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Um pouco de Economia Política,

Administração e outros ensaios.


Sumário

Introdução

Quem sou eu?

Dedicatória ao meu coletivo

Ensaios em Economia Política:


- Privatizar, Estatizar ou Conceder?
- Por que o trabalho não é considerado herança? (part.
Marcos Vinicius)
- Oficinas Gerais - Uma alternativa popular para o
trabalho
- A dialética econômica: Uma crítica às intervenções
diretas na economia.
- Por uma nova política dos Bancos: Taxa relativa
- Mudar a estrutura da economia é intervir?
- A abolição do desemprego: Uma teoria
- Uma crítica à reserva fracionária.

Ensaios em Administração:
- Cultura Organizacional nas Oficinas Gerais:
Autogestão e Cultura Orgânica.
- Burocracia: O inimigo da solidariedade.
- Descentralização Consciente e a Confederação
Empresarial das Novas Cooperativas: Como os
governos devem agir.
- Ajuste Mútuo ou organização informal: Uma análise
para situações mais complexas.
- Teoria das Relações Humanas: O nascimento de uma
visão cooperativa na administração empresarial

Ensaios Filosóficos (Bônus):


- O ser entre a existência e o nada.
- Trabalho: um possível sentido da vida.

Bibliografia
Introdução

O livro “Um pouco de Economia Política, Administração e


outros ensaios” é o meu primeiro livro, aqui estão diversos
ensaios que fiz de forma separada, alguns que estavam
incompletos no meu bloco de notas e eu finalizei para
colocar aqui, e assim vai. Esse livro se propõe a uma pegada
de análise, crítica e solução para problemas
socio-economicos. Aqui serão apresentadas as
confederações empresariais, a concessão para trabalhadores
locais, taxas relativas e outras políticas.

Vejo diversos livros de ensaios críticos, com soluções nada


agradáveis, isso quando há escritas de soluções. Por isso me
propus a fazer tal livro.

Também tive influência de amigos que me diziam para


juntar tudo em um livro, e resolvi fazer esse livro para
apresentar minhas ideias, que antes ficavam presas apenas
nos meus círculos sociais de amizade.
Quem sou eu?

Eu sou Gabriel Sant'Ana Vieira, estudante secundarista do


IFF (Instituto Federal Fluminense) em Campos dos
Goytacazes. Me considero um jovem autodidata e estudante
político, meu foco de estudo sempre foi voltado a esse tipo
de assunto e eu de fato estudo por conta própria. Eu
atualmente organizo um coletivo que não mora perto um do
outro, porém, temos diversas concordâncias teóricas. Eu
também sou um jovem trabalhador, trabalho com meu pai
vendendo churros, porém, estarei parando assim que
começarem minhas aulas no IFF.
Dedicatória ao meu coletivo

Eu dedico esse livro ao meu coletivo, chamado “Coletivo


Socialista Libertário de Mercado”, somos um coletivo de
mutualistas e aceitamos qualquer socialistas libertário, de
mercado ou não, para ajudar com as teorizações e até
mesmo praticar. Agradeço ao meu amigo Rauã Torres, que
me apresentou o mutualismo, também é um grande amigo.
Agradeço ao meu amigo Jhonatan por me ensinar
administração e por além de grande colega, ser um amigo
que posso confiar. Obrigado na verdade a todos do coletivo,
vocês são demais! Eu dedico esse livro totalmente a vocês.
Tanto os que já participam, quanto os que vierem a
participar.
Privatizar, Estatizar ou Conceder?
Para começar o ensaio, imagino que o correto é dar uma
explicação de cada termo. Principalmente o "Conceder", no
qual, é um nome pelo qual dei baseado realmente em seu
significado que é "agrado". "Agrado" para quem? Para o
povo e para a nação.

O que é privatizar? É o processo de venda de uma empresa


ou instituição pública para a iniciativa privada juntamente
com a sua responsabilidade de prestação de seus serviços.

O que é estatizar? Tornar estatal; colocar (instrumentos de


controle de uma economia nacional) sob o domínio do
Estado.

O que é conceder? Tornar de quem utiliza e usufrui


(trabalhadores do local de trabalho). Manter sob domínio
local e regional.
P: Por que você acha que entregar as empresas aos
trabalhadores seria algum tipo de agrado?
R: Eu acredito que entregar aos trabalhadores é um tipo de
agrado, pois, a maior recompensa na qual eles podem
receber depois de anos trabalhando em prol da empresa é a
mesma.

P: Por que acha que isso é uma concessão tão gratificante?


R: Pelo motivo em que entendo que não existe nada mais
útil para a vida atualmente que não seja a propriedade.
Dinheiro algum supera a recompensa da propriedade.

Antes de responder mais perguntas sobre a concessão das


propriedades, eu vou apontar os inúmeros problemas da
privatização e da estatização. Também vou apontar
problemas da concessão, porém, com soluções.

- Para começar, irei falar sobre a privatização. O problema


da privatização apontada pelos nacionalistas é que isso
entrega os bens nacionais para o lucro internacional,
chamando isso de entreguismo. Realmente, isso é plausível.
Porém é muito mais um conceito moralista, do que
problemático de fato. Agora, falando sobre uma experiência
real, muitos locais do Brasil onde houveram a privatização
de empresas estatais, os locais menos favorecidos
economicamente foram deixados de lado, com muita das
vezes faltando serviços básicos. Além do grande aumento de
preços causado pelas privatizações mal feitas. Porém, não
vou entrar nesse mérito, já que, por mais eficiente que seja a
privatização, os locais mais mendicantes nunca receberam
tais serviços, pelo simples motivo da falta de lucratividade.
Locais Brasileiros com falta de serviços básicos por conta
da privatização: Manaus, Tocantins, São Gonçalo, Belford
Roxo, Canoas, São Luís, Duque de Caxias...
- Agora, e os serviços estatais? Bom, a estatização tem um
problema lógico. Se o estado tem o monopólio do serviço,
ele não precisa se preocupar com concorrentes e assim, não
necessariamente ele precisa ser eficiente. Na verdade,
mesmo que exista concorrência, o estado é pago pelos
impostos para entregar seus serviços e, se ele já é pago
independentemente da eficiência dos serviços, ele não
precisa entregar serviços de qualidade. Assim, temos um
grande problema para o povo e para a nação.

O governo federal não tem como reconhecer os problemas


regionais e não precisa ser eficiente. Imagino que apenas
falando isso poderia ser suficiente. Mas, já que eu imagino
que não seja, usarei a situação do Brasil. Aqui a saúde
pública demora para atender os clientes, e há muitos
problemas com funcionários fantasmas. Porém, isso
inclusive pode ser explicado pelo atraso de salário dos
funcionários, já que até nisso o governo se prova incapaz.
Não necessariamente o federal, mas também o municipal e
estadual.

- As estatais e seus escândalos por conta da corrupção...


Empresas privadas negligenciando serviços básicos por
falta de lucratividade... Qual seria a solução cabível?

Pois eu vos digo que a concessão é o caminho da


prosperidade. A mesma política usada na Iugoslávia por
Josip Broz Tito.
A Iugoslávia começou estatizando as empresas, fazendo
reformas agrárias e usando o método de gestão econômica
planificada no modelo soviético. Porém, com o rompimento
entre a Iugoslávia e a URSS (União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas), Josip Broz Tito mudou toda a
política econômica do país. Tito propôs uma distribuição
das propriedades estatais aos trabalhadores para eles
auto-gerirem e, consequentemente criando uma economia
de mercado no modelo socialista e, sim, Tito pediu ajuda ao
Ocidente. Voltando ao assunto, não só os locais foram
descentralizados, mas também, a decisão política (com
exceção do poder político).

