Ebook Idoso Vivendo Sem Queda

Marta Solange de Souza
Idoso vivendo
Licenciado para - Michele Melo - 00832108901 - Protegido por Eduzz.com
“Saber envelhecer é a grande

sabedoria da vida”
Henri Amiel
Agradecimentos
Ao meu esposo Alejandro, que de forma

compreensiva e amorosa renunciou ao tempo de
estar comigo para que eu pudesse produzir este
E-book.
À minha amiga Simone, pelo apoio na correção e
revisão dos textos.
À Loja do Avô que permitiu o uso das fotos.
Autora: Marta Solange de Souza

Fisioterapeuta Pós-graduada em
Saúde do Idoso
Residência Multiprofissional -
Unifesp
Crefito: 142598-F
ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE
Este e-book foi escrito apenas para fins informativos.

Todos os esforços foram feitos para tornar este e-
book o mais completo e preciso possível.
O autor não garante que as informações contidas

neste e-book sejam totalmente completas e não será
responsável por quaisquer erros ou omissões. O autor
não terá responsabilidade para com qualquer pessoa
ou entidade com relação a qualquer perda ou dano
causado ou alegadamente causado direta ou
indiretamente por este e-book.
AVISO LEGAL
Este livro é protegido por direitos autorais. Isso é

apenas para uso pessoal. Você não pode alterar,
distribuir, vender, usar, citar ou parafrasear qualquer
parte ou o conteúdo deste livro sem o consentimento
do autor. Se isso for violado, uma ação legal será
iniciada.
ISBN: 978-65-00-76067-5
Sumário
Apresentação 06
Capítulo 1 - INTRODUÇÃO 08
Capítulo 2 - FUNCIONALIDADE E MOBILIDADE 11
Capítulo 3 – RISCO DE QUEDAS 14
Capítulo 4 – INTERVENÇÕES 27
Capitulo 5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS 34
Capítulo 6 – SITES ÚTEIS 36
Referências 39
Apresentação
07
Este E-book tem por objetivo fornecer os principais

conceitos relacionados a postura, equilíbrio e risco de
quedas para a pessoa idosa e dar sugestões práticas
e simples de adaptações e intervenções para
amenizar este evento tão prejudicial na vida da
pessoa idosa e das pessoas que estão à sua volta.
Boa leitura!
Introdução
09
A população idosa tem crescido em níveis acelerados,

sendo a população que mais aumenta. Só no Brasil,
desde 2012, é adicionado a esse público 1 milhão de
pessoas a cada ano. As projeções apontam que, em
2050, a população idosa representará cerca de 30%
da população brasileira. Também houve crescimento
da quantidade de idosos com 80 anos ou mais, etapa
ainda mais vulnerável do ponto de vista social, físico e
mental.
Os desafios gerados por essas modificações na

estrutura populacional recaem, não apenas na
pessoa, mas também sobre os familiares, pois é o
momento de lidar com as dificuldades que vão
aparecendo no dia a dia, como por exemplo, redução
da audição, aparecimento ou intensificação de
doenças, dependência de atividades básicas como
alimentação e higiene, etc., além da necessidade de
garantir que essa pessoa receba apoio afetivo,
emocional e material. No que diz respeito aos
problemas mais comuns que comprometem a
independência destes indivíduos estão a diminuição
da funcionalidade e da mobilidade, que associada a
alterações nos sistemas que regem o equilíbrio do
corpo, acabam por provocar instabilidade postural e
risco de quedas.
10
Por esse motivo, durante essa transição é importante

que todos os envolvidos sejam considerados. Em vista
disto, o objetivo deste E-book é trazer informações,
conhecimento e dicas práticas a fim de que o
processo de envelhecimento entrelaçado com a
garantia da saúde, possa ampliar à pessoa idosa uma
vida vivida com mais qualidade e conforto, permitindo
que o ambiente familiar se torne mais harmonioso e
natural.
Funcionalidade e
Mobilidade
Capítulo 1
12
De maneira simples, a funcionalidade é o quanto a

pessoa consegue ter de autonomia e independência
nas atividades diárias que compõe seu universo
ocupacional, ou seja, as funções que ela consegue
executar no seu dia a dia, isto depende da capacidade
de o sistema nervoso central de controlar e coordenar
os movimentos do corpo humano de forma eficiente e
precisa para execução das atividades. Entretanto, a
funcionalidade motora é influenciada por fatores
genéticos, ambientais e de desenvolvimento, bem
como por lesões ou doenças que afetam o sistema
nervoso central. Problemas na funcionalidade motora
podem levar a dificuldades de movimento, de
coordenação e equilíbrio, prejudicando a qualidade de
vida por afetar de forma direta sua independência.
Já a mobilidade pode ser definida como a capacidade

