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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino à Distância

Centro de Recursos de Nampula

Descrição do Ambiente Físico da Escola e sua Estrutura Organizacional

Salimo Somar

Nampula, Novembro de 2021


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino à Distancia

Centro de Recursos de Nampula

Descrição do Ambiente Físico da Escola e sua Estrutura Organizacional

Salimo Somar

Trabalho Científico apresentado ao


Departamento do ensino de História da
Universidade Católica de Moçambique,
Centro de Ensino a Distância - Nampula,
com o intuito de obtenção da 1ª Avaliação
da cadeira de Práticas Pedagógicas I, 1º
Ano.
Tutor: Sulemane Issagy Sulemane

Nampula, Novembro de 2021

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Índice
Introdução ............................................................................................................................... 4

1.1. Objectivo Geral ............................................................................................................ 4

1.2. Objectivos específicos ................................................................................................. 4

2. Revisão de literatura ........................................................................................................ 5

2.1. Estrutura orgânica da escola ........................................................................................ 5

2.2. O Amiente físico da escola .......................................................................................... 7

2.2.1. Localização e implantação geográficas da escola .................................................... 8

2.2.2. A dimensão da escola ............................................................................................... 9

2.2.3. As Exigências Construtivas para Instalações Sanitárias para Deficientes ............... 9

2.2.4. Disposição do Átrio na Escola ............................................................................... 10

2.2.5. Exigências do Regulamento de Segurança Contra Incêndios em Edifícios


Escolares ............................................................................................................................... 11

2.2.6. A sala de aula ......................................................................................................... 12

3. Metodologia ................................................................................................................... 13

4. Resultados...................................................................................................................... 14

4.1. Caracterização da escola ............................................................................................ 14

4.2. Localização e implantação geográfica da escola ....................................................... 14

4.3. A dimensão da escola ................................................................................................ 14

4.4. As salas de aulas ........................................................................................................ 15

4.5. Higiene ....................................................................................................................... 15

4.6. Poluição Sonora ......................................................................................................... 16

Conclusão.............................................................................................................................. 17

Referências Bibliográficas .................................................................................................... 18

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Introdução

O espaço físico da escola denota a ideia em volta das condições materiais que um certo
estabelecimento de ensino pode (ou podia) reunir para a realização adequada do trabalho
docente e discente. Desempenhando um papel importante na fixação de uma escola, a
componente física é cativa de vários aspectos prioritários e recomendados por qualquer
Ministério de tutela no mundo, nomeadamente, localização geográfica da escola, a dimensão
da escola, a arquitectura, a (não) propensão a poluição sonora, a segurança, etc.

Assim, o presente trabalho visa descrever o ambiente físico da Escola Primária do 1º e 2º Grau
de Km 6 Cacara, que se localiza na vila de Moma, Distrito de Moma, Província de Nampula,
que lecciona 1ª a 7ª Classe, 36 turmas, 13 salas salas de aulas, 1 bloco Administrativo, 2351
alunos inscritos no ano lectivo de 2021 e 36 professores.

1.1.Objectivo Geral

Conhecer o Ambiente Físico da Escola Primária do 1º e 2º Grau de Km 6 Cacara e sua estrutura


organizacional.

1.2.Objectivos específicos

 Identificar os elementos que caracterizam a Escola Primária do 1º e 2º grau Km6 Cacara;


 Caracterizar a localização, implantação geográfica, dimensão e a não propensão a
poluição sonora da escola;
 Descrever os elementos físicos visíveis na escola.

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2. Revisão de literatura

2.1.Estrutura orgânica da escola

De acordo com Araujo (s.d) a estrutura organizacional é o conjunto de variáveis complexas,


sobre as quais os gestores fazem escolhas e tomam decisões. Define a forma como as tarefas
devem estar destinadas, especifica quem depende de quem e define os mecanismos formais.

A estrutura organizacional Escolar normalmente é composta pelo Conselho da escola, director


da escola e dispõe de dois tipos básicos de estruturas: o pedagógico e o administrativo.

O conselho da escola “é o Órgão máximo do estabelecimento de Ensino” (Agenda do professor,


2009, pg. 90) que exerce função consultiva, deliberativa e fiscal, em que o director é membro
nato.

