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I.D.T.

Instituto da Droga e da Toxicodependência

FORMAÇÃO EM PREVENÇÃO DAS


PERTURBAÇÔES POR USO DE SUBSTÂNCIAS
PSICOACTIVAS:
EQUIPAS TÉCNICAS DA FUNDAÇÃO
O SÉCULO

Módulo II
SUBSTÂNCIAS PSICOACTIVAS

EQUIPA DE PREVENÇÃO DO CRI DE


LISBOA OCIDENTAL
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Substâncias Psicoactivas

É toda a substância, de origem


natural ou sintética, lícita ou ilícita,
que altera o funcionamento do
Sistema Nervoso Central (SNC),
deprimindo-o,
estimulando-o ou
perturbando-o
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O USO DE DROGAS:

A DROGA+ A PESSOA + O CONTEXTO

Fatores Chave relacionados


com a SUBSTÂNCIA:

Propriedades químicas
Quantidade
Fatores Chave relacionados
Qualidade
com a PESSOA: Via de administração
A SUBSTÂNCIA Uso prévio
Género
Outros problemas
médicos/físicos
Peso
Uso de outras drogas Fatores Chave relacionados
Crenças com o CONTEXTO:
Estado de humor
Onde
Motivações
Quando
Experiência
Com quem
Conhecimento
Outras atividades
Legalidade
A PESSOA O CONTEXTO
Práticas culturais
Disponibilidade

 Custo
Aceitação social
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As substâncias têm o significado que as pessoas


lhes atribuem!
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TIPOS DE CONSUMO

TIPOS DE RISCOS
CONSUMO

Maior risco

Dependência
Consumo Regular
Menor
Consumo Recreativo
risco
Consumo Experimental
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Substâncias Psicoactivas

Depressoras

Estimulantes

Perturbadoras
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Bebidas Alcoólicas (BA)


 São bebidas que contém álcool na sua composição.

 O álcool etílico ou etanol (CH3CH2OH) é o principal


álcool destas bebidas, contendo-o em diferentes
concentrações.

 Em Portugal, segundo o artigo 1º do Decreto Lei nº


9/2002 de 24 de Janeiro, uma bebida alcoólica é
aquela que, por fermentação, destilação ou adição,
contenha um título alcoométrico superior a 0,5% vol.
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Tipos de Bebidas Alcoólicas (BA)

BEBIDAS FERMENTADAS
Obtêm-se a partir da fermentação alcoólica dos sumos
açucarados pela acção das leveduras.

BEBIDAS DESTILADAS

Resultam da destilação (alambique) do álcool produzido


no decurso da fermentação. Através da evaporação
seguida de condensação das bebidas fermentadas,
podem obter-se bebidas mais graduadas.
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Tipos de Bebidas Alcoólicas (BA)


BEBIDAS ALCOOLIZADAS
É-lhes adicionada artificialmente uma nova dose de
álcool etílico.

BEBIDAS DESENHADAS

Também chamadas alcohol-pops ou designer-drinks.


Geralmente bebidas fermentadas em que são adicionados
sumos de frutas ou leite. Podem ter graduações de 4-7%.
Alcohol Marketing and Advertising: A Report to Congress. Washington, DC: Federal Trade Commission, 2003
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Efeitos Orgânicos

O álcool afecta todo o organismo,


principalmente o fígado
Pequenas doses
Sonolência; visão turva; aumento do tempo de
resposta; fadiga muscular

Consumo crónico Doses elevadas


vómitos; diarreia; sede; desidratação
cérebro; sangue; coração; descida de temperatura corporal; dor de
fígado; estômago; cabeça; descoordenação, efeitos
pâncreas; intestino depressivos, sonolência.
Intoxicação etílica
Tempo até ao início dos efeitos - 15-30
depressão respiratória, minutos fora da refeição, 30 a 60 minutos
hipotensão, coma etílico e se na refeição depois de ingerido;
ocasionalmente morte;
Duração dos efeitos – duração 8/10 horas
no organismo
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EFEITOS (longo prazo)


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Alteração dos estados EFEITOS (curto prazo)


