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EI RA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA
-PP-16622
formação e Documentação - DID I~ . .

o MÉTODO
HEURíSTICO EM PESQUISA

o melodo heu~i sljco em , . .

1980 FL- PP-16622
ra,(lia
Ii/lli/lllil llll l/!/II!/lIIII/!11111/11 1 1111illlil 11111 lI:fi IIIII I!IIIIII 1980
RI -·SEDE-10557-3
J. Su l·Am. Med..
1( 1), 21 - 21. 1919
O M ~TO DO H E U R fSTlCO EM PESQU ISA 1
ABSTRACT - THE HEURISTlC METHOO IN
RESEARCH. The present paper repre5ents the
Tl'RMOS • (NOICE: Método heun\tico - P~squiSl
INO[X TERMS: Heurislic Method - ReSUt ch
No presente trabalho vamos ex por de
modo sucinto os resultados a que chega·
mos através das nossas investigações so-
bre o pensamento, ensino de metodo·
logia cientrfica e orientação de alunos.
Estes resultados indicam a possibili·
dade da sistematização de um método
de investigação flexivel , dinâmico e que
utiliza as características e leis do pensa-
mento, para a construção do conheci·
mento científico. Denominamos este
método de "heurístico", pelo fato tle o
mesmo utilizar a formulação explícita
de questões nos diversos momentos da
investigação, obter informações a partir
do confronto entre a situação proble·
mática e o conhecimento prévio, ana-
lisar as informações, organizá·las e
produzir respostas. As respostas, por sua
vez, são analisadas, comparadas com o
Trabalh o realizado no Departamento de Psicologia
da Universidade Federal ele Pemambuco. em 1977.
1 - DoU1or em EduclCjfo Ma1emá1ica e Psicologia
Copi1iva peta Universidade de Wisconsin .(Madison,
USA); Professor e Coordenador do CUrso de Mestrado
em hJcolopa Cogni1iva da Universidade Federal de
Pernambuco. Pesquisador.
Pedidos de separalas ( RequeslS (or reprints should
be sen1 to:) Or. Waldecyr C. Anujo Pereira, Ph . 0. .
Departamento de RtC\lnos Humanos da EMBRAPA.
Edifício Venâncio 2000. 6~ andu, 5/642, CfP 70302
BruOia - n F. Brasil.
I a ,mb".
.._.;.A;..I;.;',-S=I!;..;;:O",B;o..._.I,.J
Waldecyr C. de Araujo Pereira. Ph . 0 . 1
principies according wich the Heurístic Me-
thod could be used in scientific investigations
IJ. SuI·Am.Med.1111 , 21-27,1979)
conhecimento prév io e com a realidade
e a seguir são organizadas para produzir
novas questões. O método heu rístico
pressupõe a formulação e a estrutura-
ção de um sistema de ação adequado
para cada problema a investigar, o qual
é constru rdo durante o próprio processo
de investigação.
No método heu ríst ico, a situação
problemática entra incessantemente em
novas relações, resultando a aquisição
de novas qualidades, as quais se fixam
em novos conceitos. Ele funciona como
se da situação problemática fossem reti·
randos novos conteúdos; e, com questões
e organização das respostas, ele possi-
bilita, nos vários momentos da investi-
gação, que os elementos iniciais do
problema adquiram novas relações, apa-
recendo cada vez uma nova qual idade
e por isso uma nova caracterização
conceitual. A atualização dos conhe-
cimentos necessários para a investigação
de um problema exige relacionar o pro-
blema e o conhecimento disponível ,
até que todos os conceitos necessários
sejam determinados. Isto produz uma
mudança da formulação verbal do pro-
blema.
A mudança da formu lação verbal
do problema resulta de uma atividade
mental e é a manifestação externa de
um processo de análise do problema,
no decorrer do Qual os elementos deste
último aparecem com novas qualidades
e novas características conceituais.
.,
 Waldecyr C. de Araüjo Pereira
Questão e resposta são dois aspectos
de um mesmo processo do pensar:
eles se acham relac io nados e condicio-
nados entre si . Questionar um todo,
qualquer que seja, é sempre condiciona-
do pelas características, as quais ma ntêm
unidas as suas partes. O método heur ís·
tico dirige a análise de um problema ,
com qu es tões sobre as suas pa rtes,
elementos, proprie dad es, conexões e
relação entre as partes, elementos e
propriedades. Portãnto, deste trabalho
não resulta uma desintegração do pro·
blema , mas uma transformação . Tal
transformação é uma nova correlação
dos elementos do todo, separados pelo
quest iona r. A atividade mental diferencia
os elementos heterogêneos; ele separa
os aspectos fundamentais para cilda uma
das respostas e, logo após, mediante a
correlação das abstraç.ões obtidas, re·
constroe na mente, a realidade concreta .
A formulação de qu estões se inicia
abrangendo o campo inteiro da situação
problemática. À medida em que avança,
vai deixando de lado as áreas especiais
e os aspectos do pro blema que não são
básicos para a sua compreensão e cami·
nha em busca das relações entre as
variáveis respo nsáveis pela sua existência.
Desta maneira, o questio nar se vai con·
centrando em um raio de ação cada vez
mais reduzido e mais diretamente
vinculado ao problema . No inIcio, as
questões têm um carater mais ex tensivo,
mas, pouco a pouco, tornam·se mais
in tensivas.
O método heurístico consiste em for·
mular qu estões nos diversos momentos
de um a investigação cient ifica e através
da análise conceitual e dos dad os obti·
dos, construir as respostas para organizá·
-Ias e gerar novas qu es tões. O método é
usado na formulação do problema, na
construção de hipóteses, na antecipação
de etapas, na escolha de técnicas de
obtenção, organização e aná lise de
informações e na crítica dos resultados
obtidos. O método heu rístico é um
instrumento do pensamento e não se
2
confunde com técnicas de pesquisa, as
qua is são instrumentos de ação .
O método heur ístico é um conheci -
mento usado pelos pesq uisadores e é
constru ído através das experiências
acumul adas, reestruturadas, racionaliza-
