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1

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................3

PRINCIPAIS CATEGORIAS NO BRASIL................. 4

A VELHA GUARDA DO AUTOMOBILISMO......... 17

AS MULHERES NO AUTOMOBILISMO.............. 23

AS PRECURSORAS................................................ 25

A “ESCANDALOSA” DOS ANOS 1930................ 26

CURIOSIDADES...................................................... 29

BIBLIOGRAFIA........................................................ 33

CONHEÇA O INSTITUTO RETORNAR................ 36

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INTRODUÇÃO
O brasileiro é fã da velocidade e acompanha com
paixão as diversas categorias automobilísticas dis-
putadas aqui e lá fora.

E aqui no Brasil, temos muita sorte! Quando se fala


de automobilismo, podemos dizer que fomos brin-
dados por alguns dos seus maiores ícones, que aju-
daram a moldar gerações de apaixonados por ve-
locidade.

São disputas cheias de um misto de esporte, adre-


nalina, aventura, competição… uma emoção que
mobiliza milhões de brasileiros em torno de um so-
nho comum: superar os limites de velocidade!

Neste ebook vamos tentar desvendar um pouco


desse sentimento.Vamos contar a história das prin-
cipais competições no Brasil, os primeiros ídolos do
esporte, as mulheres que se destacam e algumas
curiosidades sobre este grande esporte, que ace-
lera e move milhares de corações brasileiros!

Crédito editorial: yesmarketmedia | Shutterstock.com

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PRINCIPAIS
CATEGORIAS
NO BRASIL
Como já falamos, o automobilismo é um dos es-
portes que mais despertam o encanto e atração
nas pessoas.

Apaixonados pela velocidade param para assistir


as disputas que apresentam uma gama de atra-
ções como o ronco dos motores, a tecnologia de
ponta, pilotos, as celebridades e a rivalidade entre
as equipes. Tudo isso desperta a emoção do públi-
co e faz com que as corridas de carros sejam um
dos esportes mais populares do mundo.

Quando se fala em automobilismo, muitos pensam


imediatamente nas corridas de Fórmula 1 nos do-
mingos de manhã, mas esta é apenas uma das ca-
tegorias do automobilismo no Brasil. Conheça ou-
tras disputas tão importantes quanto. Muitas delas
acontecem em etapas por todo o país ao longo do
ano.

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FÓRMULA 1
Esta é a categoria mais avançada do automobilis-
mo. Lá se encontram os melhores carros e os me-
lhores pilotos, que competem em pistas ou em cir-
cuitos de rua fechados.

As equipes são compostas por dois pilotos e os car-


ros são construídos de acordo com as característi-
cas de cada um deles.

Todo o campeonato é pensado para tirar o melhor


de cada equipe, sempre priorizando a velocidade
máxima que um carro consegue alcançar depen-
dendo das condições da pista. Isso faz com que
determinadas equipes, com seus carros, pilotos e
tecnologia se saiam melhor em alguns circuitos e
levem desvantagem em outros.

É onde ocorrem os maiores patrocínios e os maiores


investimentos em segurança e tecnologia. A tem-
porada anual de corridas acontece em 19 países de
todos os continentes.

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Crédito editorial: cristiano barni | Shutterstock.com
Muitos brasileiros já participaram da Fórmula 1 e
se destacaram em seus campeonatos:

• Rubens Barrichello – 323 corridas, com 11 vitórias,


entre 1993 e 2011

• Felipe Massa – 269 corridas, com 11 vitórias, entre


2002 e 2017

• Nelson Piquet – 208 corridas, com 23 vitórias, en-


tre 1978 e 1991

• Ayrton Senna – 162 corridas, com 41 vitórias, en-


tre 1984 e 1994

• Emerson Fittipaldi – 149 corridas, com 14 vitórias,


entre 1970 e 1980

• Pedro Paulo Diniz – 98 corridas, entre 1995 e 2000

• Maurício Gugelmin – 80 corridas, entre 1988 e 1992

• Roberto Pupo Moreno – 75 corridas, entre 1982 e


1995

• José Carlos Pace – 73 corridas, com uma vitória,


entre 1972 e 1977

• Bruno Senna – 46 corridas, entre 2010 e 2012

• Christian Fittipaldi – 43 corridas, entre 1992 e 1994

• Felipe Nasr – 39 corridas, entre 2015 e 2016

• Ricardo Zonta – 38 corridas, entre 1999 e 2005

• Wilson Fittipaldi Jr – 38 corridas, entre 1972 e 1975

• Chico Serra – 33 corridas, entre 1981 e 1983

• Ricardo Rosset – 33 corridas, entre 1996 e 1998

6
• Raul Boesel – 30 corridas, entre 1982 e 1983

• Enrique Bernoldi – 29 corridas, entre 2001 e 2002

• Cristiano da Matta – 28 corridas, entre 2003 e


2004

• Nelson Piquet Jr – 28 corridas, entre 2008 e 2009

• Tarso Marques – 26 corridas, entre 1996 e 2001

• Alex Dias Ribeiro – 20 corridas, entre 1976 e 1979

• Antonio Pizzonia – 20 corridas, entre 2003 e 2005

• Lucas Di Grassi – 18 corridas, em 2010

• Luciano Burti – 15 corridas, entre 2000 e 2001

• Hermano da Silva Ramos – 7 corridas, entre 1955


e 1956

• Chico Landi – 6 corridas, entre 1951 e 1956

• Ingo Hoffmann – 6 corridas, entre 1976 e 1977

• Gino Bianco – 4 corridas, em 1952

• Fritz D’Orey – 3 corridas, em 1959

• Luiz Pereira Bueno – uma corrida, em 1973

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STOCK CAR
A Stock Car é a principal categoria do automobi-
lismo nacional.

