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INFORMAÇÕES PRÉ-CIRÚRGICAS SOBRE PLÁSTICA DE ABDOME COM

LIPOASPIRAÇÃO

A cirurgia para redução da gordura abdominal e melhora da flacidez cutânea, consiste na


retirada, por uso da aspiração, da gordura localizada abdominal e da ressecção de certa quantidade de
pele da parte abdominal inferiormente.
A lipoaspiração é realizada através de pequenas incisões (1 a 2 cm) feitas próximas as áreas
a serem aspiradas, já a ressecção cutânea para a plástica abdominal, é feita por uma incisão na parte
mais baixa do abdome, para que com isso se resseque o máximo de pele possível da parte inferior do
abdome.
De acordo com a flacidez cutânea apresentada, a quantidade de pele ressecada pode ser a
correspondente a toda pele abaixo do umbigo, assim, a cicatriz resultante seria apenas uma na parte
inferior do abdome, indo da extremidade esquerda à direita, em arco, com concavidade voltada para
cima, tentando-se ao máximo possível que esta possa ser escondida por peças de roupas intimas.
Caso a flacidez cutânea não seja o suficiente para esta ressecção, pode ser necessário deixar
uma pequena cicatriz vertical, em algum ponto entre o umbigo e a cicatriz inferior.
O umbigo é reposicionado, na linha média abdominal, ficando também, uma cicatriz ao seu
redor.
As CIRURGIAS PLÁSTICAS, como qualquer outra cirurgia, apresentam riscos e
complicações, sendo alguns específicos dela e outros genéricos a qualquer tipo de cirurgia. Dentre eles
podemos citar:

Genéricos

1. Alergias: Algumas medicações ou alguns produtos usados


durante a cirurgia podem causar reações alérgicas, podendo levar
até a morte. As reações alérgicas são paciente dependente e
podem ocorrer tanto à medicamentos ou produtos que o paciente
nunca teve contato, quanto aos que já teve contato prévio, mesmo
não apresentando reação anterior.
2. Infecção: Nosso corpo é colonizado por inúmeras bactérias,
com as quais, a princípio, convivemos em extrema harmonia.
Porém, após uma cirurgia, estas podem causar infecção, sendo
necessário o tratamento com antibióticos e raramente a re-
operação.
3. Hematoma: Acúmulo de sangue na área operada, por algum
vaso que não apresentava sangramento ao final da cirurgia e, no
pós-operatório imediato, este ocorreu. Pode ser tratado por
aspiração com seringa e agulha ou, raramente, ser necessária a re-
operação.
4. Seroma: Acúmulo de líquido oleoso, proveniente da
liquefação de tecido gorduroso manipulado. Não há como ser
previsto. Pode ser tratado por aspiração com seringa e agulha ou,
raramente, ser necessária a re-operação.
5. Tromboses: Qualquer procedimento cirúrgico pode gerar
processos de trombose venosa. Este pode ser previsto em pacientes
predisposto, mas também podem ocorrer em pacientes saudáveis e
sem nenhum fator predisponente.

Específicos

1. Epidermólise: Consiste na perda da camada superficial da pele,


em torno da incisão cirúrgica. Pode ser causada por excesso de
tensão na ferida operatória, muito comum quando as pacientes não
respeito à posição recomendada – flexão anterior do tronco.
2. Necrose: Consiste na morte de parte da pele, resultando
numa ferida que irá cicatrizar lentamente e deverá ser acompanhada
com curativos diários e se necessários tratamentos cirúrgicos. Esta
necrose pode afetar a qualidade da cicatriz final.
3. Irregularidades: Por características específicas da técnica
de lipoaspiração e da plástica do abdome, podem ocorrer, no pós-
operatório imediato e tardio, irregularidades cutâneas expressas
como depressões, nódulos ou pequenos excessos nas
extremidades das cicatrizes.
4. Perfurações: Pelas características da técnica de lipoaspiração,
podem ocorrer perfurações da parede abdominal com ou sem
lesões das vísceras intra-abdominais, podendo ser necessária a
intervenção por parte da Cirurgia Geral para tratá-las, através de
uma incisão vertical na linha média do abdome, que deixará uma
cicatriz. Essas são complicações que ameaçam a vida, devendo ser
tratadas assim que diagnosticadas.

