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a

Amostra

Bário
Resolução
m / nm
Exame de Física e Química A
Época Especial – 2023
Produzido por Lucas Campos

pessoa A
A

63,0º

24,0º pessoa B

solução
alcoólica vidro

v"
V
y0
v"
F

8 5 m
r=
F
1.

H 1.1. (B)

A partir da Figura da prova, observa-se que o etanol possui a ligação ( C - OH ), que é classificada

( )
O
como sendo uma ligação hidroxilo. O ácido etanoico possui um grupo do tipo C , que é

=
classificada como sendo carboxilo.

-
OH
Para este item, o examinando deve conseguir associar as fórmulas estruturais dos grupos
funcionais com os modelos tridimensionais das estruturas apresentadas. A Figura 1 mostra um
esquema que facilita a perceção do item.

=
C
C - OH

-
OH
H

O O H

C C

Figura 1

1.2. (D)

Ainda pela Figura do exame, bem como a tabela periódica, sabe-se que o carbono possui quatro
eletrões de valência, pelo que os carbonos apresentados na molécula de etanal têm todos os
seus eletrões como ligantes. Cada ligação representada possui dois eletrões envolvidos, pelo
que existem sete ligações representadas, logo sete pares de eletrõs ligantes. Como o único
átomo que possui eletrões não ligantes é o oxigénio, pois possui seis eletrões de valência e
somente dois estão a ligar com o carbono, existem quatro eletrões não ligantes, logo dois pares
de eletrões não ligantes.

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1.3.

H 1.3.1. Etapas de raciocínio para a resolução do item.

Premissa I) É pedida a concentração de ácido não ionizado. Pela constante de acidez


dada, observa-se que o ácido não é forte, à temperatura T. Portanto,
pela expressão da constante de acidez, conseguimos determinar a
concentração de ácido não ionizado. A partir do pH dado, conseguimos
determinar a concentração de H3O + em equilíbrio e, como a estequiometria
é 1 : 1, sabe-se que a concentração de ácido ionizado é igual a de H3O +
em equilíbrio, desconsiderando a autoionização da água.

• Cálculo da concentração de H3O + em equilíbrio ( 2, 51 # 10 −3 mol dm − 3 )

6H3O @  10  pH 6H3O @  10 2, 1 + 2, 51 # 10 −3 mol dm − 3

Como a estequiometria de ácido ionizado é 1 para 1, a concentração do ácido ionizado


é a mesma.

• Cálculo da concentração de CH3COOH em equilíbrio (0,35 mol dm − 3 )

Ka =
6H3 O @6CH3 COO @ 1, 8 # 10 −5 =
^2, 51 # 10 −3h2
+ 0,35 mol dm − 3
6CH3 COOH@ 6CH3 COOH@

H 1.3.2. (A)

O par ácido-base conjugado será o que difere um ião/protão H + nesta reação, pelo que
a opção (A) é aquela em que acontece isso.

1.4.

H 1.4.1. (C)

A função de um catalisador é aumentar a velocidade de uma reação, sem alterar a


constante de equilíbrio, nem o rendimento da reação, diminuindo o tempo para se atingir
o estado de equilíbrio. Ou seja, a adição dele não irá alterar o Q da reação, pois não
mexe nos reagentes e produtos.

A remoção de água, implica, imediatamente após a sua remoção, uma diminuição do


quociente da reação, pois há menos água, que participa no numerador da expressão da
constante de equilíbrio. (ver nota)

Nota: É de se mencionar que item releva o quociente de reação após a remoção da água,
não sendo necessário aplicar o princípio de Le Châtelier.

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H 1.4.2. • Cálculo da massa de CH3COOCH2CH3 que se formaria a partir do reagente limitante
se a reação fosse completa (58,69 g).

60, 06 g CH3COOH 40, 0


88, 12 g CH3COOCH2CH3 = m + m = 58, 69 g

• Cálculo do rendimento da reação (68,2 %).

h ]%g =
40, 0
100% = 68,2 %
58, 69 #

2.

H 2.1. (A)

Para este item, deve ser selecionada a opção na qual esteja dentro do intervalo de valores das
temperaturas de fusão e de ebulição do etanol, na medida em que temperaturas fora deste
intervalo não seriam possíveis realizar as medições da dilatação da substância termométrica
líquida. Neste caso, a opção (A) apresenta valores dentro do intervalo.