No Brasil, a Stock Car existe desde 1979. A corrida


mais conhecida e mais disputada, vencendo até a
corrida do campeonato, é a Corrida do Milhão.

Aqui, disputam a Stock Car veículos que se asse-


melham a carros de passeio. Logo que começaram
as disputas no Brasil, os Opalas eram os modelos
mais utilizados.

Os carros são iguais, para todas as equipes e pi-


lotos. Têm o mesmo chassi, pneus e motor. Nes-
sa corrida, o que faz a diferença, de verdade, é o
talento do piloto e os ajustes feitos no carro pela
equipe.

O grande nome da Stock Car no Brasil é Ingo Hof-


fmann. Conhecido como “Alemão”, ele conquistou
12 títulos em 30 temporadas disputadas.

Crédito editorial: BW Press | Shutterstock.com

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A CORRIDA DO MILHÃO
Desde 2008, a Corrida do Milhão faz parte do ca-
lendário oficial do automobilismo brasileiro.

É uma prova da Stock Car realizada todos os anos


em diferentes circuitos. Como o nome diz, o ven-
cedor leva um milhão de reais para casa. Piloto da
Ipiranga Racing, Thiago Camilo é o maior vence-
dor, com três vitórias, em 2011, 2012 e 2015.

O curioso é que na primeira edição da prova, dis-


putada no Autódromo de Jacarepaguá, no Rio de
Janeiro, a premiação foi feita em dólares. Nos anos
seguintes, graças à diferença no câmbio e à crise
econômica no país, o prêmio passou a ser pago em
reais.

A prova já caiu no gosto popular e é a principal cor-


rida do calendário da Stock Car, atraindo o maior
número de pessoas, patrocinadores e interesses
em geral.

O formato já mudou três vezes: começou sendo


uma corrida de 65 minutos, depois 50 minutos (em
2012) e por fim, desde 2017 são 40 minutos de pro-
va.

Sete pilotos venceram as dez edições do evento,


com Thiago Camilo com três conquistas, seguido
de Rubens Barrichello com duas e Valdeno Brito, Ri-
cardo Maurício, Ricardo Zonta e Daniel Serra com
um triunfo cada.

Entre as marcas participantes, a Chevrolet teve in-


vencibilidade até 2020, quando Ricardo Zonta da
Toyota venceu a Corrida do Milhão.

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FÓRMULA TRUCK
É uma competição em que os caminhões são os
protagonistas nas pistas.

No começo, chamava-se Copa Brasil de Cami-


nhões, mas em 1993, foi homologada pela Confe-
deração Brasileira de Automobilismo e passou a se
chamar Fórmula Truck.

As corridas acontecem em autódromos e os veícu-


los podem chegar até 200 km/h. Por uma questão
de segurança, em competições oficiais a velocida-
de é limitada para 160 km/h.

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Crédito editorial: Astrid Gast | Shutterstock.com
FÓRMULA 3 BRASIL
É a terceira categoria de apenas um piloto regu-
lamentada pela FIA. Muitos pilotos da Fórmula 1,
tiveram o seu início na Fórmula 3. Aqui no Brasil,
surgiu como uma alternativa mais acessível em re-
lação às suas semelhantes no exterior.

A F3 brasileira segue os padrões estabelecidos pelo


órgão regulamentador, entre eles o de ter moto-
res que variam entre 200 e 270 HP de potência e
chassis padronizados.

FÓRMULA E
É uma das categorias de automobilismo mais re-
centes da FIA. A primeira disputa aconteceu em
2014.

Os carros são movidos a energia elétrica e, assim


como a Fórmula 1, fazem parte dos grupos de mo-
nopostos (carros feitos para apenas um piloto).

Os circuitos de asfalto têm de 2,5 a 3 quilômetros


de extensão e os carros têm potência de até 335
HP. Durante as corridas oficiais, a potência é limi-
tada em 300 HP para todos os carros.

Os veículos também têm um peso mínimo de 900


quilos, sendo que 385 quilos são das baterias.

Uma curiosidade: o sistema chamado Fanboost


- os fãs votam pelas redes sociais em seus pilo-
tos favoritos. Os cinco mais votados recebem um
acréscimo de potência de 5 segundos para serem
usados durante a corrida

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CAMPEONATO BRASILEIRO DE
MARCAS
Esse campeonato começou como Campeonato
Brasileiro de Marcas e Pilotos (de 1983 a 2009). A
partir de 2011, recebeu o nome que leva até hoje -
Campeonato Brasileiro de Marcas.

O Brasileiro de Marcas pode ser dividido em 3 fa-


ses distintas: entre 1983 e 1994, de 2004 até 2009
e depois, de 2011 até os dias atuais.