Tudo isso era uma estratégia para os produtores terem suas


vontades realizadas, evitando problemas com as políticas
regionais, já que o estado era extremamente centralizador
do poder.
" No dia 27 de junho de 1950, entrou em vigor a lei que
versava sobre a autogestão das empresas pelos
trabalhadores, a qual dizia o seguinte:
As fábricas, minas, empresas de comunicação, de
transporte, comerciais, agrícolas, florestais, comunais e
outras empresas do Estado serão dirigidas, enquanto
propriedade da nação, em nome da comunidade social, por
coletividades de trabalhadores no âmbito do plano
econômico e sobre a base dos direitos e obrigações
estabelecidos pelas leis e pelos regulamentos [...].
As coletividades de trabalho assegurarão essa gestão por
meio dos conselhos operários, dos comitês de gestão das
empresas. (OIT, 1974, p. 312, nota 2)
Logo, nesse país os meios de produção estatizados eram
dispostos pelos próprios trabalhadores através de
cooperativas, as quais eram denominadas “organizações
básicas de trabalho associado”. "
(Trecho retirado de um artigo acadêmico sobre a
Iugoslávia).

Uma das minhas críticas ao modelo Iugoslávo na economia


política, é simplesmente a burocracia ainda presente no
modelo de autogestão Iugoslávo. O modelo de autogestão da
Iugoslávia ainda presenciava um modelo de "elitismo" na
decisão, onde a autogestão ficaria apenas nas hierarquias
menores, claro, eram praticamente majoritárias as decisões
dos conselhos, porém, ainda eram submetidos ao partido
dominante, e as hierarquias maiores.

A solução na qual eu proponho é uma autogestão dos


trabalhadores a 100%. Porém, para não haver problemas
econômicos por falta de um gestor principal, eu proponho
ao governo a dar curso de gestão aos trabalhadores e
começar com uma distribuição temporária de mais ou
menos 6 meses após a finalização do curso, havendo nessa
distribuição inicial fiscais especiais do governo para essas
instituições, parecido com a política adotada por Tito.
Porém, após provarem-se preparados para ter a empresa, o
governo entrega a empresa aos trabalhadores.

Na economia política, a parte mais importante para fazer a


economia girar é o dinheiro, porém, o que faz tudo ser
possível é a propriedade. Então, entendamos que uma
cultura cooperativa só nasce se houver influência e
necessidade. A cooperação é necessária, isso nós sabemos,
Kropotkin e seus estudos foram precisos ao apontar tal
afirmação. Pois então, que nos falta? Falta influência.
Somos influenciados a competir por cargos de trabalho,
algo problemático e que corroem as empresas de dentro pra
fora. Aprendemos a cooperar, aprendemos a importância da
cooperação nos locais de trabalho.

Voltando ao estudo: "Mas, na Iugoslávia, houve diversos


problemas como não haver investimentos nas áreas
necessitadas. Causando problemas na geração de empregos
e muito mais."

Ok, eu te digo que esse problema é facilmente resolvido, e


eu já resolvi apenas com a política do governo de ensino de
gestão aos trabalhadores. Porém, ainda vejo que falta algo...
Já sei! Que tal confederalizar as novas cooperativas? Assim,
a informação do mercado circularia entre as novas
cooperativas de forma eficiente e os locais com maior
necessidade de investimento seriam reconhecidos pelos
próprios produtores e consumidores. Isso com certeza
resolveria esses problemas.
P: Como seria para implementar o pleno emprego nesse
sistema?
R: Com a criação de escolas técnicas com um modelo
pedagógico totalmente diferente do tradicional, colocando
as aulas práticas dentro dessas novas cooperativas
concedidas e, com uma parte do dinheiro da escola técnica
sendo repassado para os trabalhadores das novas
cooperativas.

P: Mas, e os serviços públicos?


R: Boa pergunta. As primeiras novas cooperativas seriam
subsidiadas pelo governo para oferecerem tais serviços nos
locais precarizados até que surgissem mais. Assim que
surgissem mais, o governo deverá abrir uma "competição"
para ver qual empresa será subsidiada e terá o título de
empresa pública do governo. Isso pode ser feito pelo
governo municipal, estadual e até mesmo federal. O intuito
é manter os serviços com alta qualidade e com custos
menores. "Forçando" o mercado a ser algo saudável para a
população.
As empresas autogestionárias de concessão seriam algum
tipo de síntese da empresa privada e estatal, na verdade, é a
superação desse dualismo na economia política. É hora de
evoluir e revolucionar as relações econômicas. Assim o
proletariado se destaca, o livre-mercado acaba se tornando
uma realidade, e o governo continua com o seu papel
estabelecido: manter a ordem, a paz e o progresso nacional.
Por que o trabalho não é considerado
herança? (part. Marcos Vinicius)

Introdução:

E se a pessoa que irá aposentar-se após 30 anos, trabalhar


por 35, os 5 anos de trabalho acrescentados podem ir ao
filho? Não podem. Mas, por quê?

É justamente o que queremos entender, se o trabalho não


merece esse título, diremos o motivo. Se no fim, o trabalho
merecer esse título, ficará como uma ideia de política
econômica a ser cumprida.

Objetivo:

Estudar o que é a herança, e apresentar o trabalho como um


bem herdável ou não. Também é de interesse dizer os prós,
os contras e as soluções para os problemas dessa política.
O que é a herança?

Herança é conjunto universalizado de bens, direitos e


obrigações, que uma pessoa falecida deixa aos seus
sucessores. Basicamente isso implica em imóveis
(condomínios, terrenos, etc...), investimentos, e direitos
adquiridos (aposentadoria, etc...) e até mesmo dívidas.

1. Por que o trabalho não é um bem passível de


herança?

Não é possível juridicamente você dar o excesso de


tempo trabalhado como uma herança, porém, isso já
implica que os bens passíveis à herança não são
universalizados. Isso pode ser um problema; já que é
uma contradição jurídica e, até mesmo uma
negligência do sistema político como um todo com o
sucessor do agente no qual seu antecessor (agente
principal) não foi capaz de diminuir seu tempo
trabalhado formalmente por uma barragem sem base
jurídica, isso por natureza é um roubo. Ou seja, além de
não haver motivos, priva o indivíduo de entregar um
conforto maior para seu sucessor.

2. O trabalho como um tipo de investimento -


Destruindo possíveis enganos para invalidação
do manuscrito:

O que é investimento?

● Investimento significa a aplicação de capital com


a expectativa de um benefício futuro.

O que é capital?

● Capital é definido como ativos que podem trazer


retornos financeiros a longo prazo

O que é ativo?

● Ativo: São os bens, direitos e valores que podem


ser convertidos em benefícios econômicos.

O trabalho pode se encaixar em um ativo?

● Sim, o ativo sendo tudo que pode ser convertido


em dinheiro permite que o trabalho seja um ativo.
O trabalho pode ser considerado capital?

● Sim, o trabalho aplicado no agora, convertido de


dinheiro ou em propriedade pode trazer diversos
benefícios lucrativos em longo prazo ao indivíduo,
assim, é um tipo de capital.

O trabalho pode ser considerado um investimento?

● Se usado para benefícios futuros, sim. Nesse caso,


o trabalho sendo usado para herança, é um
investimento.

Se o trabalho é um investimento, não há desculpas


para a negação do mesmo como uma herança. O
trabalho é um investimento, é um ativo, é um capital
possível de ser aplicado. Assim, o trabalho é passível de
herança pela lei! Negar isso, é simplesmente criar uma
exceção nada justa com o operário ou empreendedor e
com o seus devidos sucessores.