ÁLCOOL emocionais; desmotivação;
problemas de estômago, Procurados:
Euforia, desinibição,
fígado e coração, depressão
facilidade na comunicação
RISCOS Não desejados:
Dependência; tolerância; descoordenação motora;
síndroma de privação; perda diminuição da reactividade
de consciência; cirrose; e da capacidade de
cancro; úlceras; problemas escuta; visão turva;
de circulação sanguínea; perturbação da
danos cerebrais; coma percepção, do raciocínio;
alcoólico; negligência da perda de capacidade
crítica; instabilidade
higiene pessoal; acidentes
emocional
de viação e de trabalho;
diminuição do rendimento
escolar; agressividade;
desemprego; conflitos DEPENDEM DE:
familiares; divórcio; etc. Peso, sexo, teor alcoólico
das bebidas, ingestão
prévia de alimentos
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Cálculo provável de Alcoolemia
HOMENS MULHERES
Jejum Refeição Jejum Refeição

Peso 65 75 85 65 75 85 45 55 65 45 55 65

1 Cerveja 0,26 0,22 0,20 0,16 0,14 0,12 0,44 0,36 0,30 0,24 0,19 0,16
(5º) (0,33 cl)
Vinho 0,96 0,83 0,73 0,61 0,53 0,47 1,6 1,3 1,1 0,88 0,72 0,61
(11º) (1/2 L)
Aguardente 0,35 0,30 0,26 0,22 0,19 0,17 0,59 0,48 0,41 0,32 0,26 0,22
(40º) 1 cálice

Whisky 0,39 0,34 0,30 0,25 0,21 0,19 0,66 0,54 0,46 0,36 0,29 0,25
(45º) (1 copo)
Aperitivo 0,17 0,15 0,13 0,11 0,09 0,08 0,29 0,24 0,20 0,16 0,13 0,11
(20º)(1 cálice)
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Taxa de Alcoolemia (TAS)


Quantidade de álcool puro no sangue

• Peso do álcool puro consumido (gr) = TAS


Peso corporal (Kg) X coeficiente
– Coeficiente: 0,7 Homem; 0,6 mulher; fora das refeições; e 1,1 durante
refeições
– Como calcular peso do álcool: Volume de bebida em litros X
Graduação em % X Densidade do álcool (valor de conversão=0,789)

• Após absorção de BA, a TAS eleva-se, atingindo o seu máximo até


cerca de 1h30m após ingestão
• O organismo elimina, aproximadamente 0,10 g/l de álcool por hora.
Uma pessoa que tiver uma alcoolemia de 0.5g/l, precisará de cerca
de 5 horas para atingir uma alcoolemia de 0,0g/l, mas depende de
várias condições
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Tipologia de consumo
1 UBP (Unidade de Bebida-padrão) = 10 gramas de álcool (OMS)

• Consumo de baixo risco/moderado:


– 1 UBP dia p/mulher
– 2 UBP p/homem
– 5 dos 7 dias da semana

• Consumo de Risco
– Regular:
• 4UBP (40 g) homens (4 imperiais ou 1/2 l de vinho) e
• 2UBP (20g) mulheres (1/4l de vinho ou 2 imperiais)
– Ocasional: 5 UBP homens e 4 UBP mulheres

• Consumo Nocivo ou Alto Risco


– Consumo regular/diário acima das 6 UBP homens
4 UBP mulheres

• Dependência do Álcool
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• Evitar consumir se menor de 18 anos


• No consumo ocasional não beber mais do que duas
unidades
• Quanto menor o consumo menos risco associado
• Alternar o consumo com bebidas não alcoólicas e
alimentos sólidos
• Não fazer misturas “explosivas”
• Recordar que os shots têm geralmente um forte teor
alcoólico
• Beber devagar e em golos pequenos - não esvaziar o copo
rapidamente
• Beber bebidas misturadas com mais sumo (vodka limão, gin
tonic, cuba-livre)
• Evitar as rodadas e não beber mais do que apetece
• Nunca conduzir após consumir álcool - usar os transportes
públicos ou conduz quem não bebeu
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Consumos de álcool nos jovens