Este é o maior e mais importante campeonato de


veículos com tração dianteira no Brasil.

O campeonato consiste em uma competição entre


veículos conhecidos do grande público, mas sem
todo o preparo existente nos veículos da Stock Car.
Entre as marcas participantes estão: Chevrolet,
Ford, Honda, Mitsubishi, Toyota e Renault.

O primeiro campeonato foi vencido por Toninho da


Matta, em 1983, que dirigia um Fiat 147. Na nova
fase, a partir de 2011, o vencedor foi o piloto Thia-
go Camillo.

Uma curiosidade é que o campeonato é organiza-


do pela Vicar, mesma organizadora da Stock Car
Brasil, por isso é bastante comum a participação
de grandes nomes da Stock Car entre a relação de
pilotos, como Xandy Negrão, Thiago Camilo, An-
dreas Mattheis e Ricardo Maurício.

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CAMPEONATO BRASILEIRO DE
KART
O Campeonato Brasileiro de Kart tem uma pecu-
liaridade: é uma espécie de categoria-escola para
pilotos que estão despontando, ou um hobby para
os pilotos mais experientes.

O processo de inscrição é feito totalmente online,


através do site da Confederação Brasileira de Au-
tomobilismo. Lá, o piloto preenche o formulário de
inscrição com todos os seus dados, de seu equipa-
mento e de sua equipe.

São 18 categorias divididas por idades e níveis de


pilotagem, e cada uma delas aceita a inscrição de
até 34 pilotos. A idade mínima para o início na mo-
dalidade mirim é de 8 anos de idade.

Todas as provas são realizadas entre a segunda e


a terceira semana do mês de julho (período de fé-
rias escolares), no Kartódromo Internacional Beto
Carrero, em Penha, litoral de Santa Catarina.

A grande maioria dos pilotos brasileiros que se des-


tacaram no automobilismo mundial começou nes-
te campeonato de Kart, que é o mais importante
do Brasil.

Crédito editorial: FLUKY FLUKY | Shutterstock.com

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CAMPEONATO BRASILEIRO DE
TURISMO
O Campeonato Brasileiro de Turismo foi criado em
2013 como uma evolução das categorias anteces-
soras Stock Car Light e Copa Montana e Pick Up
Racing O objetivo é preparar jovens pilotos que de-
sejam participar da Stock Car que hoje é a princi-
pal categoria do automobilismo nacional.

As provas são organizadas pela empresa Vicar (que


também organiza a Stock Car) em parceria com a
Marques & Marques, além do patrocínio da Shell
Power.

A competição tem até o momento, Márcio Campos


como o seu maior campeão — seguido por Guilher-
me Sales, Felipe Fraga e Gabriel Robe, que ganha-
ram a competição nos outros anos.

Além do patrocínio e apoio das empresas, o Cam-


peonato Brasileiro de Turismo recebe fundos da Lei
Federal de Incentivo ao Esporte, viabilizando a sua
realização ao longo do ano.

A partir de 2021, foram incorporadas algumas mu-


danças. Todas as etapas da Turismo Nacional serão
conjuntas com as da Stock Car. Outra novidade é
a criação de uma sequência entre o Kart e a Stock
Car, passando pela Turismo Nacional e pela Stock
Light. A temporada de 2021 terá a participação de
mais de 80 pilotos, em 30 equipes de 12 estados
do país.

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RALLY DOS SERTÕES
Um campeonato totalmente diferente dos outros.
Fora dos autódromos, os pilotos enfrentam trilhas,
estradas de terra e terrenos cheios de obstáculos.

O Rally dos Sertões é uma importante etapa do


Campeonato Brasileiro de Rally Cross Country e
também do Mundial Cross Country da Federação
Internacional de Automobilismo.

A primeira prova foi em 1991, quando a prova era


chamada de Rally São Francisco e saia de Ribeirão
Preto, interior de São Paulo, e terminava em Ma-
ceió, Rio Grande do Norte.

O nome Rally dos Sertões seria adotado a partir


de 1993, quando a prova começou em Campos dos
Jordão (SP) e seguiu até o Rio Grande do Norte.

A prova tem quase 5000 km, com duração de 10


dias e envolve carros, caminhões, motos, quadrici-
clos e UTVs (um meio termo entre um quadriciclo e
um carro).

Até 2001, o percurso partia do Estado de São Pau-


lo, terminando em cidades do nordeste, como Na-
tal e Fortaleza. Nos eventos mais recentes, varia
um pouco mais, terminando em Minas Gerais ou,
até mesmo, na região sul do Brasil — mas sempre
partindo de Goiânia.

Na edição de 2012, o Rally dos Sertões completou


20 anos e fez uma de suas edições mais difíceis.
Passando por paisagens fantásticas, o Sertões
2012 fez todos os participantes ficarem boquia-
bertos com o roteiro traçado para a edição. Foram

15
4.840km percorridos em dez dias, com 11 cidades
que serviram de acampamento para quem resol-
veu desafiar o sertão.

O Rally dos Sertões também é conhecido por levar


Ação Social e Ambiental para os locais por onde
a prova passa. O rali leva uma caravana de quase
duas mil pessoas por edição e movimenta todos os
setores da economia das cidades por onde passa.

