
identificadas, com mais frequência, por
adquiridas, a falta de uma história familiar não exclui
sequenciamento do DNA (mutações pontuais)
a possibilidade de um componente hereditário;
ou por análises cromossômicas (translocações
● Em geral, é difícil separar as contribuições
cromossômicas e alterações no número de
hereditárias e não hereditárias, visto que as suas
cópias);
interações são, com frequência, complexas,
● Quatro classes de genes constituem os principais
sobretudo quando o desenvolvimento de tumor
alvos de mutações causadoras de câncer →
depende da ação de múltiplos genes;
proto-oncogenes promotores do crescimento,
● Mesmo em cânceres com um componente
genes supressores de tumor que inibem o
hereditário bem definido, o risco de
crescimento, genes que regulam a morte celular
desenvolvimento desse câncer pode ser
programada (apoptose) e genes responsáveis
acentuadamente influenciado por fatores não
pelo reparo do DNA;
genéticos;
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○ As mutações que ativam as proto-oncogenes ■ A primeira mutação condutora que inicia
podem causar um aumento em uma ou mais uma célula em sua rota para uma neoplasia
funções normais do produto gênico codificado, maligna é a mutação iniciadora, que
que promovem a tumorigênese ou o normalmente é mantida em todas as células
aparecimento de uma função totalmente nova do câncer subsequente;
que é oncogênica; ■ Como nenhuma mutação isolada parece ser
○ Como essas mutações produzem um “ganho capaz de produzir transformação completa,
de função”, elas são capazes de transformar o desenvolvimento de um câncer requer que
células, apesar da presença de uma cópia a célula “iniciada” adquira um número de
normal do mesmo gene → oncogenes são mutações condutoras adicionais, cada uma
dominantes em relação a seus das quais também contribui para o
correspondentes normais; desenvolvimento do câncer → o tempo
○ Mutações que afetam os genes supressores de necessário não é conhecido, mas parece
tumor geralmente causam uma “perda de ser longo;
função”, e, na maioria dos casos, ambos os ■ A persistência das células iniciadas durante
alelos precisam ser danificados para que possa esse longo pródromo pré-clínico é
ocorrer transformação; consistente com a ideia de que os cânceres
○ Em consequência, os genes supressores de se originam de células que apresentam
tumor com mutação costumam se comportar de propriedades semelhantes às das
maneira recessiva; células-tronco → denominadas
○ Todavia, existem exceções: algumas vezes, a células-tronco do câncer, que têm a
perda de um único alelo de um gene supressor capacidade de autorrenovação e
de tumor reduz a quantidade da proteína persistência a longo prazo;
codificada o suficiente para liberar os freios ○ As mutações com perda de função em genes
sobre a proliferação e a sobrevida celular; que mantêm a integridade genômica parecem
○ Genes reguladores de apoptose podem constituir uma etapa inicial comum no caminho
adquirir anormalidades que resultam em menos para a neoplasia maligna, sobretudo no caso dos
morte celular e, portanto, em maior tumores sólidos;
sobrevivência → essas anormalidades incluem ■ As mutações que levam à instabilidade
mutações com ganho de função em genes genômica não apenas aumentam a
cujos produtos suprimem a apoptose e probabilidade de adquirir mutações
mutações com perda de função em genes condutoras como também aumentam
cujos produtos promovem a morte celular; acentuadamente a frequência de mutações
○ As mutações com perda de função que afetam que não apresentam nenhuma
os genes de reparo do DNA contribuem consequência fenotípica → mutações
indiretamente para a carcinogênese ao passageiras, que são muito mais comuns do
prejudicar a capacidade da célula de que as mutações condutoras;
reconhecer e de proceder ao reparo de danos ■ Em consequência, no momento em que
genéticos não letais em outros genes; uma célula adquire todas as mutações
○ Em consequência, as células afetadas condutoras que são necessárias para ter um
adquirem mutações em uma taxa acelerada, comportamento maligno, ela pode
um estado designado como fenótipo mutador, apresentar centenas ou até milhares de
caracterizado por instabilidade genômica; mutações passageiras;
● A carcinogênese resulta do acúmulo de mutações ○ As mutações em muitos outros genes contribuem
complementares de maneira sequencial ao longo do para a tumorigênese ao interferir nas respostas
tempo: as neoplasias malignas apresentam vários imunes do hospedeiro ou ao alterar as interações