De acordo com Libâneo (2005), os órgãos de gestão na escola e suas respectivas funções, são:

 O Presidente do Conselho da Escola

O presidente do conselho da escola é o órgão máximo do estabelecimento, eleito


democraticamente dentre os seus membros. Tem como sua função convocar e presidir as
reuniões do conselho, zelar pelo bom funcionamento do conselho, cumprir e fazer cumprir as
decisões e representar o conselho da escola ao nível interno, organizar e garantir a conservação
dos documentos do conselho da escola. Ajudar as directrizes e metas estabelecidas, a nível
central e local.

 Director da escola

É o responsável pela criação das condições para a constituição ao nível da escola - Informar a
comunidade escolar sobre os objectivos do conselho escolar e a sua importância,
consciencializando-a sobre a finalidade e os benefícios que este traz para todos, principalmente
alunos que são o centro da actuação da escola.

Segundo Araujo (s.d):

O director da escola é o órgão executivo que coordena todas as actividades da escola,


estabelecendo medidas administrativas, pedagógicas, técnicas e de serviços gerais
necessários para a organização e pleno funcionamento da escola. O Director da escola
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deve ter habilitação, competência e experiência combatível com a referida função. O
director tem liderança sobre o director adjunto pedagógico e administrativo. (p. 24).

Contudo, ele é o responsável para a execução de tarefas necessárias no campo da administração


da escola nos aspectos da organização escolar; definir metas e objectivos, planear, organizar,
controlar, decidir e chefiar o pessoal, garantir o funcionamento do quotidiano da escola,
respeitando as normas de administração de acordo com os objectivos e planos definidos pelo
conselho da escola.

 Director adjunto pedagógico:

O Director Adjunto Pedagógico é responsável da execução de tarefas pedagógicas como

 Formulação do horário escolar, o pedagógico deve fazer horário para os professores


tendo em conta a carga horária de cada disciplina e para cada professor;
 Levantamento estatístico: tem a função de controlar o número de alunos por sexo, idade,
faixa etária, número de alunos com necessidades educativas educacionais, com
dificuldades de aprendizagem, número de professores com e sem formação
psicopedagógica, turmas existentes entre outros;
 Monitorar os trabalhos exercidos pelos docentes o outros funcionários.

 Chefe da Secretaria

É um funcionário administrativo, nomeado pelo Administrador Distrital, sob proposta do


Director da escola e com o parecer com do Director do serviço Distrital de Educação, Juventude
e Tecnologia.

 Controlar os processos dos alunos;


 Marcação de presenças aos docentes;
 Levantamento de salário de funcionários e de efectividade (faltas não justificadas dos
funcionário Passar guias de marcha;
 Justificação de faltas; Recepção de requerimentos relativos a pedidos de transferências,
levantamento de certificado0s e declarações de passagem;
 Requisição de materiais para o uso na escola como: giz, quadros, livros, cadernos para
planificação, canetas, entre outros.

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 Professores

Estes são os protagonistas da orientação do processo educativo na formação dos alunos. Têm
a função de controlar o processo educativo de cada aluno, acompanhar a situação da
aprendizagem de cada aluno. Discutir medidas para a relevância do processo de ensino
aprendizagem, publicar as metodologias para o ensino. Ensinar aos alunos a serem capazes de
encarar conteúdos da vida diária

 Alunos.

Têm a função de manter viva a escola, visto que, estes são a base ou o coração de uma escola.
Contribuir para haver uma boa harmonia na escola e respeitar os Órgãos máximos da escola
assim como os símbolos nacionais, cumprir o regulamento interno da escola, Participar em
todas actividades intra e extra escolares.

2.2.O Amiente físico da escola

Araújo (s.d) refere que “a escola é a organização legítima do processo de ensinoaprendizagem


e garante a produção e preservação da cultura em vários tecidos sociais favorecendo o
desenvolvimento da humanidade”. Assim, o ambiente escolar deve ser visto como um espaço
público no qual grande parte de nossas crianças e jovens passam seu tempo - é um dos lugares
que permitem exercitar tal convívio. A estrutura física da escola, assim como sua organização,
manutenção e segurança, revela muito sobre a vida que ali se desenvolve. Segundo o Autor:

O espaço físico da escola denota a ideia em volta das condições materiais que um certo
estabelecimento de ensino pode (ou podia) reunir para a realização adequada do trabalho
docente e discente. Desempenhando um papel importante na fixação de uma escola, a
componente física é cativa de vários aspectos prioritários e recomendados por qualquer
Ministério de tutela no mundo, nomeadamente, localização geográfica da escola, a dimensão da
escola, a arquitectura, a (não) propensão a poluição sonora, a segurança, etc (p. 81).

Segundo Ribeiro (2004), analisar o ambiente escolar é uma necessidade permanente, uma vez
que esse tem sido negligenciado, inclusive, pela iniciativa privada cujos prédios escolares, na
maioria das vezes, não comtemplam sequer as condições básicas de conforto ambiental e de
segurança. “a inobservância dessa unidade organismo-ambiente e dessa relação dialética
ambiente/comportamento tem reflexos muito negativos para os alunos” (p.108).

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Desde modo, o espaço escolar deve compor um todo coerente, pois é nele e a partir dele que se
desenvolve a prática pedagógica, sendo assim, ele pode constituir um espaço de possibilidades
ou de limites.

Estudos revelam que o ambiente físico, a sua estrutura e as significações simbólicas


determinam, em grande parte, as experiências da criança, seu aprendizado e desenvolvimento.
Sabe-se que embora a qualidade de vida e a qualidade do ambiente não dependem só das
características físicas, essas têm um papel muito importante. Segundo Ribeiro (2004), “quando
crianças ficam em espaços muito restritos, os comportamentos tornam-se mais agressivos,
destrutivos, e a interação diminui” (p. 108)

2.2.1. Localização e implantação geográficas da escola

De acordo com Araújo (s.d.), “A localização de uma escola deve obedecer a critérios que
garantem alguma comodidade dos actores ou da comunidade escolar” (p.81). a escola deve
localizar-se em espaços onde há menos interferências externas da sua actividade por um lado,
o que significa por outro lado, que a avaliação da localização física que assegura a melhoria da
qualidade de ensino tomando com referência o espaço cómodo, limpo, agradável e distanciado
de qualquer tipo de ameaças externas etc..

Há também que se observar recomendações ligadas ao posicionamento das infra-estruturas em


relação ao sol, chuvas e outras ameaças externas que podem marcar negativamente o processo
de ensino e aprendizagem, tais como:

 A orientação geográfica da fenestração, especialmente das salas de aula e dos espaços


de maior permanência dos alunos, deve privilegiar o quadrante Sudeste-Sul-Sudoeste;
 As áreas das superfícies envidraçadas devem ser calculadas de acordo com a zona
climática e as características da região e do local onde a escola está implantada;
 Devem reduzir-se ao mínimo as aberturas de vãos a Norte, como forma de evitar as
perdas térmicas durante o Inverno e, a Poente, para evitar a grande incidência solar
durante o Verão e o decorrente sobreaquecimento;
 Os vãos envidraçados das salas de aula devem ter protecções solares exteriores e
interiores. As protecções exteriores são do tipo palas horizontais para Sul e verticais
para Nascente e Poente, ou outros elementos fixos, semi-fixos ou amovíveis, que evitem
a incidência directa dos raios solares nos envidraçados a partir da meiaestação (entre

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Março e Setembro). As protecções interiores, do tipo cortinas reguláveis e não opacas,
destinam-se a evitar a incidência solar directa nos planos de trabalho durante a estação
fria (entre Setembro e Março), altura em que é desejável que o sol incida directamente
nos envidraçados, de forma a produzir o aquecimento natural dos espaços interiores
(sistema passivo de ganho directo).

2.2.2. A dimensão da escola

A programação e o dimensionamento das escolas devem ser definidos de acordo com os


critérios deplaneamento da rede educativa:

 As escolas que leccionam o 1.º ciclo podem instalarse integradas com outros níveis de
educação e do ensino básico, de acordo com os critérios a que obedece o planeamento
da rede educativa;
 As escolas com 1.º ciclo devem ser dimensionadas para funcionamento em regime
normal;
 A capacidade das escolas com 1.º ciclo é traduzida no número de salas de aula;
 A área da sala de aula é concebida para um grupo de 35 alunos no máximo, devendo
este espaço ser organizado de forma a permitir o desenvolvimento da quase totalidade
das actividades curriculares de uma turma;
 A capacidade máxima, recomendável, da escola com 1.º ciclo quando se apresente
isolada ou unicamente integre a educação pré-escolar é de 12 salas de aula. Quando o
1.º ciclo se apresente integrado com outros níveis do ensino básico, a sua capacidade
máxima, recomendável, é de 8 salas de aula;
 Quando há mais de 300 alunos do 1.º ciclo a escolarizar na mesma área de drenagem,
deve optarse, sempre que possível, por duas instalações escolares distintas.