das e comprovadas pela comun idade
cien tífica, ao longo da h istória do desen-
volvimento da ativi dad e de investigação.
Ele possui uma estrutura qu e se forma e
se desenvolve por um procedimento
semel han te e integrado ao da constru-
ção e desenvolvimento das teo rias
cientIficas. Esta estrutu ra está const i·
tuída pelos princípios gerais qu e são
ut ilizados na formulação de teorias e
representam a síntese de grande núme-
ro de experiências realizadas no decorrer
da atividade científica . Apesa r de o
método heurístico apresentar um a es trei·
ta relação com as teorias, não se confun-
de com as mesmas, pelo fato des tas
serem formadas por um aparato concei-
tuaI e por proposições consistentemente
relacionadas, as quais descrevem proces·
sos e fenômenos da realidade empírica .
O método heurístico se aperfeiçoa C0m
o desenvolvimento das teorias, pois
aum enta a possibi lidad e da formulação
de novas questões e da organização das
informações para obtenção de respostas.
A atua li zação destas questões e a capa·
cidade de organização possibil ita a
formulação de novos problemas, os
qua is resolvidos, produzirão como conse·
qüência, a construção de novos concei-
tos e o enriq uecimen to da teoria. Sem
um conhecimento prévio não se pode
questionar, 2, sem qu estionar não se
pode constru ir teoria. Portanto , existe
uma relação de dependência recíproca
entre método heuris tico e teoria.
A partir destas considerações é com·
preensível admitir que ambos possuem
os seguintes princípios constru ti vos:
simplicidade, reg ula ridade e cont in ui-
dad e.
A simplicidade é definida como a
escolha da questão mais simples, capaz
de produzir a redução do número de
alternativas poss íveis pa ra a aquisição
 o MeTono HEURlsnco EM PESQUISA
de uma informação . A sim p lic idade
ta mbém exige que o número de ques-
tões util izadas seja o mais reduz ido
possível. Assim, qu ando se tem duas
ou mais questões pa ra obtenção de
informações sobre certa classe de fe nô-
menos, deve-se preferir aquela que
apresente ma ior abrangência e capaci-
dade redutora.
A regu la ridade correspo nde à organ i-
zação hierárquica de questões, pois
a hie rarquia permite descer de questões
gera is para qu estões específicas e com-
pree nder todo o material analisado, ou
partir de questões espec íficas para ques-
tões gerais. Nesta condição se apoia a
poss ibil idade de questionar as relações
entre um grupo finito de processos
de uma classe e ge neralizar as questões
para o conjunto infinito de processos
da mesma classe. Isto é , na regularidade
se encontra a possibilidade de questio-
na r, com uma aproximação crescente,
as leis do compor tamento de cada classe
de processos, baseando-se no questionar
de um dos intervalos finitos em qu e se
manifesta o seu desenvolvimento.
Pel o princ íp io da continu idade se
expressa a imposs ib ilidade de efetuar
uma d iv isão defin iti va dentro do cont í-
nu o uniforme , que co nstitu i todas as
questões que se podem formu lar sobre
os processos do un iverso. A continui-
dade nos permite "interrogar" o desco-
nhec ido em termos do conhecido, em
tra nsfo rmar as questões formu ladas e
introduzir outras diferentes, quando
assim exigi rem as investigações.
A formu lação de questões está rela-
cionada à man eira de integração das
respostas obt idas e ambas dependem do
mod o como se organiza o conheci me nto.
A o btenção de informações depende da
orga nização do pensamento. Como con-
seqüência , o uso de est ratégias para o
uso de info rmações durante o processo
de questionar é baseado na estru tura
propiciada pela construção de catego-
rias equivalen tes e superordenadas.
O dese nv ol vime nto das próprias estra·
tégias depende da relevâ ncia dada pelos
me ios ma is econômicos, mas me nos
d ireto: a busca de cat egor ias superorde-
nadas. Pa ra am p liar uma estratégia é
necessário ser capaz de planeja r o seu
trajeto de ação, pelo menos d u as ou tres
etapas para adiante.
No processo de questio nar é neces-
sário d isti ngu ir as seguintes categorias
de questões: analíticas, sin téticas e de
não-t rivia lidade. As ques tões ana l íticas
permi tem identificar os elemen t os com-
po nentes do problema . As questões
sintét icas possibilitam o relacionamen to
dos componentes e a implemen tação
de um p la no de ação. As questões de
não -trivialidade permitem selecionar as
informações relevan tes das triviais.
A diversidade de modalidades que a
atividade cient ífica apresenta é uma
con~qüênc i a da imensa var iedade dos
processos objetivos e dos problemas
qu e implica a tarefa de conhecer seus
comportamentos, o que faz com que o
"questionar" adote diferentes formas
específicas. Contudo , todas estas aplica·
ções tê m em comum certas questões. E
necessár io lem brar q ue não se encontram
respostas definitivas para os problemas
ci~nt í ficos, pela simples razão de qu e
não existem prob lemas definit ivos. Pelo
co nt rário, todo desco br imento que se
reali ze traz co nsigo nov os problemas
por resolver e, sem dúvida, a importân -
cia de um a so lu ção enco ntrada pode
avaliar-se justame nte pelo número de
novos problemas que suscita.
A segu ir aprese ntaremos as sugestões
para o quest io nar e que poder ia ser fe it o
nu ma situação problemática, o q ua l
levar ia â caracterização de um problema
espec ífi co.
o QUEST I ONAR NUMA SITUAÇ ÃO
PROBLEMÃTICA
A invest igação co meça quando se
quest io na algum fenômeno ou algum
processo , o u ainda a construção de
um a técnic a que evidencia as su as
Iimitações e a dubiedade da interpreta-
ção de seus resu Itados, ou quando
3
 Waldec yr c_ de ArAÚjO Pereira