2.2.

H 2.2.1. (B)

Como é necessário escolher qual circuito pode representar o descrito, deve-se, pelo
enunciado, saber a diferença de potencial nos terminais do enrolamento de cobre, bem
como a corrente elétrica que o percorre.

Para isso, o voltímetro, V, deve estar em paralelo e o amperímetro, A, deve estar


em série com o circuito. Ou seja, o voltímetro deve estar conectado entre um ponto
localizado entre o primeiro polo da fonte de tensão e o primeiro terminal do enrolamento
e outro ponto localizado entre o fim do enrolamento e o outro polo da fonte de tensão. O
amperímetro deve estar localizado no percurso da corrente elétrica, para que ela percorra
o amperímetro para continuar o seu trajeto para o enrolamento de cobre.

+ + - -
-
+ A corrente passa pelo
+ + V - - amperímetro e ele mede
+ voltímetro mede
-
+ - diferença de potencial
+ - entre dois pontos
+ (tensão de um ponto
- menos o outro)
+ -

Figura 2

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H 2.2.2. • Cálculo da resistência ( 81, 30 X ).

Como o fio possui um comportamento óhmico, podemos utilizar as expressões adequadas.

A partir do enunciado, temos as informações de corrente elétrica e diferença de potencial,


pelo que

U=RI 3, 00 = R # 36, 9 # 10 −3 + R = 81, 30 X

• Cálculo do declive da reta de calibração ( 3, 236 ºC / X ).

A partir da resistência, vamos obter a temperatura do líquido, mas é necessário determinar


o declive da reta para esse efeito.

O declive da reta é, então, 100 − 0 = 3, 236 ºC / X


99, 8 − 68, 9
• Cálculo da temperatura, i, do líquido (40,1 ºC).

Sabe-se que o valor da resistência é de 81,30 X na temperatura i, pelo que considerando


68,9 X para quando se está a 0 ºC, essa é uma diferença de 12,40 X. Logo, tem-se um
aumento na temperatura, de acordo com o declive, de 12, 40 # 3, 236 = 40, 1 º C

H 3. • Cálculo do índice de refração do vidro (1,523).

n= c
3, 00 # 108
n= = 1, 523
v 1, 97 # 108

• Cálculo do índice de refração da solução alcóolica (1,36).

Assim, a partir da lei de Snell-Descartes, tem-se

nsol. alcoólica # sin ]90º − 63, 0ºg = 1, 523 # sin ]24ºg + nsol. alcoólica = 1, 36

4.

H 4.1. (B)

O volume de ar a determinar é devido ao dioxigénio que reage com o etanol. Como 21% do
volume do ar é dioxigénio, determina-se o volume necessário de dioxigénio e divide-se este valor
por 0,21, obtendo o volume necessário de ar para a reação completa do etanol. Deste modo, tem-
m
se que o volume do dioxigénio é dado por V = n # Vm = M # Vm

Ao termos este valor, relacionamos: Var # 21 = VO2 . Logo, temos


100

m V
M # m = 100 # m # Vm . Portanto, temos a opção (B).
21 21 # M
100

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H 4.2. • Cálculo da massa de CH3CH2OH inicialmente ingerido (41,0 g).

O condutor ingeriu, no total, duas canecas de cerveja, totalizando 1,0 L, sendo 5,2%, em volume,
de etanol. Logo, o volume de etanol é de 52,0 cm3 .

Logo, a massa é t = m 0, 789 = m + m = 41,0 g


V 52, 0
• Cálculo da massa de CH3CH2OH em 6 L de sangue do condutor, 1 h após a ingestão das
cervejas (3,84 g).

Foram detetados 0,64 g de etanol por litro de sangue, uma hora após a ingestão, logo existem
6, 0 # 0, 64 = 3, 84 g de etanol presente no sangue.

• Cálculo da percentagem, em massa, de CH3CH2OH ingerido que chegou à corrente


sanguínea durante a primeira hora, após a ingestão das duas canecas de cerveja (30%).