A relação entre a espécie humana e a organização do


trabalho

É evidente que em qualquer lugar do mundo onde se


encontrem, o trabalho é uma atividade essencial para a
sobrevivência da espécie humana, pela geração, distribuição
e/ou alienação dos bens produzidos. Expõe-se o exemplo por
dois fatores da obtenção de alimento: densidade
demográfica e distanciamento de terras produtivas. É pelo
trabalho agropecuário, logístico e comercial que mesmo aos
habitantes de cidades distantes, é concedida a abstenção do
trabalho rural.

Como um mecanismo que serve de base do sistema


sócio-econômico, capacitando o direcionamento da força de
trabalho excedente, é notável a contribuição dos
trabalhadores de determinados setores, mesmo que esses
não exijam profissionalização.

O caso não exclui pessoas da terceira idade, que


determinados em períodos anteriores de suas vidas,
contribuíram substancialmente para a manutenção da
organização do trabalho.

A garantia da proteção social após o período de


contribuição, pelo ressarcimento do INSS, como
aposentadoria, é de fato insatisfatória, não honrando por
completo o juízo sobre a importância do trabalho exercido.
1. "Um problema recorrente ocorre na
continuidade de pessoas idosas no mercado de
trabalho, implicando muitas vezes na
impossibilidade de completar o período de
contribuição. Pela contradição apresentada,
uma alternativa se mostra necessária.”

Realmente, é um grande problema para os idosos


conseguirem se manter em seus devidos empregos. Porém,
por sua capacidade intelectual ele ainda deve ser reutilizado.
As empresas nunca aceitariam idosos apenas para exercer o
trabalho intelectual da empresa, é pouco lucrativo já que ele
é profissionalizado. Isso causa mais custos em seu salário.

Se as empresas não quiserem adotar essa política, pois que


o governo adote com fortalecimento de indústrias nacionais,
criação de oficinas de trabalho... Ora, por que tem idosos
sendo demitidos que ainda não bateram sua meta de
contribuição? Talvez seja por conta dos jovens não serem
aceitos no mercado de trabalho por não terem as devidas
experiências. Pois então o governo nas suas indústrias e
oficinas de trabalho aceita-os. Assim, conseguimos unir a
força mecânica do jovem que ainda não tem experiência
com o idoso no qual diferentemente tem o devido
conhecimento, porém, não tem força mecânica para exercer.

O governo consegue equilibrar assim o mercado,


diminuindo a quantidade de idosos que não bateram seu
tempo de contribuição devido ao atraso de entrada no
mercado de trabalho. Assim, o operário escolhe se vai
armazenar tempo de trabalho em excesso para entregar ao
seu sucessor fazendo-o ter menos tempo necessário de
trabalho na sociedade.
2. "Assim teríamos excesso de idosos no mercado,
com jovens tendo menos tempo de trabalho
necessário”

Pelo contrário, teríamos idosos fora do mercado de


trabalho e jovens dentro. Isso é uma falácia mal usada, sem
base. Imagine que eu cumpro minha meta de contribuição
formal com meus 55 anos e que o tempo de contribuição são
30 anos. Entrei no mercado de trabalho com 25 anos usando
esse cálculo e, então eu trabalhei por mais 5 anos
formalmente, esses 5 anos eu deixo como herança ao meu
sucessor, de 30 anos, ele deve cooperar formalmente com 25.
Ele entra no mercado de trabalho com 19 anos, e então usa
seus 25 anos. Ele para de trabalhar com seus 44 anos.
Quanto mais tempo for herdado, menos idosos trabalhando
haverá.
No Brasil, como funciona?

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), prevê que o


tempo de contribuição do homem é de 35 anos, já o da
mulher é de 30 anos. Porém, o homem só pode se aposentar
com 63 anos e 6 meses, e a mulher com 58 anos e 6 meses.
Ou seja, o governo ou a empresa na qual os indivíduos
trabalham, adquirem um excedente no trabalho do homem e
da mulher equivalente a aproximadamente 10 anos.

Esse excedente deveria ser convertido em uma herança ao


seu sucessor, dando direito de entregar 10 anos - Se
considerarmos a entrada da pessoa no mercado de trabalho
com seus 18 anos e 6 meses - já trabalhados para qualquer
pessoa por seu testamento, ou decidindo não trabalhar mais
do que o tempo necessário. Onde vão parar esses 10 anos
excedidos?
Cálculo do Tempo Trabalhado

T.a = tempo de aposentadoria

T.c = tempo de contribuição

emt = Entrada no mercado de trabalho

t.e = trabalho excedido

T.a - T.c - emt = t.e

Imaginemos que eu aposento aos 70 anos, e o tempo de


contribuição é de 40 anos e eu comecei a trabalhar aos 20,
quanto de trabalho foi excedido?

70 - 40 - 20 = 10 anos excedidos

Conclusão:

O trabalho é sim um bem herdável, a barragem ao trabalho


como herança é totalmente anti-jurídica, o trabalho pode
ser considerado um investimento, e o tempo excedido no
qual não consta na aposentadoria é um roubo ao indivíduo
que investiu seu trabalho. Esse investimento deve ser
repassado aos seus sucessores.
Oficinas Gerais - Uma alternativa

popular para o trabalho

As Oficinas Gerais são espaços oferecidos a trabalhadores


e estudantes com a intenção de viabilizar o
desenvolvimento do trabalho sem qualquer hierarquia:
mestres ensinando aprendizes, aprendizes ensinando
mestres, mestres e aprendizes oferecendo seus talentos para
servir uns aos outros.

As Oficinas serão abertas a trabalhadores de áreas


específicas para seus departamentos e alunos interessados
em conhecimento técnico.
As oficinas gerais terão seu próprio modelo de inscrição, no
qual deve ser o menos burocrático possível, porém o mais
eficiente.

As oficinas gerais vão ser na verdade o que chamei de


"Novas Cooperativas" no ensaio: "Privatizar, Estatizar ou
Conceder?"
Qual é o objetivo das Oficinas Gerais?
As oficinas Gerais são instituições de caráter social, com
objetivo de conseguir empregar os mais jovens sem
experiência enquanto facilita o emprego de pessoas
dependentes de programas sociais como o atual "Bolsa
Família".

As oficinas gerais teriam por consequência dos seus


serviços serem prestados por alunos ao mesmo tempo em
que tem profissionais da área uma certa disputa de valores,
o correto seria conseguir conciliar um valor central para
pagar a todos de forma justa e na qual evite conflitos. Isso
pode ser discutido em assembléias entre eles e depois ser
levado ao governo para fazer uma negociação.

O intuito é conseguir trazer valores menores para os


produtos do mercado, algo capaz de ocorrer por conta do
serviço ser prestado por jovens inexperientes, o grupo no
qual a previsão é ser praticamente majoritário.
Outro objetivo é a democratização do trabalho e do ensino
técnico. O tecnicismo tem um passado enorme no Brasil,
principalmente por causa do Governo de Juscelino
Kubitschek. Porém, com o tempo a elitização desse ensino
tem sido cada vez mais notável, assim as oficinas gerais
poderiam oferecer aulas de forma mais facilitada.

O custo das aulas deve ser repassado para os mais


experientes que estiverem dando as aulas, será retirado o
valor da "retirada" do aluno. Retirada é como se fosse um
salário, porém, ela é medida pela produtividade do
indivíduo ou por porcentagem discutida por plesbicitos da
organização. Essa definição você consegue tirar do livro
"Economia Solidária" de Paul Singer.

A democratização do trabalho é algo importante que


poderá alcançar a sonhado abolição do desemprego,
aumentando a produtividade do país e evitando problemas
financeiros à população.
As oficina geral como percusora do aprimoramento na
divisão de trabalho:
As oficinas gerais retirando as hierarquias tão engessadas
dentro de várias organizações no qual indivíduos se
associam para vender sua mão de obra consegue alcançar
maior cooperatividade dentro da economia e solidariedade
também. Algo no qual Paul Singer buscava.