Também como forma de divulgar o evento, os or-


ganizadores convidam pilotos e celebridades para
participarem das provas. O piloto Rubens Barrichello
participou de duas etapas pilotando um buggy V8,
tração 4x2, da equipe Giaffone Racing. Outros fa-
mosos que já integraram a comitiva foram Luciano
Huck, Whindersson Nunes, o DJ Alok, o empresário
Álvaro Garnero e o chef Olivier Anquier.

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Crédito editorial: Rodrigo Garrido | Shutterstock.com
A VELHA
GUARDA DO
AUTOMOBI-
LISMO
Chico Landi
Nascido Francisco Sacco Landi, Chico Landi come-
çou a sua carreira de piloto no Circuito da Gávea,
no Rio de Janeiro, no ano de 1934.

Nas décadas de 1930 e 1940, venceu algumas pro-


vas pilotando carros movidos a etanol de fabrica-
ção nacional, enquanto seus rivais usavam meta-
nol importado da Europa. Foi campeão nacional em
1943, 1944 e 1945, pilotando carros equipados com
gasogênios abastecidos com carvão vegetal sen-
do, por isso, apelidado de “Rei do Gasogênio”.

Começou a carreira internacional entre em 1947


e até o ano de 1957, Chico Landi foi um dos mais
famosos pilotos na Europa, tendo participado de
todas as grandes corridas da época, ao lado dos
maiores nomes do automobilismo.

Foi o primeiro brasileiro a vencer uma prova inter-


nacional, o Grande Prêmio de Bari em 1948, a mais
importante prova automobilística daquela época,
sendo essa vitória também a primeira da Ferrari na
categoria.

17
Landi também foi o primeiro brasileiro a correr na
Fórmula 1. No GP da Itália, Monza, 1951, ele pilotou
uma Ferrari 375 alugada largando na 16ª posição,
entre 22 pilotos. Participou apenas de seis Gran-
des Prêmios entre 1951 a 1953 e mais uma corrida
em 1956, sem conseguir vitória alguma e podium
também. Seu melhor resultado foi um 4º lugar no
GP da Argentina de 1956, onde marcou 1,5 ponto
com uma Maserati 250F e se tornou o primeiro pi-
loto brasileiro na história da Fórmula 1 a terminar
uma corrida na zona de pontuação.

Em 1957, Chico deixou as competições internacio-


nais, mas seguiu vitorioso nas disputas no Brasil,
como a Mil Milhas, 500 Quilômetros e 24 Horas de
Interlagos. Só em 1974, já com 66 anos de idade,
Chico Landi disputou sua última corrida.

Landi foi diretor do autódromo de Interlagos até


1985. Morreu em 1989, aos 81 anos.

Bird Clemente
Foi um dos pioneiros do automobilismo nacional e
disputou as principais corridas entre os anos 50 e
70.

Bird começou a competir em 1958, com apenas


21 anos, participando das Mil Milhas Brasileiras a
bordo de um DKW em dupla com Ciro Cayres. Cin-
co anos depois conseguiu o primeiro contrato para
dirigir para a equipe oficial Willys, tornando-se o
primeiro piloto profissional do Brasil.

A história de Bird no automobilismo foi marcada por


muitas conquistas em provas importantes, como a
Almirante Tamandaré, em 1967 (Rio de Janeiro), as

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24 Horas de Interlagos com seu irmão, Nilson Cle-
mente, em 1970, dupla que repetiria o feito nas 25
Horas de Interlagos em 1973, entre outras.

Luiz Pereira Bueno


Entre as décadas de 1950 e 1970, Luiz Bueno foi
um dos competidores mais vitoriosos nas nossas
pistas.

A carreira dele começou em 1958 e por muitos anos


ele brilhou em provas de turismo, com a conquista
das Mil Milhas Brasileiras, no ano de 1967. Sua pas-
sagem pela equipe Willys foi especialmente mar-
cante.

Conquistando cada vez mais espaço, Bueno decidiu


tentar a sorte em competições na Europa no fim da
década de 1960. Apesar dos bons resultados, como
o vice-campeonato da Fórmula Ford na Inglaterra,
o piloto retornou ao Brasil e voltou a marcar época
ao montar a equipe Hollywood, que fez muito su-
cesso por aqui.

Vitorioso e reconhecido como um dos grandes no-


mes nacionais no automobilismo na época, espe-
rava-se que Luiz Bueno fosse decolar na carrei-
ra internacional como os compatriotas Emerson e
Wilsinho Fittipaldi e José Carlos Pace. No entanto,
Luiz disputou apenas duas corridas de Fórmula 1,
ambas no nosso país. Em 1972, o primeiro GP do
Brasil (em corrida extra-oficial e com carro aluga-
do pela equipe March) e, em 1973, a primeira corri-
da em Interlagos valendo pontos, pela equipe Sur-
tees.

Depois disso, Luiz Bueno nunca mais pilotou um

19
Fórmula 1, mas se manteve atuante em corridas de
longa duração no Brasil e na Europa.

Luiz Bueno ainda foi campeão brasileiro de Divi-


são 4 em 1975, último ano em que competiu regu-
larmente. Chegou a ter uma equipe de Stock Car
nos anos 1980, e até correu na temporada de 1982,
pontuando em algumas provas.

