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A velha frase �ningu�m � perfeito� se aplica muito bem quando falamos em termos de
gen�tica: de acordo com estudo publicado recentemente, cada um de n�s tem em m�dia
400 falhas em nosso DNA.
Sem p�nico, contudo: a maior parte delas � �silenciosa� e n�o compromete nossa
sa�de. Mesmo aquelas �perigosas� n�o necessariamente se manifestam. �Pessoas comuns
carregam muta��es causadoras de doen�as sem ter qualquer efeito evidente�, ressalta
o pesquisador Chris Tyler-Smith, do Wellcome Trust Sanger Institute (Inglaterra).
Por�m, ele alerta que �em uma popula��o, haver� variantes que trar�o consequ�ncias
para a sa�de das pessoas�.
O estudo usou como base dados do projeto 1.000 Genomas, que est� decodificando o
genoma de mil pessoas aparentemente saud�veis da Europa, das Am�ricas e do leste da
�sia. O objetivo do projeto � entender melhor como os genes diferenciam as pessoas,
bem como encontrar explica��es gen�ticas para diversas doen�as.
Tyler-Smith e seus colegas compararam os genomas de 176 participantes com uma base
de dados sobre muta��es gen�ticas desenvolvida pela Universidade de Cardiff (Pa�s
de Gales). Foi revelado que uma pessoa �saud�vel� carrega em m�dia 400 varia��es de
DNA potencialmente danosas e duas reconhecidamente associadas a doen�as. De acordo
com o pesquisador David Cooper, que participou do estudo, a an�lise mostrou que
�falhas nos tornam diferentes, �s vezes com diferentes habilidades e per�cias, mas
tamb�m com diferentes predisposi��es a doen�as�.
Loteria gen�tica
As consequ�ncias das falhas de DNA s�o dif�ceis de prever: muitas s� causam danos
se forem passadas para a gera��o seguinte (se o filho receber o gene defeituoso
tanto do pai como da m�e); outras (cerca de uma em cada dez no estudo) s� causam
uma condi��o simples, ficam inativas por um tempo ou sequer chegam a se manifestar
ao longo da vida; e existem algumas, por�m, que podem fazer com a que a pessoa
tenha mais chances de desenvolver doen�as como c�ncer ou problemas card�acos.
Estudos como o 1.000 Genomas ou o de Tyler-Smith podem ter uma import�ncia ainda
maior no futuro, caso a medicina personalizada (que leva em conta as
caracter�sticas do paciente, ao inv�s de usar tratamentos focados apenas na doen�a)
ganhe espa�o e se apoie em informa��es gen�ticas. Com o avan�o dos estudos, o custo
para sequenciar o genoma de uma pessoa vem caindo.