surge um fato novo que não se com- O processo de formulação de um

preende, ou quando se quest io na alguma pro blema poderia ser representado pelo
crença passada. O conhecimen to cien tí- seguinte esquema:
fico se aperfeiçoa e ad quire novas C~I'C .. nn"('
dimensões pelo confronto entre o CtIN,frEO

conhecimento an terior e a necessidade

de compreensão de um problema da
realidade objetiva.
Inicialmente, o pesquisador localiza
a sua situação problemática e procura QUU,ou
formular o problema a ser investigado,
a partir de uma verdadeira "nebulosa"
de problemas possíveis. Para realizar o
refinamento é necessário analisar os I~I
constituintes factuais e teóricos relacio-
nados ao possível problema . Um contato I OtllG4foI 1U,CAO
direto com a realidade a ser investigada
perm ite uma percepção primária, a qual
ajuda a escolha do aparato conceitual
necessário, para a apreensão e compre-
ensão da mesma .
Nesta etapa se faz um grande investi-
mento de tempo, para a determinação r l
OIlO,.,.IZ... ÇAo

de toda a literatura existente, não so-

mente rela tórios de pesquisas relacio-
nados ao tema, como também teorias
que possam expl icar o processo a ser
estudado.
O pesquisador necessita selecionar
conceitos e categorias que possam ser
utilizados na descrição e apreensão da
realidade, a fim de que seja posslvel
a assimilação e um maior nível de com-
preensão.
A colocação do problema no tempo
levará o investigador a rea lizar análises
diacrônicas e sincrônicas, as quais
forneceriam novas indicações para a
elaboração final do problema a inves-
tigar.
Na etapa da anál ise da situação pro-
ble mática, o pesqu isador necessita ter
experiência nos diversos aspectos de uma
pesquisa, para poder formular um pro-
blema investigável. Esta etapa se consti-
tui num verdadeiro processo, no qual
o pesqu isador parte de uma " nebulosa"
e, pelo questionar e pela organização
das respostas obtidas, ele aperfeiçoo
e delineia a questão a investigar.
O!J(S'lQU
MT [II lJõFo-loÇ()U
I 'OtII~:AOOO~II~I_ I
I
A partir de uma si tuação problemática
inicial , o pesquisador pOderia usar as
seguintes questões, para guiar a busca
da questão específica a investigar.
PENSAN OO NA SITUACÃO
P ROBLEMÃTlC A
- Qual seria a sua formulação verbal?
(Não seria exigido precisão).
- Quais seriam as evidências de sua
ex isténcia?
- Ela seria diretamente ou indire ta-
mente observável?
- Ela seria permanente ou eventual?
- Quais seriam as condições ex ternas
que poderiam atuar sobre ela?
- Quais seriam as suas condições inter-
nas?
- Seria possível imagi nar uma relação
entre os fatores ex ternos e as condi-
ções internas?

