SEMANA DA CIRURGIA PLÁSTICA – LACIP UFMT

06 A 10 DE JULHO DE 2020

RESUMO DA AULA 01:

Tema: Abdominoplastias.

Palestrante: Dr. Fábio Kuroyanagi.

Produção do material:

Myrella Zágna Leite do Rêgo,

Aluna de Medicina da Universidade Estadual do Maranhão.

Contato: (82)98887-3819

Instagram: @my.na.med
 I. Introdução:
A importância da abdominoplastia reside em ser a 3ª
cirurgia estética mais realizada no Brasil, segundo o
censo realizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia
Plástica em 2018.
Também, é importante salientar que a
abdominoplastia é a 2ª cirurgia reparadora mais
realizada pós-bariátricas, atrás somente das ressecções
de tumores cutâneos no serviço público.
II. Indicações:
• Tratamento da flacidez cutânea abdominal;
• Diástase (separação) do músculo reto
abdominal;
• Lipodistrofia abdominal.
III. Classificação das abdominoplastias:
• Dermolipectomia abdominal ou
abdominoplastia convencional;
Nos casos clínicos citados, as pacientes realizam o
procedimento por dois motivos: após cirurgia
bariátrica com grande perda de peso, indicando a
necessidade da cirurgia e no caso relacionado à
diástase do musculo reto abdominal;
É realizada a ressecção da pele do abdome em
“avental”, melhorando bastante o contorno corporal
do paciente. Quando a pele pós ressecção não
consegue alcançar o púbis no fechamento da sutura, o
cirurgião lança a mão da cicatriz em T, na qual fecha-se
a cicatriz na vertical, possibilitando a aproximação da
cicatriz em horizontal.
• Lipoabdominoplastia;
No caso citado a paciente submeteu-se ao
procedimento de lipoabdominoplastia pós-bariátrica,
o qual, com determinada experiência do cirurgião
plástico, é possível oferecer um acabamento
abdominal mais interessante, em relação ao contorno
corporal e silhueta.
É importante ressaltar que a lipoabdominoplastia não
é somente a junção entre a lipoaspiração e
abdominoplastia, ela envolve um conceito muito mais
amplo, sendo uma abdominoplastia com técnica
especial.
Esse procedimento foi desenvolvido e publicado por
um cirurgião plástico brasileiro, Dr. Osvaldo Saldanha
Filho, com reconhecimento mundialmente.
• Quais são as diferenças entre a
abdominoplastia convencional e a
lipoabdominoplastia?
Na abdominoplastia é realizado todo um retalho a nível
de aponeurose do músculo reto abdominal, desde a
incisão cirúrgica até a parte que compreende o todo o
músculo reto abdominal, logo após, se necessário,
diástase do músculo reto abdominal é corrigida e, por
fim, é realizada a ressecção necessária de pele extra e
a paciente é suturada.
Nessa opção a vascularização própria do músculo é
interrompida, e a vascularização do retalho se torna
mais pobre.
Na lipoabdominoplastia o cirurgião inicia
primeiramente com uma lipoaspiração na parede
anterior do abdome. Logo após, é realizada a mesma
incisão realizada na abdominoplastia convencional e
abaixo do umbigo, o descolamento de pele não é mais
realizado a nível de aponeurose do músculo reto
abdominal, ou seja, a fascia de scarpa é preservada. E
por fim, a última diferença é que o deslocamento do
retalho é mais seletivo.
Nessa opção, é preservada cerca de 81% da
vascularização muscular e o retalho é mais bem
nutrido.
 Muda-se apenas o formato da cicatriz, utilizada quando
a pele não consegue chegar até a incisão.
IV. Complicações abdominoplastia
convencional X lipoabdominoplastia:

• Mini-abdominoplastia reversa:
• Seroma: é a complicação frequente em
abdominoplastia. Porém, com a mudança para Indicada em casos muito selecionados do chamado
a lipoabdominoplastia o índice dessa umbigo “triste” e paciente sem flacidez no andar
complicação diminuiu bastante. inferior do abdome.
• Epiteliose: é o sofrimento do tecido cicatricial
e também é diminuída com a
lipoabdominoplastia.
• Deiscência: abertura espontânea da ferida
operatória (FO) e também se reduziu no grupo
da lipoabdominoplastia.
• Necrose: prosseguiu com diminuição nas
lipoabdominoplastias, explicada pela
permanência da vascularização do muscúlo
reto abdominal, tornando o retalho bem
nutrido.
• Hematoma.
• Trombose venosa profunda.
• Embolia pulmonar.

• Mini-abdominoplastia:

A única grande mudança é que nessa abdominoplastia

é a menor quantidade de pele retirada, mas a cicatriz
não é considerável tão menor. Além disso, como o
cirurgião não mexe no umbigo ele fica preservado.

• Lipoabdominoplastia com cicatriz em “T”: