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Introdução...................................................................................................................................2
Objectivos...................................................................................................................................2
Geral............................................................................................................................................2
Específicos..................................................................................................................................2
Contextualização.........................................................................................................................3
Metodologia................................................................................................................................3
Princípios e objectivos................................................................................................................5
Conclusão....................................................................................................................................7
Referências Bibliográficas..........................................................................................................8
Introdução
Durante aproximadamente 500 anos, Moçambique foi uma colônia portuguesa. Antes da
chegada dos portugueses, a educação no país era baseada na transmissão de conhecimentos e
valores éticos entre gerações. No entanto, com a dominação portuguesa, houve uma mudança
nos paradigmas educacionais. Além da transmissão tradicional de conhecimentos, foi
introduzido um sistema educacional português que promovia a opressão e o desprezo pelos
nativos, chamando-os de forma pejorativa de "indígenas" e retratando-os como um povo
selvagem. Essa educação seletiva era direcionada apenas à população de origem portuguesa e
a um pequeno grupo de moçambicanos considerados assimilados.
Objectivos
Geral
Compreender o impacto das mudanças legislativas no contexto sociopolítico e
jurídico.
Específicos
Comparar os princípios orientadores de cada lei.
Analisar as disposições relativas aos direitos e deveres dos cidadãos, empresas ou
outras entidades afetadas.
Examinar as implicações das alterações nos procedimentos legais e burocráticos.
Contextualização
Após a independência de Moçambique, o país implementou três leis com o objetivo de se
adaptar às mudanças sociais e políticas. Após a conquista da independência, houve uma
transformação significativa no sistema educacional, visando a formação de um "Homem
Novo" livre de opressões, superstições e da mentalidade colonial burguesa. Esse novo homem
seria alguém que adotasse os valores da sociedade socialista. Essa transformação culminou na
criação do Sistema Nacional de Educação (SNE) em 1983, através da Lei 4/83 de 23 de
Março.
Após o término da guerra civil, que durou 16 anos (1976-1992), o sistema educacional de
Moçambique enfrentou grandes desafios devido à destruição das infraestruturas e ao
deslocamento irregular da população. Foi necessário realizar ajustes no sistema educativo
para se adequar às circunstâncias locais, nacionais e internacionais. Como resposta a essas
necessidades, foi promulgada a Lei 6/92, em 6 de maio. Essa lei trouxe diversas mudanças,
como a redução da idade de ingresso na escola de 7 para 6 anos e a abertura para a
participação de entidades privadas na implementação do Sistema Nacional de Educação.
Após 27 anos, tornou-se necessário realizar ajustes no Sistema Nacional de Educação (SNE)
de Moçambique, a fim de incorporar as novas tecnologias e alinhar a agenda sociopolítica do
país, enfatizando os princípios de paz, desenvolvimento e democracia. Em resposta a essa
necessidade, foi aprovada a Lei 18/2018, em 28 de dezembro de 2018. Essa lei mantém a
idade de ingresso na escola para crianças que completam 6 anos até 30 de junho e promove
alterações nos subsistemas de ensino, abrangendo a Educação Pré-Escolar, Educação Geral,
Educação de Adultos, Educação Profissional, Educação e Formação de Professores, e o
Ensino Superior.
Metodologia
Neste estudo, utilizamos o método dedutivo para analisar os documentos que contêm a
legislação sobre educação em Moçambique desde a independência até o ano de 2018, quando
foi publicada a última lei sobre educação. O objetivo principal desta pesquisa é entender as
diferenças entre a Lei 6/92, de 6 de Maio, e a Lei 18/2018, de 28 de Dezembro, em relação à
educação. Para realizar essa comparação, dividimos o tema em debate em três categorias:
princípios e objetivos, estrutura do Sistema Nacional de Educação e processo de gestão,
direção e administração..
A educação, de acordo com a Lei 6/92, buscava orientar-se pelos princípios pedagógicos que
visavam desenvolver as capacidades e a personalidade de forma equilibrada e constante,
proporcionando uma formação integral. Nesse sentido, a educação estimulava o
desenvolvimento da criatividade, da capacidade de estudo individual e da análise crítica dos
conhecimentos adquiridos. (Fonte: Boletim da República, 1992. Lei 6/92 S.N.E. Maputo)
A Lei 6/92, promulgada em 06 de Maio, estabelecia uma série de objetivos, entre os quais se
destacavam a erradicação do analfabetismo e a garantia do acesso à educação básica para
todos os cidadãos, visando o desenvolvimento do país por meio da obrigatoriedade da
escolaridade para todos os moçambicanos. Além disso, essa lei introduziu a valorização e o
desenvolvimento das línguas nacionais, gradualmente incorporadas no sistema educacional.
Com a idade escolar definida a partir dos 6 anos, foram implementadas atividades e medidas
de apoio e complemento educacional, com o objetivo de promover a igualdade de
oportunidades no acesso e sucesso escolar. Para alcançar esse objetivo, a participação dos
pais, comunidades, órgãos locais de poder, famílias e instituições econômicas e sociais foi
incentivada, visando o êxito da educação obrigatória. (Boletim da República, 1992. Lei 6/92
S.N.E. Maputo)
Uma das medidas adotadas pela Lei 6/92, promulgada em 06 de Maio, foi incentivar a
inscrição das crianças em idade escolar. Ao contrário da lei anterior, a estrutura dessa lei não
utilizava o termo "subsistema".
Na referida lei, o termo "subsistema" foi substituído pelo termo "ensino". Portanto, o sistema
de educação era dividido em três tipos de ensino: (1) ensino pré-escolar, (2) ensino escolar e
(3) ensino extra-escolar. Em relação ao ensino pré-escolar, a legislação estabelecia que esse
tipo de ensino deveria ser oferecido em creches e jardins-de-infância. O público-alvo desse
ensino eram crianças com menos de 6 anos de idade.
Princípios e objectivos
Recentemente, foi implementada a Lei 18/2018 de 28 de Dezembro do SNE, que estabelece
diretrizes para a educação em Moçambique. Essa lei enfatiza a importância da educação como
um direito e um dever do Estado, seguindo os princípios de educação, cultura, formação e
desenvolvimento humano equilibrado e inclusivo para todos os moçambicanos.
Uma das mudanças significativas introduzidas por essa lei é a responsabilidade do Estado na
promoção da cidadania, democracia, consciência patriótica e valores como paz, diálogo,
família e ambiente, por meio da educação. Além disso, a educação passou a ser vista como
um meio de democratização do ensino, garantindo igualdade de oportunidades no acesso e
sucesso escolar para todos os cidadãos.
Outros aspectos importantes incorporados nessa lei são a introdução de princípios morais,
éticos, inclusão, equidade, laicidade e apartidarismo no Sistema Nacional de Educação (SNE).
Essas diretrizes visam assegurar uma educação de qualidade, baseada em valores
fundamentais, e promover uma sociedade mais justa e igualitária.. (Fara, 2007; Hall &
Janssen, 2006)
Fara, (2007). Securing the Future for Africa’s Children: Research plan and program
for impact assessment. (1ᵃ. Ed