4
 o M~TODO H EURI~n CO EM PESQUISA
- Qua is seriam as suas características
qualltativas ou quantitativas?
- Quais seriam as características mais
duvidosas e ditadas pelo senso comum?
- Quais seriam as características obtidas
a partir da extensão de conceitos?
- Quais as caraterísticas que poderiam
ser justifi cadas?
!:. possível alguma fundamentação teó-
rica para justificar a presença de
uma característica?
Quais as características que poderiam
ser justificadas por evidências emp(·
ricas?
- Quais os fatores que poderiam ser
relacionados?
- Em qua is áreas do conhecimento ela
se localizaria? Em qua l disciplina ou
d"lscipllnas ela poderia se inserir (no
caso de ser unid isci p linar ou inter-
discipl inarl?
- Quai! foram os termos ambíguos
e vazios que compareceram na formu -
lação verbal inicial da situação proble-
mática?
Oual seria uma nova formulação ver-
bal da situação problemát ica?
- Em que ela difere da primeira fo rmu-
lação?
A organização das respostas obtidas
possibilitaria uma reformulação da situa-
ção problemática e apresentaria possi-
bilidades de indicar ao pesquisador ques-
tões alternativas, as quais poderiam ser
inv estigadas. Com a tentativa de rela-
cionar e estruturar as componentes
e conceitos da situação problemática,
o pesqu isador far ia uma red ução das
características, conceitos e elementos
da realidade que seria estudada . Com
r.ovas questões, o pesqu isador iria se
óproximando do foco principal áa sua
investigação.
As seguintes questões ajudariam o
pesquisador a localizar teorias, concei -
tos, pressupostos e outros elementos
para peder se adaptar à realidade concre-
ta e assimilá-la, para aumentar o seu
n (vel de compreensão. Poderiam ser
formuladas as seguintes questões;
- Qual a nova formulação verbal da
situação problemática?
Oua is as teorias científicas que, a um
n(vel mais gera l, forneceriam elemen-
tos para a compreensão da situação
problemática?
Ouais os problemas que poderiam ser
investigados?
Oua l deles corresponder ia a uma
relação entre os poss (veis fatores
essenciais da situação problemática?
Oua l seria a formula ção verba l do
problema ?
- Ouais seriam as variáveis?
- Qua is seriam as possíveis relações
entre as variáveis?
- Ouais seriam os conceitos das variáveis
do problema?
- Qual seria a história do problema,
obtida a partir das pesqu isas que já
foram realizadas, tentando compreen-
dê -Ia ?
- Quais as revistas científicas que tratam
do problema?
- Oua is os autores e publicações que
abordam o problema?
- Qual a natureza dos dados e como po-
der iam ser obtidos para um melhor
estudo das variáveis?
- Os dados seriam primários ou secundá-
rios?
- Ouais os pressupostos teóricos qu e
poderiam ser usados para a funda-
mentação do problema?
Analisando os dados coletados, o pes-
quisador tentaria organizar e estruturar
as respostas obtidas. El e poderia evi·
denc iar a necessidade de refinar alguns
conceitos para definir as variáveis com
precisão, a fim de possibil itar a utili-
zação de instrumentos adequados ao
leva ntamento dos dados.
Depo is de delimitar e caracterizar o
problema, o pesquisador teria uma
idéia das variáveis essenciais, dos concei-
tos necessários para obter os dados e dos
pressupostos teóricos, sobre os quais
ele se apo iaria para formu lar as suas
hipóteses de traba lho . Tudo isto resul -
taria do relacionamento e integração
das informações obtidas do conhec i-
5
 Waldecyr C. de Araüjo Pereira
menta científico anterior e da própria
realidade.
Agora, seria desejável o aprofu nda-
menta da análise para a escol ha das
técnicas que seriam utilizadas para a
obtenção de infor(llações, organização e
interpretação, por intermédio das seguin-
tes questões:
- Quais as técnicas de obtenção de in-