de se movimentar em diferentes amplitudes usando as
articulações, a flexibilidade muscular, o equilíbrio e a
coordenação. Ter uma boa mobilidade é importante
para realizar as atividades da vida diária, como
levantar, vestir, caminhar e outras.
Dentre algumas escalas que se pode usar para avaliar

a funcionalidade estão: Escala de Kartz e Escala de
Lawton. Por outro lado, a mobilidade pode ser
avaliada com testes como: Testes de Velocidade da
Marcha e Teste Get-Up And Go.
13
O processo de envelhecimento na pessoa idosa, pode

comprometer a mobilidade e funcionalidade, então é
fundamental ao longo da vida realizar exercícios para
evitar maiores implicações no futuro, tornando-se
essencial a ajuda de um profissional capacitado a fim
de intervenções adequadas visando a melhora das
funções.
Capítulo 2
Risco de Queda
15
3.1 Investigando as causas
Como já mencionado, o risco de queda é um

problema comum entre os idosos, por isso é essencial
investigar as causas deste evento tão perturbador.
Essa investigação deve contar com a ajuda de um
fisioterapeuta capacitado, que utilizará de
Instrumentos de avaliação (alguns deles citados neste
Ebook), os quais avaliam fatores pessoais e externos,
que servirão de base para uma análise mais ampla e
profunda de cada indivíduo, a partir da qual se
elaborará um plano de reabilitação para cada caso.
Além disto, é importante também passar em consulta

com Médico Geriatra para ajustes de medicação e
solicitação de exames que se fizerem necessários
como por exemplo exames oftalmológicos (que avalia
déficit de visão) e rastreio de deficiência de vitaminas.
Acompanhamento regular com esses e outros
profissionais é fundamental para a promoção ou
recuperação da saúde como um todo.
A seguir elencamos as principais causas e fatores que

podem favorecer a ocorrência de quedas e de que
maneira eles podem se tornar um fator agravante ou
ao mesmo tempo um fator de potencialidade.
16
3.2 Alterações Biopsicossociais
Grandes e intensas mudanças ocorrem no processo

de envelhecimento, como a diminuição de energia e
de interesse em atividades do cotidiano que poderiam
contribuir para uma rotina mais dinâmica que
envolveria o movimento e fortalecimento do corpo,
mas é comum nesta fase surgir ou aumentar os
problemas emocionais e/ou cognitivos. E além do
campo psíquico, há os fatores patológicos e físicos
que também interferem no risco de quedas, como por
exemplo: déficit de equilíbrio, fraqueza muscular,
vertigem, confusão mental, polimedicação e fatores
externos como o ambiente onde o idoso vive. No
próximo item abordaremos sobre o equilíbrio, que,
quando deficitário, se torna um dos fatores mais
predominantes para a ocorrência de quedas.
3.3 Equilíbrio versus Instabilidade Postural
O equilíbrio corporal é a capacidade de manter a

postura do corpo sem provocar oscilações sobre sua
base de apoio (contato do corpo com a superfície de
apoio), seja ela estagnada (equilíbrio estático) ou em
movimento (equilíbrio dinâmico), sendo o equilíbrio
determinado pela associação entre os sistemas
sensorial, musculoesquelético, visual e nervoso
central.
17
Uma alteração em qualquer desses sistemas afeta a

estabilidade postural, contribuindo para uma das
síndromes mais comuns em idosos: a instabilidade
postural.
Ao sofrer um desequilíbrio, é necessário que haja

uma interação de sistemas neuromotores para que
ocorra uma adaptação (estabilidade corporal) para
evitar a queda, porém é normal o indivíduo com idade
mais avançada apresentar déficit destes sistemas,
ocorrendo uma demora na reação do corpo em se
manter estável ao sofrer um desequilíbrio interno ou
externo. As escalas mais utilizadas para avaliar o
equilíbrio corporal são a Escala de Berg e Tinetti.
Em vista dos argumentos apresentados, é