2.2.3. As Exigências Construtivas para Instalações Sanitárias para Deficientes

Nas instalações sanitárias da escola, deve existir pelo menos uma instalação sanitária para
deficientes que utilizam cadeira de rodas, equipada com 1 lavatório, 1 sanita apropriada e 1
lava-pés. As exigências para estas instalações são:

A sanita deve estar colocada a meio de uma parede e ter, de cada lado, barras de apoio
articuladas de modo a permitir uma melhor abordagem da cadeira de rodas. A porta de acesso
será de abrir para fora ou de correr, com folha de 0,90 m:
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a) Dimensões mínimas: área 5,00 m2; comprimento 2,20 m; largura: 2,20 m e pé direito:
2,70 m;
b) Localização: junto à zona de refeitório;
c) Exigências construtivas:
 Fenestração: vãos altos, orientados para qualquer quadrante;
 Revestimentos: pavimento lavável; paredes laváveis e impermeáveis até à altura de 2,00
m com tecto poroso;
 Instalações técnicas: instalação eléctrica para iluminação artificial;

Equipamento fixo: duas barras de apoio articuladas; espelho; suporte de papel higiénico;
suporte de toalhetes de papel.

2.2.4. Disposição do Átrio na Escola

Deve existir um átrio principal que assinale a entrada da escola, sendo esta protegida
exteriormente por um coberto sobre portas a abrir para fora. As circulações interiores a
utilizarem pelos alunos, quando exclusivamente para esse fim, devem ser reduzidas ao mínimo
indispensável, não ultrapassando 20% da área total útil da construção.

Podem considerar-se alargamentos nas circulações como lugares de convívio ou de espera. É


conveniente criar locais para encosto de cacifos individuais dos alunos, sem que isso reduza a
largura mínima atribuída às circulações. Nas galerias devem existir saídas laterais para o
exterior, especialmente naquelas em que se preveja a confluência simultânea de mais de 60
alunos:

a) Actividades: recepção; circulação, convívio, espera;


b) Dimensões:
 Larguras: corredores - 1,80 m; - galerias - 2,80 m;
 Rampas: 1,00 m (comprimentos até 6 m, declive até 6%);
 Escadas: 1,40 m; duas unidades de passagem (1 up=0,60) e dois corrimãos.
 Patamares: 1,50 X 2,80m. Não são permitidas portas a abrir sobre o patamar.
 Degraus: número máximo por lance - 12; cobertor - 0,30 m; espelho - 0,16 m;
 O focinho deve ser assinalado com textura e cor; não são permitidos degraus sem
espelho.

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 Não são permitidas escadas com bomba entre lances nem escadas de caracol para uso
dos alunos;
 Pé direito: 3,00 m.
c) Exigências construtivas:
 Fenestração: lateral, nas galerias, orientada para qualquer quadrante, evitando o poente;
 Revestimentos: pavimentos laváveis, resistentes e anti-derrapantes; paredes não
abrasíveis; lambril lavável e resistente ao impacto até 1,50m de altura; tecto poroso,
eventualmente com revestimento não reflector de som;
 Instalação eléctrica para iluminação artificial, sinalização de saídas de emergência.
d) Equipamento fixo: expositores; réguas de cabides; suportes para extintores.

2.2.5. Exigências do Regulamento de Segurança Contra Incêndios em Edifícios Escolares

Para a garantia da segurança contra incêndios em edifícios escolares deve atender se as


exigências do regulamento de segurança contra incêndios em edifícios escolares:

a) O edifício no seu conjunto, assim como as diversas partes constituintes, devem


apresentar estabilidade e resistência mecânica aos esforços que podem ocorrer durante
o tempo de vida útil do edifício;
b) As estruturas dos edifícios devem poder desempenhar com segurança a função a que se
destinam, devendo a segurança ser entendida e avaliada em conformidade com o
disposto nos regulamentos nacionais e noutros documentos normativos aplicáveis;
c) As instalações e os equipamentos eléctricos devem ser concebidos e localizados de
forma a evitar a ocorrência de acidentes pessoais decorrentes do uso normal, como
electrocussão, explosão, queimaduras, e a sua manobra deve fazer-se sem perigo nem
risco de lesões para os utentes: O comando dos circuitos de iluminação no exterior, nas
zonas de circulação, nas instalações sanitárias e no refeitório, só deve ser possível a
partir dos respectivos quadros eléctricos, os quais devem ser instalados em armários
fechados e inacessíveis aos alunos. Todas as massas metálicas devem ser ligadas à terra;