formação adequadas à natureza do
problema e à classe de soluções dese -
jadas?
Qua is os instru mentos de medida que
seriam utilizados? Questionários? En -
trevistas? Testes? Experimentos?
Seriam utilizadas técnicas de análise
lógica, de matemática, de análise de
conteúdo , de análise transinforma-
cional ?
- Seria desejável construir uma nova
técnica de obtenção de dados para as
variáveis? Qual seria a natureza dessa
_ técnica?
- Seria desejável def in ir novos testes?
- Como os dados seriam organizados?
- Seriam utilizadas técnicas estatísticas
para a obtenção do máx imo de infor-
mações, a partir dos dados coletados?
Quais as técnicas estatísticas que se-
riam utilizadas?
O problema seria mais fácil de inves ti -
gar se fosse decomposto em sub-
-problemas?
- Qual seria a estratégia utilizada para
a ordenação dos sub-problemas?
- Seria preferível ordená-los segundo
O grau de dificuldade, ou obedecendo
a uma ordem lógica?
- Seria possível incluir o problema nu -
ma classe de problemas conhecidos?
- Seria poss ível transformar o problema
dado em um outro ma is simples de
investigar e de mesma natureza?
- Existiria um problema análogo em
outro campo do conhecimento?
- Seria possível definir um isomorfis-
mo entre os dois campos e realizar a
investigação no campo mais simples,
para ex primir os resultados na li ngua-
gem do campo mais difícil de inves-
t igar?
6
Neste momento, o pesquisador já
possuiria uma visão bem nít ida do seu
problema e já poderia analisá -lo quantO
à sua im portância científica, com as reS-
postas às seguintes questões:
- Oua is seriam as impl icações teóricas
dos resultados da investigação?
- Ouais seriam as implicações práticas
dos seus resultados?
- A partir da investigação surgiriam
novOS modos de questionar? Seriam
obtidas novas categorias de questões?
- A determinação dos elementos essen-
ciais de um problema poderia ser
aperfeiçoada?
- Seriam constru ídos novos conceitos?
As Questões acima apresentadas são al -
gumas sugestões para O pesquisador ex -
plorar a sua situação problemática, e,
procurando organizar as respostas e os
dados coleta dos, reduzir as alternativas
e descobrir o problema a ser investigado _
Após o uso de questões adequadas, o
pesquisador teria uma consciência plena
do problema a investigar e poderia
explicitá-lo verbalmente _
Com o método heurístico e um conhe-
cimento teórico adequado, o pesquisador
estaria preparado para investigar proble-
mas concretos da realidade e poderia
descobrir a estrutura subjacente, deter-
minada pelas relações en tre as variáveis
essenc iais à dinâmica e funcionamento
dos mesmos.
O mé todo heurístico é flex ível ,
dinâmico e pode ser ap licado na investi-
gação de qualquer problema cientí-
fico, possibilitando assim a permuta de
experiências metodológ icas de pesquisa-
dores das diversas áreas do conheci·
menta . O mé todo pode utilizar técnicas
dedutivas, indu tivas, estatísticas, lógicas,
matemáticas, experimenta is, desde que
elas sejam úteis para gerar questões,
obter in formações e organizar os dados
coletados.
O método heu ristico não se caracte-
riza pelo uso de nenhuma técnica espe-
cífica, uma vez que está diretamente
relacionado ao processo do pensar e ao
próprio conhecimento const ru ído _ O
 o Mi!TODO HEURfSllCO EM PESQUISA
método heu rístico ativa as operações
mentais responsáveis pela formação de
conceitos, abstração, generalização. cria-
t ividade e dirige o processo de investi-
gação.
Apesar de o método heur(stico ter sido
apontado por filósofos e pesquisadores
Resumo: O M6todo Heu rístico em PesquiM -
O trabalho .presenta os princfpios que pode·
ri.m ser utilizados n. sistem.tização e utiliz.
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