Também conhecido como “Peroba”, Luiz Bueno se


despediu das pistas nos Mil Quilômetros de Bra-
sília de 1984, terminando em oitavo lugar com um
Escort.

Luiz Pereira Bueno morreu na manhã do dia 8 de


fevereiro de 2011 em Atibaia, interior de São Paulo,
vítima de um câncer no pulmão, aos 74 anos. Eter-
no apaixonado pelas pistas, Luiz Bueno foi crema-
do. Suas cinzas foram jogadas no Autódromo de
Interlagos.

José Carlos Pace


Pace estreou no automobilismo em 1963, disputan-
do provas de Turismo pela equipe Willys. Em 1970,
ele começou a carreira internacional, disputando o
Campeonato Inglês de Fórmula 3, sendo campeão.
No ano seguinte, em 1971, ele vence o GP de Ímola
de Fórmula 2. Com a vitória, ele recebe um convi-
te para integrar a equipe de Protótipos da Ferrari
a partir da temporada de 1972, tendo como melhor
resultado o segundo lugar nas 24 horas de Le Mans
de 1973.

O ingresso na Fórmula 1 deu pela equipe Williams,


que na época utilizava carros March da temporada
anterior. Ainda assim, Pace pontuou duas vezes,

20
terminando o campeonato em 16º lugar, com três
pontos.

Em 1972, Pace foi escolhido o quarto melhor pilo-


to do mundo pelo anuário Autocourse, perdendo
apenas para lendas como Jackie Stewart, Ronnie
Peterson e Emerson Fittipaldi.

Em 1975, disputando a temporada pela Brabham,


Pace fez sua melhor temporada no automobilismo.
Além da Fórmula 1, participou do Campeonato Bra-
sileiro de Turismo e sagrou-se campeão do Grupo
1. Venceu também as 25 horas de Interlagos. Seu
principal feito na temporada veio no segundo GP
de 1975, no Brasil. Pace venceu a corrida, fazendo
dobradinha com Emerson Fittipaldi; a primeira na
Fórmula 1. Terminou a temporada em 6º, com 24
pontos.

Em 1977, um segundo lugar no Grande Prêmio da


Argentina foi o último pódio de José Carlos Pace.
Participou de mais duas corridas, Brasil e África do
Sul, sem pontuar.

Luiz Pace morreu no mesmo ano, aos 32 anos, num


acidente de avião.

Em 1985, o Autódromo de Interlagos foi batizado


Autódromo José Carlos Pace em sua homenagem.

Wilson Fittipaldi Jr.


Membro de uma das famílias mais tradicionais do
automobilismo brasileiro, Wilson Fittipaldi Jr. es-
treou na Fórmula 1 em 1 de maio de 1972. Dispu-
tou 38 GPs de Fórmula 1, pelas equipes Brabham
e Fittipaldi, entre 1972 e 1975, tendo conquistado

21
três pontos em 35 largadas na categoria máxima
do automobilismo mundial.

A sua paixão pelo automobilismo começou na dé-


cada de 1960: ele construía carros de corrida e par-
ticipava de disputas para a Fórmula Vê. Com essa
experiência em construção, em 1974, Wilsinho deci-
de construir um carro brasileiro na Fórmula 1. Junto
com o irmão Emerson, ele cria a equipe Fittipaldi,
patrocinada inicialmente pela Copersucar.

Em 1978, Emerson Fittipaldi conduziu o carro da


equipe Fittipaldi ao segundo lugar no Grande Prê-
mio de Jacarepaguá, vencido pelo argentino Car-
los Reutemann, da Ferrari. Foi a melhor colocação
do time brasileiro em uma prova na F1.

Em 1980, a Fittipaldi foi a 12ª do Mundial de Cons-


trutores, um ponto à frente da Ferrari. A equipe en-
cerrou suas atividades ao término da temporada
de 1982.

Após a Fórmula 1, Wilsinho ainda correu na Sto-


ck Car, mas depois envolveu-se com a direção de
equipes e com a carreira do filho Christian.

22
MULHERES
NO AUTOMO-
BILISMO
Automobilismo, com qualquer outro esporte, não
é só coisa de homem. Desde as primeiras competi-
ções, as mulheres também fazem bonito nas pistas
e mostram todo o seu talento em diferentes com-
petições. Conheça algumas mulheres que seguem
firmes em suas posições e na sua paixão pela ve-
locidade, quebrando recordes e preconceitos.

Bia Figueiredo
Bia Figueiredo foi a primeira mulher no mundo a
vencer uma corrida de Fórmula Renault e a primei-
ra mulher a vencer uma corrida na Indy Lights, em
2008. Em 2010, se tornou a primeira brasileira a
disputar as famosas 500 Milhas de Indianápolis e
também disputou a São Paulo Indy 300.

Em 2011, tornou-se piloto oficial da Equipe Dreyer


& Reinbold e estreou em Tampa Bay, na Flórida, no
dia 27 de Março. Durante a etapa, Bia fraturou o
punho direito na quarta volta ao se chocar com o
piloto Graham Rahal. Mesmo a corrida tendo 100
voltas de 2897 metros, ela foi até o fim.

Bia disputou a Stock Car Brasil de 2014 até 2020.