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2.2.6. A sala de aula

É aconselhável agrupar as salas de aula em núcleos de ensino constituídos por 2 ou 3 salas de


aula com alguns espaços de uso comum, tais como o de educação plástica, uma instalação
sanitária e arrecadação de material didáctico:

Actividades predominantes: trabalho sentado à mesa, individual ou em grupo; trabalho de pé


em mesa, bancada, expositor ou quadro; projecções, exposições;

a) Dimensões: área útil: 48 m2 (mínimo) e pé-direito: 3,20 m;


b) Localização: preferencialmente em piso térreo, com acesso fácil ao exterior;
c) Exigências construtivas:
 Fenestração: área envidraçada equivalente a 15 a 25% da área do pavimento, conforme
a zona climática. A orientação geográfica da fenestração das salas de aula deve
privilegiar o quadrante Sudeste-Sul- Sudoeste;
 Revestimentos: pavimento macio e lavável; paredes não abrasíveis; lambril lavável até
2,00 m de altura e resistente ao desgaste; as paredes interiores confinantes com as salas
de aula, devem ser concebidas e construídas de forma evitar entre elas a transmissão de
ruídos; tecto poroso, eventualmente com revestimento acústico;
 Instalações técnicas: instalação eléctrica para iluminação artificial e tomadas para fins
diversos (computador, TV, audiovisuais, etc.), tomada de recepção de sinal de TV;
d) Equipamento fixo: bancada à altura de 0,75 m, com ponto de água e esgoto; quadros de
escrita (a giz e a marcadores); expositores; ecrã para projecção; régua de cabides;

Espaços anexos: espaço para educação plástica, - que pode ser integrado em cada uma das salas
de aula ou preferencialmente servir a um núcleo de ensino.

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3. Metodologia

A pesquisa caracteriza-se por ser descritiva, pois, este tipo de pesquisa “visa descrever as
características de uma determinada população ou fenómeno ou o estabelecimento de relações
entre variáveis” (Gil, 2009 p.18). Nesta perspectiva permitiu que se possa compreender as
condições físicas sa escola.

A pesquisa teve como técnica de colecta de dados a observação. A observação constitui


elemento fundamental para a pesquisa. Ela não está restrita apenas ao que menos, inclui todos
os nossos sentidos, portanto, permitiu a observação de maneira mais aberta possível o aspecto
físico da escola em análise.

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4. Resultados

A pesquisa teve dois principais momentos: o primeiro consistiu na observação do ambiente


escolar e o segundo consistiu na conversa com os gestores da escola, para junto deles aferir a
situação geral da escola, especificamente, as condições da escola.

4.1.Caracterização da escola

A EP1/2 de km 6 Cacara inscreveu e/ou matriculou no presente ano lectivo 2351 alunos, dos
quais, 1362 mulheres, distrubídos em 36 turmas, destas, 29 do EP1 (1ª a 5ª Classes) e e 7 do
EP2 (6ª e 7ª Classes).

A escola conta com 36 professores, destes, 29 no EP1 e 7 no EP2. Do número de professores


existentes, 21 são mulheres.

A escola lecciona 3 turnos (manhã (7h as 10:00) Meio dia (10:30h a 13:30) e (14:00h as 17:00h)
de segunda à sábado. Este facto é provocado pela insuficiência de salas de aulas e pela situação
da pandemia da COVID 19 que levou adivisão das turmas mães compostas por 50, 75 ou 90
alunos em pequenos sub grupos constituídos por 25 a 30 alunos por turma. .

4.2.Localização e implantação geográfica da escola

A Escola Primária do 1º e 2º Grau de Km6 Cacara localiza-se na vila de Moma, no bairro de


Natomoto, numa área que anteriormente era vítima de efeitos nefásticos dos vendavais, facto
que actualmente reduziu devido a implantação de várias residências ao redor da escola.

A orientação geográfica das salas de aula e dos espaços de maior permanência dos alunos,
privilegia o quadrante Sudeste-Sul-Sudoeste, mas em 5 salas de aulas de construção
convencional, onde as janelas opo~em-se à incidência directa dos raios solares e da posição do
vento.

Assim, conclui-se que as salsa de aulas obedecem os critérios recomendados em termos da


orientação das instalações das escolas.

