Você está na página 1de 12

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Ensino à Distância = IED =


Centro de Recursos de Nampula

Fixação do carbono atmosférico pelo processo fotossintético

Nome: Ambasse Abudo


Código: 708232945

Curso: Ensino de Biologia


Disciplina: Fisiologia Vegatal
Ano de Frequência: 2º Ano Turma – K

Nampula, Abril, 2024

1
Ambasse Abudo

Fixação do carbono atmosférico pelo processo fotossintético

O presente trabalho de carácter avaliativo a ser


apresentado na Universidade Católica de
Moçambique, é inerente a cadeira de Fisiologia
Vegatal pelo:

O Tutor:

Nampula, Abril, 2024

2
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor (a)

3
Folha de feedback
Categorias Indicadores Padrões Classificação
Pontuação Nota do subtotal
Máxima Tutor
Estrutura Aspecto • Capa 0.5
organizacional • Indice 0.5
• Introdução 0.5
• Discussão 0.5
• Conclusão 0.5
• Bibliografia 0.5
Conteúdo Introdução • Contextualização(
indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos
objectivos 1.0
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Análisede Articulação e
discussão domínio do discurso
académico (
Expressão escrita 2.0
cuidadosa, coerência/
coesão textual)
Revisão bibliográfica
nacional e 2.0
internacional
relevantes na área de
estudo
Exploracao dos dados
2.0
Conclusão Contributos teóricos-
práticos 2.0
Aspectos gerais Formatação Paginação,tipo de
tamanho de letra, 1.0
paragrafo,
espaçamento entre as
linhas
Referência Normas APA 6ª Rigor e coerência das
Bibliográfica edição em citações / referências 4.0
citações e bibliográficas
bibliografia

4
Indice

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................................. 6

2. A FIXAÇÃO DO CARBONO NAS PLANTAS............................................................................... 7

2.1. Fixação de carbono nas plantas C3.................................................................................................. 7

2.2. Fixação de carbono nas plantas C4.................................................................................................. 8

2.3. Fixação de carbono nas plantas CAM........................................................................................... 9

2.3. Comparação entre plantas C3, C4 e CAM)............................................................................. 10

CONCLUSÃO...................................................................................................................................... 11

BIBLIOGRAFIA.................................................................................................................................. 12

5
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho enquadra-se na disciplina de Fisiologia Vegatal e tem como tema: Fixação do
carbono atmosférico pelo processo fotossintético.

Embora as plantas retirem do solo (nutrientes minerais e água) e do ar (gás carbônico) a matéria-
prima necessária para a fotossíntese, a energia necessária para a realização do processo é
fornecida pela luz solar. Entretanto, a luz solar para ser utilizada deve ser convertida em outras
formas de energia. E é exatamente isso que ocorre na fotossíntese, as plantas convertem a energia
solar em energia química, a qual pode ser armazenada e utilizada posteriormente Barbosa (2014)

Segundo Marenco & Lopes (2015). Um dos processos mais importantes da fotossíntese é a
utilização da energia solar para converter o gás carbônico atmosférico em carboidratos, cujo
subproduto é o oxigênio. Posteriormente, se a planta assim o necessitar, ela pode utilizar a
energia armazenada nos carboidratos para sintetizar outras moléculas

Do ponto de vista fisiológico, o impacto do ambiente sobre a fotossíntese deseja-se compreender


como a taxa fotossintética responde diretamente a factores ambientais como luz, concentrações
de CO2 do ambiente e temperatura, ou indiretamente a fatores como a umidade do ar e umidade
do solo, através dos efeitos do controle estomático (Taiz, 2008).

Objectivo geral
• Comprrender os processos de fixação do carbono nas plantas

Objectivos especificos
• Descrever os processos de fixação do carbono nas plantas C3, C4 e CAM
• Equematizar os processos de fixação do carbono nas plantas C3, C4 e CAM
• Comparar os processos de fixação do carbono nas plantas C3, C4 e CAM

Trata-se duma pesquisa cuja a metodologia consistiu na revisão bibliográfica. O trabalho está
dividido em três partes, nomeadamente: introdução, desenvolvimento e conclusões.

6
2. A FIXAÇÃO DO CARBONO NAS PLANTAS
Há três tipos de assimilação fotossintética de CO2 pelas plantas clorofiladas, segundo as quais
estas são classificadas em plantas C3, C4 e CAM (Andrade, 2008; Ferreira & Rossi, 2012).

2.1. Fixação de carbono nas plantas C3


Como exemplos de plantas C3, temos o feijão, a soja, o algodão, a quase totalidade das espécies
arbóreas, além de diversas gramíneas de clima frio, como o trigo e o arroz.
Nas plantas C3, o carbono do gás carbônico é fixado através do Ciclo de Calvin-Benson, em que
o carbono de uma molécula de CO2, através de uma reação de carboxilação, catalizada pela
enzima rubisco (ribulose bifosfato carboxilase-oxigenase), é colocado em uma molécula de cinco
carbonos, a ribulose 1,5-bisfosfato (RUBP), formando um composto instável de seis carbonos
(Ferreira, 2012). Esse composto é transformado em duas moléculas de três, o ácido fosfoglicérico
ou fosfoglicerato (APG), e em cada molécula de APG é adicionado um fósforo vindo do ATP e
um hidrogênio vindo do NADPH, formando duas moléculas de gliceraldeído-3-fosfato (PGald), o
primeiro açúcar da fotossíntese. Essa fase do Ciclo de Calvin-Benson é chamada de fase de
redução do carbono (Marenco & Lopes, 2015)

Figura 1. Esquema simplificado da fotossíntese C3. (Fonte: Marenco & Lopes, 2015).