fundamental seguir um programa regular de exercícios
para prevenir a perda do equilíbrio e da estabilidade
corporal, além de promover fortalecimento dos
músculos, por consequência prolonga a autonomia e a
vida funcional do idoso.
18
3.4 Ambiente
O ambiente domiciliar é, na maioria das vezes, o local

onde mais ocorre episódios de quedas por ser em
casa onde eles passam a maior parte do tempo.
Geralmente, quando o idoso convive com mais
familiares a tendência é que estes, pela preocupação
e sentimento de proteção, acabam por fazer pelo
idoso atividades básicas e pessoais que ele ainda
daria conta de executar, essa nova realidade vai se
tornando cada vez mais cômoda e frequente e os
resultados acabam por antecipar uma dependência
funcional que poderia ser retardada. Além disto, um
ambiente desfavorável às noções de segurança pode
aumentar o risco de queda. Abaixo elencamos
sugestões e dicas práticas para um ambiente mais
seguro:
a. Barras de apoio: ajuda na mobilidade e no apoio

durante o banho e ao usar o vaso sanitário ou a pia.
Elas podem ser instaladas em banheiros, escadas,
corredores e/ou outros lugares que exigem maior
alerta. Segundo a ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas) as barras de apoio devem ter
resistência de 150kg, estar firmemente fixadas a uma
distância mínima de 40mm entre sua base de suporte.
Devem ser instaladas ao lado do vaso sanitário se
houver parede e/ou na parede do chuveiro.
19
A escolha da barra de suporte correta torna o

banheiro mais acessível e seguro para o idoso, por
isso é essencial a escolha certa e contratar um
profissional qualificado para a instalação;
20
b. Tapetes antiderrapantes: considerando que a

maioria dos idosos que tem diminuição de mobilidade
e equilíbrio acabam por arrastar os pés como
adaptação para evitar a queda, tapetes soltos e lisos
são um alto risco para o evento, sendo o
antiderrapante mais eficiente e seguro;
21
c. Tapetes de proteção contra quedas: podem ser

colocados em lugares onde os antiderrapantes não
sejam apropriados, eles servem para amortecer a
queda caso aconteça, podem ser colocados por
exemplo ao lado da cama.
d. Iluminação adequada: facilita e permite ver o

ambiente como um todo. São comuns acidentes
noturnos, por isso é importante instalar um ponto de
luz próximo à cama onde a pessoa idosa dorme e não
deixar o quarto totalmente escuro;
e. Calçados apropriados: devem ser confortáveis,

com solas antiderrapantes e com boa aderência.
Evitar o uso de chinelos é uma boa opção pois este
tipo de calçado aumenta o risco de queda, por
provocar instabilidade no pé e consequentemente no
corpo;
f. Cadeira de banho: deve ser usada para idosos

com fraqueza grave nas pernas, que apresentam
dificuldade de manter a postura de pé sem apoio;
22
g. Assento do vaso aumentado: como a maioria dos

idosos com risco de quedas tem dificuldades de
levantar-se sem apoio, aumentar o assento do vaso
facilita o levantar junto com a barra de apoio. Existem
duas alturas padrões: 7,5cm e 13,5cm que vai
depender da altura do indivíduo;
23
h. Adequação da porta do box do banheiro: quando

houver, esta deve ter 0,90m e ser feita de material
resistente a impacto, porém a opção de colocar
cortina pode ser mais segura (ABNT).
3.5 Ajustes Posturais
O corpo realiza ajustes para manter a estabilidade

diante de perturbações externas ou internas durante
as atividades do dia a dia, eles podem ser:
Ajustes Posturais Antecipatórios: são aqueles que

ocorrem antes do movimento planejado, onde o
sistema nervoso já tem memórias daqueles
movimentos e antecipa os ajustes de outros músculos
para dar estabilidade ao movimento.
Ajustes Compensatórios: são respostas motoras

que ocorrem após uma perturbação externa
inesperada como por exemplo uma mudança da
superfície de apoio (base de suporte), um empurrão,
um tropeço, os quais podem acontecer de forma
automática ou voluntária.
Como já bem enfatizado, o processo de

envelhecimento na pessoa idosa traz consigo
mudanças fisiológicas e neurológicas, sendo assim,
esses ajustes sofrem alterações e ficam prejudicados,
aumentando o risco de quedas.
24
Alguns fatores que contribuem para prejuízo nos

ajustes posturais:
a) atraso na resposta da correção postural;