Isso levará a uma divisão de trabalho mais flexível e que


potencializará a vontade do indivíduo ao máximo dentro de
seu trabalho. As divisões de trabalho dessa forma seriam
assim como Adam Smith queria, naturais e de acordo a
especialização do indivíduo. Diferentemente do que ocorre
atualmente, onde o indivíduo não tem muita opção a não ser
se especializar em serviços desagradáveis e no qual ele
mesmo assim não consegue alcançar seu máximo. As
oficinas gerais se propõe a quebrar essa relação estressante
e flexibilizar cada vez mais as divisões de trabalho.

As inscrições das Oficinas:


As inscrições no modelo atual de política no Brasil, país no
qual eu conheço os documentos e etc, o correto seria o uso
de identidade e certificado de finalização do Ensino
Fundamental I e II. Assim as inscrições ficam menos
burocráticas e atrativas para alunos. Para pessoas que já
fizeram a especialização, porém não tem experiência basta a
identidade, o certificado de finalização do ensino médio e o
certificado de finalização da sua área de especialização.
Para pessoas que fizeram a especialização e tem
experiência, deve levar identidade, certificado de finalização
do curso no qual ele diz ser especializado e certificado de
desempenho na empresa em qual trabalhou.
A dialética econômica: Uma crítica às

intervenções diretas na economia.

Se tem algo que eu percebi de fato é que o Capitalismo é


cheio de contradições econômicas.

As intervenções são um meio de fugir das consequências


dialéticas causadas pela falha de respeitar a economia,
criando privilégios, lobbies e privando a população de ter
sua própria propriedade, tudo para a manutenção e
perpetuação de sua classe dominante.

A economia é algo muito complexo, já que é quase


impossível haver uma medição exata. Porém, como toda
interação humana, ela é dialética. Ou seja, é formulada por
uma tese sendo contrariada pela antítese e criando uma
síntese (solução da contradição).

Quando falamos da economia ter uma dialética,


entendemos que ela advém do mercado e suas relações,
portanto assim que o mercado começa a concentrar capital
e os outros perdem poder de compra, isso é uma
contradição econômica onde a crise é algo necessário para
vir a solução.

Porém, sempre que chegamos na crise temos intervenções


econômicas, e aí nós imaginamos que viria uma "solução"
rápida, mas, devemos lembrar que isso apenas vai interferir
na síntese necessária da relação dialética destruindo toda a
naturalidade das relações econômicas. Exemplo abaixo:
Como superar a crise?
Se você está em meio a uma crise: promova movimentos
sociais, tente chamar pessoas para formar de cooperativas,
mude a estrutura econômica ao favor de vocês e vejam com
o tempo tudo se ajustando.

Os grandes empresários sumirão do mercado e surgirão


novos empreendedores… isso é o que eu chamo de
distribuição natural de propriedade.

O mercado, quando bem estruturado, destrói o monopólio,


surgem novos empreendedores, e mais pessoas conseguem
ter empresas.

A economia tem diversos problemas e soluções. Esse


modelo dialético usado é um dos problemas. Economia é
uma ciência como qualquer outra e é extremamente
complexa.
Vendo desse lado dialético, o governo mais atrapalha do que
ajuda com suas intervenções. O correto eu digo que é a
mudança da estrutura econômica.
Por uma nova política dos Bancos:

Taxa relativa

Atualmente o banco é regido pela política do juros, a minha


ideia é mudar do juros para uma taxa relativa à quantidade
de dinheiro emprestado e/ou creditado. Essa taxa em
formato inicial é fixa e é relativa de acordo com a mudança.

O juros ele acaba gerando dívidas impagáveis,


diferentemente dessa taxa se propõe a facilitar para o
indivíduo a pagar sua dívida.

Isso seria abolir o juros?


Não diria que é abolir o juros, eu diria que é substituir o
mesmo. A natureza é parecida, porém de estrutura
reformada.

O juros ele cresce igualmente independentemente do valor,


porém, a taxa proposta ela muda de acordo o valor e é fixa
para a "vertente" em que localiza-se o valor creditado e/ou
emprestado.

O banco desse jeito acaba ajudando as pessoas de maior


necessidade de assistência social, porém, mantém a
natureza de preferência temporal a fim de evitar problemas
econômicos a longo prazo.

Como deveria funcionar?


O funcionamento das vertentes taxativas deve ser de acordo
com o local e suas particularidades econômicas. As
vertentes devem estar de acordo pela quantidade e pela
classe na qual a pessoa se localiza.

As taxas devem ser o mais próximo do justo e o mais


próximo de evitar conflito. O banco no qual for colocar tal
política em prática deve se responsabilizar pelas vertentes
taxativas e a porcentagem. Eu vou tentar deixar um
rascunho para a situação do Brasil, país no qual eu habito.
Brasil: como deve ser?
A troca dos juros para as taxas é uma política que eu vejo
como funcional e que deve ser testada. Principalmente no
Brasil. As vertentes taxativas no Brasil deve seguir da
seguinte forma:

Classe Baixa (Valor entre R$100,00 e 10.000,00): 0,80%


Classe Média-Baixa (Valor entre R$10.000,00 e 20.000,00):
1,20%
Classe Média (Valor entre 20.000,00 e 25.000,00): 1,60%
Classe Média-Alta (Valor entre 25.000,00 e 40.000,00):
1,65%
Classe Alta (Valor entre 40.000 ou mais): 1,75%

Claro, isso deve ser discutido, aprimorado, e estudado. O


que eu fiz foi apenas um rascunho com base em uma
conversa e debate com uma pessoa conhecida.
Esse ensaio foi feito para apresentar essa ideia e a possível
substituição dos juros dentro dos Bancos.
Mudar a estrutura da economia

é intervir?
Acho importante conversar sobre esse assunto. Algumas
pessoas da internet de uma bolha política chamada de
"Anarco-capitalismo" tem muitos problemas com projetos
de mudança na estrutura econômica, dizem ser
intervencionista.

Mudar uma política de propriedade, ou de funcionamento


dos bancos, não é intervir diretamente, é uma reforma
estrutural na economia. Isso é um erro grotesco que
presenciamos pelas pessoas dessa bolha.

Agora teremos que "dar nome aos bois", estarei abaixo


deixando uma explicação de o que é intervenção direta na
economia com base na constituição de 1988:
"Na intervenção estatal direta, a participação do Estado na
economia ocorre na modalidade de empresário, através de
suas empresas. Aqui, o Poder Público participa diretamente
da atividade econômica, comprometendo-se com a atividade
produtiva."

Só existe intervenção se o estado regular a atividade


produtiva, não se ele mudar a estrutura externa. Eu crítico
as intervenções, um de meus ensaios foi sobre isso.

Por quê mudar a estrutura econômica?


Atualmente, principalmente no país que eu nasci, o Brasil,
vemos diversos problemas na estrutura social e econômica
do país. Problemas com pessoas dependentes de programas
sociais do governo, pessoas que passam fome, pessoas sem
moradia, segurança precária e falta até mesmo de
saneamento básico.

O que eu proponho é mudar a estrutura, não intervir.


Criando organizações de democratização do trabalho,
mudanças na política dos Bancos, mudança na política de
propriedade, mudança nas estruturas da economia política,
a intervenção não se propõe a mudar a estrutura externa, na
verdade se propõe a mudar a estrutura interna. A mesma na
qual volta ao seu antigo formato, pois o ambiente externo
não tem as mudanças necessárias.