23
Suzane Carvalho
Suzane começou a carreira como atriz na Rede Glo-
bo. Em 1989, começou a correr de Kart e, no mesmo
ano, foi Campeã Brasileira e de várias outras com-
petições. Passou pelas Fórmulas 1600, Fórmula
Ford, Fórmula 2000 canadense e Fórmula 2000
italiana.

Em 1992, foi campeã brasileira e sul-americana da


Categoria B da Fórmula 3. Essa foi a primeira vez na
história do automobilismo mundial que uma mu-
lher conquistou um título na Fórmula 3.

Suzane passou muitos anos por dificuldades de


patrocínio e também por muitas situações de pre-
conceito por ser uma mulher piloto. Isso fez com
que ela tivesse problemas para conseguir disputar
os campeonatos.

Em agosto de 2011 Suzane voltou a correr com um


carro de Fórmula 3, ela disputou a etapa do Rio de
Janeiro da Fórmula 3 Sul-americana na classe Li-
ght. O convite foi feito pela equipe Cesário Fórmu-
la.

Hoje ela trabalha como jornalista e escritora de dois


livros sobre pilotagem de competição.

Débora Rodrigues
Debora tem uma origem bastante humilde. Foi mili-
tante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra (MST) nos anos 90. Filha de caminhoneiro,
ela aprendeu a dirigir aos 12 anos e começou a dis-
putar a Fórmula Truck em 1998. Neste ano, outras
mulheres também participavam do campeonato

24
como Márcia Arcade, Danusa Moura, Cristina Ro-
sito e a uruguaia Carolina Canepa.

Hoje, aos 52 anos, ela é a única mulher na Copa


Truck e compete pela equipe AM Motorsport (Mer-
cedes Benz).

AS PRECUR-
SORAS
Maria José Pereira Barbosa Lima e Rosa Helena
Schorling foram as primeiras mulheres a “conquis-
tarem” o direito de dirigir no Brasil.

Isso foi há quase 90 anos. O ano de 1932 foi mar-


cado pelo fato de que as primeiras mulheres tira-
ram habilitação para dirigir automóvel.Vale lembrar
que o primeiro automóvel chegou ao Brasil antes
do início do século 20. Em 1871, já tinha um carro
circulando nas ruas de Salvador, pilotado pelo em-
presário Francisco Antonio Pereira Rocha.

Na Europa, as mulheres já pilotavam carros. Em


1889, na França, a duquesa Anne d’Uzés tornou-
-se a primeira mulher do mundo a obter habilitação
para dirigir. Apaixonada por velocidade, ela tam-
bém foi a primeira mulher a ser multada por exces-
so de velocidade, trafegando a 15 km/h em ruas
onde o limite era de 12 km/h.

Em 1909, nos Estados Unidos, Alice Ramsey Essa


também fez história: foi a primeira mulher a atra-

25
vessar os Estados Unidos dirigindo, uma façanha
realizada com três amigas. Durante todo o percur-
so, ela foi a única a dirigir o carro.

Aqui no Brasil, as nossas primeiras motoristas


também eram mulheres destemidas. Rosa Helena
Schorling foi a primeira paraquedista do país e em
1933, ela também tirou carta de moto.

Maria José Pereira Barbosa Lima e Rosa Helena


Schorling merecem ser citadas como as primeiras
mulheres que fizeram história no automobilismo.

A “ESCANDA-
LOSA” DOS
ANOS 1930
A conselho do piloto alemão-austriaco Hans Stuck
von Vielliez, que já participava de corridas no Brasil
desde 1932, o Brasil recebeu em suas competições, a
famosa corredora francesa de carros (que também
já havia sido acrobata, modelo e “dançarina exó-
tica”), Mariette Hélène Delangle, conhecida como
“Hellé-Nice”. Em 1936, ela participou do Circuito da
Gávea (GP do Rio de Janeiro) e do Jardim América
(GP de São Paulo), com seu Alfa Romeo 8C 2300
Monza.

No GP do Rio, Hellé-Nice teve problemas com o


seu carro e competiu substituindo outro piloto que

26
havia se acidentado. O público, estimado em cer-
ca de quinhentas mil pessoas, pode acompanhar
o desempenho da única mulher que disputava em
igualdade com os homens. Hellé-Nice não decep-
cionou: na primeira volta saltou para o quarto lu-
gar, chegou a ficar em terceiro e lutou para ali se
manter, embora aos poucos fosse sendo ultrapas-
sada, e abandonou a prova depois da 11ª volta de
um total de 25.

A passagem pelo Rio de Janeiro não ficou em bran-


co: a piloto causou um “escândalo” ao posar para
fotos com um maiô de duas peças e fumando na
praia de Copacabana. Hellé-Nice era uma mulher à
frente do seu tempo e por isso, seu comportamen-
to chocava a maior parte das pessoas. Ela fumava
em público, usava unhas pintadas e os outros pilo-
tos procuravam registrar fotos ao seu lado.

No GP de São Paulo, Hellé-Nice foi envolvida num


grave e espetacular acidente.

Vale lembrar que, naquela época, o público acom-


panhava as corridas bem próximo às pistas e sol-
dados faziam a contenção das pessoas para que
não invadissem a pista.

A organização da corrida estava atenta a esse pro-


blema com a segurança, mas não foi o suficiente.