b) diminuição da amplitude de movimento que limita a
capacidade de ajustar a postura e manter o equilíbrio;
c) redução da coordenação dos movimentos o que
pode afetar a precisão e eficácia dos ajustes
posturais;
d) perda de massa e força muscular o que afeta a
capacidade do idoso de manter a postura com
efetividade;
e) alterações sensoriais: problemas de visão, audição
e percepção sensorial, que afetam a habilidade do
idosos em detectar desequilíbrios e efetuar os ajustes
posturais.
Apesar de tantos desafios, é possível treinar estes

ajustes com um fisioterapeuta capacitado que avaliará
individualmente cada indivíduo e definirá um plano de
exercícios personalizado.
25
3.6 Sentar e Levantar
O movimento de sentar e levantar é uma exigência

primordial para que o indivíduo mantenha a
independência funcional e mobilidade durante as
atividades de vida diária e é um pré-requisito para a
manutenção da postura de pé e para iniciar o
caminhar. Esta tarefa envolve a percepção das
articulações associadas às funções motoras, o que
abrange a força muscular, o equilíbrio, a flexibilidade,
a coordenação motora e o controle postural. Quando
há limitações funcionais, esta tarefa pode ficar
comprometida e consequentemente comprometendo
todas as outras funções que dependem desta função
inicial. Para avaliar este movimento de forma simples
existe o Teste de Levantar e Sentar Cinco Vezes,
sendo que quanto maior a idade maior o tempo de
realização e quanto mais longo o tempo para realizar
maior o risco de quedas.
26
3.7 Medo de cair
Considerando que a queda faz com que o idoso fique

“traumatizado”, o medo de cair novamente o “paralisa”
mesmo diante de atividades comuns, por exemplo
uma simples caminhada. Esse comportamento
sedentário e recluso faz diminuir sua capacidade
motora de forma considerável. A definição de medo
segundo o Ministério da Saúde é: “um sentimento de
grande inquietação diante a noção de um perigo real,
aparente ou imaginário de quedas, ou seja, pode estar
presente mesmo no idoso que nunca caiu”.
Para avaliação do medo ou preocupação de cair tem

sido utilizada a Falls Efficacy Scale – International
(Escala de eficácia de quedas – Internacional – Brasil
(FES-I-Brasil). Com ajuda do profissional
fisioterapeuta é possível trabalhar este medo, durante
o treinamento personalizado, o idoso experimenta
posturas que sozinho ele tem medo de adotar, assim
ele passa a se sentir seguro, pois seu corpo começa a
reagir com o treinamento.
Capítulo 4
Intervenções
28
4.1 Dispositivos Auxiliares de Marcha
O que é observado na prática clínica é que a maioria

dos idosos tem resistência para aceitar o uso de um
dispositivo auxiliar para caminhar, algumas das
justificativas mais comuns é que isso vai “deixá-lo
mais incapaz” ou que “não precisa” ou que “o médico
não indicou” etc. Por outro lado, quando a família ou o
próprio idoso compreende que tem necessidade de
um, na maioria das vezes o faz sem orientação de um
profissional e seu uso que poderia ser uma
prevenção, pode se tornar um problema. A prescrição
adequada por um profissional capacitado é essencial
para indicar corretamente e treinar este idoso no uso
correto do equipamento.
Existem vários dispositivos disponíveis no mercado,

porém aqui vamos citar os 3 mais utilizados:
a) Bengala de 1 ponto: indicada para idosos com

medo de cair que apresentam risco leve de queda e
que sejam ativos e tenham certa agilidade e
mobilidade. A forma correta de utilizar este dispositivo
é posicionando-o próximo ao corpo oposto à perna
mais prejudicada, tomando cuidado para não
posicionar à frente do corpo devido ao risco de
tropeçar.
29
b) Andador: é mais indicado para pessoas que

precisam de uma base de apoio maior, que
apresentem alterações de equilíbrio tanto parado
como em movimento, sendo indicado também para
reduzir a descarga de peso nas pernas. O andador
deve ser posicionado a frente do corpo, e só deve
trocar os passos quando o andador estiver com os 4
pontos apoiados no chão.
30
c) Cadeira de rodas: são indicadas nos casos de

idosos que não conseguem mais andar, no entanto, é
preciso o treinamento da família e/ou cuidador para a
utilização correta ao realizar as transferências. De
acordo com a ABNT a largura em geral da área de
transição é de 0,90mts.
A indicação e o treinamento inicial de todos esses

dispositivos auxiliares devem ser feitos com avaliação
de um profissional especializado, a fim de que o idoso
possa, de maneira segura, usar o máximo do seu
potencial e evitar o desgaste do cuidador.
31
4.2 Exercícios
Exercício Objetivo Como fazer
Fortalecer
músculos das Com um bastão (cabo
pernas; de vassoura), deverá
1) Sentar-se e Melhorar o realizar uma leve
levantar-se da equilíbrio e as inclinação do corpo
cadeira funções; para frente, levantar e
Promover elevar os braços até
independência onde conseguir.
funcional.
De pé com pés juntos,