“Suas reformas fortalecem o poder do estado na economia"


Pelo contrário, ele aumenta a quantidade de pessoas na
economia e entrega o poder maximizado à vontade deles.

O governo se responsabiliza apenas inicialmente com as


novas estruturas que substituiram as velhas. Fazendo a
economia girar em um novo formato.

Imagine que a economia é um bolo, se mexermos na receita


(estrutura interna), a chance de dar errado é maior. Porém,
se mudamos a forma (estrutura externa), só muda o tamanho
em que vai se comportar o bolo, e a quantidade de
ingredientes, claro.

É isso ao que me proponho, aumentar a forma (estrutura


externa) para aumentar a quantidade de ingredientes e o
bolo crescer.
Pois agora respondo a pergunta que me fez criar esse
ensaio: Não! Mudança de estrutura na economia não é
intervir.
Abolição do Desemprego: Uma Teoria

Após a crise de 29, um dos maiores focos da economia


política era o fim do desemprego, Keynes na época foi um
dos principais pensadores capitalistas com essa
preocupação. Foi ali que nasceu um dos maiores
fundamentos da macroeconomia: a preocupação com o
desemprego e solucionar esse problema.

Um erro que eu vejo é: Se preocupam com o desemprego,


porém, deixam todo o poder de decisão para o dono privado
de propriedade, ou arrumam empregos inúteis ou
extremamente burocráticos para as pessoas.

O desemprego é sim um problema, o culpado não é o dono


privado em si, mas as condições da estrutura econômica que
o Governo devia estar modificando e arrumando para sua
população. Enquanto vemos o desemprego cada vez mais
crescente, o governo tenta solucionar e falha
miseravelmente.
Uma das teorias para o desemprego é a moeda utilizada no
sistema capitalista, eu vi essa teoria pela primeira vez
quando li o livro "Dinheiro, Dinheiro" do falecido
economista João Sayad, um homem muito importante para
toda a economia monetária.

Em sua teoria João Sayad diz que o dinheiro é responsável


pelo desemprego por conta de sua falha em atender a
demanda agregada. Essa mesma falha causada pela falta de
fabricação de moeda para ofertar enquanto eleva-se a
demanda sobre a mesma.

Porém, mesmo que atendesse: com o levantamento da


inflação e o aumento dos preços, mesmo que o desemprego
tenha diminuído inicialmente, logo os empregados iram
pedir aumentos e assim o desemprego se torna problema
novamente. Isso é chamado de curva de Phillips.
Algo também importante de ser dito é o aumento de
impostos, o aumento de impostos tendem ao desemprego.
A oneração de impostos na folha de pagamento gera a
diminuição de empresas micro e médias do mercado, assim
também implicando em desemprego. A falta de efetividade
devido o encarecimento do funcionário, o mesmo
funcionário que sai em desvantagem também por causa
dessa oneração.

O que fazer?
Para começar a dizer o que fazer, vamos rever os problemas
citados: Não atendimento de demanda agregada sobre a
moeda, aumento de inflação e oneração de impostos na
folha de pagamento.

Começando pelo atendimento de demanda eu diria que o


correto é a modificação da moeda. Pois, a moeda Fiat ela
não se comporta bem com o aumento de oferta monetária.
A moeda em que me proponho colocar como projeto
nacional é o uso de Vouchers. Assim o atendimento de
demanda agregada não é um problema. Sobre o aumento de
inflação, a impressão de vouchers não é inflacionária, e
anda de acordo o mercado e as necessidades da população.
Oneração e Desoneração de impostos:
Para aumentar a quantidade de empresas micro e médias, o
correto é uma política de desoneração de impostos, porém,
adicionar uma taxa às empresas de grande porte como as
multinacionais. Essa mesma taxa que igual à taxas relativas
dos Bancos em que propus dependem do contexto
econômico do país.

No Brasil:
Imagino que não há a necessidade de me aprofundar nos
Vouchers, porém, sobre a taxa para as empresas de grande
porte: eu iria propor ao Brasil para colocar uma taxa de
0,75%. Assim, é menor do que colocar em bancos
internacionais, e é um "imposto adicional" relativamente
baixo.

Agora, um dos motivos de desemprego não citado por que


não tem envolvimento com moeda: o poder de empregar. O
poder de empregar as pessoas está na mão de agentes
totalmente privados e que o interesse deles não é ajudar a
população e sim lucrar. O agente não está errado, errado é o
governo de não suprir os "desabrigados do mercado", os
desabrigados do mercado são as pessoas que estão em
situação de desemprego e vulnerabilidade financeira.

Para abrigar essas pessoas e suprir a população, o governo


pode usar o modelo das novas cooperativas (Oficinas
Gerais) a fim de empregar com menor burocracia e permitir
uma gestão democrática do local de trabalho por ajuste
mútuo. Essa forma de gerir consegue manter uma relação
saudável entre os agentes abrigados na economia.

Com essas políticas a tendência é o desemprego baixar a


todo vapor, e a abolição do mesmo deve se tornar realidade.
Uma crítica à reserva fracionária
Para quem não sabe o que é o sistema de reservas
fracionárias, é o sistema bancário onde se tem a permissão
para que os bancos façam empréstimos e operações
financeiras em um valor superior aos depósitos que estão
em seu caixa.

Ou seja, com a reserva fracionária, estas instituições podem


emprestar ou investir um dinheiro que, de fato, elas não
possuem naquele momento.

O problema está justamente em não ter um valor inteiro


dos empréstimos e até mesmo distribuir dinheiro sem valor
real, isso gera um valor artificial qual é extremamente
problemático para a economia, pois não consegue suprir a
demanda com eficiência.

Assim é gerado o que os austríacos chamam de crédito


ruím, o mesmo crédito em que é previsto levar a derrocada
econômica chamada de recessão e posteriormente a
depressão econômica. Esse sistema bancário é o responsável
pela distribuição de moedas fiats na economia sem um
lastro real, talvez seja essas reservas as principais
responsáveis pela inflação dentro da economia. Dentro do
sistema de reservas fracionárias, os bancos comerciais
podem expandir o crédito de uma forma não lastreada,
como vimos.

Quando um banco comercial utiliza os depósitos à vista


como recurso disponível para empréstimo, ele esta
trabalhando pelo método de reservas fracionadas, ou seja,
suas reservas estão no nível em que, se boa parte dos
clientes sacarem o dinheiro, ele não poderá cobrir com suas
obrigações e irá quebrar.

Basicamente, foi um dos motivos em que a crise de 29 foi


pior do que deveria. Usando as reservas fracionárias e com
todos querendo de uma vez pegar seus investimentos e
dinheiro guardado no banco ao mesmo tempo, o banco não
tinha dinheiro e a economia decaiu de forma grotesca e a
população perdeu praticamente todo o dinheiro que deveria
estar em suas mãos. O banco se torna um potencial ladrão.

A política que eu proponho é que o Banco só empreste o


que têm, ou seja, que o Banco tenha a prática de parcimônia
com o dinheiro dos outros indivíduos.

Caso haja o uso do sistema de vouchers, que os


empréstimos estejam lastreados na produção, como deve ser
na teoria. Assim, é evitado o valor artificial, é usado o valor
real e, por fim os vouchers não caem no mesmo problema
das moedas atuais e se apresentam mais úteis.

Devemos dar um fim ao sistemas de reservas fraudulentas


trocando por um sistema de parcimônia dos investimentos
bancários ou de vouchers.

Essa crítica tem base nos ciclos econômicos austríacos,


uma teoria criada por Mises e Hayek para explicar os
fenômenos chamados milhares econômicos e porque eles
sempre terminam em recessão.
Cultura Organizacional nas Oficinas
Gerais: Autogestão e Cultura Orgânica.
A Cultura Organizacional é uma coisa muito discutida na
administração. É um tema que se propõe a falar da
personalidade de um grupo local. Cultura nessa definição é
literalmente: personalidade da organização.