Durante a primeira hora, foram removidos da corrente sanguínea 8,5 g de etanol. Ou seja, como
no momento da análise laboratorial havia 3,84 g de etanol, dos 41,0 g ingeridos, a massa total
de etanol proveniente das cervejas que chegou à corrente sanguíne foi de 8, 5 + 3, 84 = 12, 3 g

12, 3
Assim, tem-se 100% = 30%
41, 0 #

4.3. (D)

Na presença de etanol, a reação acontecerá e a cor ficará verde. Ou seja, quando não há etanol,
a cor é laranja. Para a determinação se o Cr2O72− é oxidante ou redutor, temos que analisar a
variação do número de oxidação do cromo. Ressalta-se que nos reagentes a soma dos números
de oxidação é − 2 :

2x  7 # ] 2g  2 + x  6
Nos produtos, o seu número de oxidação é + 3 . Logo, houve uma redução desta substância, pelo
que ela é uma espécie oxidante.

5.

5.1. (C)

Uma das propostas de resolução deste item é realizar a área dos dois gráficos e fazer a diferença,
obtendo o resultado pedido.

Num trapézio, tem-se A = B + b # h


2
Ao aplicar esta expressão para os dois gráficos, tem-se que o motorista percorreu, para quando
estava sóbrio, 70 m e, para quando se encontra sob o efeito de álcool, 87,5 m, logo, uma diferença
de 17,5 m.

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H 5.2. • Dedução da expressão que permite estimar o tempo de reação, treação , da pessoa B

( treação =
2Dy
9, 80)e explicitação do significado de Dy .

É solicitado uma expressão para estimar o tempo de reação da pessoa. Neste caso, como
dispomos da distância percorrida na queda até ao momento da reação, tem-se

Dy  y0  y0 t + 1 at 2 + Dy = 1 at 2 .
2 2

2Dy
Deste modo, tem-se que treação =
9, 80
Assim, Dy representa a distância percorrida pela régua, dada pela diferença das leituras das
posições final e inicial da mão da pessoa B na régua.

6.

6.1. (A)

Como o automóvel está com energia cinética constante, possui velocidade constante, pelo que a
única força aplicada no automóvel é a força centrípeta.
2
Assim, sabe-se que F = m # a F =m# v
r
2Ec
Pela expressão da energia cinética, vem Ec = 1 mv 2 , logo, v 2 =
2 m
4, 80 # 105
Portanto, ao juntar as duas expressões, tem-se F = m # = 5, 6 # 103 N
m # 85

H 6.2. (a) – (1); (b) – (3); (c) – (4).

Admitindo que as forças dissipativas podem ser desconsideradas, tem-se que a energia cinética
inicial do camião é igual à energia potencial gravítica final do camião, após percorrer a distância d.
2
Logo, tem-se 1 mv 2 = mgh + h = v
2 2g
Assim, para (a), se a velocidade do camião for de 120 km h −1 , esta será menor do que os
130 km h −1 iniciais, pelo que comparamos as alturas.
v2
2g
Sabe-se que sin a = h , logo, obtemos d = = v2
d sin a 2g # sin a
Ao compararmos as velocidades, vem que as distâncias para a velocidade de 130 km h −1 é
3, 20 # 10 2 m e para 120 km h −1 tem-se 2, 73 # 10 2 m , pelo que representa uma diminuição de
15%.
Como explicitado acima, a distância percorrida é independente da massa do camião, pelo que se
a sua massa aumenta, d mantém-se.

Se a inclinação for de 10º, tem-se uma distância percorrida de 3, 83 # 10 2 m , pelo que a distância
aumentará em cerca de 15%.

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H 7. (A)

Observemos que o campo magnético é uniforme e a inclinação entre a espira do carrinho e o


campo magnético não se altera, sendo perpendicular. Deste modo, o carrinho, ao entrar na zona
sombreada, terá um valor constante de intensidade de fluxo magnético. Como a velocidade do
carrinho é constante, o aumento de Um é igual à sua diminuição (logo tendo o mesmo declive),
sendo a opção (C) incorreta por este motivo.

8.

8.1. (B)

O elemento X possui também uma única energia de remoção, onde são removidos dois eletrões,
pelo que identificamos que o elemento X, juntamente com o Ca, estão no grupo 2 da tabela
periódica. Como referido pelo enunciado, os átomos pertencem ao bloco s da tabela periódica.
Para além disso, observa-se que a energia de remoção do elemento X é maior do que a energia
de remoção do Ca, pelo é necessária mais energia para remover qualquer eletrão deste átomo,
logo ele possui menor raio atómico, pelo que é um elemento que se encontra acima do Ca no
grupo 2. Deste modo, observamos que os dois elementos acima do Ca, que são o Mg e o Be,
possuem menor número atómico relativamente ao Ca.