Na plástica abdominal, também é realizada a aproximação dos músculos da parede abdominal


anterior (plicatura dos retos abdominais), com o intuito de reduzir a flacidez da parede abdominal, que
pode ocorrer após gestações ou grandes emagrecimentos.
Caso ocorram complicações no pós-operatório, poderá ser necessária a realização de exames
tais como: Ultra-som, Raios X ou tomografias do abdome ou do tórax, para elucidação diagnóstica.
As cicatrizes evoluem de acordo com a fisiologia individual, geralmente ficando pouco
perceptíveis, principalmente na penumbra. Caso ocorram alterações, existem tratamentos que podem
ser empregados, na tentativa de melhorar o aspecto das cicatrizes.
É possível que ocorram manchas roxas (equimoses), perda da sensibilidade parcial ou total,
temporária ou permanente das áreas operadas.
A gestação posterior a cirurgia (após um ano), geralmente não prejudicada seu resultado, mas
pode levar ao alargamento da cicatriz e existe uma possibilidade maior de surgimento de estrias e
hérnias.
O envelhecimento continua, e a falta de cuidados com o controle do peso pode fazer com que
todo o aspecto estético ganho com a cirurgia se perca.
Toda e qualquer cirurgia plástica é passível de necessitar de outras intervenções para
corrigir pequenas imperfeições. Caso seja necessária nova intervenção, não haverá qualquer
ônus com honorários do cirurgião, ficando a cargo do paciente os custos hospitalares,
anestesista, auxiliar e instrumentadora.

RECOMENDAÇÕES SOBRE A LIPO-ABDOMINOPLASTIA

A) RECOMENDAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS:

1. Obedecer às instruções dadas para a internação.


2. Comunicar qualquer anormalidade que eventualmente ocorra, quanto ao seu estado geral.
3. Internar em jejum absoluto de, no mínimo, 8 horas e não trazer objetos de valor para o hospital.
4. Vir acompanhada para a internação.
5. Evitar uso de brincos anéis, alianças, piercings, esmaltes coloridos nas unhas, etc. Qualquer
destes será retirada antes da cirurgia.
6. A Cinta recomendada deverá ser levada para o hospital.

B) RECOMENDAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS:

1. Evitar esforços por 30 dias.


2. Evitar esticar o tronco pelo período de 30 dias, salvo orientação específica do cirurgião.
3. Levantar-se tantas vezes quanto lhe for recomendado por ocasião da alta hospitalar,
obedecendo aos períodos de permanência sentado (a), assim como evitar esforços máximos.
Mobilizar membros inferiores.
4. Não se exponha ao sol ou friagem, por um período mínimo de 14 dias.
5. Obedecer à prescrição médica.
6. Voltar ao consultório para os curativos subseqüentes, nos dias e horários estipulados.
7. Não se preocupe com as formas intermediárias nas diversas fases. Tire quaisquer dúvidas que
possam advir com seu cirurgião.
8. Alimentação normal (salvo em casos especiais). Recomendamos alimentação hiperproteica
(carnes, ovos, leite) assim como o uso de frutas.
9. Aguarde para fazer sua “dieta ou regime de emagrecimento”, após a liberação médica. A
antecipação desta conduta por conta própria, poderá determinar conseqüências difíceis a
serem sanadas.
10. Utilizar a Cinta abdominal por 24 horas por dia, só retirando para o banho, nos primeiros 30
dias e por 12 horas por dias pelos 30 dias subseqüentes.

Recebi uma cópia deste manual informativo e me comprometo a lê-lo até a data da cirurgia.
Estou ciente que o Dr. Thiago Bon encontra-se disponível para esclarecer quaisquer dúvidas que
possam surgir antes ou após a cirurgia.
Ciente de que os custos com pós operatório e ou eventuais compliações são de responsabilidade
do paciente.

13 02 2023
Data _____/________/________

Jader Lúcio da Silva Júnior


Nome__________________________________________________

Assinatura________________________________________________________

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