Essa personalidade é definida pela maioria dos


participantes, encontrando uma personalidade em comum
entre eles. Isso é cultura. Por exemplo: A Cultura de um
banco é bem mais conservador, sendo um local com roupas
mais discretas e menos propensos a pautas que vemos na
organização de jornalistas, estes mesmos, mais propensos
ao progressismo.

Na Cultura Organizacional temos as necessidades de


existência de artefatos, valores e pressupostos básicos.
Todos os 3 são representantes das fases da cultura,
embasadas por Schein. Os artefatos tem suas 3 fases
também: Verbal, Comportamental e Físico.
Pois então, os artefatos são os aspectos que conseguimos
enxergar logo no primeiro contato com a organização. Os
verbais são mais comuns, e contém a existência de estórias
(Histórias em fatos reais, geralmente com histórias da
origem da organização), mitos (Histórias fictícias com
intuito de fortalecer valores.), heróis (Pessoas influentes
com intuito de incentivo) e Tabus (Regras e Proibições). O
comportamental com ritos (reuniões, treinamentos, festas...)
e físicos contendo Símbolos (Aspectos Tangíveis com a
ideia de trazer sentidos que incorporam cultura) e Normas
(Código de Ética). Os valores é basicamente o embasamento
de certo e errado dentro da organização. E os pressupostos
básicos são os valores, porém inquestionáveis e imutáveis.
Estes são as fontes originais dos valores.

Para terminar essa introdução a Cultura Organizacional, eu


vou apresentar a Cultura Mecanicista e a Cultura Orgânica.
A Cultura Mecanicista tem a característica básica de uma
alta rigidez nos valores e sua formalidade. Assim assumindo
uma vontade maior pela submissão dos participantes e de
menor poder decisório, sendo uma organização de cultura
engessada.
Diferentemente, a Cultura Orgânica tem as características
de informalidade, flexibilidade e adaptabilidade. Assumindo
uma vontade de maior participação decisória por parte dos
integrantes, sendo uma forma de organização cultural mais
dinâmica. Agora, o que vamos discutir será sobre a
Autogestão.

A autogestão tem como caraterística principal a


participação de todos os integrantes e com as decisões
sendo democráticas e feitas por assembléias e plesbicitos. A
base democrática da autogestão é de democracia direta. Em
casos mais complexos são reuniões de departamentos
separados levando as decisões até a assembléia final. Assim,
representando a maioria com facilidade.

Um problema que podemos apontar é: "e a minoria?",


bom... isso pode facilmente ser ajustado com os plesbicitos
com a única ideia de flexibilizar a decisão para não ficar
ruím para ninguém.
"Para que a autogestão se realize, é preciso que todos os
sócios se informem do que ocorre na empresa e das
alternativas disponíveis para a resolução de cada problema.
Ao longo do tempo, acumulam-se diretrizes e decisões que,
uma vez adota-das, servem para resolver muitos problemas
frequentes.
Mas, de vez em quando surgem problemas que são
complexos e cujas soluções alternativas podem afetar
setores e sócios da empresa, de forma positiva alguns e
negativa outros. Tais soluções podem exigir o encerramento
de atividades consideradas obsoletas e sua substituição por
outras, a aprendizagem de novas técnicas, a revisão do
escalonamento das retiradas etc. O que ocasiona conflitos
de opinião e/ou de interesse que dividem os sócios e
ameaçam a solidariedade entre eles."
- Introdução à economia solidária, Paul Singer (Capítulo 1,
Fundamentos. Autogestão e Héterogestão)
Ou seja, basicamente a autogestão é uma gestão
generalizada dos participantes. E por isso a única Cultura
Organizacional na qual é possível ser usada em um
ambiente autogerido é a Cultura Orgânica.
Agora é hora da cultura dentro das Oficinas Gerais! As
Oficinas Gerais são organizações autogeridas e
cooperativas.
Por tal motivo, um dos pressupostos básicos para uma
Oficina Geral é a Cultura Orgânica.
Com base no que a Oficina Geral se propõe, os valores dela
são: Solidariedade, Cooperativismo, Autogestão,
Democratização dos meios de trabalho, Democratização do
ensino (principalmente o técnico), Fim do Salário e Fim da
relação patrão-empregado.

Seus pressupostos básicos com essas conclusões, seriam os


alicerces inegáveis e inquestionáveis dentro da instituição.
Tais imagino que sejam: Autogestão, Fim da Relação
Patrão-Empregado, Democratização do Trabalho e Ensino e
Cooperativismo. O seu maior pressuposto básico, é a
Cultura Organizacional que eu já indiquei no início, que é a
base para funcionamento dinâmico do que eu passei. A
cultura orgânica. É sobre ela na qual tudo gira dentro das
oficinas.

O artefato no qual eu gostaria de deixar é apenas um


artefato de norma. As normas iniciais e que eu deixo as
oficinas são as mesmas pautas que eu deixei nos
pressupostos básicos. Porém, adicionando a Solidariedade,
o respeito à diversidade, a luta anti-racista e anti-machista
dentro do trabalho.

Os novos valores e a criação/modificação dos artefatos eu


deixo aos praticantes das Oficinas Gerais.
Burocracia: O inimigo da solidariedade.
O termo burocracia é uma palavra híbrida que nasce da
junção entre a palavra francesa "bureau" que significa
"escritório" com a palavra grega "kratia" que significa
"poder".

A burocracia foi uma teoria criada por Max Weber no final


do século XIX por conta da grande industrialização e por
conta do crescimento da complexidade nas sociedades. Max
Weber acreditava que a burocracia era extremamente
eficiente por padronizar e dar previsibilidade da ação dos
indivíduos subjugados, assim aumentando a eficiência.

Um grande problema é que a padronização é inimiga do


aprendizado, o aprendizado ele é diverso, diferentemente a
padronização é única. O ser humano ele tem a vontade de
viver em constante mudança, a previsibilidade é algo
totalmente irreal quando tratamos de agentes imprevisíveis.
O ser humano como agente tem uma práxis que alterna de
acordo suas novas preferências. A padronização também é
estressante, o indivíduo se irrita com a padronização
burocrática por não ter poder suficiente para mudar suas
ações de acordo a sua vontade.

Quando falamos em um sistema mais solidário dentro da


organização de trabalho, falamos também, do fim da
padronização e aceitação da não previsibilidade que Weber
tanto dizia ser eficiente.

Na Burocracia, existe uma descon?ança extrema em relação


às pessoas, portanto são desenvolvidos controles dos
processos e dos procedimentos, de forma a evitar os desvios.
Ou seja, os funcionários têm pouca liberdade de escolha da
melhor estratégia para resolver um problema ou atender
seus clientes! Tudo é padronizado, é manualizado.

