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Salimo Somar
Salimo Somar
2. Metodologia ..................................................................................................................... 3
3. Tempo .............................................................................................................................. 4
Referências bibliográficas..................................................................................................... 11
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1. Introdução
Devido à extensão do tempo histórico, as suas unidades de contagem mais comuns usadas
pela História são: ano, década, século e milênio. O século é a medida de tempo mais utilizada
pelos historiadores. Os anos são representados por algarismos indo-arábicos (1, 2, 3, 4…) e
os séculos, por algarismos romanos (I, II, III, IV…).
1.1.Objectivo Geral
1.2.Objectivos específicos
− Identificar a relação entre a abordagem história e a componente temporal
− Apresentar o conceito de tempo e tempo histórico;
− Descrever a forma da contagem do tempo em história;
− Mencionar as formas de contagem do tempo histórico.
2. Metodologia
Para o alcance dos objectivos previamente traçados, o proponente optou por fazer um estudo
descritivo através de uma pesquisa bibliográfica, que se caracteriza pela na busca de
informações já publicados em diversas obras e diversos autores para sustentar o conteúdo a
ser tratado.
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3. Tempo
Santo Agostinho (1987) diz ser muito difícil discorrer sobre o tempo e o desenvolve como
subjetivo, isto é, como a maneira (humana) de se relacionar com as coisas que passaram,
passam e passarão.
O passado não existe mais, o futuro ainda não chegou e o presente torna-se pretérito a cada
instante. O que seria próprio do tempo é o não ser. O passado existe, por força de minha
memória, no presente. Da mesma forma, o futuro existe, por força da expectativa de que as
coisas ocorrerão, no presente. E o presente seria a percepção imediata do que ocorre. (p.224)
Nesta ordem de ideias, os tempos são três: presente das coisas passadas, presente das coisas
futuras e presente das coisas presentes. Portanto, o tempo é subjetivo, pois o modo como nos
referimos às coisas depende totalmente de elementos internos.
O estudo do tempo pode e deve ser iniciado partindo do individual para o coletivo, das
vivências pessoais para o grupo social, buscando por meio da história do grupo fazer relações
com outros grupos em tempos e espaços diferentes.
Segundo Ferdinand Braudel citado por Meno (s.d), “a história processa-se no tempo. Porém,
o tempo social pode não coincidir com o tempo cronológico” (p.31); a sua duração, sequência
ou mudanças são verificadas a partir de outros fenómenos da mesma espécie, isto é,
históricos; “o tempo dura enquanto se mantiverem certas regenciais e significações que lhes
dão sentido; o tempo histórico esta ligada as acções humana e a sua característica fundamental
é não ocorrer simultaneamente no mesmo grupo em diferentes sociedades”(Meno, s.d. p.32)
Segundo Padilha et all (2019), “o tempo histórico são as referências históricas utilizadas para
organizar os acontecimentos mais importantes e as grandes mudanças das sociedades e
civilizações. É uma forma de contar o tempo a partir da ação dos seres humanos na Terra,
pelas experiências que um povo, nação ou toda humanidade passaram”
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Meno (s.d) refere que mediante as multiplicidades dos tempos sociais e culturais, Braudel
apresentou a história um modelo triplo de duração histórica conotando com o tempo utilizado
na previsão económica:
Portanto, percebe-se que o tempo histórico é marcado por grandes acontecimentos, como
guerras, quedas de impérios, grandes construções, grandes epidemias e mudanças de regimes.
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Considerando as três maiores religiões monoteístas existentes, Padilha et all (2019) refere que
existem diferentes formas de fazer a contagem do tempo histórico e 3 diferentes calendários:
O calendário da Igreja Católica se inicia com o nascimento de Jesus Cristo durante a Idade
Antiga. Esse é um dos principais marcos para a contagem do tempo em nossa civilização. O
ano do nascimento de Cristo é considerado o ano 0. Todos os anos que antecedem seu
nascimento são contados de maneira decrescente e trazem junto as letras a.C (antes de Cristo).
O calendário judaico se iniciou no ano 3761 a.C, que segundo a tradição judaica foi o ano
da criação de Adão. Isso significa que em 2020, estaríamos no ano 5780 ou 5781 (conforme o
mês) do calendário hebraico. Esse calendário também está dividido em 12 meses, mas esses
meses não correspondem à mesma divisão de meses do calendário cristão.
5.3.Calendário Muçulmano
Padilha et all (2019) refere que podemos nos deparar também, com outras formas de contar o
tempo, como o tempo biológico, o tempo geológico e o tempo psicológico.
6.1.Tempo biológico
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6.2.Tempo geológico
Assim, os limites de tempo utilizados como referência para a geologia são enormemente
maiores que os dos homens, que surgiram na Terra há apenas cerca de 130 mil anos.
6.3.Tempo psicológico
O tempo psicológico é outro tipo de marcação de tempo e está relacionado com a percepção
da passagem do tempo pelos indivíduos. Quando uma pessoa passa por uma experiência com
forte intensidade emocional, por exemplo, ela pode ter a sensação de que a experiência durou
muito mais ou muito menos do que o tempo cronológico marcaria.
Fonte: https://www.significados.com.br/tempo-historico/
Segundo Moutinho (2018), a contagem do tempo que nós utilizamos no mundo cristão
ocidental começou a ser usada no final da Idade Média, e considera o ano 1 como sendo o ano
do nascimento de Jesus Cristo. Os períodos anteriores ao nascimento de Cristo são contados
em ordem decrescente, sempre acompanhados pelas iniciais a.C. – “antes de Cristo”. Nos
anos posteriores ao ano 1, coloca-se apenas a data, pois já se pressupõe que seja “depois de
Cristo” – d.C.
Temos o século I (em algarismo romano) correspondendo ao intervalo de tempo que vai do
ano 1 ao 100; o século II vai do ano 101 ao 200 e, assim, sucessivamente. “Importa realçar
que essa contagem do tempo prevalece nas sociedades cristãs ocidentais e que, portanto, é
apenas uma das maneiras de fazê-la. Isso implica o fato de que em outras sociedades existem
diferentes contagens do tempo, que podem se basear em fatos religiosos ou não” (Moutinho,
2018).
Segundo Meno (s.d), para identificar um século a partir de uma data qualquer, podemos
utilizar operações matemáticas simples:
− Se o ano terminar em dois zeros, o século corresponderá ao (s) primeiro (s) algarismo
(s) à esquerda desses zeros, isto é, basta repetir o número que sobrou.
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− Se o ano não terminar em dois zeros, desconsidere a unidade e a dezena, se houver, e
adicione 1 ao restante do número, ou seja, desprezar a dezena final e acrescentar 1
(um) ao número que sobrou.
Exemplos:
2000 = Século 20
200 = Século 2
241= 2+1 = 3 (Século 3)
1995 = 19+1 = 20 (Século 20)
2021 = 20+1 =21 (Século 21)
2132 =21+1=22 (Século 22)
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8. Considerações finais
Cada civilização desenvolve diferentes formas de compreendê-lo e contá-lo, o que pode ser
observado nos diferentes calendários existentes, mas, existe um calendário que é
universalmente mais aceite, que é o Cristão ou Gregoriano.
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Referências bibliográficas
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