4.3.A dimensão da escola

A escola dispõe de uma área de 4.200 m2, não dispondo de espaços para prática de actividades
desportivas e nem de espaço suficiente para as crianças brincarem durante o intervalo. Conta
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com 12 salas de aulas, destas, 5 convencionais e 7 de construção mista, tendo se beneficiado no
presente ano lectivo de 2 salas de aulas de construção na base de madeira e chapas de zinco,
conta ainda com 1 bloco Administrativo e 1 bloco de sanitários.

Assim, concluiu-se que a escola dispões de no mínimo de 12 salas de aulas, que é o


recomendável para o funcionamento de uma escola do ensino primários, porém, não dispõe de
espaços para a prática de actividades desportivas e/ou culturais, para brincadeiras das crianças
no período de intervalo e nem de espaço suficiente para implantação de novas infra-estruturas
escolares.

4.4.As salas de aulas

Como foi referenciado anteriormente, a escola dispõe de 12 salas de aulas, destas, 5


convencionais e 7 mistas (construídas na base de cimente e Chapas de Zinco). As dimensões
das mesmas variam para cada tipo, sendo que os blocos das salas convencionais ocupam uma
área útil de 72 m2, sendo 6m de comprimento e 4 de Largura. As 7 salas mistas, obedecem as
seguintes dimensões: 5 metros de comprimento e 4 de Largura.

As salas convencionais dispõem de janelas, mas sem vidros ou qualquer condição. O pavimento
é macio e lavável; paredes não abrasíveis; as paredes interiores confinantes com as salas de
aula, são concebidas e construídas de forma evitar entre elas a transmissão de ruídos; tecto
poroso, eventualmente com revestimento acústico.

As salas de aulas não dispõem de corrente electrica.

4.5.Higiene

A escola é muito limpa, pois para além dos professores na sala de aulas, conta ainda com 4
pessoas não docentes que garantem a limpeza das instalações e do pátio. As condições de
higiene são reforçadas pelo tipo de solo existente na região e da existência de 1 furo de água
potável.

As salas de aulas são lavadas cem todos os finais de semana e ao longo da semana, faz-se
simples limpeza para garantir que os alunos esudem em um ambiente sã.

Além dos funcionários náo docentes que garantem a limpeza das sals de aulas, os alunos
também são envolvidos nesse processo. As turmas são constituidas por 1 chefe de higiene e seu

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adjunto, que garantem a limpeza das mesmas sempre que se julgar necessário e que garantem
as questões organizacionais da sala de aulas.

4.6.Poluição Sonora

A escola localiza-se num bairro muito calmo. Durante o decurso das actividades lectivas não
se verifica movimentos de automóveis e nem de pessoas. Não existe perto da escola um cinema,
um campo de futebol ou multi uso e nem mesmo uma barraca.

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Conclusão
Os edifícios escolares devem ser de construção pesada, com forte inércia térmica, devendo
todas

as envolventes do edifício (paredes exteriores e cobertura) serem devidamente isoladas com


material apropriado. Recomenda-se que o desvão das coberturas seja ventilado. Em relação a
luminosidade ou seja o conforto visual da escola deve-se realçar que todos os espaços interiores
devem ter iluminação natural.

Assim, na escola visitada, ficou provada que apesar de existirem salas de construção
convencional, as mesmas não oferecer condições mínimas para o funcionamento e trazer uma
boa aprendizagem dos alunos, pois, maior parte dos alunos estudam em lugares inapropriados
devido a insuficiência meios materiais apropriados para o funcionamento de uma escola. .

Verificou-se a não existeência de lugares de recreação e nem de biblioteca, o que impossibilita


os alunos desenvolverem várias actividades extra-curriculares. É importante que se olhe para o
ambiente físico da escola, pois, a sua estrutura e as significações simbólicas determinam, em
grande parte, as experiências da criança, seu aprendizado e desenvolvimento. Sabe-se que
embora a qualidade de vida e a qualidade do ambiente não dependem só das características
físicas, essas têm um papel muito importante.

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Referências Bibliográficas

Araújo, E. A. L. (s.d). Práticas Pedagógicas, Manual de Troncom Comum, 1º Ano. UCM, CED
– Beira.

GIL, A. C. (2009) Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ª ed. São Paulo: Atlas..

Libaeno, J. C; Oliveira, J. F. Toschi, M. S (2005); Educação escolar, politicas, estrutura e


organização. 2ª ed. São Paulo, Cortez.

Ribeiro, S. L. (2004). Espaço Escolar: um elemento invisível no Curriculo. Sitientibus, Feira


Santana.

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