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CuBU

Curso Básico de Urgência - CHLN

VIA VERDE SÉPSIS

Sandra Carmo Pereira


10 de Outubro de 2018

Serviço de Urgência Central - CHLN Sessão Prática


Sépsis

 Incidência comparável ao AVC/ EAM/ tumores


colorretal e mama

 20-25% dos internamentos em Serviço de


Medicina

>>> Elevada morbilidade e mortalidade associadas

Serviço de Urgência Central - CHLN Via Verde Sépsis


Detecção precoce de casos e implementação de medidas
terapêuticas reduzem a morbilidade e a mortalidade

Via Verde Sépsis


Norma DGS nº10/2016 de 30/9/2016,
actualizada a 16/5/2017

Serviço de Urgência Central - CHLN Via Verde Sépsis


VIA VERDE SÉPSIS
no
SERVIÇO de URGÊNCIA
CENTRAL
(nível 2)

Serviço de Urgência Central - CHLN Via Verde Sépsis


Objectivos:

• Identificação imediata de Caso Suspeito e de Caso Confirmado


VVS, para cumprimento dos algoritmos básicos de avaliação

• Intervenção terapêutica precoce e adequada em doentes com


sépsis grave e choque séptico por forma a melhorar o
prognóstico destes doentes.

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Protocolo Via Verde Sépsis

Inclui 4 passos:

• Passo 1 – Identificação precoce de Caso Suspeito VVS

• Passo 2 – Identificação de Caso Confirmado VVS

• Passo 3 – Cumprimento do Algoritmo Básico de Avaliação e


Terapêutica

• Passo 4 – Cumprimento do Algoritmo Avançado de Avaliação e


Terapêutica

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Passo 1/ Identificação precoce de Caso Suspeito VVS

• Consiste na avaliação sistemática de todos os doentes, no momento


da Triagem inicial, como possíveis candidatos à VVS, e não obvia a
Triagem de Manchester.

Caso Suspeito VVS é definido como a presença de 1


critério de presunção de infeção e, simultaneamente, pelo
menos, de 1 critério associado a inflamação sistémica

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•1 critério de presunção de infeção

- Alteração de Temperatura (T<35º ou >38ºC medida ou referida)


+ Cefaleias
Confusão e/ ou diminuição da consciência
Dispneia
Tosse
Dor abdominal (distensão ou diarreia)
Icterícia
Disúria ou polaquiúria
Dor lombar
Sinais inflamatórios cutâneos extensos

- Critério clínico do responsável

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•1 critério associado a Inflamação Sistémica

Critérios de Inflamação Sistémica:


- Confusão e/ou alteração do estado de consciência
- Frequência Cardíaca > 90ppm
- Frequência Respiratória > 22 cpm

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CASO SUSPEITO DE VIA VERDE SÉPSIS

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Passo 2/ Identificação de Caso Confirmado VVS

Caso Confirmado VVS se inexistência de Critérios de Exclusão:

- Doença cerebrovascular aguda


- Doente sem reserva fisiológica para medidas avançadas de
diagnóstico e terapêutica
- Estado de mal asmático
- Gravidez
- Hemorragia Digestiva ativa
- ICC/ Síndrome Coronária Aguda
- Politrauma/ grandes queimados

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Passo 2/ Identificação de Caso Confirmado VVS

Caso Confirmado VVS se existência de 1 ou mais Critérios de


Gravidade

- Hiperlactacidémia > 2mmol/l (ou >18mg/dl)

- Hipotensão arterial (TAsistólica < 90mmHg)

- Hipoxémia (PaO2 < 60mmHg em ar ambiente ou PaO2/


FiO2 < 300mmHg)

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(*) Gasimetria arterial deve ser feita num período máximo de
15mn, após a identificação de Caso Suspeito VVS (Tempo 0)

CASO CONFIRMADO VIA VERDE SÉPSIS

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Passo 3/ Algoritmo Básico de Avaliação e Terapêutica

Inclui:

- Correcção da hipovolémia e hipoperfusão tecidular


Administração de fluidos: cristalóide 30ml/kg

- Administração de Oxigénio

- Avaliação laboratorial, incluindo hemograma com plaquetas, estudo da


coagulação, ionograma, ureia, creatinina, glicose, bilirrubina total e direta

Norma DGS nº10/2016 de 30/9, Surviving Sepsis Campaign 2017

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Passo 3/ Algoritmo Básico de Avaliação e Terapêutica

Inclui:

- Realização de Hemoculturas e/ou outros exames microbiológicos de


acordo com o foco provável de infecção
- Realizar 2 hemoculturas em locais diferentes, 1 pelo menos por punção
vascular, sempre antes da 1ª administração de antibiótico
- Não atrasar a 1ª administração de antibiótico por necessidade de exames
microbiológicos

Todos estes procedimentos têm um tempo máximo para administração


de 15mn, e a realização de exames microbiológicos não deverá
exceder 60mn.

Norma DGS nº10/2016 de 30/9, Surviving Sepsis Campaign 2017

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Passo 3/ Algoritmo Básico de Avaliação e Terapêutica

Inclui:
- Administração de antibioterapia adequada
Não deve exceder os 60mn após o Tempo 0 (**)

(**) Tempo 0 - Identificação de Caso Suspeito VVS

- Identificação do foco, se necessário com recurso a exames


imagiológicos

Norma DGS nº10/2016 de 30/9, Surviving Sepsis Campaign 2017

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Doente admitido em SO
ou UCI

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Passo 4/ Algoritmo Avançado de Avaliação e Terapêutica

Inclui:
-Colocação de cateter venoso central, se necessidade de
vasopressores

-Colocação de cateter arterial, se necessidade de vasopressores

-Administração de Vasopressores
Noradrenalina, para manter TA média > 65mmHg,
preferencialmente após correcção volémica
Dose máxima de noradrenalina: 2,0 ug/kg/mn

Dobutamina, em doentes com evidência de disfunção


miocárdica e sob monitorização hemodinâmica
Dose: 2,5-5,0 ug/Kg/mn

Norma DGS nº10/2016 de 30/9, Surviving Sepsis Campaign 2017

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Passo 4/ Algoritmo Avançado de Avaliação e Terapêutica

Inclui:
- Ventilação mecânica
Decisão individualizada, baseada na avaliação clínica, hipoxémia refractária,
hiperlactacidémia mantida, esforço respiratório excessivo

- Suporte transfusional, se valor de Hb <7.0 g/dl ou valores mais


elevados em doentes seleccionados

- Corticoterapia, em doentes com hipotensão refractária à


fluidoterapia e vasopressores administrados em dose elevada
Dose: 200 mg/dia preferencialmente em perfusão contínua

Norma DGS nº10/2016 de 30/9, Surviving Sepsis Campaign 2017

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Serviço de Urgência Central - CHLN Via Verde Sépsis
Principais Problemas/ Limitações

• Tempo entre a sinalização do doente, a realização de GSA


e activação VV Sépsis

• Tempo entre a activação VV Sépsis e a 1ª administração


de antibiótico

• Motivação das Equipas/ Profissionais de Saúde

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O futuro?

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O Sr. Doutor diz que
tenho Sépsis…

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Serviço de Urgência Central - CHLN Via Verde Sépsis
Obrigada!

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