 Cerveja e bebidas destiladas

 Consumo nocturno e irregular

 Quantidades excessivas em curto espaço de tempo


(binge drinking)

 Preferencialmente ao fim de semana e em ambiente


social

Ribeiro, C.(2009) slide “Redução de Riscos em Meio Universitário – Consumo de bebidas alcoólicas nos jovens”
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Binge Drinking
Éduc.alcool (2009) “Les effects de la consommation précoce d’alcool

 Consumo que excede 5/6 bebidas no homem e 4/5 bebidas na mulher


 Numa só ocasião e num espaço de tempo limitado
 Está associado a uma maior probabilidade de sofrer consequências
adversas, aumentando a probabilidade de ocorrência de:
 Consumos nocivos repetidos
 Dependência do álcool
 Problemas ligados ao consumo de álcool, que podem incluir:
 Perturbações psiquiátricas
 Desinvestimento escolar
 Aumento do risco de comportamentos criminosos
 Acidentes e mortes
 Danos cognitivos
 Ruptura de amizades
 Comportamentos sexuais de risco

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ÁLCOOL
• Fenómeno “Binge Drinking”…
ESTUDO sobre o CONSUMO de ÁLCOOL, TABACO e DROGAS
ECATD/ESPAD - Portugal/ 2011

ECATD/ESPAD-2011 - Álcool
Prevalências LV-12M-30D, por Grupo Etário (%)
100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0
13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos
Alc-2011_PLV 37,3 54,7 72,4 82,1 88,3 90,8
Alc-2011_P12M 27,3 45,4 62,7 75,8 82,5 86,5
Alc-2011_P30D 12,9 25,2 39,9 53,6 60,6 70,3

Fonte: Estudo sobre o Consumo de Álcool, Tabaco e Drogas-2011. Grupos etários dos 13 21
ao 18 anos. ECATD/ESPAD-Portugal/2011.
Fernanda Feijão, Elsa Lavado e Vasco Calado . IDT/NEI
ESTUDO sobre o CONSUMO de ÁLCOOL, TABACO e DROGAS
ECATD/ESPAD - Portugal/ 2011

ECATD/ESPAD-2011 - Álcool - Embriaguez


Prevalências (LV-12M-30D), por Grupo Etário (%)
100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0
13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos
Emb-2011_PLV 8,4 15,8 25,3 38,6 47,2 53,9
Emb-2011_P12M 5,7 13 19,3 31,2 37,7 44,1
Emb-2011_P30D 2,1 5,3 8,3 14,6 15,6 22,7

Fonte: Estudo sobre o Consumo de Álcool, Tabaco e Drogas-2011. Grupos etários dos 13 22
ao 18 anos. ECATD/ESPAD-Portugal/2011.
Fernanda Feijão, Elsa Lavado e Vasco Calado . IDT/NEI
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Apresentação e vias de administração

As formas de consumo mais utilizadas são


as seguintes:
• charuto,
• cigarro - com ou sem filtro -
cachimbo,
• rapé e
• tabaco de mascar;
• estas duas últimas são conhecidas
como "o tabaco sem fumo".

O grau de toxicidade do tabaco deve-se


em grande parte à maneira como é
consumido, assim como à intensidade da
inalação que se faz desta substância.
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Duração dos efeitos – Ao inalar o fumo, a nicotina actua no


cérebro de forma quase imediata provocando uma acção
satisfatória no indivíduo.
Tolerância e dependência - Existe tolerância a alguns dos
efeitos da nicotina, como náuseas, vómitos e enjoos, embora
não exista no aumento da pressão arterial e da frequência
cardíaca.

