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Feira de Santana-BA.
2020
Novas tecnologias geralmente trazem com elas mudanças significativas em
todos os ramos, principalmente para o da ciência. Tamanhos avanços têm,
atualmente, permitido pesquisas na área da neurociência e por tabela, dos
efeitos gerados pela música/som no cérebro humano.
Localizados nos hemisférios, os lobos são estruturas que levam os nomes dos
ossos que o protegem na caixa craniana (frontal, parietal, temporal e occipital).
Oliver Sacks em seu livro Alucinações Musicais (2007) sugere que nem todo
detentor de ouvido de absoluto terá todos os atributos de um exímio músico, e
isso fica comprovado pelo exemplo de Cordélia, exposto no livro. Cordelia era
uma jovem oriunda de uma família bastante musical, sendo ela a única
detentora de ouvido absoluto, contudo, ela mal conseguia entonar seu violino.
O livro segue mostrando que o contrário também se aplica ao demonstrar que
mesmo por meio de extensivo treino, as devidas competências de um músico
nem sempre são adquiridas de forma acadêmica. Um paradoxo que pode
culminar em musicalidade tardia ou excesso da mesma.
Talvez a área mais estudada seja nas lesões no lobo temporal. Essa parte é
responsável entre outras pelo “freio moral”, memoria objetiva e
reconhecimento de objetos.
Pessoas com lesão lobo temporal tendem a ficar desinibidas quase que de
maneira incontrolável, despudoradas. Ainda não se sabe se isso tem ligação
com disfunção hormonal.
Talvez devamos nos debruçar mais no que não foi feito e ao que não sabemos
oriundo de analises cerebrais. De onde vem os “insights” que leva a magnificas
composições? Performances com forte expressão, de onde elas vêm? Seria
uma atividade neural? Se for, o que inicia essa atividade?