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O tema cl�ssico das viagens no tempo volta depois de uma pesquisa do NYT Magazine,
a revista dos domingos do New York Times, que fez uma pesquisa entre seus leitores
perguntando se matariam a Hitler quando ainda era um beb�, em caso de poder viajar
no tempo. 42% disse que sim e 30%, que n�o, com 28% de absten��es. A pesquisa,
parte de sua se��o de perguntas aos leitores Dear Reader, teve milhares de retuites
(muitos deles humor�sticos e outros criticando que a �nica alternativa fosse
assassinar um beb�) e v�rios artigos retomando o tema, que � um cl�ssico tanto das
viagens no tempo como dos dilemas morais.
- "Todo mundo mata Hitler em sua primeira viagem", como escreveu Desmond Warzel em
seu relato Wikihistory. Ou tenta evitar que seus pais se conhe�am. Ou favorece seu
rendimento na Academia de Belas Artes de Viena.
Um artigo do bom io9 faz uma revis�o do que ocorre, segundo a fic��o cient�fica,
quando tentamos matar Hitler. No caso do relato de Warzel, h� que evitar que morra
porque se n�o, n�o chegar�amos inclusive a desenvolver as viagens no tempo.
H� mais vers�es: Adolf Hitler em realidade � um beb� adotado ap�s que um viajante
no tempo assassinou o Adolf Hitler original, no epis�dio "Cradle of Darkness", da
s�rie "The Twilight Zone"; os guarda-costas de Hitler matam todos os viajantes do
tempo que se aproximam dele, no webcomic "Subormality"), e inclusive o fato de
tentar assassinar Hitler � o que faz com que ele se transforme em um ditador cruel
e sanguin�rio, em "The Primal Solution", de Eric Norden.
Por outro lado existe o dilema moral, exemplificado no breve relato humor�stico de
Simon Rich:
Assim que terminei de construir minha m�quina do tempo, viajei a 1890 para matar
Hitler antes de que cometesse seus horr�veis crimes. Esta � a conversa que
aconteceu quando uma mulher viu o que eu havia feito.
No The Atlantic, Matt Ford escreveu um artigo onde recorda que Hitler era um
produto de seu tempo e n�o um acontecimento isolado:
N�o s� isso. A alternativa poderia ser inclusive pior. Tal e qual recordou Dean
Burnett em um artigo do The Guardian publicado em 2014, n�o esque�amos que Hitler
perdeu a guerra. Seu substituto poderia ganh�-la. Outro exemplo: Stephen Fry narra
em sua novela "Making History" como, ap�s que um viajante no tempo convertesse o
pai de Hitler em est�ril, surgia um novo l�der na Alemanha dos anos 20 e 30,
igualmente cruel, mas mais efetivo e carism�tico. Tamb�m com holocausto.