Hellé-Nice disputava os primeiros lugares e quan-


do estava a apenas 100 metros da bandeirada,
se deparou com um soldado na pista que havia se
desequilibrado ao tentar conter a plateia. Ela não
conseguiu desviar e o atropelamento foi inevitável,
causando morte instantânea ao soldado. O carro
prosseguiu desgovernado e capotou bem próximo

27
à linha de chegada, arremessando o corpo de Hellé-
-Nice de encontro à plateia, após cruzar a linha em
quarto lugar.

O acidente matou quatro soldados que atuavam


tentando conter o público e teve ainda dezessete
feridos graves e vinte e cinco leves. Outros dois fe-
ridos graves vieram a morrer depois, elevando para
seis as vítimas fatais.O primeiro GP paulista pas-
sou a ser conhecido como a “corrida da morte”.

Hellé-Nice foi hospitalizada com ferimentos leves,


mas foi forçada a encerrar prematuramente sua
carreira.

Ainda hoje ela é considerada a pioneira entre as


mulheres do automobilismo de elite mundial, e dis-
putou mais de 70 provas; sua postura visionária,
transviada e corajosa influenciou outras mulheres
a se aventurarem nas corridas.

Sua fama foi tão grande na América do Sul, sobre-


tudo no Brasil onde sofreu um grave acidente, que
muitas mães puseram em suas filhas o nome “Hel-
lenice” em sua homenagem.

28
CURIOSIDADES
CORRE, MAS NÃO MUITO
Criada desde 1991, o Rally dos Sertões teve uma
mudança importante em janeiro de 2005. A orga-
nização da prova, uma das competições off-road
mais importantes do Brasil , decidiu impôr um li-
mite de velocidade para todos os carros, motos,
caminhões e quadriciclos que participarem da cor-
rida. Eles não podem ultrapassar os 150 km/h. A
medida foi tomada para diminuir o alto índice de
acidentes.

Apesar das medidas de segurança, em 2020, o pi-


loto de moto Tunico Maciel, da equipe Honda Ra-
cing, morreu em decorrência dos ferimentos cau-
sados pela queda de moto sofrida durante a última
etapa da temporada.

O CAMPEÃO DAS INVASÕES


O piloto Rubinho Barrichello é famoso mundialmen-
te até hoje por ter o recorde de piloto mais expe-
riente da Fórmula 1, tendo corrido todas as tempo-
radas entre 1993 e 2011 ininterruptamente. Foram
17 anos pilotando. E ele detém uma outra marca
muito curiosa: nas duas únicas vezes em que cor-
ridas foram paralisadas por conta de invasões na
pista, o vencedor foi Barrichello: primeiro em 2000,
na Alemanha, e depois em 2003, na Inglaterra.

29
UM CLUBE DE GRANDES NOMES
O primeiro carro chegou ao Brasil por volta de 1871,
por isso, mesmo no início do século ainda haviam
poucas pessoas com automóveis circulando pelas
ruas das principais cidades. O primeiro clube de
fãs de carros, o “Automóvel Club do Brasil” só se-
ria fundado em 27 de setembro de 1907. Um ano
depois, o governo do Rio de Janeiro (a capital do
país na época) reconheceu e oficializou a entidade.
Como você deve imaginar, o Automóvel Club não
tinha muitos membros. O clube era formado pelos
seis primeiros proprietários de carros no país até
então: Santos Dumont, José do Patrocínio, Álvaro
Fernandes da Costa Braga, Aarão Reis, Olavo Bi-
lac e Fernando Guerra Duval. A proposta da asso-
ciação era desenvolver entre os brasileiros o gos-
to pelo automobilismo, a importação de carros, a
formação de motoristas, a abertura de estradas,
entre outras atividades ligadas aos veículos.

CADÊ O HINO?
Chico Landi é um dos grandes nomes do automo-
bilismo brasileiro. O piloto foi um dos primeiros a
atuarem no circuito profissional internacional e ele
também foi o responsável por abrir caminho para
grandes nomes que viriam depois. Chico Landi tam-
bém teve que vencer a resistência dos estrangeiros
que não acreditavam na destreza do brasileiro.

Em 1948, Landi surpreendeu a todos ao vencer o


segundo Grande Prêmio de Bari, a mais importante
prova automobilística daquela época, sendo essa
vitória também a primeira da Ferrari na categoria.
Foi um fato tão inesperado que os organizadores

30
do Grande Prêmio, não tinham o Hino Nacional Bra-
sileiro para tocar na festa de comemoração. Perdi-
dos, os organizadores acabaram tocando “O Gua-
rani” de Carlos Gomes.

Chico ainda repetiu o feito e venceu a corrida em


1952, tornando-se bicampeão. Desta vez, tinha
hino nacional.

PILOTO E PROJETISTA
O legado de Wilson Fittipaldi vai além das pistas.
Ele também foi um importante engenheiro e já ha-
via construído carros de corrida vencedores quando
participava com o irmão de provas do automobilis-
mo brasileiro da década de 1960, nas chamadas de
corridas de Fórmula Vê.

Em 1974 quando estava na Fórmula 1, Wilsinho re-


solveu se dedicar à construção de um carro para
a categoria. Um feito que até hoje não foi supera-
do, ainda é o único projeto brasileiro que chegou a
competir nessa categoria.

