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ILMO.

SENHOR CAPITÃO TOMAS JACSON TRINDADE

PRESIDENTE DA JARI - DAER DO RIO GRANDE DO SUL

AV. ÉRICO VERÍSSIMO, 100, PRÉDIO H, BAIRRO MENINO DEUS,

CEP 90160-180

PORTO ALEGRE - RS

Recurso Contra Auto de Infração De Trânsito


Wagner Felipe da Silva Ribeiro, brasileiro, solteiro, técnico em telecomunicações,
residente e domiciliado na Estrada Costa Gama, 5124, casa 31, bairro hípica, CEP
91788-199, portador da Carteira Nacional de Habilitação - CNH nº 02267435375 da
Cédula de Identidade/RG nº 1074150515 SSP/RS e do CPF 810660070-04,
Telefone/WhatsApp: (51) 98088-1040, e-mail: pita24horas@icloud.com, vem, mui
respeitosamente, à presença de Vossa Senhoria apresentar

RECURSO ADMINISTRATIVO
contra o AUTO DE INFRAÇÃO DE TRÂNSITO série 7455 nos termos do Artigo
286 do Código de Trânsito Brasileiro - CTB pelos fatos e fundamentos que a seguir
passa a expor:

DOS FATOS
1. O Recorrente recebeu um auto de infração de trânsito pelo qual ele estaria trafegando
a uma velocidade de 69 Km/h, considerada incompatível com a velocidade máxima
permitida no local.

2. A infração foi fundamentada com base no artigo 218, I "b" da Lei 9.503 de 23 de
setembro de 1997 denominada Código de Trânsito Brasileiro - CTB, ou seja, exceder a
velocidade permitida para o local em mais de 20% (vinte por cento), recebendo, por
isso, a penalidade de multa.

3. Entretanto, a autoridade de trânsito, no seu dever de fiscalizar, acabou não cumprindo


as formalidades necessárias e indispensáveis para revestir de legalidade o seu poder de
multar, viciando assim, o seu ato administrativo de nulidade absoluta conforme
descrição a seguir.

4. Isto porque, os motoristas não podem ficar a mercê de serem acusados de cometer
infrações, sem que seja seguido e praticado o procedimento instituído para este fim, sob
pena de que se cometam diariamente, injustiças legais.
DA IRREGULARIDADE DO AUTO DE INFRAÇÃO DE
TRÂNSITO
5. O ato administrativo necessita de requisitos para a sua formação, quais sejam,
competência, finalidade, forma, motivo e objeto.

6. Seguindo estes princípios o CONTRAN editou a resolução nº 01/98, na qual


estabelece a obrigatoriedade de adoção do padrão de blocos de informações com
referência mínima na definição e confecção dos autos de infração de trânsito.

7. Conforme o auto de infração em anexo verifica-se que tais informações não seguem o
estabelecido pelo CONTRAN.

8. Inicialmente, o bloco 2 deveria determinar a identificação do veículo infrator de


trânsito, especificamente em três campos, informando a UF, a placa e o município; no
entanto verifica-se no bloco 2, seis campos com informações desnecessárias e portanto
em desconformidade com o legal.

9. O bloco 4 deveria conter a identificação do infrator de trânsito, o que visivelmente


não se verifica, constando no mesmo outras informações.

10. Também, o bloco 5 está em desacordo com a resolução 01/98, eis que consta no
local destinado a identificação do local do cometimento da infração um código que não
se relaciona com nenhum dado existente na notificação de infração de trânsito, bem
como, novamente possui campos em demasia e com informações desencontradas.

11. Por derradeiro o bloco 6, onde deveria constar a tipificação da infração constam
apenas observações.

12. No direito administrativo a regra dos atos da administração pública é que devem
sempre observar procedimentos especiais e forma legal para que se expressem
validamente.

13. O revestimento exteriorizador do ato administrativo constitui requisito vinculado e


imprescindível à sua perfeição, caso contrário o ato é nulo.

14. A inexistência de forma induz a inexistência do ato administrativo.

15. Portanto, como pode ser o administrado compelido a pagar uma multa se a própria
administração que tem obrigação de revestir seus atos pelos princípios que orientam o
ato administrativo não o faz.

DOS PEDIDOS E DOS REQUERIMENTOS


ISTO POSTO, pede e requer:

a) Seja acolhido o presente recurso, com base no Lei nº 9503/97, para depois de
apreciado e julgado seja considerado totalmente procedente a fim de cancelar o Auto de
Infração de Trânsito série E025943784 e as penalidades dele decorrentes;

b) Caso não julgado o presente recurso no prazo legal, seja-lhe concedido o efeito
suspensivo, forte no artigo 285, § 3º do Código de Trânsito Brasileiro - CTB.

Temos em que,

Pede e Espera Deferimento.

Porto Alegre/RS, 25/03/2024.

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Wagner Felipe da Silva Ribeiro

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