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1) O artigo escolhido é intitulado “Psicologia e cuidados paliativos na atenção

primária à saúde: revisão integrativa”, que teve como objetivo descrever o


conhecimento produzido na atenção primária à saúde e as possibilidades de atuação da
psicologia. O artigo cita que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, o
cuidado paliativo é uma abordagem que visa promover qualidade de vida para pacientes
com doenças crônicas, evolutivas e progressivas, através da prevenção da dor e do
alívio do sofrimento. Compreende-se que o paciente, ao se deparar com o diagnóstico
de uma doença grave, pode ter sentimentos de angústia, desespero, tristeza e incerteza,
sendo importante o trabalho do psicólogo nessa situação para proporcionar um lugar de
escuta, ressignificando a vida e a possibilidade da morte. Sendo assim, este estudo
tratou-se de uma revisão integrativa de literatura, cuja coleta de dados ocorreu em 2018
e que buscou responder a seguinte pergunta: “Quais são as possibilidades de atuação da
psicologia junto aos pacientes e aos familiares em cuidados paliativos na atenção
primária à saúde?”. Observou-se que a maior parte dos artigos pesquisados abordam os
sentimentos dos familiares e cuidadores, e também a forma como os profissionais da
saúde percebem sua atuação com pacientes em cuidados paliativos. Muitos artigos
destacam os familiares desses pacientes, que expressaram sentimentos de incerteza,
angústia, tristeza, esperança e o desejo de estar com o ente querido. Portanto, o familiar
que assume o papel de cuidador de pacientes com doenças graves possui maior risco de
sobrecarga emocional e mobilidade física. Em 28,6% dos artigos analisados, os
cuidadores relataram que a atenção dos profissionais para com eles contribuiu para
melhorar sua saúde mental e física. Poucos artigos contemplaram os sentimentos dos
pacientes em cuidados paliativos, sendo destacada a importância do psicólogo para
auxiliar esses pacientes a elaborar as experiências emocionais vivenciadas por eles antes
da morte, pois o diagnóstico de uma doença grave traz para o paciente diversos
sentimentos que precisam ser elaborados. Por fim, concluiu-se que existem poucas
contribuições na literatura acerca das possibilidades de atuação da psicologia com
pacientes em cuidados paliativos, sendo necessário que os psicólogos exponham suas
contribuições teóricas e práticas em relação à essa temática.

2) O artigo trata da atuação do psicólogo com pacientes em cuidados paliativos, ou


seja, pacientes com doenças graves que apresentam poucas chances de recuperação.
Conforme Angerami-Camon et al. (2003), na relação terapêutica com o paciente em
fase terminal, é imprescindível o contato e a dimensão do expressionismo corporal, não
apenas como forma de atuação, mas como alternativa à comunicação verbal devido ao
definhamento corpóreo do paciente, que muitas vezes não consegue manifestar-se
verbalmente.

Dessa maneira, vamos encontrar alguns pacientes que, em certos momentos,


devido ao definhamento corpóreo em que se encontram, além da dor e do
torpor provocado pelo tratamento medicamentoso a que são submetidos, não
conseguem expressar-se de outra forma que não através do afagar de mãos,
ou então da comunicação estabelecida através do olhar. O olhar angustiado e
suplicante de um paciente terminal possui a imensidão da dor e do desespero
presente no existir humano. Mesmo em situações onde o paciente consegue
expressar-se verbalmente, o relato sempre vem acompanhado de um forte
expressionismo corporal. (ANGERAMI-CAMON, 2003, p. 107)

Sendo assim, destaca-se a importância da assistência psicológica com pacientes


em cuidados paliativos, para proporcionar-lhes uma escuta e maior conforto diante de
seu quadro, além de prepará-los para a possibilidade da morte, para que ocorra de
maneira menos dolorosa possível. Em relação ao cuidado com os familiares, visto que
apresentam grande angústia diante do cuidado com um ente querido em fase terminal, é
importante que o psicólogo lhes proporcione um acolhimento e um local de escuta,
assim como a preparação para a possibilidade da morte do seu familiar, para que
possam elaborar esses sentimentos e que o processo de luto seja menos doloroso.

REFERÊNCIAS

ANGERAMI-CAMON, Valdemar Augusto et al. Psicologia Hospitalar: Teoria e


prática. 1 ed., São Paulo: Cengage, 2003.
RODRIGUES GOIS, A. C.; HILARIO MARANHÃO, J. PSICOLOGIA E CUIDADOS
PALIATIVOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: REVISÃO
INTEGRATIVA. SANARE - Revista de Políticas Públicas, [S. l.], v. 18, n. 1, 2019.
DOI: 10.36925/sanare.v18i1.1308. Disponível em:
https://sanare.emnuvens.com.br/sanare/article/view/1308. Acesso em: 6 dez. 2022.

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