atributos fenotípicos, designados como marcas com o estroma ou por outros mecanismos;
registradas do câncer, como crescimento ■ Por convenção, essas mutações não são
excessivo, invasão local e capacidade de formar classificadas como mutações condutoras ou
metástases a distância, que resultam de alterações passageiras, visto que os termos são em
genômicas que modificam a expressão e a função grande parte restritos a genes que
de genes fundamentais e que, portanto, conferem influenciam o comportamento das células de
um fenótipo maligno: uma maneira intrínsecas;
○ As mutações que contribuem para a aquisição ● Uma vez estabelecidos, os tumores evoluem
das marcas registradas do câncer são geneticamente durante seu crescimento e sua
designadas como mutações condutoras; progressão sob a pressão da seleção darwiniana
(sobrevivência do mais apto);
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● Logo no início, todas as células de um tumor são surgir e divergir em uma escala temporal de
geneticamente idênticas, sendo a progênie de uma anos, meses ou até semanas;
única célula transformada fundadora; ● A seleção das células mais aptas pode explicar não
● Entretanto, quando um tumor chama a atenção apenas a história natural do câncer, mas também as
clínica (em geral, quando alcança uma massa de mudanças que ocorrem no comportamento do
cerca de 1 g ou cerca de 109 células), ele sofreu, no tumor após a terapia;
mínimo, 30 duplicações celulares ● Uma das pressões seletivas mais profundas
○ Esse número é uma subestimativa substancial enfrentadas pelas células cancerosas é a terapia
→ uma fração de células em todos os tumores efetiva ministrada pelos médicos;
morre por apoptose durante os estágios ● Os tumores que apresentam recorrência após a
pré-clínicos do desenvolvimento do tumor); terapia quase sempre demonstram ser resistentes
● Durante o processo de expansão, as células se o mesmo tratamento for novamente administrado
tumorais individuais adquirem outras mutações → essa resistência presumivelmente se deve ao
aleatórias → isso é particularmente válido para fato de que a terapia seleciona subclones que
tumores com mutações condutoras que conferem apresentam um genótipo que possibilita sua
um fenótipo mutador; sobrevivência;
● Em consequência dessa evolução do tumor, embora ● Além das mutações do DNA, as aberrações
os cânceres sejam de origem clonal, quando eles se epigenéticas também contribuem para as
tornam clinicamente evidentes, as suas células são, propriedades malignas das células cancerosas;
do ponto de vista genético, extremamente ● As modificações epigenéticas incluem a metilação
heterogêneas; do DNA, que tende a silenciar a expressão gênica,
● Esses diversos subclones do tumor competem pelo e modificações das histonas, as proteínas que
acesso a nutrientes e nichos microambientais, e os acondicionam o DNA na cromatina, o que,
mais aptos “ganham” essa luta darwiniana e dependendo de sua natureza, pode aumentar ou
passam a dominar a massa tumoral. diminuir a expressão gênica;
● Essa tendência perniciosa dos tumores a se ● O estado epigenético da célula determina quais os
tornarem mais agressivos com o passar do tempo é genes expressos, o que, por sua vez, determina o
designada como progressão do tumor; comprometimento da linhagem e o estado de
● Para corroborar essa hipótese de que existem diferenciação das células tanto normais quanto
subclones geneticamente distintos, foram realizados neoplásicas;
estudos de cânceres sólidos, como carcinoma de ● As modificações epigenéticas costumam ser
células renais, em que múltiplas regiões do tumor transmitidas com fidelidade às células-filhas,
primário e depósitos metastáticos do mesmo todavia, em certas ocasiões (como nas mutações),
paciente foram submetidos ao sequenciamento do podem ocorrer alterações que resultam em
DNA; mudanças na expressão gênica;
● Foram identificados 2 tipos de mutações: ● A metilação aberrante do DNA nas células
○ Mutações que estão presentes em todos os cancerosas é responsável pelo silenciamento de
locais testados do tumor → presumivelmente alguns genes supressores de tumor, enquanto
estavam presentes na célula fundadora por alterações específicas que podem acontecer no
ocasião da transformação; processo de modificações das histonas podem ter
○ Mutações que são exclusivas de um efeitos de longo alcance sobre a expressão gênica;
subconjunto de locais do tumor → ● Diferentemente das mutações do DNA, as
provavelmente foram adquiridas após a alterações epigenéticas são potencialmente