Fortalecer
utilizando uma bolinha
músculos
deve-se passá-la na
estabilizadores;
2) Ficar em pé frente do corpo e atrás.
Aprimorar o
com pés juntos. Realiza-se uma série
equilíbrio e
com olhos abertos e
consciência
outra com olhos
corporal.
fechados.
Fortalecer De forma alternada,

músculos das colocar e tirar o pé do
pernas. degrau. Pode-se utilizar
Melhorar um degrau da casa,
coordenação degrau de escada ou
3) Treino do
motora. um degrau adaptado
degrau
Aprimorar com caixote de
habilidade de madeira firme que
subir escada, deverá estar bem
degrau e da próximo a parede, para
marcha. evitar acidentes.
32
Trabalhar postura Girar o tronco (corpo)

e estabilidade. para um lado e para o
4) Movimento
Melhorar outro com os pés juntos
de rotação
equilíbrio e ou próximos firmes no
coordenação. piso.
Promover a
melhora da A pessoa deverá andar
5) Caminhar em consciência na linha reta, a
linha reta corporal e distância de acordo
coordenação com a tolerância.
motora
Melhorar Distância de acordo

sincronização dos com a tolerância do
passos, idoso. Vai para direita
6) Caminhar em
estabilidade do usa a perna direita
zig zag
tronco e a primeiro, vai para
capacidade de esquerda usa a perna
mudar de direção. esquerda primeiro.
Colocar 5 cones
sequencial de maneira
Proporcionar
que seja possível passar
melhoria do
7) Caminhar entre eles em forma de
equilíbrio,
entre cones “caracol”. Para realizar
coordenação e
em casa pode-se usar
agilidade.
garrafas pets no lugar
de cones.
Promover
fortalecimento Dar um passo para o
8) Passo lateral
muscular, lado e passar a bola de
com bola
coordenação e uma mão para a outra.
agilidade.
33
Colocar duas ou mais

barreiras que poderão
Melhorar marcha, ser de madeira fina, a
9) Passar
agilidade e pessoa deverá saltar as
obstáculos
coordenação. barreiras com um pé
atrás do outro para
frente e para trás.
Treinar equilíbrio e Manter por 20

estabilidade. segundos (ou o tempo
10) Apoio em Fortalecer que conseguir,
um pé só músculos das evoluindo
pernas e gradativamente),
estabilizadores. repetir 5 vezes cada pé.
Observação: Os exercícios devem ser feitos em

séries de 10 repetições inicialmente podendo
aumentar conforme evolução da pessoa, sempre
fazendo uma pequena pausa entre uma série e outra.
As tarefas devem ser com supervisão, e se o idoso
estiver com alteração grave de equilíbrio é necessário
apoio leve para referência e para que se sinta mais
seguro. Para obter melhores resultados pode realizar
uma avaliação com fisioterapeuta especializado em
equilíbrio. Importante que seja realizado de 3 a 4
vezes por semana, pois é necessário treinamento
para que haja melhora do equilíbrio e o controle
postural. Se o idoso possui comorbidades como
hipertensão, problemas cardíacos ou outros, deve
consultar o médico antes de realizar qualquer
exercício.
Capítulo 5
Considerações
finais
35
Como vimos, o envelhecimento na pessoa idosa