Síndrome de abstinência tabagística, apresenta-se da


seguinte maneira: intranquilidade ou excitação, aumento da
tosse e da expectoração, ansiedade e agressividade, má
disposição, dificuldade de concentração que pode diminuir a
atenção na condução de veículos, aumento do apetite e do
peso corporal e diminuição da frequência cardíaca.
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EFEITOS (curto prazo)


•relaxamento, alívio da ansiedade, RISCOS/EFEITOS (longo prazo)
diminuição dos reflexos tendinosos;
•Dependência, problemas cardíacos,
•nas pessoas não dependentes circulatórios e respiratórios, cancro
provoca náuseas e vómitos; (pulmões, garganta, língua, etc.),
•facilita a memória, úlceras.
•reduz a agressividade e •O tabagismo materno influi no
crescimento do feto, especial-mente
•diminui o aumento do peso e o no peso do recém nascido; origina um
apetite em relação aos doces; aumento dos índices de aborto
•aumenta o gasto de energia, tanto espontâneo, complicações na
na inactividade como no exercício; gravidez e no parto e nascimentos
•provoca um aumento do ritmo prematuros.
•Outras consequências comuns nos
cardíaco, da frequência
fumadores crónicos são: úlceras
respiratória e da tensão arterial digestivas; faringite e laringite,
•e tudo isso produz um aumento do afonia e alterações do olfacto;
tónus do organismo. pigmentação da língua e dos dentes.
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MDMA ecstasy, pastilhas, droga do amor/amizade


Apresentação: barras, cápsulas ou pó; apresentam-se sob
diversos aspectos, tamanhos e cores
Forma Consumo: via oral

Duração dos efeitos:


• Os sintomas aparecem entre os 30 e os 60 minutos depois de
ser ingerida, alcançando em duas horas a chamada fase de
estabilidade.
• A partir daí, os efeitos principais diminuem e desaparecem
depois de 4 ou 6 horas. Os efeitos secundários podem durar
várias horas, até às 40 horas posteriores à sua ingestão

Tolerância e dependência
Inexistência de consumidores que mantêm uma utilização
crónica, pode dizer-se que esta droga não provoca
dependência, mas não está isenta de outros riscos
devidos à sua toxicidade. O seu uso contínuo pode
favorecer um desenvolvimento de tolerância.
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MDMA ecstasy, pastilhas, droga do amor/amizade

EFEITOS (curto prazo) EFEITOS (curto prazo)


Procurados: Não desejados:
•aumento da energia,  aumento do ritmo
intensificação da percepção cardíaco, contracção dos
de cores, sons e emoções, músculos da mandíbula,
 aumento da temperatura
•desinibição e facilidade de
corporal,
comunicação,
 ranger dos dentes,
•elevação do humor e bem-
 secura da boca,
estar, autoconfiança,  rigidez muscular,
•sensação de aceitar e  perda de apetite,
compreender melhor o  náuseas e desidratação,
outro, dilatação das pupilas,
•alteração da percepção da  vontade de urinar,
realidade. tremores, transpiração,
 cãibras, insónia.
ECSTASY
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EFEITOS
Efeitos tóxicos agudos:
(médio e longo prazo)
Depressão, ansiedade, exaustão, • arritmias, morte súbita
problemas de sono, dores por colapso
musculares, fadiga, tensão nas cardiovascular,
mandíbulas, cefaleia, secura da • acidente cérebro-
boca, lombalgia, hipertonia vascular,
cervical, rigidez articular, • hipertermia,
deterioração da personalidade, • hepatotoxicidade,
sensação de uma maior intimidade • insuficiência renal
com as pessoas, ansiedade, aguda.
ataques de pânico, má disposição, • estas alterações são
letargia, psicose, dificuldade de semelhantes às
concentração, irritação. problemas produzidas por outros
renais, cardíacos, possibilidade de psico-estimulantes.
danos cerebrais
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ECSTASY

REDUZIR RISCOS
•Saber o que se consome
•Beber bebidas não alcoólicas
•Refrescar a cara e o corpo
•Consumir o menos possível
•Usar roupas largas
•Fazer intervalos de descanso
•Os efeitos não são imediatos, é
melhor esperar e não aumentar a dose
•Não misturar com outras substâncias
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CANNABIS
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Haxixe
Marijuana Óleo de Haxixe

Bolos de Haxixe

Haxixe
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CANNABIS
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hax, chamon, charro, ganza, etc.

Formas de Apresentação
Marijuana – erva – folhas secas, flores e pequenos
troncos (5 a 10% de THC)
Haxixe – chamon (barra de cor castanha); pólen;
bolota - (até 20% de THC)
Óleo de haxixe - obtém-se misturando a resina com
um dissolvente que se evapora em grande medida e
dá lugar a uma mistura viscosa (até 85% de THC).