transformação, durante o crescimento e a reversíveis por medicamentos que inibem fatores
disseminação; modificadores do DNA ou das histonas;
○ Esse segundo tipo de mutação pode ser
utilizado para criar “árvores genealógicas” do
tumor mostrando as relações genéticas de
vários subclones;
○ De maneira notável, os subclones dentro dos
tumores parecem divergir geneticamente de
uma forma muito semelhante ao modo pelo
qual se acredita que novas espécies emergem
em ecossistemas complexos;
○ Porém, no caso das espécies, essa divergência
genética ocorre ao longo de um período de
muitos milênios, já nos tumores, eles podem Características celulares e
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moleculares do câncer intrínsecos às células tumorais e de sinais que
● Ao longo das últimas décadas, foram descobertas são iniciados pelo ambiente tecidual;
centenas de genes que são mutados no câncer; ○ Capacidade de evasão da resposta imune
● Tradicionalmente, as consequências funcionais do hospedeiro: as células do sistema imune
dessas alterações foram descritas em um gene de inato e adaptativo são capazes de reconhecer
cada vez; e de eliminar células que apresentam
● Entretanto, a grande quantidade de genes mutados antígenos anormais (ex: oncoproteína mutada)
que surgiram a partir do sequenciamento de → células cancerosas exibem diversas
genomas do câncer transformou o cenário e revelou alterações que possibilitam sua evasão da
as limitações ao tentar estabelecer as propriedades resposta imune do hospedeiro;
fundamentais do câncer, gene por gene; ● A aquisição das alterações genéticas e epigenéticas
● Uma maneira mais didática e conceitualmente que conferem essas marcas registradas pode ser
satisfatória de considerar a biologia do câncer é acelerada por instabilidade genômica e pela
analisar as propriedades biológicas comuns inflamação promotora de câncer;
conferidas às células cancerosas por suas ● Trata-se de características consideradas propícias,
alterações genômicas e epigenômicas diversas; visto que elas promovem a transformação celular e
● Parece que todos os tipos de câncer exibem oito a progressão subsequente do tumor;
alterações fundamentais na fisiologia celular, que
são consideradas como as marcas registradas do
câncer:
○ Autossuficiência nos sinais de crescimento:
os tumores têm a capacidade de proliferar sem
estímulos externos, normalmente em
consequência da ativação de oncogenes;
○ Insensibilidade aos sinais inibidores do
crescimento: os tumores podem não
responder a moléculas que inibem a
proliferação das células normais, geralmente
devido à inativação dos genes supressores de
tumor que codificam componentes das vias
inibitórias do crescimento;
○ Alteração do metabolismo celular: as células
tumorais sofrem uma mudança metabólica para
a glicólise aeróbica (denominada o efeito
Warburg), que possibilita a síntese das
macromoléculas e das organelas necessárias
para um rápido crescimento celular; Melanoma
○ Evasão da apoptose: os tumores mostram-se ● O melanoma é uma neoplasia maligna de
resistentes à morte celular programada; melanócitos;
○ Potencial de replicação ilimitado ● O melanoma é o mais fatal de todos os cânceres de
(imortalidade): os tumores apresentam uma pele → mais agressivo;
capacidade proliferativa irrestrita, uma ● Ele está fortemente ligado a mutações adquiridas
propriedade semelhante à das células-tronco causadas pela exposição à radiação UV da luz
que permite às células tumorais evitar a solar;
senescência celular e a catástrofe mitótica; ● É uma neoplasia relativamente comum que pode
○ Angiogênese sustentada: à semelhança das ser curada se for detectada e tratada em seus
células normais, as células tumorais não são estágios iniciais;
capazes de crescer sem um suprimento ● A grande maioria dos melanomas origina-se na pele
vascular para fornecer os nutrientes e o → pode ocorrer nas superfícies da mucosa oral e
oxigênio e para remover os produtos de anogenital, esôfago, meninges etc;
degradação → os tumores devem induzir o ● Incidência crescente;
processo da angiogênese;
○ Capacidade de invasão e metástase: as Patogênese
metástases tumorais constituem a causa da ● O risco de melanoma é herdado como traço
grande maioria das mortes por câncer e autossômico dominante, com penetrância variável;
surgem da inter-relação de processos que são
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● Os casos familiares estão associados a mutações tirosinoquinase KIT, situado a montante na via de
de linhagem germinativa que afetam genes que sinalização RAS e do PI3K/AKT;