O carro ficou pronto e estreou em 1975, tendo como


piloto no primeiro ano o próprio Wilson.

DUAS CORRIDAS
Na Stock Car cada etapa é formada por duas cor-
ridas. Na segunda, o grid é definido a partir dos 10
primeiros colocados na primeira. A princípio pare-
ce um pouco confuso, mas por exemplo: o piloto
que termina em décimo na primeira prova é pole
na corrida seguinte.

A partir de 2021, a organização estabeleceu um


novo modelo: as duas corridas da rodada dupla pas-

31
sam a ter 30 minutos. A temporada havia come-
çado com corridas mais curtas: a primeira, maior,
com 25 minutos, enquanto que a segunda tinha
20 minutos, sem obrigatoriedade de pit-stop.

DUBLÊ NO CINEMA
O piloto José Carlos Pace brilhou nas pistas e,
olha só, no cinema! Em 1976, Pace voava baixo na
Fórmula 1 e chamou a atenção dos produtores de
Hollywood. Ele foi convidado para atuar como dub-
lê de Al Pacino no filme “Bobby Deerfield - A Mil por
Hora” nas cenas de competição nos GPs do Brasil,
África do Sul e Estados Unidos.

O filme conta a história de um piloto de F1 obceca-


do em vencer, mas depois de ver um acidente trá-
gico e fatal, começa a ter medo da morte. Em todas
as cenas de corrida, quem aparece ao volante do
famoso Brabham-Martini foi o próprio José Carlos
Pace, o piloto brasileiro que corria com aquele car-
ro e que até tinha alguma semelhança física com o
ator americano.

Muitos brasileiros estranharam ver o piloto brasi-


leiro com um macacão com a bandeira americana
em primeiro plano e o nome Bobby Deerfield bor-
dado.

Infelizmente, Pace morreu no ano seguinte, num


acidente de avião pouco depois da estreia do filme.

32
BIBLIOGRAFIA
CRÉDITO EDITORIAL
BW Press/Shutterstock.com

PRINCIPAIS CATEGORIAS NO
BRASIL
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http://www.portalautoshopping.com.br/blog/saiba-quais-sao-as-categorias-de-automobilismo-mais-importantes-do-
-brasil/ Acesso em 22/05/2022

FÓRMULA 1
Referência disponível em: https://www.esportelandia.com.br/automobilismo/pilotos-brasileiros-na-formula-1/ Acesso em
22/05/2022.

STOCK CAR
Referência disponível em:

https://imaginera.com.br/portfolio/revistakmv/2018/10/09/stock-car-10-curiosidades-sobre-a-principal-categoria-do-
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A CORRIDA DO MILHÃO
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FÓRMULA TRUCK
Referência disponível em: https://mrvnoesporte.com.br/categorias-de-automobilismo/ Acesso em 22/05/2022.

FÓRMULA 3 BRASIL
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FÓRMULA E
Referência disponível em: https://mrvnoesporte.com.br/categorias-de-automobilismo/ Acesso em 22/05/2022.

CAMPEONATO BRASILEIRO DE
MARCAS
Referência disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasileiro_de_Marcas Acesso em 22/05/2022.

CAMPEONATO BRASILEIRO DE
KART
Referência disponível em: http://www.portalautoshopping.com.br/blog/saiba-quais-sao-as-categorias-de-automobilismo-

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CAMPEONATO BRASILEIRO DE
TURISMO
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RALLY DOS SERTÕES


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A VELHA GUARDA DO AUTOMO-


BILISMO
Chico Landi
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Bird Clemente
Referência disponível em: https://terceirotempo.uol.com.br/que-fim-levou/bird-clemente-4536 Acesso em 22/05/2022.

Luiz Pereira Bueno


Referência disponível em: https://ge.globo.com/motor/formula-1/blogs/f1-memoria/post/2021/02/08/um-dos-grandes-pi-
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DUBLÊ NO CINEMA
Referência disponível em: http://www.f1flash.com/Noticias/Al-Pacino-piloto-de-F1 Acesso em 22/05/2022.

35
CONHEÇA O
INSTITUTO
RETORNAR
A fundação do Instituto Retornar é um sonho con-
cretizado. Por meio dele, nossa missão de transfor-
mar vidas pode levar o amor e a esperança para mi-
lhares de pessoas pelo Brasil.

As conquistas do Instituto Retornar já são inúme-


ras. Estabelecemos parcerias com 22 organizações
sem fins lucrativos em mais de 10 estados. Ao todo,
mais de 3.500 pessoas em 19 cidades foram direta-
mente beneficiadas por essa rede de amor.

Atuando em 6 causas humanitárias principais, o Ins-


tituto Retornar permitiu que crianças e adolescen-
tes em situação de risco tivessem acesso à educa-
ção, à música, à arte e ao esporte. Ainda ofereceu
assistência multidisciplinar a pessoas com deficiên

36
cias, melhorando a qualidade de vida e favorecendo
a inclusão social. Realizou a doação de carros, ces-
tas básicas, equipamentos de esporte e custeio de
reformas.

E tudo isso foi possível porque o Instituto Retornar


é movido pelo amor - a força mais transformadora
que existe.

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