Formas de Consumo
Normalmente, fuma-se misturada com tabaco em
forma de cigarros feitos à mão. Outra forma de
fumar a cannabis é com cachimbos feitos
No entanto, em algumas culturas persiste a velha
prática de beber tisanas feitas com esta droga e
água. Apesar do seu sabor ser amargo, é utilizado
como ingrediente em doçaria e rebuçados.
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Efeitos a Curto Prazo


Sintomas e sinais físicos: aumento da
frequência cardíaca, aumento da pressão
Duração dos efeitos – arterial, tosse, congestão dos vasos
Quando fumada, efeitos conjuntivais (olhos vermelhos) e dilatação dos
quase imediatos, pico após brônquios, diminuição da pressão intra-ocular,
20 min. Duração 3/4horas diminuição do lacrimejo.
Sintomas psíquicos: euforia, sonolência,
Assimilados pelas gorduras
do organismo, libertando-se ideias paranóides, intensificação da
depois lentamente no consciência sensorial, maior sensibilidade aos
plasma, onde permanecem estímulos externos, instabilidade no andar,
durante muito tempo. Por alteração da memória imediata, alteração da
este motivo, pode ser capacidade para a realização de tarefas,
detectado na urina dos
reacções mais lentas, défice na aptidão
grandes consumidores,
mesmo semanas depois de motora, que persistem até 12 h. depois do
estes abandonarem o consumo, grande interferência na capacidade
consumo. de condução de veículos e outras máquinas.
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EFEITOS (longo prazo)

Físicos: bronquite e asma nos


fumadores, aumento de apetite, o risco Tolerância
de contrair cancro do pulmão é maior, A tolerância em relação aos efeitos
diminuição da testosterona, alteração da droga só ocorre nos grandes
do funcionamento das hormonas consumidores. Já que o seu
mecanismo de acção no sistema
sexuais : ciclos menstruais sem nervoso se faz através de
ovulação e inibição reversível da receptores específicos, não existe
espermatogénese no homem, diminuição tolerância cruzada com nenhuma
do apetite sexual, redução dos sistema outra droga.
imunitário
Psíquicos: empobrecimento da Dependência
personalidade, apatia, deterioração dos Provoca uma síndrome de
hábitos pessoais, isolamento, abstinência, com sintomas como:
passividade e tendência para a ansiedade, irritação, transpiração,
tremores, dores musculares, perda
distracção, "síndrome amotivacional”, de apetite, insónias. O consumo
pode facilitar surgimento de produz dependência psicológica,
transtornos psiquiátricos: surtos mas também se considera existir
psicóticos, alucinações, delírios, um conjunto de sintomas físicos
estados paranóides, etc. que lhe estão associados.
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CANNABIS E REDUÇÃO DE RISCOS


saber o que se consome
consumir pouca quantidade para avaliar
os efeitos e não consumir “em excesso”
existem algumas variedades de haxixe
e de marijuana/erva (por exemplo o
Skunk) que são muito fortes e podem
provocar reacções inesperadas.
colocar um filtro de tabaco de enrolar
no charro
não travar a passa muito tempo
não consumir sozinho
não misturar com outras substâncias
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A Cannabis e os Jovens
• Muitos jovens pensam que o consumo da cannabis
não implica riscos para a sua saúde
• As alterações produzidas a nível da memória e
aprendizagem podem levar ao insucesso escolar e
condicionar as possibilidades de adaptação social
no futuro
• A maior parte da informação que os jovens têm é
incorrecta, associada a mitos e crenças oriundos
de diversos contextos sociais que procuram
legitimar o consumo
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Sinais de Alerta para o


consumo de Cannabis
• Falta de atenção /desligar do meio circundante,
dificuldade de concentração
• Apatia, desinteresse, pouco comunicativos
• Diminuição acentuada de rendimento escolar
• Atraso às aulas, aumento de discussões com colegas
• Abandonam actividades preferidas, falta de vontade
de sair de casa
• Alterações bruscas de humor, menor afectividade e
maior agressividade, sem motivo aparente
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SMART SHOPS
Vendem as chamadas “legal
highs”, drogas lícitas, mas
que têm efeitos similares às
das drogas ilícitas
Loja online
http://videos.sapo.pt/KkeT61rj7Rz34Ug4O38k