Com isso, os servidores passam a se preocupar mais em


seguir regulamentos do que em atingir bons resultados.
Weber classifica as relações burocráticas em 3 partes:
Formalidade – a autoridade deriva de um conjunto de
normas e leis, expressamente escritas e detalhadas. O poder
do chefe é restrito aos objetivos propostos pela organização
e somente é exercido no ambiente de trabalho – não na vida
privada. As comunicações internas e externas também são
todas padronizadas e formais.
Impessoalidade – Os direitos e deveres são estabelecidos em
normas. As regras são aplicadas de forma igual a todos,
conforme seu cargo em função na organização. Segundo
Weber, a Burocracia deve evitar lidar com elementos
humanos, como a raiva, o ódio, o amor, ou seja, as emoções
e as irracionalidades. As pessoas devem ser promovidas por
mérito, e não por ligações afetivas. O poder é ligado não às
pessoas, mas aos cargos – só se tem o poder em decorrência
de estar ocupando um cargo.
Profissionalização – As organizações são comandadas por
especialistas, remunerados em dinheiro (e não em
honrarias, títulos de nobreza, sinecuras, prebendas etc.),
contratados pelo seu mérito e seu conhecimento (e não por
alguma relação afetiva ou emocional).
As relações humanas formalizadas nos locais de trabalho se
apresentam anti-naturais, tão anti-naturais que se quer
podem envolver a vida privada. Leis e regras desnecessárias
se tornam uma realidade dentro da organização. Weber
também diz sobre a impessoalidade, porém, os indivíduos
tem seus sentimentos e negá-los, mesmo que para trabalhar,
é totalmente maléfico para a saúde mental do agente que
está exercendo os serviços. Isso é apresentado na teoria de
relações humanas.

A profissionalização na burocracia do Weber tem diversos


problemas como as hierarquias e comando de especialistas,
ou seja, as ordens na organização são feitas de cima para
baixo, um grande erro é que a hierarquia maior não tem
acesso a informação como a menor, assim temos um
problema para o processo de informação para produção
dentro das organizações de trabalho.

A solidariedade ela não é previsível, não é impessoal, não é


hierárquica, não é padronizada, não é "formal", mas é
eficiente. A teoria de relações humanas comprovam
empiricamente que a saúde mental do indivíduo tem total
importância na produtividade.

A mudança de pessoas em cada setor pode ser comum, ou


não, dentro das novas cooperativas. Lembrando que os
sistemas de ensino técnico são democratizados assim como
os de trabalho.

A burocracia com tudo o que apontei, é inimiga da amizade


entre os funcionários e me arrisco a dizer que a maior
inimiga da empresa. Ela necessariamente cria um sistema
de heterogestão extremamente criticada atualmente,
principalmente pelo Paul Singer, por ser ineficiente para a
manutenção da cooperatividade dos funcionários. Sistemas
de todos os tipos para incentivos de cooperação, falham no
longo prazo. A burocracia é a maior inimiga da
solidariedade.
Descentralização Consciente e a
Confederação Empresarial das Novas
Cooperativas: Como os governos devem agir.

Quando eu falo em uma descentralização consciente, eu falo


de emancipar setores e empresas estatais de forma segura e
concessória aos trabalhadores do local da forma que eu
propus no primeiro ensaio do livro "Privatizar, estatizar ou
Conceder?", porém usando o método de confederação
empresarial, método que criei para tentar solucionar os
problemas que Tito não resolveu.

Assim, o governo perde poder sobre os setores, porém, não


perde o que é necessário para mantê-lo, até mesmo para
manter a economia, algo extremamente arriscado vem do
fato de acontecer algo ruim com uma economia nacional. A
economia nacional tem que ser promissora, tem que se
alavancar.

Quando o governo descentraliza serviços conscientemente


ele dá um passo à frente de qualquer outro governo. A
administração da confederação é muito menos estressante
e, até mesmo, com menos responsabilidade.
O povo começa a se organizar, o governo só fiscaliza e
permite ou não.

Na descentralização consciente até mesmo a decisão


política é do povo, o poder não deve ser centralizado como
na Iugoslávia, porém, deve ser mais restrito em relação aos
outros setores. A parte jurídica do país, deve ter um debate
acerca, mas a descentralização da justiça não é uma coisa
que eu diria ser ruim.

A Confederação Empresarial:
Basicamente, quando eu proponho uma confederação
empresarial, é praticamente o que fazemos com o território.
Cada local terá suas próprias empresas, a ideia é colocar
apenas as novas cooperativas, porém empresas micro e
médias também podem participar. E assim, eles vão
autogerindo o local por assembléias, mas em qualquer
assunto que diz respeito a outra localidade, deve ser
debatido entre os representantes de ambos locais.
O governo deve ter seus agentes e fiscais em todas as
assembléias, até que chegue o dia da assembléia geral, onde
o líder do país deve comparecer para saber o que está
havendo, e como estão funcionando os investimentos, por
exemplo, se a área da saúde precisa de maior investimento,
e o investimento da segurança está em excesso... Por aí vai.
A Confederação é feita dessa forma abaixo:
Porém, toda administração deve ocorrer das novas
cooperativas até chegar ao governo. Ou seja: de baixo para
cima. A Confederação Empresarial tem a ideia de não haver
conflitos na economia e aumentar a cooperação
local-federal.

Os governos devem agir de forma descentralizada como


fiscalizador e juíz. O governo só deve ter a responsabilidade
de manter a lei e a ordem.

Aqui eu me proponho a uma solução não-burocrática e


totalmente orgânica, saindo dos modelos tradicionais de
confederação.

É como se fosse um municipalismo, porém, entre empresas.


O que não deixa de ser relevante e totalmente discutível na
área acadêmica.

Sempre que apresento essas ideias, as pessoas falam: no


Brasil não daria certo. No Brasil isso é totalmente
praticável, o problema é o pessimismo da população, o
Brasil é um país que está na lama e deve sair, essa
organização é justamente para isso, para tirar o país de um
local ruim e levar ele a uma grande potência, apenas com
organização orgânica e anti burocrática.
Ajuste Mútuo ou organização informal:

Uma análise para situações mais


complexas.

Nesse ensaio, irei fazer uma análise a partir do ajuste mútuo


e montar uma analogia para uma situação complexa, ou
seja, com muitas pessoas.

Basicamente o ajuste mútuo na administração é conhecido


por seu método de coordenação informal e direto, o famoso
"conversando a gente se entende.", porém, percebemos
também que em situações complexas ele se torna quase
obsoleto, é excluído como opção.

O método de confederação que apresentei, ainda pode


manter o ajuste mútuo como pauta dentro da coordenação
complexa. Seguindo que o ajuste mútuo funciona da
seguinte forma:
Ok, em sistemas simples e com poucas pessoas, é bem
simples e prático, porém, em circunstâncias mais
complexas, realmente é complicado.

Vou usar a seguinte forma, imagine que eu tenho 200


funcionários, o ajuste mútuo parece complexo, né? Porém,
agora lembre-se que cada um tem o seu próprio setor: 100
trabalhando na fabricação, 30 em financeiro, 20 em
marketing, 50 em administrativo.

O setor final é o administrativo, que é o responsável pelo


planejamento estratégico, porém, voltando ao foco. Como
vai ser feito a gestão de ajuste mútuo?

O ajuste mútuo deve ser feito em cada setor de trabalho,


mantendo uma coordenação autogerida, porém, com
reuniões e assembléias para "acertos de contas" com os
outros setores.
Basicamente, a coordenação é direta e informal dentro dos
setores, e em casos complexos, pode haver uma discussão
por setores para decidir o que será feito, e cada um eleger
seu representante para fazer o que está previsto, assim,
mantemos a cooperatividade e o ajuste mútuo não é
necessário ser descartado.

Basicamente é um modelo de autogestão complexa,


provando mais uma vez que a autogestão é extremamente
eficiente dentro da administração. O modelo em que segue
a linha de raciocínio passada será mostrado abaixo:
O ajuste mútuo é o método de coordenação que mais tenho
apreço na administração. Essa análise é justamente para
apresentá-lo como não-obsoleto, assim como alguns
teóricos afirmam.
Teoria das Relações Humanas:

O nascimento de uma visão cooperativa

na administração empresarial

A teoria das relações humanas teve início na administração


com o crescimento das ciências sociais como a psicologia,
levando diversos contextos na relação do homem com o
trabalho.