7
2.2. Fixação de carbono nas plantas C4
As espécies C4 são aquelas cujo primeiro produto formado após a fixação de CO2 é o ácido
oxalacético (AOA) que possui quatro carbonos. As plantas C4 são principalmente gramíneas
tropicais (Taiz, 2008) como o capim elefante, o milho, a cana-de-açúcar, mas há também
dicotiledôneas, como o amendoi entre outras.

Segundo Marenco& Lopes (2015) muitas espécies de plantas C4 possuem Anatomia Kranz ou
Bainha Kranz. (Figura 5.8). Por outro lado, nas plantas C4, os cloroplastos das células do
mesofilo foliar não possuem a RUBISCO. As células do mesofilo das plantas C4 possuem em
seu citoplasma uma enzima denominada de enzima ácido fosfoenolpirúvico carboxilase ou PEP
case, que incorpora o CO2 em uma molécula de 3 carbonos denominada de ácido
fosfoenolpírúvico (PEP) produzindo o ácido oxalacético (AOA) que a seguir é transformado em
malato ou aspartato, dependendo da espécie. Esses produtos são conduzidos até os cloroplastos
da bainha vascular onde sofrem descarboxilação, ou seja, perdem CO2 e se transformam em
piruvato (Barbosa, 2014).

Figura 2. Via simplificada do modelo C4 da fotossíntese. (Fonte: Marenco & Lopes, 2015).

8
2.3. Fixação de carbono nas plantas CAM
As plantas CAM (sigla em inglês) ou MAC (Metabolismo Ácido das Crassuláceas, sigla em
português) apresentam o metabolismo ácido das crassuláceas (Ferreira & Ross (2012). Raven et
al (2007) refere que nessas plantas o gás carbônico atmosférico, à semelhança do que ocorre em
plantas C4, também é capturado pela enzima PEPcase e o carbono colocado numa molécula de
ácido fosfoenol pirúvico, formando ácido oxalacético. Além das crassuláceas, espécies de outras
famílias também podem apresentar metabolismo CAM.

De acordo com Barbosan(2014) são espécies suculentas de deserto ou de habitats sujeitos a secas
periódicas. As plantas do tipo CAM fecham os estômatos durante o dia e os abrem durante a
noite, estocando neste período o CO2 absorvido na forma de ácido málico. Durante o dia, o ácido
málico é descarboxilado, transformando-se em ácido pirúvico, e o CO2 liberado é incorporado ao
Ciclo de Calvin-Benson ou Ciclo C3 pela enzima RUBISCO, que funciona somente durante o
dia. Dessa forma, essas plantas não transpiram durante o dia e armazenam água, já que vivem em
ambientes com limitações de água. Essas plantas são as mais eficientes no aproveitamento da
água para o seu crescimento.

Tal como podemos observar na figura abaixo as plantas CAM são caracterizadas por fecharem os
estômatos durante o dia, assimilando o CO2 durante a noite.

Figura 3. Via simplificada do modelo CAM da fotossíntese. (Fonte: Marenco & Lopes, 2015)

9
2.3. Comparação entre plantas C3, C4 e CAM
Na tabela estao relacionados comparativos entre os três principais grupos de plantas (C3, C4 e
CAM), de acordo com o seu mecanismo de fixação de carbono

Tabela 1: Comparação entre plantas C3, C4 e CAM

CARACTERÍSTICA PLANTAS C3 PLANTAS C4 PLANTAS CAM

Anatomia de
“Kranz”, com células vacuolos grandes
Células esponjosas e
Anatomia mesofílicas e células nas células do
paliçádicas
da bainha do feixe mesófilo
vascular

Enzimas-chave
Rubisco PEP case e Rubisco PEP case e Rubisco

Razão de
450 – 950 250 - 350 50 – 55
transpiração (g
H20/g MS.)

2,8 ± 0,4 3,9 ± 0,6 2,5 a 3,0


Razão clorofila a/b

Fotorrespiração Sim Não detectável Muito baixa

Temperatura ótima
15 - 25 ºC 30 - 40 ºC 35 ºC
para fotossíntese
Fonte: Adaptado de Andrade (2008)

10
CONCLUSÃO

Nas plantas C3, o carbono do gás carbônico é fixado através do Ciclo de Calvin-Benson,
através de uma reação de carboxilação catalizada pela enzima rubisco.
As plantas C4 formam como primeiro produto da fotossíntese o ácido oxalacético (4C);
As plantas CAM são caracterizadas por fecharem os estômatos durante o dia, assimilando o
CO2 durante a noite;
As plantas C4 apresentam comportamento intermediário entre as plantas cam e C3.

11
BIBLIOGRAFIA

ANDRADE, G. B.(2008). Fisiologia vegetal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

BARBOSA, N. Fotossíntese.(2014). Em: Andrade, G.B. Fisiologia Vegetal. Ed. Guanabara


Coogan. Rio.

FERREIRA, F.B & ROSS. C.W. (2012). Fisiologia das plantas. São Paulo: CENCAGE
Learning.

MARENCO, R.A.; LOPES, N.F.(2015). Fisiologia Vegetal: Fotossíntese, respiração, relações


hídricas e nutrição mineral. Editora UFV. Viçosa, MG.

RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. (2007). Biologia vegetal. 7. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan..

TAIZ, L..(2008). Fisiologia vegetal. 4. ed. Porto Alegre: Artmed.

12

Você também pode gostar