regulam a progressão do ciclo celular, ao passo que ● O PTEN também é silenciado em 20% dos
outros estão associados a mutações de linhagem melanomas que surgem em locais não expostos ao
germinativa que afetam a expressão da telomerase; sol;
● Nos outros casos, o melanoma é esporádico e está ● Outros melanomas apresentam mutações de perda
fortemente relacionado com um único fator de função no gene supressor de tumor que codifica
ambiental predisponente: a exposição à radiação a neurofibromina I (NFI), um regulador negativo do
UV da luz solar; RAS, constituindo outro mecanismo que
● Como o reparo do dano ao DNA induzido pela desencadeia a sinalização de RAS;
radiação UV é imperfeito, a radiação UV leva ao
acúmulo de mutações nos melanócitos com o
passar do tempo;
● O sequenciamento dos genomas do melanoma
demonstrou uma taxa muito alta de mutações
pontuais que carregam a assinatura dos efeitos
nocivos da radiação UV sobre o DNA;
● Os melanomas surgem mais comumente nas
superfícies expostas ao sol, particularmente na
parte superior do dorso nos homens e no dorso e
nas pernas em mulheres;
● Os indivíduos de pele clara correm maior risco;
● As mutações condutoras mais frequentes no
melanoma afetam o controle do ciclo celular, as vias
pró-crescimento e a telomerase;
● As mutações “condutoras” mais frequentes no
melanoma afetam o controle do ciclo celular, as vias
pró-crescimento e a telomerase;
● As mutações mais comuns:
○ Mutações que inativam os genes de controle
do ciclo celular;
○ Mutações que ativam as vias de sinalização
pró-crescimento → aumento aberrante na ● Os fatores de crescimento ativam circuitos de
sinalização de RAS e PI3K/AKT; sinalização que envolvem receptores de
○ Mutações que ativam a telomerase; tirosinoquinases (ex: KIT), RAS e duas vias a
jusante essenciais, que incluem a serina/treonina
Vias RAS/MAPK e PI3K/AKT quinase BRAF e o fosfolipídio quinase PI3K;
● Mutações que ativam as vias de sinalização
pró-crescimento;
● Grupo de lesões moleculares no melanoma
esporádico que leva a aumentos aberrantes na
sinalização de RAS e PI3K/AKT, o que promove o
crescimento e a sobrevida das células;
● Em 40 a 50% dos melanomas, são observadas
mutações ativadoras no BRAF, uma serina/treonina
quinase situada a jusante na via de sinalização do ● Nevo = pinta
RAS, ao passo que ocorrem mutações ativadoras ● Nevo é uma mancha que aparece na ele quando as
de RAS em 15 a 20% das neoplasias; células que produzem pigmento (melanócitos)
● Os melanomas com mutações em BRAF também crescem e se organizam em grupos;
apresentam com frequência uma perda do gene ● Nevos displásicos (nevos atípicos) são lesões
supressor de tumor PTEN, o que leva à ativação maiores, podendo ser irregulares no formato e
aumentada da via PI3K/AKT; possuir vários tons;
● Os melanomas que surgem em locais da pele não ● Esses nevos podem constituir precursores diretos
expostos ao sol raramente apresentam mutações do melanoma;
nos genes BRAF ou RAS e têm maior tendência a
ter mutações ativadoras no receptor de Fatores de risco
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● Pele clara ● Metástases mais comuns: cadeias linfonodais
● Exposição à radiação UV; extrarregionais, pulmões, fígado, trato GI e SNC;
● Histórico familiar de câncer de pele/melanoma;
● Idade Fatores prognósticos
● Presença de nevos displásicos; ● Profundidade
● Linfonodos
Radiação UV ● Presença de ulceração
● Como o reparo do dano ao DNA induzido pela ● Presença de linfócitos infiltrantes (+)
radiação UV é imperfeito, a radiação UV leva ao ● Sexo (melhor em mulheres);
acúmulo de mutações nos melanócitos com o ● Localização (melhor quando localizado em
passar do tempo; extremidades)
● O sequenciamento dos genomas do melanoma
demonstrou uma taxa muito alta de mutações Tratamento
pontuais que carregam a assinatura dos efeitos ● Exérese cirúrgica → lesão deve ser completamente
nocivos da radiação UV sobre o DNA; removida;
● Radioterapia
Características clínicas ● Quimioterapia
Regra ABCDE ● Imunoterapia
● A = Assimetria ● Terapias-alvo → direcionadas para os genes que
● B = Bordas são operados no melanoma específico;
● C = Cor Obs: o melanoma metastático possui resistência à
● D = Diâmetro radioterapia e quimioterapia;
● E = Evolução

Estadiamento
● Medida da extensão da doença
● Tratamento e prognóstico
● Indicadores
○ pT (tamanho do tumor)
○ N (acometimento de linfonodos)
○ M (metástases a distância)
● Estádios:
○ Estádio I
○ Estádio II
○ Estádio III
○ Estádio IV

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