Cascais
Évora
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DROGAS PROCURADAS
CANNABINÓIDES
CATINONAS
SINTÉTICOS - SPICE
SINTÉTICOS

EFEITOS TIPO LSD


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Mensagens publicitárias das Smart Shops


Que viagem procuras? Um
salto para o outro lado da
rua? Uma viagem à Lua? Uma
expedição para Pluto? Na
Smart Shop podes encontrar
uma grande variedade de
drogas legais tendo como
limite o Universo. O efeito é
garantido.
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?artic
le=505948&tm=8&layout=122&visual=61
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ECATD/ESPAD-Portugal/2011

CONCLUSÕES: De 2007 para 2011: Álcool


 Diminuição do número de consumidores de
álcool, em todos os grupos etários e por
género;

 Aumento dos consumos mais intensivos


(embriaguez): mais alunos a beber
intensivamente, com maior frequência, com
maiores quantidades de bebidas consumidas
e com maior teor alcoólico (destiladas);
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Álcool (continuação)

O aumento das percentagens de alunos que


já se embriagaram, em geral, foi maior para
as raparigas do que para os rapazes

Estabilidade das idades de iniciação aos


consumos

Fonte: Estudo sobre o Consumo de Álcool, Tabaco e Drogas-


2011. Grupos etários dos 13 a
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Cannabis: (de 2007 para 2011)

Diminuição da experimentação entre alunos mais novos e

aumento entre mais velhos;

Aumento das percentagens de consumidores recentes (12M)

e dos actuais (30D);

Variações frequência consumo: irrelevantes até 15 anos e

ligeiro aumento dp 15 anos (1-5 vezes);

Idades de iniciação sem variações relevantes


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Tabaco: (De 2007 para 2011):

 Ligeiro decréscimo na percentagem de


experimentação (LV);
 Aumento relevante nas percentagens de
consumidores actuais (últimos 30 dias, a
partir dos 15 anos,
ligeiramente maiores nas raparigas;
 Em geral, a iniciação aos consumos fez-
se, ligeiramente, mais tarde do que em 2007.
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MITOS E VERDADES SOBRE OS


CONSUMOS DE SPA’S
O álcool desinibe.

MITO
Apesar do álcool poder induzir um estado inicial
de desinibição e euforia, trata-se de uma
substância depressora do Sistema Nervoso
Central que causa sonolência, turvação da visão,
descoordenação muscular, diminuição da
capacidade de reacção, atenção e compreensão,
amnésia, fadiga muscular, etc.
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MITOS E VERDADES SOBRE OS


CONSUMOS DE SPA’S
Um duche frio, café bem forte e ar
fresco diminuem o efeito do álcool.

MITO
Apenas o tempo ajuda uma pessoa a recuperar
de uma embriaguez. O organismo humano sadio
• demora em média uma hora para processar uma
dose de álcool. A hidratação, esta sim, pode
ajudar. A cafeína irá acelerar os batimentos
cardíacos, mas esse facto não interfere na
capacidade de eliminação por parte do fígado.
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MITOS E VERDADES SOBRE OS


CONSUMOS DE SPA’S
Comer antes de beber, ou durante,
diminui o efeito do álcool.

VERDADE
Um estômago vazio não tem alimentos para diluir
o álcool e dessa forma reduzir o seu ritmo
de absorção pelo sangue. Quando há alimentos no
estômago, em especial os de alto teor proteico,
como queijo, carne e ovos, a taxa de absorção
torna-se mais lenta
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MITOS E VERDADES SOBRE OS


CONSUMOS DE SPA’S
Beber devagar, com palhinha e em golos pequenos,
permite reduzir o risco de ficar alcoolizado

VERDADE
O consumo faseado em pequenas quantidades, permite um
progressivo e mais lento aumento de álcool no sangue o que
permite igualmente uma progressiva consciência dos efeitos que
o mesmo está a provocar no individuo.
Assim, existe a percepção e a capacidade de controlo maior do
consumo. O Binge Drinkink (beber pelo menos 5/6 bebidas
alcoólicas num curto espaço de tempo) provoca um estado rápido
e elevado de alcoolemia, sem que o indivíduo tenha tido tempo de
sentir o seu efeito, o que leva ao pouco controlo do consumo.