aumenta o risco de quedas. Compreender e identificar
os fatores que causam este evento é fundamental
para planejar o tratamento, que deve ser adequado,
individual e singular. Uma avaliação detalhada de
cada situação é fundamental para a adequação do
ambiente e de outros fatores internos e externos que
estão contribuindo para o evento. O fisioterapeuta é o
profissional capacitado para realizar as intervenções
apropriadas e prestar consultoria a fim de prevenir as
quedas e consequentemente evitar a perda de uma
vida funcional normal. A saúde deve ser vista de uma
perspectiva global, entrelaçando conhecimentos
multiprofissionais e contanto com o apoio da família
ou da rede de suporte que a pessoa idosa tenha.
Pensar em estratégias de prevenção e cuidados hoje,
refletirá em uma vida vivida com qualidade e
satisfação no futuro.
Capítulo 6
Sites úteis
37
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/envelheci
mentoativo.pdf
https://www.paho.org/pt/envelhecimento-saudavel
https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/
https://www.lojadoavo.com.br/
ESCALAS
Escala de Berg
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/143486/mod_f
older/content/0/EEB.pdf ?forcedownload=1
Escala de Kartz
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2551429/mod
_resource/content/1/KAT Z%20dez%202015.pdf
Escala de Tinett
http://www.unati.uerj.br/Guia%20dos%20instrumentos
%20Avaliacao%20Geria trica.pdf
Escala de Lawton
http://www.unati.uerj.br/Guia%20dos%20instrumentos
%20Avaliacao%20Geria trica.pdf
38
Teste Get-Up And Go
https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?
id=1341173
Teste de Velocidade da Marcha
https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?
id=1341181
Teste de Levantar e Sentar Cinco Vezes
https://www.scielo.br/j/rbti/a/LQ7WNYwbYPzZZkHJpjn
3C9t/?format=pdf
Falls Efficacy Scale – International (Escala de

eficácia de quedas – Internacional – Brasil (FES-I-
Brasil)
https://dtmcefaleia.fmrp.usp.br/assets/pdfs/1bf0d8909
1e41c8ebf61572d3ead0 ba2).pdf
Referências
40
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E

ESTATÍSTICA (IBGE) [homepage na internet].
População cresce, mas número de pessoas com
menos de 30 anos cai 5,4% de 2012 a 2021. [Acesso
28/11/2022]. Disponível em:
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-
noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/34438-
populacao-cresce-mas-numero-de-pessoas-com-
menos-de-30-anos-cai-5-4-de-2012-a-202.
BRASIL. Ministério da Saúde [Acesso 29/11/2022].

Saúde do Idoso. Disponível em:
https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/envelheci
mento-e-tema-de-boletim-tematico-do-ministerio-da-
saude/.
CECCON, RF et al. Envelhecimento e dependência

no Brasil: características sociodemográficas e
assistenciais de idosos e cuidadores. Ciência &
Saúde Coletiva, 26(1):17-26, 2021. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/1413-81232020261.30352020.
Acesso 29/11/2022.
DRUMMOND, A, PAZ, CCSC & MENEZES, RLD.

Proprioceptive activities to postural balance of the
elderly-systematic review. Fisioterapia em
movimento, 2018;31:e003135. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/1980-5918.031.AO35 acesso
em 10/03/2023.
41
SILVA EA. Medo de cair e declínio funcional em

idosos. Monografia. Disponível em:
http://hdl.handle.net/1843/46271 acesso em
15/02/2023.
ALBUQUERQUE, VS; FERNANDES, LP e

MÁRMORA CHC. O uso de dispositivos auxiliares
para marcha em idosos e sua relação com auto
eficácia para quedas. Revista Hospital Universitário
Pedro Ernesto, v. 17, n. 2, p. 51-56, mar. 2019.
Disponível em: https://www.e-
publicacoes.uerj.br/index.php/revistahupe/article/view/
40858 acesso em: 20/12/2022.
GUSMÃO, MFS & REIS, LA DOS. (2017). Efeitos do

treinamento sensório-motor no equilíbrio de
idosos: revisão sistemática. Revista De Saúde
Coletiva Da UEFS, 7(1), 64–70. Disponível em:
https://doi.org/10.13102/rscdauefs.v7i1.1056 Acesso
17/01/2023
PORTO JM, IOSIMUTA NCR, COELHO AC, ABREU

DCC. Recomendações para prescrição de
dispositivos auxiliares da marcha em idosos. Acta
Fisiátr. [Internet]. 30 de setembro de 2019 [citado 20
de dezembro de 2022];26(3):171-5. Disponível em:
https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/1
66646
42
MORAES, R e CASTRO, EM. Relação entre

Percepção e Ação durante os Movimentos de
Sentar e Levantar em Indivíduos Idosos.
Psicologia: Teoria e Pesquisa Abr-Jun 2010, Vol. 26 n.
2, pp. 253-264. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/S0102-37722010000200007.
Acesso em 20/01/2023.
BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à