Por conta da crise de 29 em todo o mundo, houve uma


decaída do Taylorismo por falta de preocupações com o
aspecto humano. Foi aí que a teoria das relações humanas
começaram a tomar forma.

A teoria das relações humanas foi responsável por um


grande aumento na produtividade a partir de que começou a
haver a preocupação com o psicológico do trabalhador, ou
seja, da relação homem-trabalho.
Uma das pessoas que mais impulsionaram essa teoria, foi o
trabalho de um pesquisador em Havard, o nome dele é:
Elton Mayo. O seu trabalho foi impecável com intuito
inicial de entender o efeito da iluminação no desempenho
humano, e então Mayo com sua observação na empresa
Wersten Electric viu que a mudança na iluminação, seja
qual for, aumenta o desempenho no trabalho.

A partir desse momento a preocupação do gestor agora são


os aspectos psicológicos e emocionais. Isso firmou também
o conceito de homem social.

De acordo com Sobral, a pesquisa feita por Mayo prova as


seguintes teses:
A integração social afeta a produtividade – assim, não é a
capacidade individual de cada funcionário o que define sua
produtividade, e sim a sua capacidade social, sua integração
no grupo.
O comportamento é determinado pelas regras do grupo – os
funcionários não agem isoladamente ou no vácuo, mas
como membros de um grupo.
As organizações são formadas por grupos informais e
formais – volta-se o foco para os grupos que existem de
modo informal na empresa e que não são relacionados aos
cargos e funções.
A supervisão mais cooperativa aumenta produtividade – o
supervisor mais eficaz é aquele que tem habilidade e
capacidade de motivar e liderar seus funcionários em torno
dos objetivos da empresa.
A autoridade do gerente deve se basear em competências
sociais – O gerente deve ser capaz de interagir, motivar e
comandar seus funcionários. Apenas ter conhecimento
técnico dos métodos de produção não é mais visto como o
bastante.

E foi nessa época, onde nasceu uma teoria que comprova


que a solidariedade e a cooperatividade no trabalho são de
extrema importância.

Algo que antes nunca foi se quer visto, ou notado pelos


empresários e gestores, mas que os teóricos socialistas
como Owen diziam, agora se comprova verdade.
As recompensas dentro do trabalho não devem ser apenas
materiais, a teoria das relações humanas dizem que deve
haver uma recompensa como um reconhecimento social,
algo motivador.

Há críticas falando que trabalhadores felizes nem sempre


são produtivos, ou até mesmo que nega os conflitos.
Na realidade, nem todos os trabalhadores feliz são
produtivos, mas todos trabalhadores infelizes, são
improdutivos. A negação de conflitos é apenas um tipo de
espantalho, a teoria obviamente tem um foco, e analisar os
conflitos não é uma delas. Porém, sim, conflitos devem ser
administrados.
O ser entre a existência e o nada

Todo o texto, em completo, vem de um debate entre a minha


pessoa e um amigo chamado "Santiago". Estávamos
discutindo e chegamos em várias conclusões.

O que é a existência?
A existência na etimologia vem de existere, do latim. Que
significa "se manter à frente". A existência se mantém à
frente do Ser, e se torna.

O que é ser?
O ser, etimologicamente é o mais confuso. Porém, ele
quando é, é imutável. Seres humanos são mutáveis, porém
por existirem, necessariamente são, e o Ser - essência - do
homem é imutável. Porém ser implica em algo eterno, e
homens não são eternos. Ou seja, eles são e deixam de ser
de acordo sua existência vem e vai.

O que é o Nada?
O nada - em a abstrato - é a existência da não-existência, é
um paradoxo linguístico necessário. Ele é o fim do ser, mas
ele ainda é.
Se ele não existe, ele não é, se ele não é, ele não pode ser
reconhecido pelo que é. O que é não consegue enxergar o
que não é.
Existem pessoas que acreditam no não-ser e imaginam-o,
mas para você não ser - em abstrato -, você tem que ser algo.
O nada não é, portanto não é reconhecível.

O que antecede o Nada?


A existência. Para o nada resta somente existir.

O que você é?
Eu sou. Apenas sou. Se você me perguntar o que é ser, eu
respondo que é: manter os ciclos da ordem em harmonia e
ser o que eu sou, que é ser algo. Se eu inventar um eu, ele
não será eu, e sim uma imagem abstrata de mim mesmo.
O que é abstrato, não me convém quando se fala sobre mim.
Eu sou um ser concretizado na existência. Então: se existo
logo, logo sou.
------------------------------------------------------------
*Parte Lógica*

N = Nada
N.S = Não Ser
X = Algo
S = Ser
Ex = Existência
? = Abstração

Fórmula do Algo
Ex + S = X

Fórmula do Algo (Abstrato)


Ex.? + N.S = X

Mas lembre-se, a existência sempre antecede o ser.


S<Ex

Fórmula do Nada
N = N.S

Fórmula do Nada (Abstrato)


N=?=X

Ou aquilo não-é, logo não é algo, ou em abstrato é, sendo


automaticamente algo.
Trabalho: Um Possível Sentido da Vida

O trabalho é uma ferramenta de sentido da vida, e só é


capaz de satisfazer por um período de tempo por causa do
resultado da produção.

Porém, quando é tirado uma parte da nossa produção, você


percebe que ele não é mais uma ferramenta de sentido da
vida, e sim um grande estresse.

Tem um homem que eu conheci que foi praticamente


escravizado pelo avô, por exemplo.

Ele trabalha, vive trabalhando, não consegue ficar sem


trabalhar, porém, ele vive estressado, mesmo tendo a sua
produção quase inteira nas mãos.

Mas por muito tempo, ele não tinha nem 5% do que


produzia. Isso é no mínimo revoltante. Mas, porquê?
Pelo motivo de que o produto foi retirado do produtor.
Agora, imagina que ele tenha o produto inteiro, isso é
motivo de alegria, não? Mas ele não sentia prazer porque o
trabalho se tornou um trauma, lembrando o roubo sofrido
por ele com seus 7 anos até os seus 16 (quando alcançou a
independência e fugiu de casa).

Já eu, quando consigo usufruir do produto do meu serviço,


me sinto feliz, e assim vai qualquer pessoa que não tiver
problemas com o trabalho. O trabalho é o sentido da vida.

Tendo noção que trabalhando não se tem o produto total,


muitos sonham em usufruir do trabalho alheio. Ele
(trabalho) trás o produto (recompensa) através dele mesmo
(esforço). O que é a vida se não uma montanha russa entre
esforço e recompensa? Assim, finalizo a minha tese.

Muitas pessoas se separaram do sentido de trabalhar, do


sentido até mesmo do que é viver, isso muito instigou a
fazer tal escrito.
O trabalho é uma ferramenta para sentir o valor das coisas,
o trabalho valoriza a vida, o trabalho é o possível sentido da
vida que nos traz o produto que vos felicita, mas que nos faz
falta.
Bibliografia:
A Autogestão Iugoslava - Bertino Nóbrega de Queiroz
A trajetória do socialismo na Iugoslávia - Luiz Henrique
Marques Gomes
A visão austríaca dos ciclos econômicos - Emerson Sales da
Silva
Dinheiro, Dinheiro - João Sayad
A teoria geral do emprego, do juros e da moeda - John
Keynes
Uma introdução à Economia Solidária - Paul Singer
O que é Burocracia? - Max Weber
Introdução à Teoria Geral da Administração - Idalberto
Chiavenato
Cultura Organizacional e Liderança - Peter Schein
Parmênides: o não-ser como contradição -Nicola Stefano
Galgano
O absurdo na existência: uma análise da condição humana
na filosofia de Schopenhauer - Sarah Maira Fernandes de
Andrade

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