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MITOS E VERDADES SOBRE OS


CONSUMOS DE SPA’S
Fumar tabaco faz pior que fumar haxixe e
erva

MITO
Os efeitos da cannabis e do tabaco não são
equiparáveis.
A nível pulmonar o consumo de um charro equivale ao
consumo de 8 cigarros.
Quando é consumido com tabaco pode instalar-se
também a dependência da nicotina e por si só a
cannabis gera dependência psicológica
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MITOS E VERDADES SOBRE OS


CONSUMOS DE SPA’S
O haxixe não provoca dependência

MITO
O consumo de cannabis pode provocar dependência
física e psicológica, embora a dependência física
seja menos acentuada que a dependência psicológica.
A paragem dos consumos pode dar origem a sintomas
de privação como: ansiedade, irritabilidade, insónias,
redução do apetite, etc.
I.D.T.
Instituto da Droga e da Toxicodependência

MITOS E VERDADES SOBRE OS


CONSUMOS DE SPA’S
O risco de vir a consumir substâncias é igual
para todos os jovens

MITO
Tendo em conta o contexto multifactorial em que
podem ocorrer os consumos, o indivíduo o
contexto e a substância faz com que nem todas
as pessoas tenham o mesmo risco de vir a
consumir substâncias
I.D.T.
Instituto da Droga e da Toxicodependência

MITOS E VERDADES SOBRE OS


CONSUMOS DE SPA’S
O consumo de pastilhas (ecstasy) desde que seja só
ocasionalmente não faz mal

MITO
O ecstasy causa danos cerebrais irreversíveis
mesmo quando consumido esporadicamente. Pode
provocar inúmeros problemas, como por exemplo:
uma deterioração da personalidade, ansiedade,
ataques de pânico, depressão, psicose, acidentes
vascular-cerebrais e até morte súbita por
colapso cardiovascular
I.D.T.
Instituto da Droga e da Toxicodependência

MITOS E VERDADES SOBRE OS


CONSUMOS DE SPA’S
Vender drogas a amigos e conhecidos não
é considerado um crime

MITO

A lei considera que existe tráfico de substâncias


quando se vende, oferece ou se troca substâncias
ilegais, mesmo que seja entre amigos.
I.D.T.
Instituto da Droga e da Toxicodependência

 Existem muitos mitos relacionados com as substâncias


psicoactivas (SPA) e o seu consumo, quer entre os
adultos quer entre os adolescentes e jovens;

 Os mitos têm tendência para perdurar, mesmo quando


se dá informação verdadeira.

 A mesma substância pode ter efeitos muito diferentes


em pessoas e contextos diferentes.
I.D.T.
Instituto da Droga e da Toxicodependência

Por isso
Não é necessário ter um conhecimento aprofundado das
substâncias e seus efeitos para poder falar com um aluno. O
importante é:
 Ouvir o que o aluno tem a dizer, explorar as
expectativas, os efeitos e os significados que a
substância tem para ele.
 Se considerarmos necessário fornecer informação é
mais eficaz que o aluno faça pesquisa orientada.
I.D.T.
Instituto da Droga e da Toxicodependência

 As informações a fornecer/pesquisar devem partir de


questões levantadas pelos alunos ou de dinâmicas
como a que fizemos hoje que identificam crenças,
mitos, expectativas e significados dos próprios jovens.

 As substâncias mais consumidas pelos adolescentes e


jovens são o álcool, o tabaco e a cannabis.
I.D.T.
Instituto da Droga e da Toxicodependência

 Não tem eficácia como estratégia de prevenção


dar/procurar informação sobre substâncias que estão
longe da percepção dos jovens – pelo contrário alguma
investigação sugere que pode ter efeitos negativos

 A informação sobre SPA é apenas uma das componentes


da prevenção.

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