H 8.2. (a) – (2); (b) – (1); (c) – (2).

Ao observarmos a amostra, é evidente que os espetros da amostra e do elemento X são


complementares. No entanto, enquanto o espetro de X é um espetro de absorção, pois tem um
fundo a cores e riscas negras, o espetro de emissão da amostra possui um fundo negro com
riscas coloridas. O espetro emissão representa a transição de níveis superiores de energia para
níveis inferiores de energia dos eletrões de um átomo, ou seja, a sua desexcitação.

H 8.3. Elementos de resposta:

• Identifica o grupo que não atingiu totalmente o objetivo da atividade (grupo 2);

• Explicita uma razão relativa ao procedimento (refere que não foi controlado o efeito do anião do
sal na cor da chama, porque os três sais estudados não eram constituídos pelo mesmo anião);

• Explicita uma razão relativa à interpretação dos resultados obtidos (refere que uma das amostras
do grupo 2, o sulfato de M, apresenta um resultado inconclusivo, porque a cor observada não
coincide com nenhuma das cores indicadas no Quadro I).

Exemplo de resposta:

O grupo que não atingiu totalmente o objetivo da atividade foi o grupo 2. Relativamente ao
procedimento, não foi controlado o efeito do anião do sal na cor da chama, porque os três sais
estudados não eram constituídos pelo mesmo anião. Relativamente à interpretação dos resultados
obtidos, uma das amostras do grupo 2, o sulfato de M, apresenta um resultado inconclusivo,
porque a cor observada não coincide com nenhuma das cores indicadas no Quadro I.

Neste item, a principal dúvida que pode surgir está associada à razão do procedimento. Observe
que no grupo 1 foi sempre utilizado o anião cloro, mas na substância com resultado inconclusivo
foi o sulfato de M, que não segue a sequência de aniões utilizados, que é o cloro, na palavra
"cloreto", tendo "sulfato", ou seja, este fator do anião do sal na cor da chama não foi controlado
para o grupo 2, fazendo com que haja erros no controle de variáveis.

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9.

H 9.1. • Cálculo, considerando DEp   DEc , ymáx, V (1,28 m).

Sabe-se que, na subida das bolas, a única força que atua é a força gravítica, pelo que

/ Wi = DEc WFg = DEc + DEp   DEc + mgDh = − 1 m ^vf2 − v i2 h +


i
2

+ g ]hf − 0g = − 1 ^0 2 − v i2 h + hf = i
v2 5, 0 2
ymáx, V = + ymáx, V = 1, 28 m
2 2g 2 # 9, 80

• Cálculo, considerando DEp   DEc , ymáx, F (0,816 m).

4, 0 2
A partir da mesma expressão determinada acima, tem-se ymáx, F = + ymáx, F = 0, 816 m
2 # 9, 80
ymáx, V
• Cálculo de
ymáx, F
(1,6).

ymáx, V
= 1,6
ymáx, F

9.2.

H 9.2.1. (C)

O sentido do referencial é de baixo para cima. A única força que atua na bola de voleibol
é a força gravítica, pelo que esta será a força resultante. Logo, a componente escalar da
força resultante será negativa, pois é contrária ao sentido do referencial, e constante, pois
a aceleração é constante (a variação de altura a este nível é mínima considerado a lei da
gavitação universal, podendo ser considerada a aceleração constante).

9.2.2. (B)

Pelo formulário, tem-se v  v0  at . Logo, a velocidade inicial da bola de voleibol, em


unidades SI, é 4,0 e foi lançada 3 segundos antes do que a bola de futebol, logo t − 3

FIM

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COTAÇÕES

As pontuações obtidas
nas respostas a estes
16 itens da prova
1.1. 1.3.1. 1.3.2. 1.4.2. 2.1. 2.2.1. 2.2.2. 3. 4.1. 4.2. 5.2. 6.2. 8.2. 8.3. 9.1. 9.2.1. Subtotal
contribuem
obrigatoriamente para
a classificação final.

Cotação (em pontos) 16 x 10 pontos 160

Destes 8 itens,
contribuem para a
classificação final da
1.2. 1.4.1. 4.3. 5.1. 6.1. 7. 8.1. 9.2.2. Subtotal

respostas obtenham
melhor pontuação.

Cotação (em pontos) 40


TOTAL 200

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