Saúde. Departamento de Ações Programáticas
Estratégicas. Manual para Utilização da Caderneta de
Saúde da Pessoa Idosa. Brasília, DF: Ministério da
Saúde; 2016. 94p.
CAMARGOS, FF; DIAS, RC; DIAS, JM e FREIRE,

MT. Adaptação transcultural e avaliação das
propriedades psicométricas da Falls Efficacy
Scale - International em idosos Brasileiros (FES-I-
BRASIL). Rev Bras Fisioter. 2010;14(3):237-43.
Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-
35552010000300010. Acesso em 19/03/2023.
MELO, TA et al. Teste de Sentar-Levantar Cinco

Vezes: segurança e confiabilidade em pacientes
idosos na alta da unidade de terapia intensiva.
Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v. 31, p. 27-
33, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.5935/0103-
507X.20190006. Acesso 14/03/2023.
43
TEIXEIRA, DKS et al. Quedas em pessoas idosas:

restrições do ambiente doméstico e perdas
funcionais. Revista Brasileira de Geriatria e
Gerontologia, v. 22, 2019. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/1981-22562019022.180229.

Ebook Idoso Vivendo Sem Queda

Enviado por

Dados do documento

Título original

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Ebook Idoso Vivendo Sem Queda

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Marta Solange de Souza

“Saber envelhecer é a grande

Ao meu esposo Alejandro, que de forma

Autora: Marta Solange de Souza

Este e-book foi escrito apenas para fins informativos.

O autor não garante que as informações contidas

Este livro é protegido por direitos autorais. Isso é

Capítulo 2 - FUNCIONALIDADE E MOBILIDADE 11

Capítulo 3 – RISCO DE QUEDAS 14

Capitulo 5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS 34

Capítulo 6 – SITES ÚTEIS 36

Este E-book tem por objetivo fornecer os principais

A população idosa tem crescido em níveis acelerados,

Os desafios gerados por essas modificações na

Por esse motivo, durante essa transição é importante

De maneira simples, a funcionalidade é o quanto a

Já a mobilidade pode ser definida como a capacidade

Dentre algumas escalas que se pode usar para avaliar

O processo de envelhecimento na pessoa idosa, pode

3.1 Investigando as causas

Como já mencionado, o risco de queda é um

Além disto, é importante também passar em consulta

A seguir elencamos as principais causas e fatores que

3.2 Alterações Biopsicossociais

Grandes e intensas mudanças ocorrem no processo

3.3 Equilíbrio versus Instabilidade Postural

O equilíbrio corporal é a capacidade de manter a

Uma alteração em qualquer desses sistemas afeta a

Ao sofrer um desequilíbrio, é necessário que haja

Em vista dos argumentos apresentados, é

O ambiente domiciliar é, na maioria das vezes, o local

a. Barras de apoio: ajuda na mobilidade e no apoio

A escolha da barra de suporte correta torna o

b. Tapetes antiderrapantes: considerando que a

c. Tapetes de proteção contra quedas: podem ser

d. Iluminação adequada: facilita e permite ver o

e. Calçados apropriados: devem ser confortáveis,

f. Cadeira de banho: deve ser usada para idosos

g. Assento do vaso aumentado: como a maioria dos

h. Adequação da porta do box do banheiro: quando

3.5 Ajustes Posturais

O corpo realiza ajustes para manter a estabilidade

Ajustes Posturais Antecipatórios: são aqueles que

Ajustes Compensatórios: são respostas motoras

Como já bem enfatizado, o processo de

Alguns fatores que contribuem para prejuízo nos

a) atraso na resposta da correção postural;

Apesar de tantos desafios, é possível treinar estes

3.6 Sentar e Levantar

O movimento de sentar e levantar é uma exigência

3.7 Medo de cair

Considerando que a queda faz com que o idoso fique

Para avaliação do medo ou preocupação de cair tem

4.1 Dispositivos Auxiliares de Marcha

O que é observado na prática clínica é que a maioria

Existem vários dispositivos disponíveis no mercado,

a) Bengala de 1 ponto: indicada para idosos com

b) Andador: é mais indicado para pessoas que

c) Cadeira de rodas: são indicadas nos casos de

A indicação e o treinamento inicial de todos esses

Exercício Objetivo Como fazer

De pé com pés juntos,

Fortalecer De forma alternada,